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CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
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www.pontodosconcursos.com.br 
Olá Pessoal, 
Para aqueles que não me conhecem, o meu nome é Déborah Paiva. 
Eu sou advogada, especialista em Direito do Trabalho e Processo do 
Trabalho e professora de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, 
aqui no Ponto dos Concursos. 
Sou autora de 4 livros na área trabalhista com foco em concursos 
públicos, todos pela Editora Ferreira: 
As bancas organizadoras dos Concursos dos Tribunais Regionais do 
Trabalho são: a FCC e a UnB/CESPE. 
Sendo assim, estarei ministrando dois cursos de exercícios para os 
concursos dos Tribunais Regionais do Trabalho: este de provas da 
FCC e outro com a resolução de provas da UnB/CESPE. 
Cada curso abrangerá a resolução de dez provas comentadas tanto 
de Direito do Trabalho quanto de Processo do Trabalho. 
A aula 1 será esta aula demonstrativa! 
O curso será composto de 10 aulas e será resolvida uma prova por 
aula, segundo o cronograma abaixo: 
Aula 1(Demonstrativa): Técnico Judiciário TRT- Campinas/2009. 
Aula 2(18/05): Analista Judiciário Execução de Mandados TRT- 
MG/2009. 
Aula 3(25/05): Técnico Judiciário TRT- MG/2009.
Aula 4(01/06): Analista Judiciário Execução de Mandados TRT-
GO/2008. 
Aula 5(08/06): Analista Judiciário Execução de Mandados TRT 
Campinas -15ª região/ 2009.
1º. ”Noções de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho com 
Teoria e Questões”; 
2º. “Direito do Trabalho e Processo do Trabalho – Questões 
comentadas FCC”; 
3º. “Exame de Ordem – 2ª Fase – Direito do Trabalho”, em co-
autoria com o Juiz do Trabalho José Carlos Lima da Motta; 
4º. “Provas comentadas ESAF – Direito do Trabalho e Processo do 
Trabalho”. 
 
 
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Aula 6(15/06): Analista Judiciário TRT- GO/2008. 
Aula 7(22/06): Analista Judiciário - Execução de Mandados TRT – 
Maranhão/2009. 
Aula 8(29/06): Técnico Judiciário TRT- GO/2008. 
Aula 9(06/07): Analista Judiciário TRT - AL/2008. 
Aula 10(13/07): Juiz do Trabalho TRT – 11ª Região/2007. 
Gostaria de ressaltar que está previsto o concurso do TRT/Paraná 
cuja banca organizadora será a FCC. Sendo assim, caso haja prova 
marcada para antes de 13 de Julho, data final deste curso, as aulas 
serão adiantadas para que o curso termine antes da prova. 
Direito do Trabalho: 
Questão 38. Considere as seguintes assertivas a respeito da jornada 
de trabalho: 
I. Não serão descontadas nem computadas como jornada 
extraordinária as variações de horário no registro de ponto não 
excedentes de quinze minutos. 
II. Em regra, o tempo despendido pelo empregado até o local de 
trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, será 
computado na jornada de trabalho. 
III. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja 
duração não exceda a vinte e cinco horas semanais. 
IV. Em regra, os empregados sob o regime de tempo parcial não 
poderão prestar horas extras. 
Está correto o que se afirma SOMENTE em 
(A) I e II. 
(B) I e IV. 
(C) I, II e III. 
(D) II, III e IV. 
(E) III e IV. 
Prova 2: Técnico Judiciário
TRT/Campinas - 2009
 
 
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Comentários: A assertiva I está incorreta porque o art. 58, 
parágrafo 1º da CLT fala que as variações de horário no registro de 
ponto não excedentes de cinco minutos, observando o limite máximo 
de dez minutos diários e não quinze minutos diários, conforme a 
assertiva dispõe. 
A assertiva II está incorreta porque o art. 58 em seu parágrafo 
segundo afirma que o tempo despendido pelo empregado até o local 
de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte não 
será computado na jornada de trabalho. 
Art. 58 da CLT - A duração normal do trabalho, para os 
empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 
(oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente 
outro limite. 
§ 1º - Não serão descontadas nem computadas como 
jornada extraordinária as variações de horário no registro de 
ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite 
máximo de dez minutos diários. 
§ 2º - O tempo despendido pelo empregado até o local de 
trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, 
não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, 
tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por 
transporte público, o empregador fornecer a condução. 
 § 3º Poderão ser fixados, para as microempresas e 
empresas de pequeno porte, por meio de acordo ou convenção 
coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador, em 
local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o 
tempo médio despendido pelo empregado, bem como a forma 
e a natureza da remuneração. 
As assertivas, III e IV, estão corretas, porque o trabalho a tempo 
parcial será aquele cuja duração não exceda a 25 horas semanais. 
Os empregados que trabalhem neste regime não poderão prestar 
horas extraordinárias e quando tiverem mais de sete faltas no 
período aquisitivo de férias terão as suas férias reduzidas à metade. 
 
