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3 - Sintomatologia

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SINTOMATOLOGIA
1. INTRODUÇÃO:
Por Sintomatologia entende-se a parte da Fitopatologia que trata dos sintomas e sinais visando a diagnose da doença.
As alterações sofridas pela planta em sua estrutura ou no seu funcionamento são chamadas de Sintomas. Em outras palavras, sintoma pode ser definido como a exteriorização da doença. Por outro lado, estruturas do patógeno entremeadas com o tecido doente da planta são denominadas de Sinais e o conjunto de sintomas e sinais apresentados pela planta doente é chamado de Quadro Sintomatológico. Em casos que a doença não apresentar sinais o quadro sintomatológico é o conjunto de sintomas.
A diagnose é considerada direta quando feita através de sinais e indireta quando feita através de sintomas.
Na grande maioria dos casos, estuda-se a sintomatologia de uma maneira objetiva considerando-se apenas os sintomas perceptíveis pela visão, tato, olfato e paladar, visto que a finalidade da sintomatologia é a rápida diagnose da doença. Isto porque ao se encarar a sintomatologia em seu aspecto fisiológico, vemos que o processo doença se inicia pela alteração na atividade respiratória das células em contato com o patógeno ou seus exsudatos. Através destas alterações enzimáticas e metabólicas ao nível celular é possível detectar o início do processo doença muito antes dos sintomas serem visíveis. No entanto, a dificuldade da sua aplicação em diagnóstico rápido em condições de campo faz com que os sintomas de alterações fisólógicas ao nível celular seja de pouca utilidade na diagnose corriqueira da doença. Dentro desse conceito restrito e objetivo, a sintomatologia não abrange o processo doença sem sintomas perceptíveis pela visão, olfato e paladar humanos.
No sentido de facilitar a diagnose da doença, os sintomas são agrupados de acordo com o ângulo em que são situados. 
Entretanto qualquer que seja o critério de classificação, ele é sempre arbritrário, pois não é possível separar completamente os sintomas em classes ou grupos definidos, visto não existirem sintomas isolados: todos eles são resultantes de alterações fisiológicas ao nível de células e tecidos, estando todos eles entrelaçados e interligados dentro do quadro sintomatológico. No entanto, repetimos, a sintomatologia visa a diagnose da doença sendo por isso os sintomas padronizados e agrupados no sentido de facilitar essa diagnose.	
	
2. SINTOMAS MORFOLÓGICOS OU EXTERNOS:
Compreendem as alterações que se revelam na superfície dos órgãos de plantas ou pela planta toda.
 
2.1. DESCOLORAÇÕES : Sintomas comuns a quase todas as causas tanto podem ser provocados por causas biológicas como fisiológicas. Consistem na perda do verde normal das folhas ou de outros órgãos normalmente verdes, devido a degeneração ou desorganização da clorofila.
Estas descolorações podem ter várias matizes, assim distinguimos:
2.1.1 AMARELECIMENTO: Sintoma mais comum em folhas, consiste no aparecimento de uma coloração amarela que vai de um amarelo brilhante até um amarelo gema de ovo, constituí um estado irreversível. (Fig. 1).
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FIG. 1.
2.1.2 CLOROSE: Descoloração de órgãos que passam a exibir tonalidade mais clara (verde esmaecido ou amarelo esverdeado). A clorose ao contrário do amarelecimento, constituí um estado reversível. Não há, na clorose, desaparecimento de clorofila, mas perda ou redução de sua velocidade de formação. Pode ser parcial ou total (fig. 2.).
2.1.3. MOSAICO: Áreas verde claras entremeadas com o verde normal. Como na clorose, constituí um estado reversível (Fig. 3).
 
