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Aula 04

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CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá, 
Hoje não resolveremos a prova de Analista Judiciário – Execução de 
Mandados do TRT de Campinas, que foi realizada em 2009. 
Optei por resolver, primeiro, a prova de Analista Judiciário do TRT/GO 
que ocorreu em 2008. 
Noções de Direito do Trabalho: 
Questão 39: Samanta, João e Diego são empregados da empresa 
GGG na modalidade de regime de tempo parcial, com jornada 
semanal, respectivamente, de vinte horas, oito horas e vinte e cinco 
horas. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, após 
cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o 
gozo de dezoito dias de férias caberá legalmente apenas a 
(A) Diego e Samanta. 
(B) Samanta. 
(C) João. 
(D) Diego. 
(E) Diego e João. 
Comentários: As normas que dispõem sobre férias, na CLT 
estão contidas nos artigos 129/153. 
Os artigos 130 e 130-A da CLT são muito cobrados em 
concursos públicos, o primeiro trata do período e da gradação das 
férias dos empregados, que trabalhem no regime normal de contrato 
de trabalho. Já o segundo refere-se às férias do empregado que 
possua um contrato de trabalho a tempo parcial. 
 Art. 130 da CLT - Após cada período de 12 (doze) meses 
de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a 
férias, na seguinte proporção: 
I- 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao 
serviço mais de 5 (cinco) vezes; 
Analista Judiciário 
TRT /GO - 2008 
 
 
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II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 
(seis) a 14 (quatorze) faltas; 
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 
(quinze) a 23 (vinte e três) faltas; 
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e 
quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. 
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do 
empregado ao serviço. 
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os 
efeitos, como tempo de serviço. 
Art. 130-A da CLT - Na modalidade do regime de tempo 
parcial, após cada período de doze meses de vigência do 
contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na 
seguinte proporção: 
I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a 
vinte e duas horas, até vinte e cinco horas; 
II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal 
superior a vinte horas, até vinte e duas horas; 
III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior 
a quinze horas, até vinte horas; 
IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a 
dez horas, até quinze horas; 
V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a 
cinco horas, até dez horas; 
VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou 
inferior a cinco horas. 
 
 
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 Parágrafo único - O empregado contratado sob o regime de 
tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao 
longo do período aquisitivo terá o seu período de férias 
reduzido à metade. 
Período Concessivo de férias é aquele período de até doze 
meses, que após os doze meses anteriores completos de aquisição do 
direito às férias, o empregador deverá conceder o gozo das mesmas. 
Art. 134 da CLT As férias serão concedidas por ato do 
empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses 
subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o 
direito. 
§ 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias 
concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser 
inferior a 10 (dez) dias corridos. 
§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 
(cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas 
de uma só vez. 
Período aquisitivo de férias são os doze meses de vigência do 
contrato de trabalho, no qual o empregado adquirirá o direito às férias. 
As férias poderão ser integrais quando o empregado trabalhar os 
doze meses ou proporcionais, que ocorrerá a cada período incompleto 
de férias na proporção 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 
dias, conforme estabelece o art. 146 da CLT. 
 Quando as férias não forem concedidas nos doze meses a 
contar do término do período aquisitivo, elas deverão ser concedidas 
em dobro. 
Relembrando: O contrato de trabalho a tempo parcial é aquele 
cuja duração não exceda a 25 horas semanais, conforme estabelece o 
art. 58-A da CLT. 
O empregado que for contratado pelo regime a tempo 
parcial, que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do seu 
período aquisitivo de férias, terá o seu período de férias reduzido à 
metade. 
 
 
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Quando o empregado faltar injustificadamente durante o período 
aquisitivo haverá uma gradação no seu período de férias, uma vez que 
é vedado descontar das férias do empregado as suas faltas durante o 
período aquisitivo. 
Assim, elaborei um quadro esquemático, que sempre apresento 
quando o assunto é férias, com os dois artigos para facilitar a 
memorização da gradação das férias, em ambos os casos. 
Assim, o gabarito da questão será a letra “D”, porque o gozo de 
18 dias de férias caberá àquele que trabalhar de 22 horas até 25 horas 
semanais, que no caso em tela será somente o Diego. 
Regime 
Normal 
Art. 130 da 
CLT 
Tempo Parcial Art. 130- A da 
CLT 
Até 5 faltas 30 dias de 
férias 
22 à 25 h. 
semanais
18 dias de 
férias 
6 a 14 faltas 24 dias de 
férias 
20 à 22 h. 
semanais 
16 dias de 
férias 
15 a 23 faltas 18 dias de 
férias 
15 à 20 h. 
semanais 
14 dias de 
férias 
24 a 32 faltas 12 dias de 
férias 
10 à 15 h. 
semanais 
12 dias de 
férias 
Mais de 32 
faltas 
Não terá férias 5 à 10 h. 
semanais 
10 dias de 
férias 
Igual ou inferior 
à 5 h. semanais
8 dias de férias 
Mais de 7 faltas Reduz à 
metade 
Questão 40: Mariana, empregada doméstica, labora para a família 
Sócrates, que está se mudando para os Estados Unidos. A família 
Sócrates vendeu sua mansão para a família Demóstenes com toda a 
mobília e utensílios domésticos. Neste caso, Mariana 
(A) terá rescindido o seu contrato de trabalho com a família Sócrates 
sem justa causa, podendo a família de Demóstenes, caso queira, 
celebrar novo contrato de trabalho. 
(B) não terá rescindido o seu contrato de trabalho, havendo sucessão 
de empregadores, respondendo a família Demóstenes 
subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas. 
 