 
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 Art. 58-A da CLT- Considera-se trabalho em regime de tempo 
parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas 
semanais 
§ 1º - O salário a ser pago aos empregados sob o regime de 
tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos 
empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo 
integral. 
§ 2º - Para os atuais empregados, a adoção do regime de 
tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a 
empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de 
negociação coletiva. (NR). 
Art. 59 da CLT - A duração normal do trabalho poderá ser 
acrescida de horas suplementares, em número não excedente 
de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e 
empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. 
§ 4º - Os empregados sob o regime de tempo parcial não 
poderão prestar horas extras. 
A assertiva IV está correta, pois em que pese o fato do parágrafo 
4º do art. 59 da CLT, acima transcrito não apresentar exceção para a 
realização de trabalho além da jornada normal, para os empregados 
que trabalham a tempo parcial, a doutrina especifica alguns pontos. 
Observem o posicionamento doutrinário: 
a) O parágrafo 4º do art. 59 da CLT refere-se ao acordo de 
prorrogação de horas e ao acordo de compensação; 
b) Não há vedação para o empregado que trabalhe a tempo parcial de 
prestar horas extraordinárias por necessidade imperiosa, para a 
conclusão de serviços inadiáveis, para repor paralisações ou por 
motivo de força maior. 
 
 
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Questão 39. Com relação ao aviso prévio é INCORRETO afirmar: 
(A) A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do 
término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado. 
(B) Não é devido o aviso prévio na despedida indireta. 
(C) A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador 
o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo 
respectivo. 
(D) O valor das horas extras habituais integra o aviso prévio 
indenizado. 
(E) A falta do aviso prévio do empregador dá ao empregado o direito 
aos salários do período correspondente. 
Comentários: A assertiva da letra “A” está correta
porque a 
Orientação Jurisprudencial nº 82 da SDI-1 do TST assim dispõe. 
Observem: 
 OJ 82 da SDI-1 do TST A data de saída a ser anotada na CTPS 
deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que 
indenizado. 
A letra “B” está incorreta porque o aviso prévio será devido nas 
despedidas indiretas conforme estabelece o art. 487 da CLT em seu 
parágrafo 4º. 
Despedida indireta é aquela que ocorrerá quando o empregador 
cometer alguma das faltas tipificadas no art. 483 da CLT, neste caso o 
empregado terá o direito de rescindir o contrato de trabalho e receberá 
o aviso prévio. 
A letra “C” está correta conforme dispõe o parágrafo segundo do 
art. 487 da CLT e a letra “D” está correta e tem como fundamento legal 
o parágrafo 5º do art. 487 da CLT. 
Já a letra “E” está correta porque o art. 487, parágrafo 1º assim 
dispõe: 
Art. 487 da CLT § 1º - A falta do aviso prévio por parte do 
empregador dá ao empregado o direito aos salários 
correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a 
integração desse período no seu tempo de serviço. 
 
 
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 § 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao 
empregador o direito de descontar os salários correspondentes 
ao prazo respectivo. ' 
§ 3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o 
cálculo, para os efeitos dos parágrafos anteriores, será feito de 
acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço. 
§ 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta. 
 § 5o - O valor das horas extraordinárias habituais integra o 
aviso prévio indenizado. 
 § 6o - O reajustamento salarial coletivo, determinado no 
curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré-avisado da 
despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os 
salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu 
tempo de serviço para todos os efeitos legais. 
DICA: Aproveitei para transcrever para vocês algumas Súmulas 
e Orientações Jurisprudenciais do TST que estão sendo abordadas 
nas provas de concurso público em relação ao aviso prévio. 
Estas súmulas estão comentadas na aula demonstrativa do 
curso de Súmulas e Orientações Jurisprudenciais que estou 
ministrando aqui no Ponto! 
Não deixem de olhar a aula demonstrativa, pois há resolução de 
questões de provas de diversas bancas que abordam as Súmulas e as 
Orientações Jurisprudenciais sobre o aviso prévio. 
Súmula 44 do TST A cessação da atividade da empresa, com o 
pagamento da indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si 
só, o direito do empregado ao aviso prévio. 
Súmula 276 do TST O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo 
empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o 
empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver 
o prestador dos serviços obtido novo emprego. 
 