 FIG. 2 FIG.3.
2.1.4. ALBINISMO: Estado proveniente da não formação do pigmento clorofiliano, exprimindo-se, externamente, pelo branco que domina parcial ou totalmente os órgãos verdes (Fig. 4).
 FIG. 4.
2.1.5. MUDANÇA DE COR: Algumas plantas quando doentes, trocam a coloração, assim as folhas de milho quando existe deficiência de fósforo no solo, ficam com o limbo avermelhado (Fig.5.), ainda a falta deste provoca o bronzeamento das folhas da beterraba.
 FIG.5.
2.2. ANASARCA: (Encharcamento) os tecidos assumem a aparência de estarem embebidos com óleo devido á passagem de água das células para os espaços intercelulares. Este sintoma é de ocorrência frequente na requeima da batatinha, míldio da videira (Fig. 6A – sintoma, Fig. 6B. sinais) e manchas bacterianas.
 FIG. 6.A. FIG. 6.B.
2.3. MURCHAMENTO: É a exteriorização da falta de água nos tecidos suculentos devido á obstrução do sistema vascular ou ação de toxinas no sistema de transporte de água por ação do patógeno, bem como do ataque direto de microorganismos ao sistema radicular (Fig. 7).
 FIG. 7. 
 A TROMBOSE: Que consiste no entupimento de vasos pela presença física do agente causal é um sintoma interno que pode levar a exteriorização da murcha (Fig 8). 
 FIG. 8. 
2.4. MORTE DO PONTEIROS: É a morte progressiva das pontas para a base dos raminhos e ramos de árvores e arbustos. Este sintoma é muitas vêzes, devido a rigores do inverno, ataque de fungos ou de solo úmido. A morte dos ponteiros do cafeeiro é um bom exemplo deste sintoma causado por deficiências minerais (Fig. 9).
 Fig. 9.
2.5. LISTRA OU RISCA: Exprime-se na forma de estrias paralelas, alongadas, amarelas, brancas ou pardas, dispostas nas folhas ou nos ramos (Fig. 10).
 FIG. 10.
2.6. MANCHA NECRÓTICA: Um sintoma muito comum em muitas doenças das folhas em que se desenvolvem áreas necróticas mais ou menos irregulares, como resultado da invasão de patógenos. Algumas vêzes tais manchas nas folhas apresentam pronunciadas zonas concêntricas como no crescimento de Alternaria da batatinha ou manchas causadas por Phyllosticta sp. em várias plantas. Algumas vêzes a área morta central é circundada por uma ou mais zonas de tecidos avermelhados ou amarelados. Embora, as manchas nas folhas sejam geralmente mais ou menos circulares em contôrno, elas podem ser também característicamente angulares, como a mancha angular da folha do pepino, ou na mancha angular da folha do algodoeiro. O aparecimento de manchas não se limita só as folhas, mas pode, também, caracterizar doenças de outros órgãos tais como frutos, como as várias manchas dos frutos cítricos. Geralmente o nome do órgão afetado está ligado ao termo mancha, como a mancha da folha, do fruto, do caule, mancha angular da folha. É frequente também a cor da lesão qualificando a palavra, como mancha parda, mancha preta, etc (Figs. 11, 12, 13).
 
FIG. 11. FIG. 12. FIG. 13
2.7. PODRIDÃO: Sintoma próprio de órgãos suculentos, é o estado dos tecidos em decomposição. Pode ser de dois tipos - seca e úmida, na dependência da consistência do substrato e, em especial da capacidade enzimática do patógeno envolvido no parasitismo. Uma eficiente ação pectinolítica conduz, em regra, a uma rápida e intensa perda de água por parte das células e, por conseguinte, a uma podridão úmida. A podridão seca provem, na maior parte dos casos, de patógenos mais fracos, produzindo, a infecção, uma lentadesidratação (Fig 14). 
Por vezes, a decomposição dos tecidos em particular de podridão úmida é acompanhada da exalação de odores desagradáveis, sintoma este que, por sí só, completa a caracterização do quadro sintomatológico da doença.	 
 FIG. 14.
 MUMIFICAÇÃO: É o resultado da evolução da podridão seca em fruto e órgãos carnosos, os quais findam endurecidos e sensívelmente reduzidos em tamanho. A mumificação é comum em ameixeira e pêssego afetados com a podridão parda (Fig. 15), em frutos cítricos com podridão peduncular causada por Diaporthe citri.
2.9. PERFURAÇÃO: Orifício aberto pelo desprendimento de tecidos lesados. Este sintoma é comum em ameixeira e pessegueiro atacados por Xanthomonas campestris pv. Pruni (Fig. 16.) e Coryneum carpophilum. 
 