 
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(C) não terá rescindido o seu contrato de trabalho, havendo sucessão 
de empregadores, respondendo a família Demóstenes solidariamente 
pelas obrigações trabalhistas. 
(D) terá o seu contrato de trabalho suspenso por expressa 
determinação legal neste sentido. 
(E) não terá rescindido o seu contrato de trabalho, havendo sucessão 
de empregadores, mas a família Demóstenes não responderá pelas 
obrigações trabalhistas até a sucessão. 
Comentários: Aos empregados domésticos não se aplicam os 
artigos 10 e 448 da CLT que tratam da sucessão de empregadores. 
Assim, os contratos de trabalho dos empregados domésticos 
poderão ser rescindidos. Portanto, o gabarito da questão é a letra “A”. 
Questão 41: Faz um anoque Tício teve rescindido o seu contrato de 
trabalho com a empresa GUKO. Considerando que Tício laborava 
para a empresa há dez anos, em regra, ele terá mais 
(A) um ano para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua 
ex-empregadora, podendo pleitear os últimos cinco anos de seu 
contrato de trabalho. 
(B) um ano para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua 
ex-empregadora, podendo pleitear os últimos quatro anos de seu 
contrato de trabalho. 
(C) dois anos para ingressar com reclamação trabalhista em face de 
sua ex-empregadora, podendo pleitear os últimos quatro anos de seu 
contrato de trabalho. 
(D) dois anos para ingressar com reclamação trabalhista em face de 
sua ex-empregadora, podendo pleitear os últimos cinco anos de seu 
contrato de trabalho. 
(E) um ano para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua 
ex-empregadora, podendo pleitear os dez anos de seu contrato de 
trabalho. 
Comentários: Os institutos da prescrição e da decadência objetivam 
dar uma maior segurança jurídica à Sociedade e às relações jurídicas. 
Isto porque, no caso da prescrição, ocorrerá a limitação do exercício 
do direito de ação, o qual deverá ser exercido em determinado tempo. 
A prescrição é a extinção do direito de ação em virtude da inércia 
do seu titular em exercitá-lo dentro do prazo previsto. 
 
 
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Observem o dispositivo constitucional e a Súmula 308 do TST 
que tratam da prescrição: 
Art. 7º da CF/88 XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes 
das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos 
para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos 
após a extinção do contrato de trabalho; 
Súmula 308 I. Respeitado o biênio subseqüente à cessação 
contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões 
imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do 
ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquênio da 
data da extinção do contrato. II. A norma constitucional que ampliou o 
prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de 
aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela 
prescrição bienal quando da promulgação da CF/1988. 
No caso em tela, como Tício deixou passar um ano da cessação 
contratual, ele terá apenas mais um ano para ingressar com a ação, 
cujo prazo prescricional é de dois anos, após a extinção do contrato de 
trabalho. 
O prazo de cinco anos será contado da data do ajuizamento da 
reclamação. Acontece que Tício ajuizou a reclamação um ano após a 
extinção de seu contrato de trabalho, ele terá direito aos 4 anos de seu 
contrato de trabalho. 
Questão 42: A respeito da equiparação salarial, analise: 
I. Trabalho de igual valor, para efeitos de equiparação salarial, será o 
que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição 
técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for 
superior dois anos. 
II. O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência 
física atestada pelo órgão competente da Previdência Social poderá 
servir de paradigma para fins de equiparação salarial. 
III. Para efeitos da equiparação salarial, mesma localidade significa 
mesmo estabelecimento. 
IV. Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, 
conta-se o tempo de serviço na função e não no emprego. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) I e III. (B) I, II e IV. (C) II e III. (D) II e IV. (E) I e IV. 
 