 
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Súmula 163 do TST Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas 
dos contratos de experiência, na forma do art. 481 da CLT. 
Súmula 230 do TST É ilegal substituir o período que se reduz da 
jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas 
correspondentes. 
Súmula 348 do TST É inválida a concessão do aviso prévio na 
fluência da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois 
institutos. 
Súmula 380 do TST Aplica-se a regra prevista no "caput" do 
art. 132 do Código Civil de 2002 à contagem do prazo do aviso prévio, 
excluindo-se o dia do começo e incluindo o do vencimento. 
Súmula 369, V, do TST O registro da candidatura do 
empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso 
prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto 
que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis 
do Trabalho. 
OJ 367 da SDI-1 do TST O prazo de aviso prévio de 60 dias, 
concedido por meio de norma coletiva que silencia sobre alcance de 
seus efeitos jurídicos, computa-se integralmente como tempo de 
serviço, nos termos do § 1º do art. 487 da CLT, repercutindo nas 
verbas rescisórias. 
OJ 14 da SDI-1 do TST Em caso de aviso prévio cumprido em casa, 
o prazo para pagamento das verbas rescisórias é até o décimo dia da 
notificação de despedida. 
Questão 40. Maria é empregada da empresa KILO e Moisés é 
empregado da empresa LITRO. Ambos receberam um comunicado de 
suas empregadoras avisando que a partir do mês seguinte haverá, 
além do intervalo intrajornada, para alimentação e repouso, um 
intervalo de quinze minutos para café da manhã e um intervalo de 
quinze minutos para o lanche da tarde. Considerando que a empresa 
KILO fornecerá gratuitamente a alimentação de todas as refeições e 
que a empresa LITRO cobrará R$ 50,00 pelas refeições, que Maria e 
Moisés terão um acréscimo de trinta minutos em sua jornada de 
trabalho, e que Moisés possui jornada de trabalho diária de seis horas, 
é correto afirmar que 
 
 
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(A) somente Moisés terá direito ao recebimento de trinta minutos 
remunerados como serviço extraordinário, porque a empresa LITRO 
está efetuando cobrança monetária das refeições fornecidas. 
(B) nenhum dos empregados terá direito ao recebimento de trinta 
minutos remunerados como serviço extraordinário, porque a 
alimentação regular é considerada benéfica à saúde dos obreiros. 
(C) Maria e Moisés terão direito ao recebimento de trinta minutos 
remunerados como serviço extraordinário, porque representarão 
tempo à disposição da empresa. 
(D) somente Moisés terá direito ao recebimento de trinta minutos 
remunerados como serviço extraordinário, porque possui jornada de 
trabalho reduzida. 
(E) somente Moisés terá direito ao recebimento de trinta minutos 
remunerados como serviço extraordinário, mas a remuneração do 
serviço extraordinário será reduzida pela metade em razão dos 
benefícios trazidos com a alimentação. 
Comentários: A letra “C” está correta porque menciona o 
entendimento sumulado do TST, observem: 
Súmula 118 do TST Os intervalos concedidos pelo empregador na 
jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à 
disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se 
acrescidos ao final da jornada. 
Questão 41. Considere as seguintes assertivas a respeito da 
remuneração: 
I. As gorjetas cobradas diretamente pelo empregador na nota de 
serviço servem de base de cálculo para o repouso semanal 
remunerado. 
II. As comissões, percentagens e gratificações ajustadas integram o 
salário do obreiro. 
III. O seguro de vida e de acidentes pessoais fornecidos pelo 
empregador não são considerados salário in natura. 
IV. A assistência odontológica prestada diretamente pelo empregador 
não é considerada salário in natura. 
Está correto o que se afirma SOMENTE em 
 