 
 
 FIG. 15. FIG. 16.
2.10. CANCRO: Corrosão superficial dos tecidos resultando em lesões com bordos elevados e centro deprimido. Como exemplo temos o cancro bacteriano do tomateiro (Fig. 17.), cancro cítrico (Fig. 18.) e lesões de antracnose nos ramos de videira. 
 FIG. 17. FIG. 18
2.11. DAMPING-OFF: Consiste no rápido apodrecimento na base do caulículo de plântulas tenras e a consequente queda das mesmas. Resulta num sintoma complexo ao qual se aplica comumente o nome de "Damping-off". A lesão em sua fase primária é geralmente do tipo podridão úmida envolvendo os tecidos do caulículo. O damping-off é sintoma comum em muitas doenças que afetam mudas proveniente de sementes , nos primeiros estágios de desenvolvimento (Fig. 19).
FIG. 19. 
2.12. EXSUDATO: Extravasamento de seiva (Fig. 20).
 FIG. 20.
2.13. PÚSTULA: Tipo particular de mancha , caracterizada pelo detalhe da elevação e posterior ruptura da epiderme, por força da pressão exercida pelas frutificações do patógeno. Sintoma comum às ferrugens (Figs. 20, 21).
 FIG. 21. FIG. 22. 
2.14. ROSETA: Aglomeração de folhas devido a insuficiência de crescimento dos entre-nós. É um sintoma característico da roseta do pessegueiro e da deficiência de boro em cafeeiro (Fig. 23).
 FIG 23
2.15. ENFEZAMENTO: Crescimento insuficiente de plantas ou suas partes (Fig. 24).
 FIG. 24 
2.16. INTUMESCÊNCIA: Tumor sem relação com parasitas.
2.17. GALHA: Tumor de origem parasitária. Este sintoma é resultado de uma hipertrofia (aumento do tamanho da célula) e ou hiperplasia (multiplicação exagerada de células) (Fig. 25).
FIG. 25
2.18. SUPERBROTAMENTO OU VASSOURA DE BRUXA: Formação de grande número de brotos (Fig. 26).
 FIG. 26.
2.19. PROLIFERAÇÃO: Formação de órgãos a partir de outros desenvolvidos e de mesma natureza (Fig. 27).
 FIG. 27.
2.20. ENCARQUILHAMENTO: Deformação ou encrespamento anormal de folhas devido ao supercrescimento dos tecidos em uma das faces de órgãos afetados. Este sintoma aparece em grande número de doenças, como por exemplo crespeira verdadeira do pessegueiro (Fig. 28).
FIG. 28.
2.21. SARNA OU VERRUGOSE: Lesão nos frutos, tubérculos, folhas e caules, aproximadamente circular, saliente e áspera. A sarna resulta do crescimento excessivo dos tecidos epidérmicos e corticais geralmente modificados pela ruptura e suberificação das paredes celulares, e ás vêzes, pela presença de certas estruturas de patógenos, como micélio ou estroma. Bons exemplos deste sintoma podem ser observados na sarna da macieira, da batatinha, dos cítrus (Fig. 29.), do abacateiro e muitas outras.
 FIG. 29.
2.22. FASCIAÇÃO: É o estado achatado de órgãos normalmente cilíndricos (Fig. 30).
 Fig. 30
2.23. ESPIRALISMO: É a disposição helicoidal dos órgãos fasciados (Fig. 31).
 FIG. 31
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