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Modelos de Vitrúvio

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Prévia do material em texto

estudo de projeto e análise de edifícios antigos 
prescritos por Vitrúvio em seu De Architectura
O presente projeto de pesquisa de Iniciação Científica propõe a 
elaboração de um caderno de desenhos com fins didáticos, onde 
o leitor a quem esse material se destina terá a sua disposição o 
equipamento necessário para ensiná-lo o raciocínio de projeto dos 
antigos, insumo para posteriores exercícios analíticos de obras da 
Antigüidade, de modo a identificar suas diferentes “intenções 
artísticas”, assim compreendendo as principais 
 diretrizes históricas da chamada Arquitetura 
 Clássica. A pesquisa fazparte de um projeto 
 maior vinculado ao LABTRI-FAUUSP que 
 possui outras vertentes de estudo so- 
 bre templos e teatros com vistas a 
 fomentar a aquisição de 
 c o n h e c i m e n t o p o r 
 meio de exercícios de 
 desenho e de constru- 
 ção de modelos 
 tridimensionais.
estudo de projeto e análise de edifícios antigos 
prescritos por Vitrúvio em seu De Architectura
O presente projeto de pesquisa de Iniciação Científica propõe a 
elaboração de um caderno de desenhos com fins didáticos, onde 
o leitor a quem esse material se destina terá a sua disposição o 
equipamento necessário para ensiná-lo o raciocínio de projeto dos 
antigos, insumo para posteriores exercícios analíticos de obras da 
Antigüidade, de modo a identificar suas diferentes “intenções 
artísticas”, assim compreendendo as principais 
 diretrizes históricas da chamada Arquitetura 
 Clássica. A pesquisa fazparte de um projeto 
 maior vinculado ao LABTRI-FAUUSP que 
 possui outras vertentes de estudo so- 
 bre templos e teatros com vistas a 
 fomentar a aquisição de 
 c o n h e c i m e n t o p o r 
 meio de exercícios de 
 desenho e de constru- 
 ção de modelos 
 tridimensionais.
01
01
03
agradecimentos
A existência do caderno somente foi possível graças ao professor doutor Mário Hen-
rique Simão D’Agostino, que foi além da figura do orientador, tornando-se, desde a 
concepção do projeto até a sua plena realização, um exemplo de comprometimento 
e responsabilidade, e, sobretudo considerado um verdadeiro amigo.
Agradecemos ao professor Francisco Homem de Melo e ao amigo Luis Fernando Meyer 
pelas precisas contribuições no projeto gráfico.
Relativa as maquetes físicas, aos colaboradores Alexandre Afonso, Emílio Leucádio, Ri-
cardo Domingues, funcionários do LAME, e Regiane Pupo, pesquisadora do LAPAC-
Unicamp. 
Pelo apoio e compreensão, Carlos César Corrêa e Norma Ascendino; Alberto Boaven-
tura e Deusa Boaventura; Rita; Iara Mesquita Macedo, José Antônio Barbosa Macedo, 
pais dos pesquisadores. Augusto, Carolina, Lucas e Rodolfo, respectivamente.
PROJETO INTEGRADO DE MODELOS TRIDIMENSIONAIS
para estudos de arquitetura clássica
Modelos de Vitrúvio (Templos e Teatros)
Pesquisas desenvolvidas pelo Laboratório de Modelos 
Tridimensionais nos anos de 2008 a 2010
LABTRI - Laboratório de Modelos Tridimensionais da FAU-USP
Coordenação:
Prof.Dr.Mário Henrique Simão D'Agostino.
Professores:
Dr. Júlio Roberto Katinsky
Dra. Maria Cecília França Lourenço
Dr. Luciano Migliaccio
Dr. Luis Antonio Jorge
Dr. Luiz Américo de Souza Munari
Dr. Francisco Homem de Melo
Mest. Vânia Cristina Cerri (Anhembi Morumbi)
Pesquisadores: 
Lucas Frech Caldeira, Rodolfo Mesquita Macedo, Augusto César 
Ascendino Corrêa, Luis Fernando Meyer, Carolina Rodrigues 
Boaventura, Tatiane Teles, Gil Tokio de Tani e Isoda.
PROJETO APROVADO E FINANCIADO PELO CNPQ.
bolsas de pesquisa para iniciação científica no período de 
agosto de 2009 a julho de 2010.
02 
03
agradecimentos
A existência do caderno somente foi possível graças ao professor doutor Mário Hen-
rique Simão D’Agostino, que foi além da figura do orientador, tornando-se, desde a 
concepção do projeto até a sua plena realização, um exemplo de comprometimento 
e responsabilidade, e, sobretudo considerado um verdadeiro amigo.
Agradecemos ao professor Francisco Homem de Melo e ao amigo Luis Fernando Meyer 
pelas precisas contribuições no projeto gráfico.
Relativa as maquetes físicas, aos colaboradores Alexandre Afonso, Emílio Leucádio, Ri-
cardo Domingues, funcionários do LAME, e Regiane Pupo, pesquisadora do LAPAC-
Unicamp. 
Pelo apoio e compreensão, Carlos César Corrêa e Norma Ascendino; Alberto Boaven-
tura e Deusa Boaventura; Rita; Iara Mesquita Macedo, José Antônio Barbosa Macedo, 
pais dos pesquisadores. Augusto, Carolina, Lucas e Rodolfo, respectivamente.
PROJETO INTEGRADO DE MODELOS TRIDIMENSIONAIS
para estudos de arquitetura clássica
Modelos de Vitrúvio (Templos e Teatros)
Pesquisas desenvolvidas pelo Laboratório de Modelos 
Tridimensionais nos anos de 2008 a 2010
LABTRI - Laboratório de Modelos Tridimensionais da FAU-USP
Coordenação:
Prof.Dr.Mário Henrique Simão D'Agostino.
Professores:
Dr. Júlio Roberto Katinsky
Dra. Maria Cecília França Lourenço
Dr. Luciano Migliaccio
Dr. Luis Antonio Jorge
Dr. Luiz Américo de Souza Munari
Dr. Francisco Homem de Melo
Mest. Vânia Cristina Cerri (Anhembi Morumbi)
Pesquisadores: 
Lucas Frech Caldeira, Rodolfo Mesquita Macedo, Augusto César 
Ascendino Corrêa, Luis Fernando Meyer, Carolina Rodrigues 
Boaventura, Tatiane Teles, Gil Tokio de Tani e Isoda.
PROJETO APROVADO E FINANCIADO PELO CNPQ.
bolsas de pesquisa para iniciação científica no período de 
agosto de 2009 a julho de 2010.
02 
PREFÁCIO
05
O presente projeto de pesquisa de Iniciação Científica propõe a 
elaboração de um caderno de desenhos com fins didáticos, onde 
o leitor a quem esse material se destina terá a sua disposição o 
equipamento necessário para ensiná-lo o raciocínio de projeto dos 
antigos, insumo para posteriores exercícios analíticos de obras da 
Antigüidade, de modo aidentificar suas diferentes intenções , assim 
compreendendo as principais diretrizes históricas da chamada 
Arquitetura Clássica. A pesquisa é parte de um projeto maior 
vinculado ao LABTRI-FAUUSP (Laboratório de Modelos 
Tridimencionais da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da 
Universidade de São Paulo) que possui outras vertentes de estudo 
com templos e teatros com vistas a fomentar a aquisição de 
conhecimento por meio de exercícios de desenho e de construção 
de modelos tridimensionais.
04
PREFÁCIO
05
O presente projeto de pesquisa de Iniciação Científica propõe a 
elaboração de um caderno de desenhos com fins didáticos, onde 
o leitor a quem esse material se destina terá a sua disposição o 
equipamento necessário para ensiná-lo o raciocínio de projeto dos 
antigos, insumo para posteriores exercícios analíticos de obras da 
Antigüidade, de modo a identificar suas diferentes intenções , assim 
compreendendo as principais diretrizes históricas da chamada 
Arquitetura Clássica. A pesquisa é parte de um projeto maior 
vinculado ao LABTRI-FAUUSP (Laboratório de Modelos 
Tridimencionais da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da 
Universidade de São Paulo) que possui outras vertentes de estudo 
com templos e teatros com vistas a fomentar a aquisição de 
conhecimento por meio de exercícios de desenho e de construção 
de modelos tridimensionais.
04
0706
0706
................................................11
................................................13
................................................14
................................................16
................................................21
................................................26
................................................28
................................................31
................................................35
................................................38
................................................10
................................................40
................................................42
................................................44
................................................47
................................................48
................................................52
................................................59
................................................62
................................................64
PARTE I: Templo
De architectura libri decem
Vitrúvio e Roma
PARTE II: Teatro
................................................68
09
ÍNDICE
Templos e Colunas
Coluna:
Entasis
Base
Capitel
Entablamento
Disposição das Colunas
Frontão
Bibliografia
Maquete de Templos
Maquete 1
Maquete 2
Teatros Clássicos
Teatro Romano
Teatro Grego
Maquete do Teatro
Procedimentos
................................................18Caneluras
08
................................................11
................................................13
................................................14
................................................16
................................................21
................................................26
................................................28
................................................31
................................................35
................................................38
................................................10
................................................40
................................................42
................................................44
................................................47
................................................48
................................................52
................................................59
................................................62
................................................64
PARTE I: Templo
De architectura libri decem
Vitrúvio e Roma
PARTE II: Teatro
................................................68
09
ÍNDICE
Templos e Colunas
Coluna:
Entasis
Base
Capitel
Entablamento
Disposição das Colunas
Frontão
Bibliografia
Maquete de Templos
Maquete 1
Maquete 2
Teatros Clássicos
Teatro Romano
Teatro Grego
Maquete do Teatro
Procedimentos
................................................18Caneluras
08
11
dade, o que, atualmente, é interpreta-
do como correta colocação das par-
tes tendo em conta as dimensões reais 
da obra a ser edificada. Symmetria en-
tende-se como harmonia entre as di-
versas partes de uma obra calculada 
através de uma unidade, eleita como 
módulo, abrangendo a forma total do 
edifício. Muito próximo ao significado 
do termo anterior, eurythmia, de acor-
do com D´Agostino, “exacerba a dis-
tância que as especificações quantita-
tivas ou abstratas da ordem harmônica 
podem guardar da consecução da 
beleza, sempre a se consumar no do-
mínio qualitativo do visível”. O decor 
compreende a utilização das regras rí-
gidas, a escolha adequada das colu-
nas, da conveniente ornamentação, 
dos locais salubres e da orientação so-
lar. Distributio, por fim, seria a pondera-
da distribuição do terreno e dos recur-
sos, sendo de responsabilidade do ar-
quiteto administrar as despesas e os 
gastos da obra.