 
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(A) II, III e IV. 
(B) I, II e III. 
(C) II e III. 
(D) III e IV. 
(E) I e IV. 
Comentários: A assertiva I está incorreta porque o entendimento 
sumulado do TST é no sentido de que as gorjetas integrarão a 
remuneração do empregado, porém não servirão de base de cálculo 
para o aviso prévio, o adicional noturno, as horas extras e o repouso 
semanal remunerado. 
Súmula 354 do TST As gorjetas, cobradas pelo empregador na 
nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes,
integram a remuneração do empregado, não servindo de base de 
cálculo para as parcelas de aviso prévio, adicional noturno, as horas 
extras e repouso semanal remunerado. 
As assertivas II, III e IV estão corretas. Segundo o art. 457, 
parágrafo primeiro da CLT a importância fixa estipulada e as 
comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagem 
que excedam 50% do salário do empregado e os abonos pagos pelo 
empregador integram o salário do empregado. 
O art. 458, parágrafo segundo da CLT elenca um rol 
exemplificativo de utilidades que não são considerados salário 
utilidade, ou seja, salário in natura. 
Art. 458 da CLT – Além do pagamento em dinheiro, 
compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a 
alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura 
que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer 
habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o 
pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. 
 § 2º – Para os efeitos previstos neste artigo, não serão 
consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas 
pelo empregador 
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos 
empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação 
do serviço. 
 
 
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II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de 
terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, 
mensalidade, anuidade, livros e material didático; 
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e 
retorno, em percurso servido ou não por transporte público; 
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada 
diretamente ou mediante seguro-saúde; 
V – seguros de vida e de acidentes pessoais; 
VI – previdência privada. 
 Considero importante, embora não tenha sido objeto desta 
questão, comentar a Súmula vinculante do STF que permite aos 
praças militares ganharem menos do que um salário mínimo, sem que 
isto afronte a Constituição Federal. 
Assim, devemos considerar que o serviço militar obrigatório 
poderá ser remunerado com valor abaixo do salário mínimo, porque a 
Súmula vinculante 6 do STF estabelece esta possibilidade. 
Súmula Vinculante 6 do STF NÃO VIOLA A CONSTITUIÇÃO O 
ESTABELECIMENTO DE REMUNERAÇÃO INFERIOR AO SALÁRIO 
MÍNIMO PARA AS PRAÇAS PRESTADORAS DE SERVIÇO MILITAR 
INICIAL. 
Questão 42. Os Sindicatos só poderão celebrar Convenções Coletivas 
de Trabalho, por deliberação de Assembléia Geral especialmente 
convocada para esse fim, consoante o disposto nos respectivos 
Estatutos, dependendo a validade desta do comparecimento e 
votação, em 
(A) primeira convocação, de dois terços dos associados da entidade e, 
em segunda, de metade dos membros. 
(B) primeira convocação, de dois terços dos associados da entidade e, 
em segunda, de um terço dos membros. 
(C) convocação única, de dois terços dos associados da entidade. 
(D) convocação única, da maioria absoluta dos associados da 
entidade. 
(E) primeira convocação, de dois terços dos associados da entidade e, 
em segunda, de metade dos membros, além do Presidente, Vice-
Presidente e Diretor Administrativo. 
 
 
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Comentários: O art. 612 da CLT estabelece o quorum 2/3 dos 
associados da Entidade para a 1ª convocação e 1/3 dos membros em 
segunda convocação. Correta a letra “B”. 
Art. 612 da CLT Os Sindicatos só poderão celebrar 
Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho, por deliberação 
de Assembléia Geral especialmente convocada para esse fim, 
consoante o disposto nos respectivos Estatutos, dependendo a 
validade da mesma do comparecimento e votação, em primeira 
convocação, de 2/3 (dois terços) dos associados da entidade, se 
se tratar de Convenção, e dos interessados, no caso de Acordo 
e, em segunda, de 1/3 (um terço) dos Membros. 
 Parágrafo único - O quorum de comparecimento e 
votação será de 1/8 (um oitavo) dos associados em segunda 
convocação, nas entidades sindicais que tenham mais de 5.000 
(cinco mil) associados. 
Questão 43. Marta, Mario e Miguel são empregados da empresa 
TEBAS. Marta teve um aborto espontâneo permanecendo duas 
semanas em descanso, conforme determinação legal; Mario afastou-
se de seu emprego para exercer o encargo público de senador; Miguel 
faltou ao serviço dois dias consecutivos para realizar seu alistamento 
eleitoral. Constitui (em) hipótese(s) de interrupção do contrato de 
trabalho a(s) falta(s) de 
(A) Marta e Miguel. 
(B) Marta, Miguel e Mario. 
(C) Mario e Miguel. 
(D) Mário. 
(E) Marta e Mario. 
Comentários: O aborto espontâneo e a falta de dois dias 
consecutivos para alistar-se como eleitor são hipóteses de interrupção 
do contrato de trabalho, uma vez que o empregado não prestará 
trabalho e o empregador lhe pagará salário. Assim, as faltas de Marta 
e Miguel são hipóteses de interrupção do contrato de trabalho. Correta 
a letra “A”. 
 