 
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Comentários: Letra E 
I- Correta. (art. 461 da CLT) 
II- Incorreta. O art. 461, em seu parágrafo 4º, estabelece que o 
trabalhador readaptado, não poderá servir de paradigma. 
III- Incorreta. Mesma localidade significa mesmo município, ou 
municípios distintos que, comprovadamente, pertençam à mesma 
região metropolitana. (Súmula 6, X do TST) 
IV- Correta. (Súmula 6, II do TST) 
Observem as Súmulas e Orientações Jurisprudenciais sobre o 
tema: 
Súmula 6 do TST I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, 
só é válido o quadro de pessoal organizado em carreira quando 
homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa 
exigência o quadro de carreira das entidades de direito público da 
administração direta, autárquica e fundacional, aprovado por ato 
administrativo da autoridade competente. II - Para efeito de 
equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo 
de serviço na função e não no emprego. 
III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o 
paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as mesmas 
tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma 
denominação. IV - É desnecessário que, ao tempo da reclamação 
sobre equiparação salarial, reclamante e paradigma estejam a serviço 
do estabelecimento, desde que o pedido se relacione com situação 
pretérita. 
V - A cessão de empregados não exclui a equiparação salarial, 
embora exercida a função em órgão governamental estranho à 
cedente, se esta responde pelos salários do paradigma e do 
reclamante. 
VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a 
circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão 
judicial que beneficiou o paradigma, exceto se decorrente de 
vantagem pessoal ou de tese jurídica superada pela jurisprudência de 
Corte Superior. 
 
 
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VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível 
a equiparação salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado 
por sua perfeição técnica, cuja aferição terá critérios objetivos. 
VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo 
ou extintivo da equiparação salarial. 
IX - Na ação de equiparação salarial, a prescrição é parcial e só 
alcança as diferenças salariais vencidas no período de 5 (cinco) anos 
que precedeu o ajuizamento. 
X - O conceito de "mesma localidade" de que trata o art. 461 da CLT 
refere-se, em princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos 
que, comprovada-mente, pertençam à mesma região metropolitana. 
OJ 353 da SDI-1 do TST À sociedade de economia mista não se 
aplica a vedação à equiparação prevista no art. 37, XIII, da CF/1988, 
pois, ao contratar empregados sob o regime da CLT, equipara-se a 
empregador privado, conforme disposto no art. 173, § 1º, II, da 
CF/1988. 
OJ 297 da SDI-1 do TST O art. 37, inciso XIII, da CF/1988, veda a 
equiparação de qualquer natureza para o efeito de remuneração do 
pessoal do serviço público, sendo juridicamente impossível a 
aplicação da norma infraconstitucional prevista no art. 461 da CLT 
quando se pleiteia equiparação salarial entre servidores públicos, 
independentemente, de terem sido contratados pela CLT. 
OJ 296 da SDI -1 do TST Sendo regulamentada a profissão de 
auxiliar de enfermagem, cujo exercício pressupõe habilitação técnica, 
realizada pelo Conselho Regional de Enfermagem, impossível a 
equiparação salarial do simples atendente com o auxiliar de 
enfermagem. 
Questão 43: O contrato de trabalho de Ana foi extinto com o 
reconhecimento da culpa recíproca entre as partes pela Justiça do 
Trabalho. O contrato de trabalho de João foi extinto por força maior, 
também reconhecida pela Justiça do Trabalho. Nesses casos, com 
relação ao FGTS, a empresa empregadora de Ana e a de João 
pagarão multa deCURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
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(A) 40% do valor dos depósitos, sendo permitido que ambos saquem a 
conta vinculada. 
(B) 20% e 40%, respectivamente, mas somente Ana poderá sacar a 
conta vinculada. 
(C) 40% e 20%, respectivamente, sendo permitido que ambos saquem 
a conta vinculada. 
(D) 20% do valor dos depósitos, sendo permitido que ambos saquem a 
conta vinculada. 
(E) 20% e 40%, respectivamente, mas somente João poderá sacar a 
conta vinculada. 
Comentários: Letra D. 
Na hipótese de despedida por força maior ou por culpa 
recíproca, o empregador pagará 20% do montante de todos os 
depósitos realizados, na conta vinculada do empregado. 
 
Observem o que dispõe o art. 18 da lei 8036/90: 
Art. 18 da Lei 8036/90 Ocorrendo rescisão do contrato de 
trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a 
depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os 
valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e 
ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido 
recolhido, sem prejuízo das cominações legais. 
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa 
causa, depositará este, na conta vinculada do trabalhador no 
FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de 
todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a 
vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e 
acrescidos dos respectivos juros. 
§ 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força 
maior, reconhecida pela Justiça do Trabalho, o percentual de 
que trata o § 1º será de 20 (vinte) por cento. 
 