DE 
ARCHITECTURA 
LIBRI DECEM
O tratado De architectura libri decem, 
escrito por Vitrúvio, é uma abrangente 
reflexão feita no século I a.C. sobre a 
disciplina da arquitetura e procura, 
através do seu estudo, requalificar a 
pratica profissional em voga na Roma 
do Imperador César Augusto. Dividido 
em dez volumes, o autor descreve o 
oficio do arquiteto, condenando práti-
cas clientelistas e equívocos sobre a ar-
te edificatória. O objetivo primeiro do 
tratado é registrar as matérias essenci-
ais de cada gênero de edificação. Pa-
ra isso ele expõe, ainda no primeiro 
livro, as seis partes da boa arquitetura: 
ordinatio, disposit io, eurythmia, 
symmetria, decor e distributio. Os ter-
mos ordinatio e dispositio estão bas-
tante ligados quanto aos seus significa-
dos. Vitrúvio define o primeiro como a 
adequação dos elementos da obra à 
justa medida, tendo como finalidade 
obter proporções e simetria. Dispositio 
entende-se como obtenção de uma 
obra elegante considerando a quali-
“[...] a Cidade não foi apenas 
engrandecida, através de ti, com as 
províncias, mas também a dignidade 
do Império foi sublimada pela egrégia 
autoridade dos edifícios públicos; [por 
isso,] julguei que não deveria adiar, 
mas, bem pelo contrário, te deveria 
apresentar, quanto antes, estes 
escritos [...]” (Vitrúvio, De Arch., I)
10
tica edificatória augustana pode ser 
vista na inclusão do estilo toscano à 
tríade clássica grega. Não obstante a 
todos os distanciamentos entre o 
tratado e as obras de Augusto, o De 
architectura termina por fornecer lastro 
teórico à política imperial de exalta-
ção de valores itálicos em contraponto 
à helenização dominante desde os 
tempos de Alexandre.
VITRÚVIO E 
ROMA
No período conhecido como Pax 
Augusta, que pôs fim às guerras 
internas romanas, Augusto iniciou, por 
volta de 28 a.C., um ambicioso empre-
endimento de construções urbanas, 
que contava sobretudo com a refor-
ma de mais de oitenta edifícios de 
culto. O tratado De Architectura, 
apesar de ter sido dedicado a César 
Otaviano, não se relaciona diretamen-
te com esse projeto de renovação ar-
quitetônica. Entretanto, os empreendi-
mentos augustanos, alcançando uma 
escala urbana inédita, dinamizaram o 
papel do arquiteto, e esse novo estatu-
to profissional repercute em inúmeros 
comentários ao longo do tratado, so-
bretudo no capítulo primeiro. Sobre a 
atividade arquitetônica de Vitrúvio no 
contexto das reformas augustanas,sabe-se que ele foi responsável pela 
concepção de um novo espaço basili-
cal, obra que projetou e cuidou de 
erigir na cidade de Fano (ainda sem 
vestígios arqueológicos). Uma certa 
proximidade entre o tratado e a polí- Manuscrito renascentista do tratado vitruvia-no De Architectura
11
dade, o que, atualmente, é interpreta-
do como correta colocação das par-
tes tendo em conta as dimensões reais 
da obra a ser edificada. Symmetria en-
tende-se como harmonia entre as di-
versas partes de uma obra calculada 
através de uma unidade, eleita como 
módulo, abrangendo a forma total do 
edifício. Muito próximo ao significado 
do termo anterior, eurythmia, de acor-
do com D´Agostino, “exacerba a dis-
tância que as especificações quantita-
tivas ou abstratas da ordem harmônica 
podem guardar da consecução da 
beleza, sempre a se consumar no do-
mínio qualitativo do visível”. O decor 
compreende a utilização das regras rí-
gidas, a escolha adequada das colu-
nas, da conveniente ornamentação, 
dos locais salubres e da orientação so-
lar. Distributio, por fim, seria a pondera-
da distribuição do terreno e dos recur-
sos, sendo de responsabilidade do ar-
quiteto administrar as despesas e os 
gastos da obra.
DE 
ARCHITECTURA 
LIBRI DECEM
O tratado De architectura libri decem, 
escrito por Vitrúvio, é uma abrangente 
reflexão feita no século I a.C. sobre a 
disciplina da arquitetura e procura, 
através do seu estudo, requalificar a 
pratica profissional em voga na Roma 
do Imperador César Augusto. Dividido 
em dez volumes, o autor descreve o 
oficio do arquiteto, condenando práti-
cas clientelistas e equívocos sobre a ar-
te edificatória. O objetivo primeiro do 
tratado é registrar as matérias essenci-
ais de cada gênero de edificação. Pa-
ra isso ele expõe, ainda no primeiro 
livro, as seis partes da boa arquitetura: 
ordinatio, disposit io, eurythmia, 
symmetria, decor e distributio. Os ter-
mos ordinatio e dispositio estão bas-
tante ligados quanto aos seus significa-
dos. Vitrúvio define o primeiro como a 
adequação dos elementos da obra à 
justa medida, tendo como finalidade 
obter proporções e simetria. Dispositio 
entende-se como obtenção de uma 
obra elegante considerando a quali-
“[...] a Cidade não foi apenas 
engrandecida, através de ti, com as 
províncias, mas também a dignidade 
do Império foi sublimada pela egrégia 
autoridade dos edifícios públicos; [por 
isso,] julguei que não deveria adiar, 
mas, bem pelo contrário, te deveria 
apresentar, quanto antes, estes 
escritos [...]” (Vitrúvio, De Arch., I)
10
tica edificatória augustana pode ser 
vista na inclusão do estilo toscano à 
tríade clássica grega. Não obstante a 
todos os distanciamentos entre o 
tratado e as obras de Augusto, o De 
architectura termina por fornecer lastro 
teórico à política imperial de exalta-
ção de valores itálicos em contraponto 
à helenização dominante desde os 
tempos de Alexandre.
VITRÚVIO E 
ROMA
No período conhecido como Pax 
Augusta, que pôs fim às guerras 
internas romanas, Augusto iniciou, por 
volta de 28 a.C., um ambicioso empre-
endimento de construções urbanas, 
que contava sobretudo com a refor-
ma de mais de oitenta edifícios de 
culto. O tratado De Architectura, 
apesar de ter sido dedicado a César 
Otaviano, não se relaciona diretamen-
te com esse projeto de renovação ar-
quitetônica. Entretanto, os empreendi-
mentos augustanos, alcançando uma 
escala urbana inédita, dinamizaram o 
papel do arquiteto, e esse novo estatu-
to profissional repercute em inúmeros 
comentários ao longo do tratado, so-
bretudo no capítulo primeiro. Sobre a 
atividade arquitetônica de Vitrúvio no 
contexto das reformas augustanas, 
sabe-se que ele foi responsável pela 
concepção de um novo espaço basili-
cal, obra que projetou e cuidou de 
erigir na cidade de Fano (ainda sem 
vestígios arqueológicos). Uma certa 
proximidade entre o tratado e a polí- Manuscrito renascentista do tratado vitruvia-no De Architectura
1312
1312
O Eustilo tem por característica colunas de 
nove módulos e meio de altura e intercolúnios 
de dois e um quarto; sendo o arranque da 
coluna o módulo.
A foto mostra um detalhe de um entabla-
mento do Partenón, em Atenas.
15
díptero, com dupla colunata, fron-
tispício com 8 colunas e laterais com 15; 
pseudodíptero, igual ao seu irmão mas 
sem colunata interior. Por fim o hípetro, 
com as duas fileiras de colunas do 
pseudodíptero e sem teto. A segunda 
classificação diz respeito às cinco 
espécies de modulação: o picnostilo 
com intercolúnio de 1,5 e altura de 10 
módulos; o sistilo, com 2 módulos de 
intercolúnio e 9,5 de altura; o diastilo, 
com 3 módulos de intercolúnio e 8,5 de 
altura; o aerostilo, com mais de 3 
módulos intercolúnio e 8 de altura; e 
por fim, aquele mais adequado segun-
do Vitrúvio, o eustilo com intercolúnio 
de 2,25 e altura de 9,5.
ma que templos ornados de flores e 
volutas deveriam ser destinados a Vê-
nus, Flora ou às Ninfas. Vitrúvio ainda in-
clui um quarto gênero: o toscano, ao 
associar o templo etrusco com o dos 
gregos. 
Vitruvio dedica o terceiro livro a arqui-
tetura religiosa, enfatizando a impor-
tância da symmetria. Os templos vêm 
classificados quanto aos tipos e inter-
colúnios: in antis, com 2 colunas no 
frontão e 2 pilastras adossadas às an-
tas (prolongamento das paredes da 
cela); prostilo, muito próximo ao ante-
rior, com 4 colunas no frontão; anfipros-
tilo, igual ao prostilo, acrescido de fron-
tão na parte posterior; períptero, com 
uma fileira de colunas envolvendo a 
cela, 6 no frontispício e 11 nas laterais; 
14
aos templos de Minerva, Marte ou Hér-
cules. A segunda faz referência à “deli-
cadeza e esbelteza feminina” e por isso 
convinha aplicá-la a templos de Diana 
ou Dioniso. Já a última remete à “deli-
cadeza virginal das donzelas” de tal for-
TEMPLOS E 
COLUNAS
Nos livros terceiro e quarto do De 
architectura Vitrúvio descreve sobre os 
templos e os elementos de sua compo-
sição, dentre eles, a coluna. Ela é o 
principal elemento para a compo-
sição do templo. Sua beleza influenci-
ou as edificações do mundo Ociden-
tal durante séculos e até hoje encanta 
pela singeleza e elegância.
As colunas ditas clássicas são divididas 
em base, fuste e capitel. Vitrúvio des-
creve os gêneros dórico (sem base), jô-
nico, coríntio e toscano. Alberti, no 
século XV, canonizaria um quinto, 
conhecido como compósito.