 
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O exercício do encargo público de senador por Mário é hipótese 
de suspensão do contrato de trabalho, porque o afastamento do 
empregado para o exercício de encargos públicos, como por ex. 
ministro, senador e deputado federal, conforme o art. 472 da CLT é 
uma hipótese de suspensão do contrato de trabalho. 
Vamos relembrar: Observem o quadro esquemático abaixo com 
as hipóteses de suspensão e de interrupção do contrato de trabalho. 
Hipóteses de interrupção Hipóteses de suspensão 
Licença-maternidade. Acidente de trabalho ou doença 
após o 15º dia. 
Licença-paternidade. Qualquer espécie de licença não-
remunerada. 
Licença remunerada em caso de 
aborto não criminoso. 
Suspensão disciplinar prevista no 
art. 474 da CLT. 
Acidente de trabalho ou doença 
nos primeiros 15 dias. 
As faltas injustificadas ao serviço. 
Repouso semanal remunerado e 
Feriados. 
Afastamento do empregado para 
participar de curso de qualificação 
profissional (476-A da CLT). 
No período do tempo em que tiver 
de cumprir as exigências do 
serviço militar. 
Durante a prestação do serviço 
militar obrigatório. 
Encargos públicos específicos. O afastamento do empregado 
para o exercício de cargos 
públicos. 
Empregado membro da Comissão 
de conciliação prévia quando 
atuando como conciliador sempre 
que for convocado. 
O empregado eleito diretor de 
S.A. Terá o seu contrato de 
trabalho suspenso, exceto se 
permanecer a subordinação 
jurídica inerente à relação de 
emprego (S.269 TST). 
 
 
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Até dois dias consecutivos em 
caso de falecimento do cônjuge, 
ascendente, descendente, irmão 
ou pessoa que, declarada em sua 
CTPS, viva sob sua dependência 
econômica. 
O empregado eleito para o cargo 
de dirigente sindical (Art. 545 § 
2º CLT). Porém caso haja 
instrumento normativo 
estabelecendo que o 
empregador pague a 
remuneração estaremos diante 
de uma interrupção do contrato 
de trabalho. 
Até três dias consecutivos em 
virtude de casamento. 
Greve (art. 7º da lei 7.783/89). 
Por um dia em cada 12 meses de 
trabalho no caso de doação 
voluntária de sangue 
devidamente comprovada. 
Afastamento do empregado em 
caso de prisão. 
Até dois dias, consecutivos ou 
não, para o fim de se alistar
como 
eleitor, nos termos da lei 
respectiva. 
Aposentadoria por invalidez (art. 
475 CLT). 
Nos dias em que estiver 
comprovadamente realizando 
provas de exame vestibular para 
ingresso em estabelecimento de 
ensino superior. 
O empregado estável somente 
poderá ser dispensado caso 
cometa falta grave (art. 492 CLT). 
Pelo tempo que se fizer 
necessário quando tiver que 
comparecer a juízo. 
Questão 44. Maria iniciou o gozo de suas férias ainda no período 
concessivo, mas terminou após o referido período. Neste caso, 
(A) Marta terá direito a uma indenização equivalente ao valor do seu 
último salário, em razão da infração administrativa cometida pela 
empresa. 
(B) como Marta iniciou o gozo de suas férias no período concessivo, 
todos os dias serão remunerados de forma simples. 
(C) como Marta terminou o gozo de suas férias após o período 
concessivo, todos os dias serão remunerados em dobro. 
 
 
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(D) os dias de férias gozadas após o período concessivo deverão ser 
remunerados em dobro. 
(E) Marta terá direito a uma indenização equivalente ao valor do seu 
último salário, em razão da infração legal cometida pela empresa. 
Comentários: Os dias de férias em que o empregado gozar após o 
período concessivo deverão ser remunerados em dobro conforme o 
entendimento sumulado do TST descrito na Súmula 81 do TST. 
Portanto, correta a letra “D”. 
Súmula 81 do TST Os dias de férias gozados após o período legal de 
concessão deverão ser remunerados em dobro. 
Direito Processual do Trabalho: 
Questão 45. Considere as seguintes assertivas a respeito dos atos, 
termos e prazos processuais: 
I. Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado 
terminarão no primeiro dia útil seguinte. 
II. Os prazos processuais contam-se com exclusão do dia do começo 
e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis. 
III. Os prazos processuais são sempre contínuos, irreleváveis e 
improrrogáveis. 
IV. É vedada, em qualquer hipótese, a realização de penhora em 
domingo ou feriado, em razão dos princípios constitucionais 
protecionistas. 
Está correto o que se afirma SOMENTE em 
(A) II e IV. 
(B) I, II e III. 
(C) II, III e IV. 
(D) I, III e IV. 
(E) I e II. 
Comentários: A questão abordou apenas os artigos 770 e 775 da 
CLT em relação aos prazos. Está correta a letra E. 
 