 
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Questão 44: Com relação à remuneração e ao salário, é certo que 
(A) as gratificações, em regra, não possuem natureza salarial, não 
compondo o salário do empregado para efeitos de FGTS, indenização 
e férias. 
(B) as gorjetas integram a remuneração, mas são excluídas do cálculo 
do repouso semanal remunerado, do aviso prévio, das horas extras e 
do adicional noturno. 
(C) não integram o salário as comissões, percentagem se abonos 
pagos pelo empregador. 
(D) incluem-se nos salários as ajudas de custo, por expressa 
determinação legal. 
(E) incluem-se as diárias para viagem que excedam de 50% do salário 
percebido pelo empregado. 
Comentários: Segundo entendimento sumulado do TST, as gorjetas 
integrarão a remuneração do empregado quando cobradas na nota de 
serviço ou quando forem espontaneamente ofertadas pelos clientes. 
A Súmula 354 do TST não permite que as gorjetas sirvam de 
base de cálculo para: 
¾ O aviso prévio; 
¾ O adicional noturno; 
¾ As horas extras; 
¾ O repouso semanal remunerado; 
Está correta a Letra B. 
Súmula 354 TST As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de 
serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a 
remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as 
parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso 
semanal remunerado 
 
 
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Noções de Processo do Trabalho: 
Questão 45: No processo do trabalho, considere as assertivas abaixo 
a respeito das Custas e Emolumentos judiciais: 
I. A União e suas autarquias e fundações públicas federais que não 
explorem atividade econômica estão isentos do pagamento de custas, 
bem como de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte 
vencedora. 
II. As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da 
decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o 
recolhimento dentro do prazo recursal. 
III. A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, 
está obrigada, independentemente de intimação, a pagar as custas 
fixadas na sentença originária, das quais ficará isenta a parte vencida. 
IV. Entidades fiscalizadoras do exercício profissional, como, por 
exemplo, a Ordem dos Advogados do Brasil, estão isentas do 
pagamento das custas. 
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, está correto o 
que consta APENAS em 
(A) III e IV. 
(B) I, II e III. 
(C) II, III e IV. 
(D) II e III. 
(E) I e IV. 
Comentários: Letra D. 
I - Incorreta. Há isenção do pagamento de custas para determinados 
sujeitos da relação processual, mas não há isenção em relação às 
despesas judiciais realizadas pela parte vencedora. Vejamos o art. 
790 - A da CLT. 
Art. 790-A da CLT - São isentos do pagamento de custas, 
além dos beneficiários de justiça gratuita: 
I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e 
respectivas autarquias e fundações públicas federais, 
estaduais ou municipais que não explorem atividade 
econômica; 
II – o Ministério Público do Trabalho. 
 
 
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Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as 
entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime 
as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de 
reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte 
vencedora. 
DICA: As sociedades de economia mista não estão isentas do 
pagamento de custas na Justiça do Trabalho, conforme dispõe a 
Súmula 170 do TST. 
As Sociedades de economia mista devem observar as regras 
trabalhistas e tributárias do art. 173, parágrafo 1º, II da CF/88. O 
Decreto 779/69 não faz referência à Sociedade de economia mista ao 
estabelecer privilégios e isenções. 
II - Correta. (Art. 789, parágrafo 1º da CLT). As custas serão pagas, 
pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. E, no caso de 
interposição de recurso, elas serão pagas e o seu recolhimento será 
comprovado dentro do prazo recursal. 
III- Correta. Quando a parte é vencedora na 1ª instância e é vencida 
na 2ª instância, ela estará obrigada a pagar as custas fixadas na 
sentença da 1ª instância, independentemente de ser intimada para 
isto, ficando a parte vencedora na 2ª instância, isenta de tal 
pagamento (Súmula 25 do TST). 
Súmula 25 do TST 
A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está 
obrigada, independentemente de intimação, a pagar as custas fixadas 
na sentença originária, das quais ficara isenta a parte então vencida. 
IV- Incorreta. (art. 790- A, parágrafo único da CLT) 
Súmula 170 do TST SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. 
CUSTAS Os privilégios e isenções no foro da Justiça do Trabalho 
não abrangem as sociedades de economia mista, ainda que 
gozassem desses benefícios, anteriormente ao Decreto-Lei nº 779, 
de 21.08.1969. 
 