No quarto livro Vitrúvio descreve os três 
gêneros de construção legados pela 
Grécia e seus vínculos com a poesia 
clássica, detalhando a origem, as pro-
porções e os aspectos singulares das 
colunas dórica, jônica e coríntia. Sobre 
a primeira, descreve a singeleza das 
formas da coluna em comparação 
com a beleza nua do corpo masculi-
no, ambas a demonstrar firmeza e vi-
gor, razão por que convinha associá-la 
Foto que mostra o Partenón, templo dórico 
que se situa em Atenas.
O Eustilo tem por característica colunas de 
nove módulos e meio de altura e intercolúnios 
de dois e um quarto; sendo o arranque da 
coluna o módulo.
A foto mostra um detalhe de um entabla-
mento do Partenón, em Atenas.
15
díptero, com dupla colunata, fron-
tispício com 8 colunas e laterais com 15; 
pseudodíptero, igual ao seu irmão mas 
sem colunata interior. Por fim o hípetro, 
com as duas fileiras de colunas do 
pseudodíptero e sem teto. A segunda 
classificação diz respeito às cinco 
espécies de modulação: o picnostilo 
com intercolúnio de 1,5 e altura de 10 
módulos; o sistilo, com 2 módulos de 
intercolúnio e 9,5 de altura; o diastilo, 
com 3 módulos de intercolúnio e 8,5 de 
altura; o aerostilo, com mais de 3 
módulos intercolúnio e 8 de altura; e 
por fim, aquele mais adequado segun-
do Vitrúvio, o eustilo com intercolúnio 
de 2,25 e altura de 9,5.
ma que templos ornados de flores e 
volutasdeveriam ser destinados a Vê-
nus, Flora ou às Ninfas. Vitrúvio ainda in-
clui um quarto gênero: o toscano, ao 
associar o templo etrusco com o dos 
gregos. 
Vitruvio dedica o terceiro livro a arqui-
tetura religiosa, enfatizando a impor-
tância da symmetria. Os templos vêm 
classificados quanto aos tipos e inter-
colúnios: in antis, com 2 colunas no 
frontão e 2 pilastras adossadas às an-
tas (prolongamento das paredes da 
cela); prostilo, muito próximo ao ante-
rior, com 4 colunas no frontão; anfipros-
tilo, igual ao prostilo, acrescido de fron-
tão na parte posterior; períptero, com 
uma fileira de colunas envolvendo a 
cela, 6 no frontispício e 11 nas laterais; 
14
aos templos de Minerva, Marte ou Hér-
cules. A segunda faz referência à “deli-
cadeza e esbelteza feminina” e por isso 
convinha aplicá-la a templos de Diana 
ou Dioniso. Já a última remete à “deli-
cadeza virginal das donzelas” de tal for-
TEMPLOS E 
COLUNAS
Nos livros terceiro e quarto do De 
architectura Vitrúvio descreve sobre os 
templos e os elementos de sua compo-
sição, dentre eles, a coluna. Ela é o 
principal elemento para a compo-
sição do templo. Sua beleza influenci-
ou as edificações do mundo Ociden-
tal durante séculos e até hoje encanta 
pela singeleza e elegância.
As colunas ditas clássicas são divididas 
em base, fuste e capitel. Vitrúvio des-
creve os gêneros dórico (sem base), jô-
nico, coríntio e toscano. Alberti, no 
século XV, canonizaria um quinto, 
conhecido como compósito.
No quarto livro Vitrúvio descreve os três 
gêneros de construção legados pela 
Grécia e seus vínculos com a poesia 
clássica, detalhando a origem, as pro-
porções e os aspectos singulares das 
colunas dórica, jônica e coríntia. Sobre 
a primeira, descreve a singeleza das 
formas da coluna em comparação 
com a beleza nua do corpo masculi-
no, ambas a demonstrar firmeza e vi-
gor, razão por que convinha associá-la 
Foto que mostra o Partenón, templo dórico 
que se situa em Atenas.
1716
O TEMPLO
Frontão
Entablamento
Coluna:
Capitel
Fuste
Base
Estilóbata
1716
O TEMPLO
Frontão
Entablamento
Coluna:
Capitel
Fuste
Base
Estilóbata
a
D
E
A
C
B
F
04
G
H
Use o Ponto F como centro da circun-
ferência de raio FD (sendo FD=FA). 
agora use a mediatriz de AD para medir 
o segmento GH, composto pela 
distancia entre a reta e a circunferência.
19
Começa-se prolon-
gando o raio da 
circunferência (AB) e 
o dividindo em 6 
partes iguais. Com a 
mesma medida da 
sexta parte prolon-
ga-se uma reta per-
pendicular com oito 
destas partes (BC), e 
repetindo o raio 
d i v i d i d o a n t e r i -
ormente.
PROCEDIMENTO:
01 02
Em um segundo 
passo, retire da reta 
superior a sexta 
parte e trace outra 
reta ligando os dois 
pontos extremos . 
Note que essa dimi-
nuição de seis módu-
los para cinco acon-
tecerá em outros 
procedimentos de 
construção da colu-
na, como veremos 
posteriormente.
Agora divida a circunferência em 24 
partes iguais. Use essa vigésima quarta 
parte para achar um ponto (E) na reta 
BC. A reta a passará pelos pontos DE. 
Com a mediatriz de AD e ache o ponto F
A B
C
A B
C
a
D
E
A
C
B F
03
24ª
divisão em 24 
partes
mediatriz de 
AD
18
A COLUNA
Caneluras
Detalhe dos fustes das colunas, compostos 
por estrias ou caneluras e por filetes.
Representação de um arranque de coluna 
com 24 caneluras (pintadas de azul).
vale ao diâmetro inferior do fuste, logo, 
o que sai da base.
Essa circunferência possui as principais 
medidas necessárias para a projeta-
ção de um templo. Servirá para toda a 
construção da coluna, que possui nove 
módulos e meio de altura (Eustilo). 
Dessa medida total, meio módulo será 
destinado a altura da base e meio 
módulo à do capitel. 
 A Coluna é composta pela base, pelo 
capitel e o fuste. Em muitos templos 
podemos também perceber a exis-
tência de caneluras, ou seja, pe-
quenas concavidades no corpo do 
fuste.
A definição dessa medida é muito im-
portante para a das proporções.
Vitrúvio escreve sobre as colunas e os 
distintos empregos de caneluras: a 
coluna lisa (sem qualquer canelura), a 
coluna de 24 caneluras (objeto de 
estudo deste caderno) e a coluna de 
32 caneluras.
Os procedimentos são simples. Deve-
se partir de uma circunferência inicial, 
correspondente ao arranque da 
coluna, ou seja, o módulo que equi-
a
D
E
A
C
B
F
04
G
H
Use o Ponto F como centro da circun-
ferência de raio FD (sendo FD=FA). 
agora use a mediatriz de AD para medir 
o segmento GH, composto pela 
distancia entre a reta e a circunferência.
19
Começa-se prolon-
gando o raio da 
circunferência (AB) e 
o dividindo em 6 
partes iguais. Com a 
mesma medida da 
sexta parte prolon-
ga-se uma reta per-
pendicular com oito 
destas partes (BC), e 
repetindo o raio 
d i v i d i d o a n t e r i -
ormente.
PROCEDIMENTO:
01 02
Em um segundo 
passo, retire da reta 
superior a sexta 
parte e trace outra 
reta ligando os dois 
pontos extremos . 
Note que essa dimi-
nuição de seis módu-
los para cinco acon-
tecerá em outros 
procedimentos de 
construção da colu-
na, como veremos 
posteriormente.
Agora divida a circunferência em 24 
partes iguais. Use essa vigésima quarta 
parte para achar um ponto (E) na reta 
BC. A reta a passará pelos pontos DE. 
Com a mediatriz de AD e ache o ponto F
A B
C
A B
C
a
D
E
A
C
B F
03
24ª
divisão em 24 
partes
mediatriz de 
AD
18
A COLUNA
Caneluras
Detalhe dos fustes das colunas, compostos 
por estrias ou caneluras e por filetes.
Representação de um arranque de coluna 
com 24 caneluras (pintadas de azul).
vale ao diâmetro inferior do fuste, logo, 
o que sai da base.
Essa circunferência possui as principais 
medidas necessárias para a projeta-
ção de um templo. Servirá para toda a 
construção da coluna, que possui nove 
módulos e meio de altura (Eustilo). 
Dessa medida total, meio módulo será 
destinado a altura da base e meio 
módulo à do capitel. 
 A Coluna é composta pela base, pelo 
capitel e o fuste. Em muitos templos 
podemos também perceber a exis-
tência de caneluras, ou seja, pe-
quenas concavidades no corpo do 
fuste.
A definição dessa medida é muito im-
portante para a das proporções.
Vitrúvio escreve sobre as colunas e os 
distintos empregos de caneluras: a 
coluna lisa (sem qualquer canelura), a 
coluna de 24 caneluras (objeto de 
estudo deste caderno) e a coluna de 
32 caneluras.
Os procedimentos são simples. Deve-
se partir de uma circunferência inicial, 
correspondente ao arranque da 
coluna, ou seja, o módulo que equi-
A COLUNA
Entasis
distorções do olho humano. Ao longo 
dos séculos se perdeu esse seu signifi-
cado original , tornando-se meramen-
te uma regra ou um procedimento de 
alteração das proporções, cujos signifi-
cados ou razões eram desconhecidos. 
Além disso, muitos desenhos foram pro-
postos no intuito de se descobrir como 
seria realmente o desenho original per-
dido de Vitrúvio.
Agora que temos as caneluras, deve-
mos saber como se comporta o fuste. 
Assim como indicado anteriormente, 
também o arranque inferior terá um 
sexto a mais que o superior. A única 
grande preocupação é em como se 
comporta a entasis, ou seja, o 
abaulamento da coluna.
Vitrúvio prescreve através de um pe-
queno texto, alguns passos, que toda-
via não são suficientes sem os dese-
nhos.
Com o desaparecimento destes dese-
nhos, muitas suposições foram feitas. 
Este caderno adota uma delas.
Também deve se atentar para o fato 
de que a entasis da coluna tem como 
objetivo a compensação óptica das 
Detalhe da sensação da entasis para o olhar 
de quem está aos pés da coluna.