 
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Art. 775 da CLT Os prazos estabelecidos neste Título 
contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do 
dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, 
entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário 
pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente 
comprovada. 
 Parágrafo único - Os prazos que se vencerem em sábado, 
domingo ou feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte. 
O item III está incorreto, pois os prazos estabelecidos para o juiz são 
prorrogáveis, ou seja, são prazos dilatórios. 
O item IV está incorreto porque o art. 770 da CLT permite por 
autorização expressa do juiz a realização de penhoras em domingos e 
feriados. 
DICA: Sobre prazos é importante lembrar que: 
¾ A contagem de prazo no processo do trabalho é feita com 
base nos artigos 774 e 775 da CLT, auxiliado por algumas 
Súmulas do TST. 
¾ O início da contagem do prazo é denominado dies a quo e 
o término do prazo é denominado dies ad quem. 
¾ A regra geral é que a contagem dos prazos excluirá o dia 
do começo e incluirá o dia do vencimento conforme em 
destaque negrito no art. 775 da CLT. 
Súmula 1 TST Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a 
publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial 
será contado da segunda-feira imediata inclusive, salvo se não houver 
expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir. 
Súmula 16 TST Presume-se recebida a notificação 48 horas depois 
de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o 
decurso deste prazo constitui ônus de prova do destinatário. 
Súmula 30 TST Intimação da sentença- Quando não juntada a ata ao 
processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento ( art. 
851 § 2º CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a 
parte receber a intimação da sentença 
 
 
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Súmula 262 TST 
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará 
no primeiro dia útil imediato e a contagem no subsequente. 
II- O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do TST 
suspendem os prazos recursais. 
Questão 46. Com relação às nulidades, a Consolidação das Leis do 
Trabalho, ao dispor que nos processos sujeitos à apreciação da 
Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos 
inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes, está aplicando, 
especificamente, o princípio 
(A) do interesse. 
(B) da preclusão. 
(C) da utilidade. 
(D) da transcendência. 
(E) da finalidade. 
Comentários: O Princípio da Transcendência ou do Prejuízo está 
previsto no art. 794 da CLT, e determina que somente haverá nulidade 
quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes 
litigantes. Portanto, correta a letra “D”. 
O Princípio da Convalidação ou da Preclusa está previsto no art. 
795 da CLT, determinando que as nulidades não serão declaradas 
senão pela provocação das partes, às quais deverão arguí-la na 
primeira vez em que tiverem de falar nos autos. 
O Princípio da Utilidade está previsto no art. 798 da CLT e 
determina que a nulidade do ato não prejudicará, senão os posteriores 
que dele dependam ou sejam consequência. 
Relembrando: É importante relembrarmos todos os princípios 
referentes ao tema nulidades, sendo assim transcreverei um trecho do 
meu livro Noções de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho: 
 
 
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“Dentro da teoria das nulidades, podemos destacar os seguintes 
princípios: 
a) Princípio da transcendência ou do prejuízo: previsto no art. 794 
da CLT, determina que somente haverá nulidade quando 
resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes 
litigantes. 
b) Princípio da instrumentalidade das formas: previsto nos arts. 
154 e 244 do CPC,determina que, se o ato for praticado de 
outra forma, mas atingir a sua finalidade, ele será válido. 
c) Princípio da convalidação ou da preclusão: previsto no art. 795 da 
CLT, determina que as nulidades não serão declaradas senão pela 
provocação das partes, as quais deverão argüi-las na primeira vez 
em que tiverem de falar nos autos. Porém, o princípio da 
convalidação somente será aplicado às nulidades relativas, pois 
quando o art. 795, §1º, da CLT determina que a nulidade fundada 
em incompetência de foro deverá ser declarada de ofício, na 
verdade quer dizer que a incompetência absoluta será declarada 
de ofício pelo juiz. 
d) Princípio da proteção: previsto no art. 796 da CLT, determina 
que somente será declarada a nulidade quando for impossível 
suprir-lhe a falta ou repetir-se o ato, e quando esta não for 
argüida por quem lhe houver dado causa. 
e) Princípio da utilidade: previsto no art. 798 da CLT, determina 
que a nulidade do ato prejudicará somente os posteriores que 
dele dependam ou sejam conseqüência”. 
Questão
47. Considere as seguintes assertivas a respeito das 
exceções: 
I. Podem ser arguídas mais de uma exceção ao mesmo tempo, 
devendo a exceção de incompetência ser apreciada antes da exceção 
de impedimento e suspeição do juiz. 
II. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho,as exceções 
de incompetência suspendem os feitos. 
III. Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos 
autos ao exceto, por quarenta e oito horas improrrogáveis, devendo a 
decisão ser proferida na primeira audiência que se seguir. 
IV. Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou Tribunal designará 
audiência dentro de quarenta e oito horas, para instrução e julgamento 
da exceção. 
 