 
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Questão 46: Em execução de sentença de reclamação trabalhista, 
despacho de magistrado determinou a realização de perícia contábil. A 
parte reclamante discordou da decisão, tendo em vista a necessidade 
de celeridade do processo para recebimento do crédito, indagando 
seu respectivo patrono da necessidade de recorrer da decisão. O 
recorrente foi informado que, neste caso, 
(A) não caberá agravo de petição, tendo em vista tratar-se de decisão 
interlocutória. 
(B) caberá agravo de petição, no prazo de oito dias, em razão de o 
despacho ter ocorrido na execução de sentença trabalhista. 
(C) caberá agravo de instrumento, no prazo de oito dias, tendo em 
vista tratar-se de decisão interlocutória. 
(D) caberá agravo de petição, no prazo dedez dias, em razão de o 
despacho ter ocorrido na execução de sentença trabalhista. 
(E) caberá agravo de instrumento, no prazo de dez dias, tendo em 
vista tratar-se de decisão interlocutória. 
Comentários: No Processo do Trabalho as decisões interlocutórias 
não serão recorríveis de imediato, conforme estabelece o art. 893 § 1º 
da CLT, que somente permite apreciação das mesmas, no recurso da 
decisão definitiva, geralmente no recurso ordinário. 
Decisão Interlocutória é o ato pelo qual o juiz no curso do 
processo resolve questão incidente. 
Art. 893 da CLT - Das decisões são admissíveis os seguintes 
recursos: 
I - embargos; 
II - recurso ordinário; 
III- recurso de revista; 
IV- agravo. 
§ 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio 
Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento 
das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão 
definitiva. 
 
 
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Súmula 214 do TST Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 
1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, 
salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho 
contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior 
do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o 
mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, 
com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a 
que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, 
§ 2º, da CLT. 
Relembrando: Agravo de petição (Art. 897, a, da CLT). 
¾ É o recurso cabível para impugnar decisões judiciais proferidas 
no curso do processo de execução. 
¾ Caberá no prazo de 8 (oito) dias. 
¾ O agravo de petição só será recebido quando o agravante 
delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, 
sendo permitida a execução imediata da parte remanescente até 
o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. 
Portanto, está correta a letra A, porque o agravo de petição é um 
recurso e não caberá recurso contra decisão interlocutória, SALVO AS 
EXCEÇÕES da Súmula 214 do TST. 
Questão 47: Em regra, a petição inicial que estiver desacompanhada 
de documento indispensável à propositura da ação 
(A) será obrigatoriamente indeferida se, após, intimada para suprir a 
irregularidade em quinze dias, a parte não o fizer. 
(B) deverá ser indeferida de plano, mas poderá o reclamante ingressar 
imediatamente com nova reclamatória. 
(C) somente será indeferida se, após, intimada para suprir a 
irregularidade em dez dias, a parte não o fizer. 
(D) deverá ser indeferida de plano, mas o reclamante só poderá 
ingressar com nova reclamatória após o decurso de cento e vinte dias 
do trânsito em julgado da primeira decisão. 
(E) deverá ser indeferida de plano, mas o reclamante só poderá 
ingressar com nova reclamatória após o decurso de sessenta dias do 
trânsito em julgado da primeira decisão. 
 
 
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Comentários: Letra C. (art. 284 do CPC) 
Questão 48: Com relação aos prazos processuais, é certo que 
(A) as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho, 
em regra, não suspendem e nem interrompem os prazos recursais. 
(B) os prazos que se vencerem em domingo ou dia feriado terminarão 
na primeira sexta-feira que anteceder o vencimento. 
(C) os prazos processuais são, em regra, contínuos e releváveis, 
podendo ser prorrogado pelo juiz quando houver necessidade em 
virtude de força maior. 
(D) os prazos processuais contam-se, com inclusão do dia do começo 
e exclusão do dia do vencimento. 
(E) o início do prazo, intimada ou notificada a parte no sábado, dar-se-
á no primeiro dia útil imediato e a contagem no subseqüente. 
Comentários: A assertiva E está correta, pois retrata o que 
estabelece a Súmula 262 do TST. 
Súmula 262 TST I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início 
do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem no 
subsequente. II- O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros 
do TST suspendem os prazos recursais. 
Transcreverei parte de nosso curso de Processo do Trabalho 
(teoria e questões), para que vocês possam relembrar e responder às 
assertivas da questão! 
Relembrando: Prazo é o lapso de tempo dentro do qual um ato 
processual deverá ser praticado. 
Os prazos processuais classificam-se: 
a) Quanto à origem: prazos legais (fixados pela lei), prazos judiciais 
(fixados pelo juiz) e prazos convencionais (convencionado pelas 
partes). 
b) Quanto à natureza: prazos dilatórios (são os prazos prorrogáveis) 
e prazos peremptórios (são os prazos fatais e improrrogáveis). O art. 
182 do CPC excepciona em relação aos prazos peremptórios ao 
permitir que o juiz prorrogue um prazo peremptório nas comarcas 
onde for difícil o transporte, mas nunca por tempo superior a 60 dias. 
 