O desenho mostra a entasis completa à es-
querdae a sexta parte adicional no arran-
que inferior do fuste.
2120
A distancia GH en-
contrada é a medi-
da do filete da colu-
na, ou seja, o espa-
ço existente entre 
as caneluras. Por-
tanto a medida da 
canelura pode ser 
encontrada jogan-
do-se a medida do 
filete no módulo de 
circunferência do 
arranque da coluna
PROCEDIMENTO:
06
Dessa maneira, 
colocando-se a 
medida do filete 
(em laranja) nas 
divisões das vigé-
simas partes, a 
distancia restan-
te equivale a das 
caneluras. O de-
senho final está 
presente abaixo.
Em preto a entasis 
natural sem deta-
lhe de interface.
B
C
A
G H
E
05
D
A COLUNA
Entasis
distorções do olho humano. Ao longo 
dos séculos se perdeu esse seu signifi-
cado original , tornando-se meramen-
te uma regra ou um procedimento de 
alteração das proporções, cujos signifi-
cados ou razões eram desconhecidos. 
Além disso, muitos desenhos foram pro-
postos no intuito de se descobrir como 
seria realmente o desenho original per-
dido de Vitrúvio.
Agora que temos as caneluras, deve-
mos saber como se comporta o fuste. 
Assim como indicado anteriormente, 
também o arranque inferior terá um 
sexto a mais que o superior. A única 
grande preocupação é em como se 
comporta a entasis, ou seja, o 
abaulamento da coluna.
Vitrúvio prescreve através de um pe-
queno texto, alguns passos, que toda-
via não são suficientes sem os dese-
nhos.
Com o desaparecimento destes dese-
nhos, muitas suposições foram feitas. 
Este caderno adota uma delas.
Também deve se atentar para o fato 
de que a entasis da coluna tem como 
objetivo a compensação óptica das 
Detalhe da sensação da entasis para o olhar 
de quem está aos pés da coluna.
O desenho mostra a entasis completa à es-
querda e a sexta parte adicional no arran-
que inferior do fuste.
2120
A distancia GH en-
contrada é a medi-
da do filete da colu-
na, ou seja, o espa-
ço existente entre 
as caneluras. Por-
tanto a medida da 
canelura pode ser 
encontrada jogan-
do-se a medida do 
filete no módulo de 
circunferência do 
arranque da coluna
PROCEDIMENTO:
06
Dessa maneira, 
colocando-se a 
medida do filete 
(em laranja) nas 
divisões das vigé-
simas partes, a 
distancia restan-
te equivale a das 
caneluras. O de-
senho final está 
presente abaixo.
Em preto a entasis 
natural sem deta-
lhe de interface.
B
C
A
G H
E
05
D
PROCEDIMENTO:
O abaulamento máximo do fuste é de uma canelura. Não se pode usar o ponto C 
como centro da circunferência para determinar a entasis. A imagem acima mostra 
como o raio correto da entasis é muito maior, ou seja, situado no encontro entre as 
mediatrizes c e d (nem aparece na imagem) o que torna sua curva suave.
23
Usando o ponto C encontrado trace a 
reta b saindo de D . Marque os pontos E 
e F para detalhe de conclusão do fuste
Divida a circunferência em 24 partes 
iguais. Use uma destas para achar o 
ponto B. Trace a linha a entre AB.
04 05
a
a
b
D
C
E
F
24ª
24ª
A
aB
detalhe
A
B
PROCEDIMENTO:
O primeiro pas-
so na constru-
ção da Entasis 
da coluna é 
d e s t i n a r o s 
nove módulos 
e meio (equi-
valentes à pro-
porção do gê-
nero eust i lo, 
s e l e c i o n a d o 
para o nosso 
exercício) pa-
ra a altura total 
d a c o l u n a . 
Meia parte re-
serva-se para a 
base e meia 
parte para o 
capitel. O res-
tante caberá 
ao fuste.
Observe que 
no esquema 
ao lado, o fuste 
da coluna não 
indica as redu-
ções entre os 
diâmetros infe-
rior e superior, 
tal como indi-
caremos a se-
guir.
Para a entasis 
deve-se retirar a 
sexta parte da 
medida do diâ-
metro superior 
do fuste. Assim, 
traçar uma reta 
auxiliar ligando 
a base à nova 
medida do diâ-
metro superior . 
Repare que o 
procedimento é 
o mesmo em-
pregado na ca-
nelura.
02
01
Sabe-se que o 
a b a u l a m e n t o 
máximo da enta-
sis existente é da 
ordem de uma 
canelura acres-
cida ao diâmetro 
do fuste na meta-
de de sua altura. 
Sendo assim será 
necessário achar 
n o v a m e n t e a 
mediatriz, con-
forme os procedi-
mentos já empre-
gados.
03
22
PROCEDIMENTO:
O abaulamento máximo do fuste é de uma canelura. Não se pode usar o ponto C 
como centro da circunferência para determinar a entasis. A imagem acima mostra 
como o raio correto da entasis é muito maior, ou seja, situado no encontro entre as 
mediatrizes c e d (nem aparece na imagem) o que torna sua curva suave.
23
Usando o ponto C encontrado trace a 
reta b saindo de D . Marque os pontos E 
e F para detalhe de conclusão do fuste
Divida a circunferência em 24 partes 
iguais. Use uma destas para achar o 
ponto B. Trace a linha a entre AB.
04 05
a
a
b
D
C
E
F
24ª
24ª
A
aB
detalhe
A
B
PROCEDIMENTO:
O primeiro pas-
so na constru-
ção da Entasis 
da coluna é 
d e s t i n a r o s 
nove módulos 
e meio (equi-
valentes à pro-
porção do gê-
nero eust i lo, 
s e l e c i o n a d o 
para o nosso 
exercício) pa-
ra a altura total 
d a c o l u n a . 
Meia parte re-
serva-se para a 
base e meia 
parte para o 
capitel. O res-
tante caberá 
ao fuste.
Observe que 
no esquema 
ao lado, o fuste 
da coluna não 
indica as redu-
ções entre os 
diâmetros infe-
rior e superior, 
tal como indi-
caremos a se-
guir.
Para a entasis 
deve-se retirar a 
sexta parte da 
medida do diâ-
metro superior 
do fuste. Assim, 
traçar uma reta 
auxiliar ligando 
a base à nova 
medida do diâ-
metro superior . 
Repare que o 
procedimento é 
o mesmo em-
pregado na ca-
nelura.
02
01
Sabe-se que o 
a b a u l a m e n t o 
máximo da enta-
sis existente é da 
ordem de uma 
canelura acres-
cida ao diâmetro 
do fuste na meta-
de de sua altura. 
Sendo assim será 
necessário achar 
n o v a m e n t e a 
mediatriz, con-
forme os procedi-
mentos já empre-
gados.
03
22
25
PROCEDIMENTO:
24
O desenho acima apresenta os dados mais importantes da reconstituição da entasis. 
Do lado esquerdo vê-se o abaulamento do fuste respeitando a medida máxima de 
uma canelura. Também vem assinalado o procedimento de transição entre o fuste e a 
base da coluna. O ponto C não se refere a entasis, mas ao detalhe inferior.
08
a
Cdetalhe 
entre 
base e 
fuste
entasis 
correta
A imagem acima mostra a diferença entre o centro real usado para a entasis e o ponto 
encontrado para o detalhe entre a base e o fuste. A figura da página posterior ilustra a 
coluna jônica com entasis, segundo as determinações especificadas neste caderno.
centro 
errado centro correto da 
entasis
07
25
PROCEDIMENTO:
24
O desenho acima apresenta os dados mais importantes da reconstituição da entasis. 
Do lado esquerdo vê-se o abaulamento do fuste respeitando a medida máxima de 
uma canelura. Também vem assinalado o procedimento de transição entre o fuste e a 
base da coluna. O ponto C não se refere a entasis, mas ao detalhe inferior.
08
a
Cdetalhe 
entre 
base e 
fuste
entasis 
correta
A imagem acima mostra a diferença entre o centro real usado para a entasis e o ponto 
encontrado para o detalhe entre a base e o fuste. A figura da página posterior ilustra a 
coluna jônica com entasis, segundo as determinações especificadas neste caderno.
centro 
errado centro correto da 
entasis
07
PROCEDIMENTO:
27
No diâmetro de base 
aumenta-se um quarto 
para ambos os lados, de 
modo a chegar no ta-
manho do plínto, com 
forma quadrada e sem 
detalhes ornamentais .
01
O quarto mais acima se-
rá destinado ao toro su-
perior. Repare que se 
deve deixar um peque-
no espaço para o listel, 
que arremata os três 
componentes.
02 03
05 06
Agora divida em três 
partes iguais o módulo 
indicado com a circun-ferência, sendo o terço 
i n f e r i o r d e s t i n a d o 
também à altura do 
plínto.
Com o plínto completo, 
o próximo passo será 
dividir em quatro partes 
o restante da base, 
destinado ao Toro 
inferior, Escócia e Toro 
superior.
Com os espaços delimi-
tados para os listéis (sem 
prescrição), a escócia é 
obtida a partir de um 
arco com a parte inferior 
extendida até o listel do 
toro.
O restante deve ser 
divido ao meio. A me-
tade de baixo destina-
se ao toro inferior, com 
extensão de largura se-
melhante à do plínto, 
porém sendo este curvo
04
26
A COLUNA
Base
Quanto à base da coluna podemos 
destacar a existência de mais de uma 
tipologia. Em seu De Architectura, Vi-
trúvio cita dois tipos: a base chamada 
ática e também a jônica. O caderno 
estudará a primeira.
Para explicá-la devemos mostrar as 
partes que a compõe. De baixo para 
cima, a primeira é o plinto, que possui 
as maiores dimensões (1); depois vem 
a seqüência de toro inferior (2), escó-
cia (3) e toro superior (4), todos eles 
com seus respectivos listéis.
O toro é a parte convexa, enquanto a 
escócia possui forma côncava com 
acabamento inferior extendido.
Assim como nos outros desenhos, os 
originais de Vitrúvio se perderam. O 
A fotografia acima evidencia parte da base 
do Templo de Erechtheión, localizado na 
Acrópole de Atenas.