 
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Está correto o que se afirma SOMENTE em 
(A) I, II e III. 
(B) II, III e IV. 
(C) II e IV. 
(D) III e IV. 
(E) I e II. 
Comentários: Letra C. 
I- Incorreta. A Exceção é um meio de defesa indireta processual, 
onde o réu não ataca o mérito, mas ataca o processo. É uma defesa 
contra irregularidades, ou vícios do processo que impedem o seu 
desenvolvimento normal. 
São elas: Exceção de Impedimento (quando o juiz for impedido), 
Exceção de Incompetência (quando o juízo for incompetente/relativa) 
e Exceção de Suspeição (quando o juiz for suspeito). 
As exceções de impedimento e suspeição do juiz deverão ser 
julgadas em primeiro lugar. (Doutrina). 
II- Correta. Art. 799 da CLT. 
Art. 799 da CLT - Nas causas da jurisdição da Justiça do 
Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do 
feito, as exceções de suspeição ou incompetência. 
§ 1º - As demais exceções serão alegadas como matéria de 
defesa. 
§ 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e 
incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, 
não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las 
novamente no recurso que couber da decisão final. 
III- Incorreta. Art. 800 e 802 da CLT. 
Art. 800 da CLT - Apresentada a exceção de 
incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 
(vinte e quatro) horas improrrogáveis, devendo a decisão ser 
proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir. 
 
 
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IV- Correta. Art. 802 da CLT. 
Art. 802 da CLT - Apresentada a exceção de suspeição, o 
juiz ou Tribunal designará audiência dentro de 48 (quarenta e 
oito) horas, para instrução e julgamento da exceção. 
Questão 48. Considere as seguintes assertivas a respeito da 
execução trabalhista: 
I. Serão executadas ex-officio as contribuições sociais devidas em 
decorrência de decisão proferida pelos Juízes resultantes de 
homologação de acordo, exceto sobre os salários pagos durante o 
período contratual reconhecido. 
II. Faculta-se ao devedor o pagamento imediato da parte que entender 
devida à Previdência Social,sem prejuízo da cobrança de eventuais 
diferenças encontradas na execução ex officio. 
III. O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente 
a 50% do seu valor. 
IV. Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a 
sentença de liquidação, cabendo ao exequente igual direito e no 
mesmo prazo. 
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho está correto o 
que se afirma SOMENTE em 
(A) II e IV. 
(B) I, II e III. 
(C) II, III e IV. 
(D) I e IV. 
(E) I, II e IV. 
Comentários: Letra A. 
I- Incorreta. O art. 876, parágrafo segundo da CLT diz inclusive sobre 
o período contratual reconhecido. 
Art. 876 da CLT - As decisões passadas em julgado ou das 
quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os 
acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de 
conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os 
termos de conciliação firmados perante as Comissões de 
Conciliação Prévia serão executados pela forma estabelecida 
neste Capítulo. 
 
 
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 Parágrafo único. Serão executadas ex officio as 
contribuições sociais devidas em decorrência de decisão 
proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de 
condenação ou homologação de acordo, inclusive sobre os 
salários pagos durante o período contratual reconhecido. 
II- Correta. Art. 878-A da CLT. 
III- Incorreta. O sinal será 20% do valor, conforme o art. 888, 
parágrafo segundo da CLT. 
Art. 888 da CLT - Concluída a avaliação, dentro de 10 (dez) 
dias, contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á 
a arrematação que será anunciada por edital afixado na sede 
do Juízo ou Tribunal e publicado no jornal local, se houver, com 
a antecedência de 20 (vinte) dias. 
§ 1º - A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e 
os bens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exeqüente 
preferência para a adjudicação. 
§ 2º - O arrematante deverá garantir o lance com o sinal 
correspondente a 20% (vinte por cento) do seu valor. 
§ 3º - Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente a 
adjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser 
vendidos por leiloeiro nomeado pelo juiz ou presidente. 
§ 4º - Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 
(vinte e quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em 
benefício da execução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo, 
voltando à praça os bens executados. 
IV- Correta. Art. 884 da CLT. 
Importante: O art. 884 da CLT afirma que nos embargos à 
execução as matérias de defesa são restritas às alegações de 
cumprimento da decisão ou de acordo, quitação ou prescrição da 
dívida. Parte da doutrina entende que o art. 741 do CPC aplica-se ao 
processo do trabalho, o que aumentaria as hipóteses de cabimento de 
embargos à execução. 
 