 
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c) Quanto aos destinatários: prazos próprios (são os prazos 
destinados às partes) e prazos impróprios (são os prazos destinados 
aos juízes e servidores da justiça do trabalho). 
Importante: A contagem dos prazos é tema muito abordado em provas 
por diversas bancas, portanto prestem muita atenção às explicações 
abaixo, pois sempre cai o quadro de Súmulas que destaquei. 
¾ A contagem de prazo no processo do trabalho é feita com base nos 
artigos 774 e 775 da CLT, auxiliado por algumas Súmulas do TST. O 
início da contagem do prazo é denominado dies a quo e o término do 
prazo é denominado dies ad quem. 
¾ A regra geral é que a contagem dos prazos excluirá o dia do 
começo e incluirá o dia do vencimento, conforme em destaque no art. 
775 da CLT abaixo transcrito. 
Art. 774 da CLT - Salvo disposição em contrário, os prazos 
previstos neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da 
data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, 
daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que 
publicar o expediente da Justiça do Trabalho,ou, ainda, daquela 
em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal. 
Parágrafo único - Tratando-se de notificação postal, no 
caso de não ser encontrado o destinatário ou no de recusa de 
recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de 
responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 
(quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem. 
Art. 775 da CLT - Os prazos estabelecidos neste Título 
contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia 
do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, 
entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário 
pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente 
comprovada. 
 Parágrafo único - Os prazos que se vencerem em sábado, 
domingo ou feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte. 
Art. 776 da CLT - O vencimento dos prazos será certificado 
nos processos pelos escrivães ou chefes de secretaria. 
 
 
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 Vamos ao quadro das Súmulas! 
 
Súmula 1 do TST Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a 
publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial 
será contado da segunda-feira imediata inclusive, salvo se não houver 
expediente, caso emque fluirá no dia útil que se seguir. 
Exemplificando: Nada melhor do que uma questão de prova para 
exemplificar a Súmula 1 do TST! 
(FCC – TRT/23ª Região – Analista Judiciário) Mário ingressou com a 
reclamação trabalhista em face da empresa X e teve sua reclamação 
julgada procedente. A empresa X pretende ingressar com recurso 
ordinário para a segunda instância. 
Considerando que a sentença foi publicada no diário oficial no dia 4 de 
Maio de 2007 (sexta-feira), o prazo para interposição dos respectivos 
recursos expirou-se em 
a) 11 de maio de 2007(sexta-feira) 
b) 14 de Maio de 2007(segunda-feira) 
c) 16 de maio de 2007(quarta-feira) 
d) 18 de maio de 2007(sexta-feira) 
e) 21 de Maio de 2007(segunda-feira) 
Comentário: O recurso a ser interposto é o ordinário com prazo de 8 
dias contados da intimação da sentença (aprofundaremos em recursos 
nas próximas aulas). Mário foi intimado da sentença em 4 de Maio 
(sexta), logo pela regra do art. 775 da CLT deveríamos excluir o dia do 
começo e incluir o dia do vencimento. 
Acontece que a Súmula 1 do TST é no sentido de não computar o final 
de semana. Portanto, os 8 dias serão contados a partir de segunda-
feira que é dia útil e o final do prazo será na segunda-feira (14 de 
Maio). 
 
Súmula 16 TST Presume-se recebida a notificação 48 horas depois 
de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o 
decurso deste prazo constitui ônus de prova do destinatário. 
 
 
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Súmula 30 TST Intimação da sentença- Quando não juntada a ata ao 
processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento ( art. 
851 § 2º CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a 
parte receber a intimação da sentença 
Súmula 262 TST I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início 
do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem no 
subsequente. II- O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros 
do TST suspendem os prazos recursais. 
 
OJ-310 da SDI – 1 do TST “Litisconsortes. Procuradores distintos. 
Prazo em dobro. Art. 191 do CPC. Inaplicável ao Processo do 
Trabalho. A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao 
Processo do Trabalho, em face da sua incompatibilidade com o 
princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista. 
 
Súmula 350 do TST O prazo de prescrição com relação à ação de 
cumprimento de decisão normativa flui apenas da data de seu trânsito 
em julgado. 
Súmula 385 do TST FERIADO LOCAL. AUSÊNCIA DE 
EXPEDIENTE FORENSE. PRAZO RECURSAL. PRORROGAÇÃO. 
COMPROVAÇÃO. NECESSIDADE Cabe à parte comprovar, quando 
da interposição do recurso, a existência de feriado local ou de dia útil 
em que não haja expediente forense, que justifique a prorrogação do 
prazo recursal. 
 