Elevação mostrando em detalhe a base ática 
com plinto(1), toro Inferior (2), escócia (3) e 
toro superior (4).
que se conhece são as medidas de al-
tura, entretanto as de raio e de lado 
não são especificadas nos documen-
tos originais.
O presente estudo tem como referên-
cia os desenhos propostos na versão 
traduzida em português do De Archi-
tectura feita por J. Maciel, e dos cons-
tantes na edição francesa curada por 
Pierre Gros.
(1)
(2)
(3)
(4)
PROCEDIMENTO:
27
No diâmetro de base 
aumenta-se um quarto 
para ambos os lados, de 
modo a chegar no ta-
manho do plínto, com 
forma quadrada e sem 
detalhes ornamentais .
01
O quarto mais acima se-
rá destinado ao toro su-
perior. Repare que se 
deve deixar um peque-
no espaço para o listel, 
que arremata os três 
componentes.
02 03
05 06
Agora divida em três 
partes iguais o módulo 
indicado com a circun-
ferência, sendo o terço 
i n f e r i o r d e s t i n a d o 
também à altura do 
plínto.
Com o plínto completo, 
o próximo passo será 
dividir em quatro partes 
o restante da base, 
destinado ao Toro 
inferior, Escócia e Toro 
superior.
Com os espaços delimi-
tados para os listéis (sem 
prescrição), a escócia é 
obtida a partir de um 
arco com a parte inferior 
extendida até o listel do 
toro.
O restante deve ser 
divido ao meio. A me-
tade de baixo destina-
se ao toro inferior, com 
extensão de largura se-
melhante à do plínto, 
porém sendo este curvo
04
26
A COLUNA
Base
Quanto à base da coluna podemos 
destacar a existência de mais de uma 
tipologia. Em seu De Architectura, Vi-
trúvio cita dois tipos: a base chamada 
ática e também a jônica. O caderno 
estudará a primeira.
Para explicá-la devemos mostrar as 
partes que a compõe. De baixo para 
cima, a primeira é o plinto, que possui 
as maiores dimensões (1); depois vem 
a seqüência de toro inferior (2), escó-
cia (3) e toro superior (4), todos eles 
com seus respectivos listéis.
O toro é a parte convexa, enquanto a 
escócia possui forma côncava com 
acabamento inferior extendido.
Assim como nos outros desenhos, os 
originais de Vitrúvio se perderam. O 
A fotografia acima evidencia parte da base 
do Templo de Erechtheión, localizado na 
Acrópole de Atenas.
Elevação mostrando em detalhe a base ática 
com plinto(1), toro Inferior (2), escócia (3) e 
toro superior (4).
que se conhece são as medidas de al-
tura, entretanto as de raio e de lado 
não são especificadas nos documen-
tos originais.
O presente estudo tem como referên-
cia os desenhos propostos na versão 
traduzida em português do De Archi-
tectura feita por J. Maciel, e dos cons-
tantes na edição francesa curada por 
Pierre Gros.
(1)
(2)
(3)
(4)
PROCEDIMENTO:
29
Divide-se o diâmetro em 
18 partes e se acrescen-
ta uma dessas partes . 
Esse será o comprimen-
to do capitel.
01
De cima para baixo, 2 
partes para o equino e 3 
para o astrágalo. Não 
há prescrição de medi-
da para os listéis.
02 03
04 05 06
Agora, divida em 9 
partes a altura do capi-
tel e acrescente meia. 
Essa será a altura do 
capitel
Uma parte e meia é 
destinada à altura do 
ábaco. Em largura, per-
de uma parte de cada 
lado.
Traçar uma circunferên-
cia de raio igual a meia 
parte, que será o ponto 
de part ida para a 
construção da voluta.
trace uma reta auxiliar 
(a), distante uma parte 
da extremidade do á-
baco para encontrar (P) 
na altura três e meio.
marca-se um quadrado 
dentro e outro nos pon-
tos médios, veja na am-
pliação à esquerda.
07 08 09
Marque os pontos. Linha 
saindo de A com 4,5 
partes, depois 4 saindo 
de B, 3,5 de C e 3 de D. 
Com compasso nos fo-
cos da voluta (A,B,C,D) 
trace os segmentos res-
pectivos aos pontos.
P
a
P
AB
C D
detalhe
AB
C D
detalhe
A coluna agora só necessita de um 
capitel. Dentre as diferentes tipologias, 
optou-se neste caderno pela jônica.
Segundo Vitrúvio, o capitel jônico pos-
sui proporções vindas do corpo huma-
no, mais especificamente da mulher. 
Em seu livro quarto, ele descreve a 
criação da coluna jônica referindo-se 
ao templo levantado a Diana, na 
Jônia. Diferindo da coluna dórica, 
baseada nas medidas do homem, a 
jônica possuía, segundo o autor, a 
delicadeza e sutileza feminil e suas 
volutas eram comparadas aos 
carchos enrolados de uma cabeleira. 
Tal interpretação seria posteriormente 
extendida também à coluna Coríntia 
relacionada à graciosidade da 
A fotografia acima evidencia as colunas 
jônicas do templo de Erechtheión, localiza-
do na Acrópole de Atenas.
Elevação mostrando em detalhe o capitel 
Jônico. (1)Astrágalo,(2)Equino,(3)Voluta,(4) 
Ábaco.
donzela. 
Os desenhos perdidos suscitaram, por 
séculos, variadas interpretações.
O capitel da coluna pode ser dividido 
em quatro partes principais, das quais 
se deve conhecer para o estudo de 
suas proporções: o Astrágalo (repre-
sentado com o número 1 na figura ao 
lado), o Equino, que vem logo acima 
(2), as Volutas (3) e o Ábaco (4).
(1)(2)
(3)
(4)
A COLUNA
Capitel
28
PROCEDIMENTO:
29
Divide-se o diâmetro em 
18 partes e se acrescen-
ta uma dessas partes . 
Esse será o comprimen-
to do capitel.
01
De cima para baixo, 2 
partes para o equino e 3 
para o astrágalo. Não 
há prescrição de medi-
da para os listéis.
02 03
04 05 06
Agora, divida em 9 
partes a altura do capi-
tel e acrescente meia. 
Essa será a altura do 
capitel
Uma parte e meia é 
destinada à altura do 
ábaco. Em largura, per-
de uma parte de cada 
lado.
Traçar uma circunferên-
cia de raio igual a meia 
parte, que será o ponto 
de part ida para a 
construção da voluta.
trace uma reta auxiliar 
(a), distante uma parte 
da extremidade do á-
baco para encontrar (P) 
na altura três e meio.
marca-se um quadrado 
dentro e outro nos pon-
tos médios, veja na am-
pliação à esquerda.
07 08 09
Marque os pontos. Linha 
saindo de A com 4,5 
partes, depois 4 saindo 
de B, 3,5 de C e 3 de D. 
Com compasso nos fo-
cos da voluta (A,B,C,D) 
trace os segmentos res-
pectivos aos pontos.
P
a
P
AB
C D
detalhe
AB
C D
detalhe
A coluna agora só necessita de um 
capitel. Dentre as diferentes tipologias, 
optou-se neste caderno pela jônica.
Segundo Vitrúvio, o capitel jônico pos-
sui proporções vindas do corpo huma-
no, mais especificamente da mulher. 
Em seu livro quarto, ele descreve a 
criação da coluna jônica referindo-seao templo levantado a Diana, na 
Jônia. Diferindo da coluna dórica, 
baseada nas medidas do homem, a 
jônica possuía, segundo o autor, a 
delicadeza e sutileza feminil e suas 
volutas eram comparadas aos 
carchos enrolados de uma cabeleira. 
Tal interpretação seria posteriormente 
extendida também à coluna Coríntia 
relacionada à graciosidade da 
A fotografia acima evidencia as colunas 
jônicas do templo de Erechtheión, localiza-
do na Acrópole de Atenas.
Elevação mostrando em detalhe o capitel 
Jônico. (1)Astrágalo,(2)Equino,(3)Voluta,(4) 
Ábaco.
donzela. 
Os desenhos perdidos suscitaram, por 
séculos, variadas interpretações.
O capitel da coluna pode ser dividido 
em quatro partes principais, das quais 
se deve conhecer para o estudo de 
suas proporções: o Astrágalo (repre-
sentado com o número 1 na figura ao 
lado), o Equino, que vem logo acima 
(2), as Volutas (3) e o Ábaco (4).
(1)(2)
(3)
(4)
A COLUNA
Capitel
28
Detalhe de um entablamento com colunata 
jônica do Erecteion.
31
matada por corona e cimácio, no 
dórico os mútulos aparecem no lugar 
dos dentículos. Na página posterior 
existe um esquema que ilustra essa 
enorme quantidade de nomes.
ENTABLAMENTO
Com a coluna toda definida, o pró-
ximo passo é mensurar o entabla-
mento. Trata-se de uma parte impor-
tante do templo. Na edificação em 
pedra, a função estrutural do entabla-
mento, como todas as demais compo-
nentes, remete ao templo original-
mente feito em madeira. Muitos dos 
seus elementos ornamentais represen-
tam componentes construtivos do 
antigo edifício lígneo. Vitrúvio traz infor-
mações detalhadas sobre a função 
original que tríglifos e mútulos tinham 
nos edifícios dóricos, e sobre a que os 
dentículos tinham nos jônicos.
Os entablamentos são divididos em 
três partes principais: arquitrave, friso e 
cornija (de baixo para cima). A arqui-
trave é dividida em faixa inferior, faixa 
média e faixa superior, arrematada 
por um pequeno cimácio. No templo 
dórico o friso possui tlíglifos e métopas, 
no jônico é liso ou com orna-
mentação contínua. A cornija possui 
os dentículos, no jônico, sendo arre-
PROCEDIMENTO:
30
Repita o processo com 
o cuidado de não errar 
o centro. Os arcos vão 
concordar. A outra 
voluta é espelhada.
10
Com isso a voluta está 
pronta. Ao se repetir o 
procedimento do outro 
lado, o capitel estará 
terminado.
11
Trata-se de uma coluna jônica, de base ática, eustila, 
segundo prescreveu Vitrúvio em seu De architectura. 
Convém observar o refinamento e a complexidade de 
raciocínio na projetação da coluna, com seus precisos 
cálculos das caneluras do fuste, ajustes óticos com fins 
de entasis e construção geométrica rigorosa da voluta.
