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NEMATOLOGIA TIHOHO, D. Nematologia Agrícola Aplicada. 2 ed., Jaboticabal, SP:FUNEP, 2000. 473p. MECANISMOS DE ATAQUE PARASITISMO EM PLANTAS � Espécies ectoparasitas: � Ciclo vital livre no solo; alguns podem ser sedentários após se fixarem nas raízes dos hospedeiros. � Alimentam-se externamente nas raízes; � Introduzem somente o estilete; � Deixam de se alimentar quando perturbados; � Depositam seus ovos livremente no solo ou agrupados em ootecas na superfícies das raízes; � Espécies endoparasitas: � Alguns são migradores, localizam-se no parênquima cortical das raízes; �Outros são sedentários, penetram nas radícula na forma do 2º estágio larval permanecendo o resto do seu ciclo vital dentro delas; � Os ovos são depositados numa matriz gelatinosa ou pode ser dentro do corpo da fêmea; ECTOPARASITA ENDOPARASITA Estilete é introduzido nos tecidos da planta, o corpo do nematóide fica do lado de fora. São capazes de introduzir todo o corpo no órgão parasitado Algumas espécies podem apresentar penetração PARCIAL, essas são consideradas como Ectoparasita. Quanto ao parasitismo Migrador Sedentário Classificação de alguns gêneros: Endoparasita migrador: Pratylenchus, Radopholus, Rhadinaphelenchus; Paratylenchus spp Endoparasita sedentário: Meloidogyne, Nacobbus; Meloidogyne sp. Ectoparasita migrador: A grande maioria dos gêneros de Fitonematóides. Helicotylenchus, Trichodorus, Xiphenema, Criconemella; Criconemella sp. Ectoparasita sedentário: Heterodera, Globodera, Tylenchulus, Rotylenchulus. Heterodera spp Tylenchulus semipenetrans (citrus) Tylenchulus semipenetrans Raízes infectadas por Globodera rostochiensis (B-Cisto) AÇÃO DOS NEMATÓIDES SOBRE AS PLANTAS a) Ação tóxica: ● ação da saliva ● Trichudorus - (Stubby-Root). interrupção da atividade mitótica no meristema apical b) Ação Espoliadora: c) Ação Traumática: ● Radopholus (bananeira e citrus), Ditylenchus (alho, alfafa) e Pratylenchus (gramíneas e soja). Stubby-Root Radopholus similis Ditylenchus dipsasi COMPORTAMENTO DOS FITONEMATÓIDES DURANTE A ALIMENTAÇÃO a) O nematóide necessita encontrar a fonte de sua nutrição; b) Depois necessita introduzir seu estilete (aproximadamente 0.3 µm) através da parede celular, para sugar o conteúdo citoplasmático; c) No primeiro contato com o hospedeiro (explora-lo); d) O conteúdo citoplasmático é sugado mecanicamente via estilete, pela ação do bulbo mediano do esôfago, que deve ser essencialmente na forma líquida; e) Enzimas encontrada: celulases e pectinases. f) Estas enzimas podem estar presente no intestino, para digerir o citoplasma ingerido das células dos vegetais. MOVIMENTAÇÃO DOS NEMATOIDES NO SOLO: A movimentação dos nematóides no solo ocorre entre as partículas, no filme de água; Os diferentes obstáculos que podem tornar difícil a movimentação, são a natureza do solo e fatores edafoclimáticos; O movimento dos nematóides através das partículas de solo varia em função da umidade e da temperatura. Se a temperatura for insuficiente, torna-se nulo o deslocamento. A temperatura ideal oscila entre 10 e 30oC; O tamanho dos poros permite uma movimentação mais dinâmica, quando eles são de diâmetro maior que o corpo do nematóide, transformam-se, com auxilio da umidade, em canais por onde o nematóide se movimenta no solo. A quantidade de água presente nos espaços dos poros possui importância na movimentação. Logo: um solo torna-se inabitável para os nematóides quando: São poucos os espaços nos poros; O diâmetro dos poros é menor, restringindo bastante o movimento lateral; A tortuosidade dos canais entre as partículas. FATORES QUE AFETAM OS FITONEMATÓIDES O ambiente do solo: Todos os fitonematóides passam, pelo menos, parte de sua vida no solo. Eles tendem a se concentrar a uma certa profundidade que varia com o tipo de solo, planta hospedeira, profundidade das raízes, altura do lençol freático, umidade, temperatura, etc... Contudo a grande maioria concentra-se até uma profundidade de 30 cm, o que corresponde, no geral, à faixa de solo com maior quantidade de raízes de plantas. Temperatura Temperatura: ótima 16 a 30oC Tornam-se inativos entre 5 e 15oC e entre 30 e 40oC. Abaixo ou acima desses limites pode-se tornar letal, dependendo do tempo de exposição a elas. Umidade Solos secos ou saturados de água são sempre desfavoráveis à sobrevivência dos nematóides. Filme muito fino, a tensão superficial inibe a movimentação; Solo encharcado, a movimentação é dificultada, além de conter problemas de oxigênio; Admite-se que os nematóides encontram-se ativos numa faixa de 40 a 60% da capacidade de campo do solo. Tipo de solo Os prejuízos são maiores em culturas estabelecidas em solos mais arenosos, devido à facilidade de movimentação e, consequentemente, a uma maior disseminação. Plantas hospedeiras Podem atuar como atraente ou repelente de fitonematóides. Práticas culturais Cultivos contínuos de plantas hospedeiras ou invasoras aumentam o número de nematóides no solo. DISSEMINAÇÃO DOS FITONEMATÓIDES a) Disseminação ativa ou autodisseminação: Os fitonematóides pouco se disseminam por seus próprios recursos, se locomovem pequenas distância, cerca de 1 cm / dia ou até 1 m /ano, geralmente formando reboleiras. b) Disseminação passiva: Sob o ponto de vista epidemiológico é a mais importante. Evidentemente que os nematóides possuem agentes de expansão (disseminação), sobre os quais nem sempre se pode intervir. • Tylenchulus semipenetrans � Meloidogyne incognita – em raízes e mudas de tomateiro; � Radopholus similis – em mudas de bananeira; � Ditylenchus dipsaci – em bulbos ou bulbilhos de alho; � Aphelenchoides besseyi – em arroz; � Heterodera glycines – em máquinas, implementos agrícolas e embalagens usadas em campos de soja; � Radinaphelenchus cocophilus – em coqueiros, Anel vermelho, disseminados por insetos; �Globodera rostochiensis – em tubérculos de batatinha.
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