 
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Exemplificando: Exemplificarei com a resolução de uma questão 
discursiva da CESPE. 
(UnB/CESPE – OAB/RJ -/2007) O advogado Francisco Alburquerque, 
inconformado com o conteúdo da sentença que julgou improcedente o 
pedido de seu cliente, interpõe recurso ordinário. A sentença foi 
publicada no Diário Oficial de 10 de novembro de 2006, sexta-feira, e 
o recurso protocolado em 21 de novembro do mesmo ano, terça-feira, 
dia seguinte ao feriado estadual que celebra o "Dia Nacional da 
Consciência Negra" (Lei Estadual n.º 4.007, de 11 de novembro de 
2002). Não obstante haver o diligente advogado elaborado preliminar 
de tempestividade de seu recurso, ao receber o apelo no Tribunal 
Regional do Trabalho, o juiz relator entendeu por bem negar 
seguimento a seu trâmite, monocraticamente, por considerá-lo 
intempestivo. Segundo os argumentos do magistrado, ao alegar direito 
estadual para prorrogar o prazo recursal, caberia ao recorrente provar 
o seu teor e vigência, nos termos do art. 337, do CPC, o que não 
ocorrera. 
 Levando-se em consideração os dados acima, indaga-se: Qual o 
recurso cabível da decisão monocrática que negou seguimento ao 
recurso ordinário citado? Indique o dispositivo legal que o prevê e 
fundamente sua resposta. 
Qual o prazo legal de interposição do referido recurso? 
Comentários: O Recurso cabível contra decisão monocrática que 
negar seguimento ao recurso ordinário é o Agravo Regimental, que 
deverá ser interposto no prazo previsto no regimento interno dos 
Tribunais. 
Caberá Agravo Regimental do despacho do relator que, 
baseando-se em Súmulas do TST, negar seguimento a recurso, 
conforme estabelece o art. 9ª, parágrafo único da Lei 5.574/70. 
Observem a contagem do prazo na interposição do Recurso 
Ordinário: O prazo para interposição de Recurso Ordinário é de 8 dias, 
contados da publicação da sentença. A sentença foi publicada em 
10/11/06 (sexta-feira). 
A Súmula 1 do TST estabelece que neste caso a contagem do 
prazo será, a partir de segunda-feira (13/11/06) e o término em 
20/11/06. Acontece que o advogado alegou que neste dia é feriado 
local e por isso o prazo estaria prorrogado para 21/11/06, data na qual 
ele interpôs o recurso. 
 
 
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Súmula 1 TST Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a 
publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial 
será contado da segunda-feira imediata inclusive, salvo se não houver 
expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir. 
No caso em tela, o relator negou seguimento ao Recurso 
interposto baseando-se na Súmula 385 do TST, que dispõe que a 
parte deverá comprovar a existência de feriado local que justifique a 
prorrogação do prazo recursal. 
Súmula 385 do TST Cabe à parte comprovar, quando da interposição 
do recurso, a existência de feriado local ou de dia útil em que não haja 
expediente forense, que justifique a prorrogação do prazo recursal. 
Assim, o recurso cabível é o Agravo Regimental conforme dispõe 
a lei 5.574/70. 
O fundamento legal do Agravo Regimental é o Regimento 
Interno dos Tribunais. O Regimento Interno do TST estabelece o prazo 
de 8 dias para a interposição do Agravo regimental, alguns Tribunais 
Regionais estabelecem o prazo de 8 dias e outros o prazo de 5 dias. 
 
Súmula 245 do TST DEPÓSITO RECURSAL. PRAZO O depósito 
recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A 
interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal. 
Questão 49: Maria ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex- 
empregadora, a empresa privada SSS, dando à causa o valor de R$ 
16.500,00. Nesta reclamação, 
(A) as testemunhas, até o máximo de três para cada parte, 
comparecerão à audiência de instrução e julgamento 
independentemente de intimação. 
(B) todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e 
julgamento, desde que requeridas previamente. 
(C) só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente 
convidada, deixar de comparecer. 
 