Acrópole de Atenas com colunas dóricas (a esquerda) e jônicas 
(a direita).
Detalhe de um entablamento com colunata 
jônica do Erecteion.
31
matada por corona e cimácio, no 
dórico os mútulos aparecem no lugar 
dos dentículos. Na página posterior 
existe um esquema que ilustra essa 
enorme quantidade de nomes.
ENTABLAMENTO
Com a coluna toda definida, o pró-
ximo passo é mensurar o entabla-
mento. Trata-se de uma parte impor-
tante do templo. Na edificação em 
pedra, a função estrutural do entabla-
mento, como todas as demais compo-
nentes, remete ao templo original-
mente feito em madeira. Muitos dos 
seus elementos ornamentais represen-
tam componentes construtivos do 
antigo edifício lígneo. Vitrúvio traz infor-
mações detalhadas sobre a função 
original que tríglifos e mútulos tinham 
nos edifícios dóricos, e sobre a que os 
dentículos tinham nos jônicos.
Os entablamentos são divididos em 
três partes principais: arquitrave, friso e 
cornija (de baixo para cima). A arqui-
trave é dividida em faixa inferior, faixa 
média e faixa superior, arrematada 
por um pequeno cimácio. No templo 
dórico o friso possui tlíglifos e métopas, 
no jônico é liso ou com orna-
mentação contínua. A cornija possui 
os dentículos, no jônico, sendo arre-
PROCEDIMENTO:
30
Repita o processo com 
o cuidado de não errar 
o centro. Os arcos vão 
concordar. A outra 
voluta é espelhada.
10
Com isso a voluta está 
pronta. Ao se repetir o 
procedimento do outro 
lado, o capitel estará 
terminado.
11
Trata-se de uma coluna jônica, de base ática, eustila, 
segundo prescreveu Vitrúvio em seu De architectura. 
Convém observar o refinamento e a complexidade de 
raciocínio na projetação da coluna, com seus precisos 
cálculos das caneluras do fuste, ajustes óticos com fins 
de entasis e construção geométrica rigorosa da voluta.
Acrópole de Atenas com colunas dóricas (a esquerda) e jônicas 
(a direita).
Divida os módulos do friso ao meio, 
chegando a seis, deixe a sexta parte 
para o cimácio. Acrescente a altura 
dos dentículos (igual a da faixa média)
PROCEDIMENTO:
Divida a altura do dentículo em seis 
partes e acrescente uma para o cimá-
cio. A projeção de todos os cimácios é 
sempre igual às respectivas larguras.
No alinhamento do cimácio do friso, 
com a medida anterior, use três partes 
para a largura de cada dentículo e 
duas para o espaço entre eles.
Acrescente uma medida igual a faixa 
média e a divida em oito partes para a 
corona, deixando a oitava para o ci-
mácio e acrescente outras nove partes.
8 partes
9 partes
33
0504
06 07
32
A imagem mostra um entablamento 
jônico e suas partes definidas dentro 
de três grandes grupos (arquitrave, fri-
so e cornija).
PROCEDIMENTO:
faixas ARQUITRAVE
dentículos 
FRISO
cimácio da corona
CORNIJAcorona
cimácio 
friso
cimácio 
média
inferior
superior
Primeiro, divida meio módulo em sete 
partes. Deixe a sétima parte superior 
para a medida do cimácio da arqui-
trave.
As outras seis partes devem se tornar 
doze. As faixas serão divididas em 3 
para a inferior, 4 para a média e 5 para 
a superior.
Divida a metade do diâmetro em 4 par-
tes criando uma nova modulação. A-
crescente três módulos acima para o 
friso. Atenção! Não trocar os módulos.
01
02 03
Divida os módulos do friso ao meio, 
chegando a seis, deixe a sexta parte 
para o cimácio. Acrescente a altura 
dos dentículos (igual a da faixa média)
PROCEDIMENTO:
Divida a altura do dentículo em seis 
partes e acrescente uma para o cimá-
cio. A projeção de todos os cimácios é 
sempre igual às respectivas larguras.
No alinhamento do cimácio do friso, 
com a medida anterior, use três partes 
para a largura de cada dentículo e 
duas para o espaço entre eles.
Acrescente uma medida igual a faixa 
média e a divida em oito partes para a 
corona, deixando a oitava para o ci-
mácio e acrescente outras nove partes.
8 partes
9 partes
33
0504
06 07
32
A imagem mostra um entablamento 
jônico e suas partes definidas dentro 
de três grandes grupos (arquitrave, fri-
so e cornija).
PROCEDIMENTO:
faixas ARQUITRAVE
dentículos 
FRISO
cimácio da corona
CORNIJAcorona
cimácio 
friso
cimácio 
média
inferior
superior
Primeiro, divida meio módulo em sete 
partes. Deixe a sétima parte superior 
para a medida do cimácio da arqui-
trave.
As outras seis partes devem se tornar 
doze. As faixas serão divididas em 3 
para a inferior, 4 para a média e 5 para 
a superior.
Divida a metade do diâmetro em 4 par-
tes criando uma nova modulação. A-
crescente três módulos acima para o 
friso. Atenção! Não trocar os módulos.
01
02 03
35
De architectura, será apresentada 
posteriormente, de modo a embasar a 
elaboração das maquetes de templo, 
dirigidas ao estudo comparativo das 
relações proporcionais vitruvianas.
DISPOSIÇÃO 
DAS 
COLUNAS
Antes que se possa prosseguir com o 
frontão é necessário explicar um 
pouco mais a disposição dos templos 
em relação a um intercolúnio pré-
definido. O eustilo, adotadoneste 
caderno, determina não somente a 
altura da coluna (9 módulos e meio), 
como também a relação entre as 
mesmas, equivalente a dois módulos e 
um quarto. No meio do templo o 
intercolúnio é de três módulos, como 
mostra a imagem ao lado.
Vitrúvio descreve sete gêneros 
diferentes de templos, estabelecendo 
relações entre as colunas, o frontispício 
e a cela. São classificados como:
In antis, prostilo, anfiprostilo, períp-
tero, díptero, pseudodíptero e hípetro. 
O objetivo deste item é mostrar as 
relações proporcionais próprias a 
alguns gêneros de templos, tomando 
por referência, como di to, o 
intercolúnio eustilo.
Uma exposição mais detalhada sobre 
a classificação feita no livro terceiro do 
Disposição das colunas dórica e jônica, tal 
como prescritas nos livros Terceiro e Quarto
PROCEDIMENTO:
34
Como dito, a medida das projeções é 
sempre igual a das suas respectivas al-
turas. Entretanto, a projeção do cimá-
cio da corona possui uma medida es-
pecial.
A medida horizontal entre o limite do 
friso e o limite máximo do entabla-
mento deve ser igual à medida das al-
turas do friso, dentículos e seus respec-
tivos cimácios. Indicado na figura ao 
lado por x que define o quadrado 
auxil iar com o rebatimento da 
projeção limite.
Aqui se mostra em elevação o entablamento completo e seus detalhes, com as linhas de construção 
apagadas. Os perfis das projeções não foram descritos por Vitrúvio e seguem o das edificações.
x
x
08
35
De architectura, será apresentada 
posteriormente, de modo a embasar a 
elaboração das maquetes de templo, 
dirigidas ao estudo comparativo das 
relações proporcionais vitruvianas.
DISPOSIÇÃO 
DAS 
COLUNAS
Antes que se possa prosseguir com o 
frontão é necessário explicar um 
pouco mais a disposição dos templos 
em relação a um intercolúnio pré-
definido. O eustilo, adotado neste 
caderno, determina não somente a 
altura da coluna (9 módulos e meio), 
como também a relação entre as 
mesmas, equivalente a dois módulos e 
um quarto. No meio do templo o 
intercolúnio é de três módulos, como 
mostra a imagem ao lado.
Vitrúvio descreve sete gêneros 
diferentes de templos, estabelecendo 
relações entre as colunas, o frontispício 
e a cela. São classificados como:
In antis, prostilo, anfiprostilo, períp-
tero, díptero, pseudodíptero e hípetro. 
O objetivo deste item é mostrar as 
relações proporcionais próprias a 
alguns gêneros de templos, tomando 
por referência, como di to, o 
intercolúnio eustilo.
Uma exposição mais detalhada sobre 
a classificação feita no livro terceiro do 
Disposição das colunas dórica e jônica, tal 
como prescritas nos livros Terceiro e Quarto
PROCEDIMENTO:
34
Como dito, a medida das projeções é 
sempre igual a das suas respectivas al-
turas. Entretanto, a projeção do cimá-
cio da corona possui uma medida es-
pecial.
A medida horizontal entre o limite do 
friso e o limite máximo do entabla-
mento deve ser igual à medida das al-
turas do friso, dentículos e seus respec-
tivos cimácios. Indicado na figura ao 
lado por x que define o quadrado 
auxil iar com o rebatimento da 
projeção limite.
Aqui se mostra em elevação o entablamento completo e seus detalhes, com as linhas de construção 
apagadas. Os perfis das projeções não foram descritos por Vitrúvio e seguem o das edificações.
x
x
08
PROCEDIMENTO:
Para fazer o templo díptero somente é 
necessário duplicar mais uma fileira de 
colunas, acrescida àquela do períp-
tero. A cela continua a mesma.
O pseudodítero é ainda mais fácil. 
Deve-se retirar a fileira de colunas do 
interior, mantendo as 8 do frontispício e 
as15 laterais.
37
05
36
O templo eustilo possui intercolúnio 
central com três módulos e inter-
colúnio das demais colunas com dois e 
um quarto.
Para Vitrúvio, os templos têm propor-
ção 2:1, respeitando os intercolúnios e 
não o número de colunas. Por exem-
plo: perípetro 6 x 11 colunas.
O templo períptero, com cela envolta 
por colunata, possui 6 colunas no fron-
tispício e 11 na largura. Sucessão lógica 
do Anfiprostilo (frontispício 4 colunas).
PROCEDIMENTO:
3 módulos
2 e 1/4 
módulos
colunas
1
2
01
02 03 04
PROCEDIMENTO:
Para fazer o templo díptero somente é 
necessário duplicar mais uma fileira de 
colunas, acrescida àquela do períp-
tero. A cela continua a mesma.