 
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Art. 884 da CLT - Garantida a execução ou penhorados os 
bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar 
embargos, cabendo igual prazo ao exeqüente para 
impugnação 
§ 1º - A matéria de defesa será restrita às alegações de 
cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição 
da divida. 
§ 2º - Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, poderá 
o Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso julgue necessários 
seus depoimentos, marcar audiência para a produção das 
provas, a qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias. 
§ 3º - Somente nos embargos à penhora poderá o executado 
impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente 
igual direito e no mesmo prazo. 
 § 4º - Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e as 
impugnações à liquidação apresentadas pelos credores 
trabalhista e previdenciário. 
§ 5º - Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou 
ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo 
Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por 
incompatíveis com a Constituição Federal. 
Questão 49. Norma laborava na empresa K na função de auxiliar 
administrativo, quando foi dispensada sem justa causa. Na rescisão 
contratual a empresa K não efetuou o pagamento correto das verbas 
rescisórias e Norma ajuizou reclamação trabalhista requerendo todos 
os direitos que lhe foram negados. A reclamação trabalhista foi 
processada pelo rito sumaríssimo e julgada procedente. A empresa K 
interpôs recurso ordinário o qual foi conhecido,mas denegado.
Neste 
caso 
(A) caberá recurso de revista em todas as hipóteses previstas na 
Consolidação das Leis do Trabalho. 
(B) caberá recurso de revista somente em caso de contrariedade à 
súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho e 
violação direta da Constituição Federal. 
 
 
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(C) caberá recurso de revista somente em caso de contrariedade à 
súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho. 
(D) caberá recurso de revista somente em caso de violação direta da 
Constituição Federal. 
(E) é incabível recurso de revista por expressa disposição legal, em 
razão do rito processual a que foi submetida a demanda. 
Comentários: Letra B. 
De acordo com o art. 896, parágrafo sexto da CLT, no 
procedimento sumaríssimo o recurso de revista caberá apenas nos 
casos de contrariedade à Súmula de Jurisprudência uniforme do TST 
e violação direta à Constituição Federal. 
Questão 50. Jonas laborava na empresa TE na função de auxiliar 
administrativo quando foi dispensado sem justa causa. Não tendo 
recebido corretamente os seus direitos, Jonas ajuizou uma 
reclamação trabalhista contra sua ex-empregadora. Na data 
designada para a audiência, Jonas estava com intoxicação alimentar 
ocasionada pelo rotavirus e sendo assim, enviou em seu lugar seu 
colega de trabalho, Joaquim. Considerando que Joaquim também é 
auxiliar administrativo da empresa TE e que o mesmo compareceu no 
horário previamente designado com atestado médico e sem advogado, 
o M.M. Juiz deverá 
(A) designar nova data para a audiência, sendo que Joaquim sairá 
regularmente intimado da nova data,devendo assinar o respectivo 
termo de audiência. 
(B) arquivar o processo, porque o reclamante não estava regularmente 
representado e tendo em vista que Joaquim não é membro de sua 
família. 
(C) arquivar o processo, uma vez que o reclamante não estava 
regularmente representado, tendo em vista que sua representação 
não foi feita por advogado com procuração devidamente outorgada. 
(D) designar nova data para a audiência, devendo Jonas ser intimado 
pelo correio dessa designação. 
(E) arquivar o processo, porque na situação descrita o reclamante só 
poderia estar representado pelo sindicato de sua categoria. 
Comentários: Letra D 
 
 
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A representação será somente para pedir o adiamento da 
audiência, de cuja nova data, será intimado o reclamante e não o 
empregado que o substituiu (Art. 843, parágrafo segundo da CLT). 
Gabarito: 
38. E 41. A 44. D 47. C 50. D 
39. B 42. B 45. E 48. A 
40. C 43. A 46. D 49. B 
Por hoje é só! 
Espero vocês na próxima aula! 
Até lá! 
Abraços a todos! 
Déborah Paiva

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