 
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(D) havendo a necessidade de realização de prova pericial, as partes 
serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de 
dez dias. 
(E) não se encontrando a empresa reclamada no endereço indicado 
na exordial, poderá ser deferida a citação por edital para propiciar o 
regular andamento do processo. 
Comentários: 
Pelo valor dado à causa, constatamos que o procedimentoadotado será o sumaríssimo, porque o valor não extrapolou a 40 
salários mínimos. 
Art. 852-A da CLT - Os dissídios individuais cujo valor não 
exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do 
ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento 
sumaríssimo. 
Parágrafo único - Estão excluídas do procedimento 
sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração 
Pública direta, autárquica e fundacional. 
No procedimento sumaríssimo, cada parte poderá apresentar até 
duas testemunhas e somente será deferida a intimação de testemunha 
que comprovadamente intimada deixar de comparecer. Portanto, está 
correta a letra C. 
 Art. 821 da CLT - Cada uma das partes não poderá indicar 
mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de 
inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 
(seis). 
Art. 852-H da CLT - Todas as provas serão produzidas na 
audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas 
previamente. 
§ 1º - Sobre os documentos apresentados por uma das 
partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem 
interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a 
critério do juiz. 
 
 
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§ 2º - As testemunhas, até o máximo de duas para cada 
parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento 
independentemente de intimação. 
§ 3º - Só será deferida intimação de testemunha que, 
comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não 
comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar 
sua imediata condução coercitiva. 
§ 4º - Somente quando a prova do fato o exigir, ou for 
legalmente imposta, será deferida prova técnica, incumbindo ao 
juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear 
perito. 
§ 5º - (VETADO) 
§ 6º - As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o 
laudo, no prazo comum de cinco dias. 
§ 7º - Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a 
solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, 
salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa. 
Relembrando: No que tange à prova testemunhal prevalece a 
qualidade do depoimento das testemunhas e não a quantidade, logo 
caso exista, apenas, uma testemunha, o seu depoimento não poderá 
ser desprezado, caso seja, firme e seguro. 
¾ No Procedimento Ordinário cada uma das partes não poderá 
indicar mais de 3 testemunhas. 
¾ No Procedimento Sumaríssimo cada parte poderá indicar até 
duas testemunhas. 
¾ No Inquérito para apurar falta grave cada parte poderá indicar 
até seis testemunhas. 
¾ O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de 
uma testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de 
depor no processo. 
¾ Poderão depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as 
incapazes, as impedidas e as suspeitas. 
 
 
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¾ No Procedimento Sumaríssimo somente será deferida a 
intimação de testemunhas que comprovadamente convidada 
deixar de comparecer. 
 Portanto, no procedimento sumaríssimo, a parte deverá 
demonstrar que a testemunha foi convidada, o que não é 
necessário no Procedimento Ordinário, conforme o parágrafo único 
do art. 825 da CLT. 
 Art. 828 da CLT- Toda testemunha, antes de prestar o 
compromisso legal, será qualificada, indicando o nome, 
nacionalidade, profissão, idade, residência, e, quando 
empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, 
ficando sujeita, em caso de falsidade, às leis penais. 
 Parágrafo único - Os depoimentos das testemunhas serão 
resumidos, por ocasião da audiência, pelo chefe de secretaria 
da Junta ou funcionário para esse fim designado, devendo a 
súmula ser assinada pelo Presidente do Tribunal e pelos 
depoentes. 
Questão 50: Considere as assertivas abaixo a respeito das provas: 
I. O ônus de provar o término do contrato de trabalho,quando negados 
a prestação de serviços e o despedimento, é do empregado. 
II. Em regra, a prova da jornada extraordinária é do empregado por 
tratar-se de fato constitutivo do seu direito. 
III. É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo 
ou extintivo da equiparação salarial. 
IV. O termo inicial do direito ao salário-família coincide com a prova da 
filiação e, em regra, se feita em juízo, corresponde à data do 
ajuizamento do pedido. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) II,III e IV. (B) I, II e III. (C) III e IV. (D) I e IV. (E) I e III. 
Comentários: Letra A. I- Incorreta. 
Súmula 212 do TST - DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA O ônus 
de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a 
prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o 
princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção 
favorável ao empregado. 
 
 
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II- Correta. 
Súmula 338 do TST I - É ônus do empregador que conta com mais de 
10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do 
art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles 
de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de 
trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. II - A 
presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista 
em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.III - 
Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída 
uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da 
prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, 
prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. 
III- Correta. 
Súmula 6 do TST VIII - É do empregador o ônus da prova do fato 
impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial. 
IV- Correta (Súmula 254 do TST). ........................................................ 
Gabarito: 
39 - D 
42 - E 45 - D 48- E 
40 - A 43 - D 46 - A 49- C 
41 - B 44 - B 47- C 50- A 
............................................................................................................... 
Resolveremos na semana vem, a prova de Analista Judiciário – 
Execução de Mandados do TRT de Campinas - 2009. 
Até lá! 
Um grande abraço, 
Déborah Paiva

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