O pseudodítero é ainda mais fácil. 
Deve-se retirar a fileira de colunas do 
interior, mantendo as 8 do frontispício e 
as15 laterais.
37
05
36
O templo eustilo possui intercolúnio 
central com três módulos e inter-
colúnio das demais colunas com dois e 
um quarto.
Para Vitrúvio, os templos têm propor-
ção 2:1, respeitando os intercolúnios e 
não o número de colunas. Por exem-
plo: perípetro 6 x 11 colunas.
O templo períptero, com cela envolta 
por colunata, possui 6 colunas no fron-
tispício e 11 na largura. Sucessão lógica 
do Anfiprostilo (frontispício 4 colunas).
PROCEDIMENTO:
3 módulos
2 e 1/4 
módulos
colunas
1
2
01
02 03 04
PROCEDIMENTO:
Para o Frontão, o cimácio da corona deve ser desconsiderado. Divida o entablamento 
em nove partes, e use uma para a altura do frontão.
1739
02
Faça o cimácio da corona seguir a inclinação do frontão. Vitrúvio não prescreve a 
Estilóbata, na imagem os três degraus têm uma medida aproximada.
01
altura do frontão
O Frontão é a última parte a ser defini-
da. Os conhecimentos necessários so-
bre a constituição de um templo e co-
mo entendê-lo em sua totalidade se 
encerram com estas prescrições. Em 
verdade, trata-se de um desenho mui-
to simples, talvez o que proporciona 
menos dificuldades até então, embo-
ra consista em um dos mais importan-
tes elementos da arquitetura clássica. 
Uma das curiosidades é que, como no 
entablamento, os elementos plásticos 
que o compõe reportam-se ao templo 
de madeira.
Na Antiguidade o frontão era 
admirado sobretudo pela elegância 
referente à Utilitas. Um exemplo desse 
apreço pode ser observado no De 
O modelo evidencia uma elevação de uma 
das fachadas de um templo, com notória 
presença do frontão acima do entablamento
Templo dórico da Concórdia em Agrigento, 
na Sicília (Itália) que ainda possui o seu frontão 
intacto.
 Oratore escrito por Cícero em meados 
do século I a.C. Para o autor, as obras 
em maior medida úteis eram ao 
mesmo tempo as mais dignas e belas. 
Considerava o frontão do templo do 
Capitólio uma obra em que a 
dignidade tinha se unido de tal modo a 
utilidade que, se fosse construído no 
céu, onde não chove, sem frontão, 
pareceria privado de dignidade.
O FRONTÃO
0638
PROCEDIMENTO:
Para o Frontão, o cimácio da corona deve ser desconsiderado. Divida o entablamento 
em nove partes, e use uma para a altura do frontão.
1739
02
Faça o cimácio da corona seguir a inclinação do frontão. Vitrúvio não prescreve a 
Estilóbata, na imagem os três degraus têm uma medida aproximada.
01
altura do frontão
O Frontão é a última parte a ser defini-
da. Os conhecimentos necessários so-
bre a constituição de um templo e co-
mo entendê-lo em sua totalidade se 
encerram com estas prescrições. Em 
verdade, trata-se de um desenho mui-
to simples, talvez o que proporciona 
menos dificuldades até então, embo-
ra consista em um dos mais importan-
tes elementos da arquitetura clássica. 
Uma das curiosidades é que, como no 
entablamento, os elementos plásticos 
que o compõe reportam-se ao templo 
de madeira.
Na Antiguidade o frontão era 
admirado sobretudo pela elegância 
referente à Utilitas. Um exemplo desse 
apreço pode ser observado no De 
O modelo evidencia uma elevação de uma 
das fachadas de um templo, com notória 
presença do frontão acima do entablamento
Templo dórico da Concórdia em Agrigento, 
na Sicília (Itália) que ainda possui o seufrontão 
intacto.
 Oratore escrito por Cícero em meados 
do século I a.C. Para o autor, as obras 
em maior medida úteis eram ao 
mesmo tempo as mais dignas e belas. 
Considerava o frontão do templo do 
Capitólio uma obra em que a 
dignidade tinha se unido de tal modo a 
utilidade que, se fosse construído no 
céu, onde não chove, sem frontão, 
pareceria privado de dignidade.
O FRONTÃO
0638
41
imagem ilustrando um templos díptero na 
primeira maquete. Também é possível perce-
ber as diferentes peças, principalmente as 
que representam o telhado.
Acima as imagens apresentam as bases usadas nas duas maquetes de templos
gêneros de templo; à direita sobre os diferentes intercolúnios.
. À esquerda,sobre 
ções do diastilo, eustilo, aerostilo, sistilo 
e picnostilo.
A base é constituida por quatro folhas 
de madeira. A primeira contém perfu-
rações referentes ao intercolunio do 
tipo aerostilo; a segunda, perfurações 
do aerostilo e sistilo; a terceira, do 
aerostilo, sistilo, eustilo e diastilo, e por 
fim, a ultima contempla todas as per-
furações anteriores incluindo o picnos-
tilo. Desta forma, será possível notar a 
relação entre a modulação dos inter-
colunios e as diferentes alturas das 
colunas.
É importante que o usuário dos mode-
los físicos não se prenda aos esquemas 
já finalizados, aqui presentes. A riqueza 
do exercício está propriamente nas 
descobertas a partir do manuseio.
MAQUETES 
DE TEMPLOS
Duas maquetes físicas foram elabora-
das para a compreensão dos templos 
descritos no terceiro proêmio do De 
architectura. A primeira maquete tem 
como objetivo o estudo das tipologias 
segundo o seu alçado e a segunda 
maquete diz respeito às variações dos 
intercolúnios. O kit contém duas bases 
de madeira e peças que representam 
a coluna, o entablamento, a cela e o 
telhado.
A primeira maquete compreende os 
gêneros de templo de acordo com os 
intercolúnios do diastilo, permitindo 
assim a variação das tipologias: in an-
tis, prostilo, anfiprostilo, díptero, 
pseudodiptero, períptero e hipetro. A 
base contém o desenho dos diferen-
O modelo eletrônico representa um templo 
jônico em diastilo, possuindo três módulos de 
intercolúnio e oito módulos e meio de altura.
Reconstituição do templo pseudodíptero de 
Ártemis Leukophryene, em Magnésia de Me-
andro.
tes templos, determinando através da 
colocação das colunas qual será mon-
tado. Após o arremate do entabla-
mento será necessário definir a cela, 
para, só então, concluir o telhado.
A segunda maquete propõe o estudo 
das variações dos templos de acordo 
com o intercolúnio, fixando o gênero 
pseudodíptero. As possibilidade de 
montagem referem-se as comodula-
0640
41
imagem ilustrando um templos díptero na 
primeira maquete. Também é possível perce-
ber as diferentes peças, principalmente as 
que representam o telhado.
Acima as imagens apresentam as bases usadas nas duas maquetes de templos
gêneros de templo; à direita sobre os diferentes intercolúnios.
. À esquerda,sobre 
ções do diastilo, eustilo, aerostilo, sistilo 
e picnostilo.
A base é constituida por quatro folhas 
de madeira. A primeira contém perfu-
rações referentes ao intercolunio do 
tipo aerostilo; a segunda, perfurações 
do aerostilo e sistilo; a terceira, do 
aerostilo, sistilo, eustilo e diastilo, e por 
fim, a ultima contempla todas as per-
furações anteriores incluindo o picnos-
tilo. Desta forma, será possível notar a 
relação entre a modulação dos inter-
colunios e as diferentes alturas das 
colunas.
É importante que o usuário dos mode-
los físicos não se prenda aos esquemas 
já finalizados, aqui presentes. A riqueza 
do exercício está propriamente nas 
descobertas a partir do manuseio.
MAQUETES 
DE TEMPLOS
Duas maquetes físicas foram elabora-
das para a compreensão dos templos 
descritos no terceiro proêmio do De 
architectura. A primeira maquete tem 
como objetivo o estudo das tipologias 
segundo o seu alçado e a segunda 
maquete diz respeito às variações dos 
intercolúnios. O kit contém duas bases 
de madeira e peças que representam 
a coluna, o entablamento, a cela e o 
telhado.
A primeira maquete compreende os 
gêneros de templo de acordo com os 
intercolúnios do diastilo, permitindo 
assim a variação das tipologias: in an-
tis, prostilo, anfiprostilo, díptero, 
pseudodiptero, períptero e hipetro. A 
base contém o desenho dos diferen-
O modelo eletrônico representa um templo 
jônico em diastilo, possuindo três módulos de 
intercolúnio e oito módulos e meio de altura.
Reconstituição do templo pseudodíptero de 
Ártemis Leukophryene, em Magnésia de Me-
andro.
tes templos, determinando através da 
colocação das colunas qual será mon-
tado. Após o arremate do entabla-
mento será necessário definir a cela, 
para, só então, concluir o telhado.
A segunda maquete propõe o estudo 
das variações dos templos de acordo 
com o intercolúnio, fixando o gênero 
pseudodíptero. As possibilidade de 
montagem referem-se as comodula-
0640
43
Este modelo evidencia os sete gêneros de templos possíveis de se vizualizar na primeira maquete. Os 
círculos representam os lugares passiveis de se colocarem colunas. Em cinza estão os inutilizados, ao 
passo em que os coloridos representam os necessários para cada gênero. São eles, da esquerda 
para a direita: In antes, prostilo, anfiprostilo, períptero, díptero, pseudodíptero e hípetro.
MAQUETE 1:
Da esquerda para direita, templos: prostilo, 
anfiprostilo, e in antis
Comparação dos tempos prostilo, anfiprostilo 
e in antis com o hípetro.
0642
MAQUETE 1:
A imagem mostra um templo períptero mon-
tado através da primeira maquete.
Templo pseudodíptero montado na primeira 
maquete física.
Modelo do templo hípetro, com dez colunas no frontispício e todos os outros membros iguais ao dípte-
ro, com exceção da cela, que na parte interna recebe uma seqüência de colunas no esquema 
ordem sobre ordem, ou seja, sobrepostas. Estas colunas suportam um segmento de teto, de modo a 
permitir que a maior parte da cela esteja a céu aberto.
43
Este modelo evidencia os sete gêneros de templos possíveis de se vizualizar na primeira maquete. Os 
círculos representam os lugares passiveis de se colocarem colunas. Em cinza estão os inutilizados, ao 
passo em que os coloridos representam os necessários para cada gênero. São eles, da esquerda 
para a direita: In antes, prostilo, anfiprostilo, períptero, díptero, pseudodíptero e hípetro.
MAQUETE 1:
Da esquerda para direita, templos: prostilo, 
anfiprostilo, e in antis
Comparação dos tempos prostilo, anfiprostilo 
e in antis com o hípetro.
0642
MAQUETE 1:
A imagem mostra um templo períptero mon-
tado através da primeira maquete.
Templo pseudodíptero montado na primeira 
maquete física.
Modelo do templo hípetro, com dez colunas no frontispício e todos os outros membros iguais ao dípte-
ro, com exceção da cela, que na parte interna recebe uma seqüência de colunas no esquema 
ordem sobre ordem, ou seja, sobrepostas. Estas colunas suportam um segmento de teto, de modo a 
permitir que a maior parte da cela esteja a céu aberto.
MAQUETE 2:
O modelo elucida os cinco gêneros de templos possíveis de se construirr na segunda maquete. A le-
genda dos círculos é a mesma da imagem da página anterior. Dessa vez, os intercolúnios variam en-
quanto o templo pseudodíptero é constante. As alturas dos templos também são fatores que se alte-
ram ao longo desses gêneros. Da esquerda para a direita: picnostilo, sistilo, eustilo, diastilo e aerostilo
45
Representação feita da elevação das relações de altura e intercolúnio apresentadas pela segunda 
maquete. Da esquerda para a direta: Picnostilo, sistilo, eustilo, diatilo e aerostilo.
O mesmo templo, porém agora feito em ae-
rostilo. Note como é grande a diferença.
0644
MAQUETE 2:
Variaçãode altura para cada tipologia de 
templo.
O conjunto de folhas de madeira possibilita a montagem de todos os gêneros de templo e o processo 
evidencia as diferentes proporções de cada um (relação de intercolúnio e de proporção entre o 
módulo equivalente ao diâmetro de base da coluna e sua altura). A imagem acima mostra, a esquer-
da, a maquete do templo pseudodíptero em picnostilo e, a direita, em diastilo .
MAQUETE 2:
O modelo elucida os cinco gêneros de templos possíveis de se construirr na segunda maquete. A le-
genda dos círculos é a mesma da imagem da página anterior. Dessa vez, os intercolúnios variam en-
quanto o templo pseudodíptero é constante. As alturas dos templos também são fatores que se alte-
ram ao longo desses gêneros. Da esquerda para a direita: picnostilo, sistilo, eustilo, diastilo e aerostilo
45
Representação feita da elevação das relações de altura e intercolúnio apresentadas pela segunda 
maquete. Da esquerda para a direta: Picnostilo, sistilo, eustilo, diatilo e aerostilo.
O mesmo templo, porém agora feito em ae-
rostilo. Note como é grande a diferença.
0644
MAQUETE 2:
Variação de altura para cada tipologia de 
templo.
O conjunto de folhas de madeira possibilita a montagem de todos os gêneros de templo e o processo 
evidencia as diferentes proporções de cada um (relação de intercolúnio e de proporção entre o 
módulo equivalente ao diâmetro de base da coluna e sua altura). A imagem acima mostra, a esquer-
da, a maquete do templo pseudodíptero em picnostilo e, a direita, em diastilo .
4746
4746
49
Detalhe do entablamento dórico das colunas 
da scaenae frons, encimado por pedestal 
simplificado, tal como Vitrúvio prescreve no 
De architectura.
Vista geral de um teatro criado em computador seguindo passos deste caderno e as prescrições de 
Vitrúvio no tratado De architectura.
cunferência, mas as prescrições vari-
am segundo os exemplares gregos e 
romanos. No caso romano, quatro tri-
ângulos eqüiláteros igualmente espa-
çados vêm inscritos na circunferência. 
Os vértices dos triângulos fixam as dire-
trizes para o dimensionamento dos di-
ferentes espaços que compõem o edi-
fício. Dessa maneira são definidos os 
ambientes básicos da edificação: o 
palco (pulpitum), local onde ocorre a 
representação teatral; a orquestra, sí-
tio que abriga os músicos; os cúneos 
(cunei), estrutura para acolher a pla-
téia.
Vitrúvio deixa bem claro que há dife-
renças na compositio dos teatros gre-
go e romano, mesmo que guardem 
muitas relações em comum. Os proce-
48
O rigor geométrico dos templos, sugeri-
do por Vitrúvio no De architectura, per-
petua-se na concepção do Teatro Anti-
go. Os procedimentos matemáticos se 
iniciam desde a confecção da planta. 
Esta tem como ponto de partida a cir-
TEATROS 
CLÁSSICOS
Na antiga Grécia, em meados do sé-
culo IV a.C., começam a surgir os pri-
meiros teatros de pedra, com o intuito 
de consolidar um sítio destinado a va-
lorizar representações e danças popu-
lares, a maioria delas de cunho religio-
so. Mais tarde, com Sófocles, Ésquilo e 
Eurípides, o teatro grego assumiu um 
papel político-social importantíssimo, a 
se refletir na valorização de suas edifi-
cações no organismo da cidade.
O Teatro, em Roma, também assumiu 
papel significativo a partir do período 
Helenístico. Com os planos expansio-
nistas romanos, o teatro se configura 
como ferramenta de divulgação de 
ideais relativos à urbanidade. O 
espetáculo dramático assume o papel 
de perpetuar a cultura romana nas no-
vas terras conquistadas. Além disso, 
reafirma-se a cultura clássica, princi-
palmente, em relação à literatura e 
música. Mais tarde, os teatros e 
anfiteatros, tornam-se cenário de 
pelejas envolvendo gladiadores, 
batalhas navais, e outros espetáculos.
Teatro de Dioniso na encosta da acrópole de 
Atenas.
49
Detalhe do entablamento dórico das colunas 
da scaenae frons, encimado por pedestal 
simplificado, tal como Vitrúvio prescreve no 
De architectura.
Vista geral de um teatro criado em computador seguindo passos deste caderno e as prescrições de 
Vitrúvio no tratado De architectura.
cunferência, mas as prescrições vari-
am segundo os exemplares gregos e 
romanos. No caso romano, quatro tri-
ângulos eqüiláteros igualmente espa-
çados vêm inscritos na circunferência. 
Os vértices dos triângulos fixam as dire-
trizes para o dimensionamento dos di-
ferentes espaços que compõem o edi-
fício. Dessa maneira são definidos os 
ambientes básicos da edificação: o 
palco (pulpitum), local onde ocorre a 
representação teatral; a orquestra, sí-
tio que abriga os músicos; os cúneos 
(cunei), estrutura para acolher a pla-
téia.
Vitrúvio deixa bem claro que há dife-
renças na compositio dos teatros gre-
go e romano, mesmo que guardem 
muitas relações em comum. Os proce-
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O rigor geométrico dos templos, sugeri-
do por Vitrúvio no De architectura, per-
petua-se na concepção do Teatro Anti-
go. Os procedimentos matemáticos se 
iniciam desde a confecção da planta. 
Esta tem como ponto de partida a cir-
TEATROS 
CLÁSSICOS
Na antiga Grécia, em meados do sé-
culo IV a.C., começam a surgir os pri-
meiros teatros de pedra, com o intuito 
de consolidar um sítio destinado a va-
lorizar representações e danças popu-
lares, a maioria delas de cunho religio-
so. Mais tarde, com Sófocles, Ésquilo e 
Eurípides, o teatro grego assumiu um 
papel político-social importantíssimo, a 
se refletir na valorização de suas edifi-
cações no organismo da cidade.
O Teatro, em Roma, também assumiu 
papel significativo a partir do período 
Helenístico. Com os planos expansio-
nistas romanos, o teatro se configura 
como ferramenta de divulgação de 
ideais relativos à urbanidade. O 
espetáculo dramático assume o papel 
de perpetuar a cultura romana nas no-
vas terras conquistadas. Além disso, 
reafirma-se a cultura clássica, princi-
palmente, em relação à literatura e 
música. Mais tarde, os teatros e 
anfiteatros, tornam-se cenário de 
pelejas envolvendo gladiadores, 
batalhas navais, e outros espetáculos.
Teatro de Dioniso na encosta da acrópole de 
Atenas.
5150
dimentos utilizados na elaboração da 
planta, ainda que se baseiem na cir-
cunferência, derivam, no caso grego, 
do emprego do quadrado eqüilátero, 
e não do triângulo. Deste modo, ob-
tém-se uma orquestra mais ampla, o 
palco possui menor dimensão, as zo-
nas de circulação são distintas, entre 
outros aspectos. Vitrúvio ainda sugere 
em seus escritos que o teatro seja cons-
truído em sítios adequados. Em outras 
palavras, o lugar escolhido para rece-
ber a edificação deve ter proprieda-
des principalmente relacionadas à a-
cústica. A preocupação com a quali-
Reconstituição da arquibancada do teatro romano segundo as prescrições do De architectura.
dade sonora é tão importante que o 
arquiteto romano discorre minu-
ciosamente sobre a localização de 
vasos de bronze no teatro, tendo em 
vista aperfeiçoar a propriedade 
harmônica nos espetáculos lá 
encenados.
A página ao lado traz uma imagem do teatro 
romano em Sabrata, evidenciando sua ela-
borada scaenae frons e as versurae, aparato 
cênico similar a outro no Norte da África, em 
Lepcis Magna.
5150
dimentos utilizados na elaboração da 
planta, ainda que se baseiem na cir-
cunferência, derivam, no caso grego, 
do emprego do quadrado eqüilátero, 
e não do triângulo. Deste modo, ob-
tém-se uma orquestra mais ampla, o 
palco possui menor dimensão, as zo-
nas de circulação são distintas, entre 
outros aspectos. Vitrúvio ainda sugere 
em seus escritos que o teatro seja cons-
truído em sítios adequados. Em outras 
palavras, o lugar escolhido para rece-
ber a edificação deve ter proprieda-
des principalmente relacionadas à a-
cústica. A preocupação com a quali-
Reconstituição da arquibancada do teatro romano segundo

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