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Ciência política - Aula 1 a fim 1º bimestre

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CIÊNCIA POLÍTICA
Aula 2	-	31/07/12
ETIMOLOGIA: Política
“polis” – “zoon politikon” – Homem animal político.
Comunidades humanas = A política é voltada para as cidades. Nos contextos onde houver pluralidades de ideias, a necessidade da discussão das ideias traz a luz o conceito de política.
Conceito = Toda atividade humana que se destina a tratar as questões da polis, dos interesses coletivos.
Dupla atividade:	- Competitiva: tem uma feição competitiva em torno da busca de representação política, com objetivo de alcançar o poder.
			- Diretiva: é a atividade política que pensa como a sociedade deverá ser conduzida. As ideologias políticas é que vão direcionar as ações com o poder.
Ciência política – procura nos dizer de que forma se atenderá as questões do interesse público.
- Objeto: macro problemas
- Objetivo: diferentes formas de governo, ideologias.
- Relações Interdisciplinares – economia, sociologia, filosofia... política.
- Fundamento discurso político (conjunto das ideias que estão contidas na fala do político) =	 
“HOMO LOQUAX” – homem eloquente.
Fontes: 1) Filosofia política: 
	2) Ciência/conhecimento empírico: 
	3) Discurso comum: conversa do povo, discussão púbica das classes, tem importância política.
Aplicação multifacetada da ideia de política – vista nos mais diversos pontos (classe empresarial, classe sindical, religioso, ruralista, etc...)
Antigamente: 
- poder paterno (o pai mandava)
- poder despótico (poder na mão de um soberano)
- homem sobre homem (um pensa, decide e outro executa, age conforme)
Atualmente:
Pensamento político – como cientificamente evoluiu:
- Histórico - 	*Grécia antiga
- Reflexões teóricas
- Controle do pensamento filosófico (contribuições de Aristóteles, Platão e outros)
- Diferentes formas de governo – qual a melhor forma de governo? Estudo dos pensadores (monarquia – / aristocracia / democracia)
Histórico:
1 - Democracia Ateniense = todos opinavam, discutiam seus interesses... escolhiam... (referência o filme: “300”). Representada principalmente por:
* Péricles: 
Péricles teve uma influência tão profunda na sociedade ateniense que Tucídides, um historiador contemporâneo seu, o declarou "o primeiro cidadão de Atenas". Péricles transformou a Liga Délia num verdadeiro império ateniense, e liderou seus compatriotas durante os dois primeiros anos da Guerra do Peloponeso. Péricles promoveu as artes e a literatura, num período em que Atenas tinha a reputação de ser o centro educacional e cultural do mundo da Grécia Antiga. Iniciou um ambicioso projeto que construiu a maior parte das estruturas que ainda existem na Acrópole de Atenas (incluindo o Partenon). Este projeto foi responsável por embelezar a cidade, exibir a sua glória e dar emprego à população.[1] Péricles também estimulou a democracia ateniense, a tal ponto que seus críticos o chamaram de populista.
Ideiais: * Liberdade – para manifestarem opiniões
* Debate sobre questões das cidade
* Igualdade
* Acesso a cargos
2 - Ditadura Espartana
* Xenofonte 
Historiador, soldado e escritor grego - 428 aC, Atenas355 aC
Sócrates não escreveu. O que sabemos sobre ele é fruto principalmente de dois dos seus discípulos: Platão e Xenofonte, este último considerado um dos principais biógrafos da Antigüidade.
Seu livro "Ditos e Feitos memoráveis de Sócrates", embora muito menos profundo que as obras de Platão, é a segunda fonte mais importante sobre a pessoa e o pensamento de Sócrates. Na obra, Xenofonte apresenta Sócrates como conhecedor de diversos assuntos que não faziam parte das matérias usualmente ensinadas pelos professores de Atenas.
Todas as obras de Xenofonte foram conservadas.Costuma-se dividi-las em três grupos: as históricas ("Anábase", "Helênicas", "A Educação de Ciro"); as socráticas ("Memoráveis", "Apologia de Sócrates", "O Banquete", "Econômico") e as menores ("A Constituição dos Lacedemônios", "O Comandante de Cavalaria", "Hieron", "Da Equitação", "As Rendas").
Sua concepção de vida, tradicionalista, aristocrática e antidemocrática, seguia as idéias espartanas. Como bom ateniense, de personalidade marcante, gostava de discutir e argumentar seus pensamentos e atos. Seu estilo simples, elegante e correto é um marco da literatura grega.
Em 396, três anos após a morte de Sócrates, a serviço dos espartanos, foi banido de Atenas. No exílio, perto de Olímpia, teria escrito grande parte de sua obra.
Ideiais: * Disciplina
* Intervenção
* Chefiar
* Economia
* Totalitário
Aula 3 - 07/08/2012
3 – Primeiras ideias comunistas – SOCIEDADES IDEALIZADAS, mas não realista;
“Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles gostam.”
 Platão
- Obra de Platão: “A República”. (reporta suas ideias de abolição da sociedade privada, particular. 
Projeto Sociedade Justa
Diferenças sociais - 
Propriedade privada – causa da divisão (dentro da sociedade democrática só faltava derrubar a desigualdade social)
Proposta cidade ideal – tudo será de todos, com uma administração coletiva (previa até mesmo que os pais não seriam “donos” de seus filhos);
Thomas Morus 1480-1535– na obra UTOPIA também prescreve a sociedade ideal.
Melhor forma – monarquia filosofal (o Rei filósofo)
Estado totalitário – poder concentrado, forte, se necessário violenta. 
Críticas - motivo de altas críticas a sua obra filosófica a forma “violenta” de restrições.
ARISTÓTELES = “Classe média” Homem / animal político
Critica fundamentalmente as ideias de Platão
Comunidade Política
Crítica as idéias comunistas de Platão pelo seu idealismo
Governo da classe média – o meio termo da forma de governar, através da ARISTOCRACIA (governo nas mãos de um grupo de pessoas, da classe média);
Formas de governo – Monocracia – nas mãos de um, mas se não legalizado poderia se tornar Tirania
 - Democracia – nas mãos do povo, mas se não for correto se torna Oligarquia;
Defesa da lei / Constituição – defendeu a Ordem fundamentada pelo direito.
Cícero: subordinação do poder ao direito natural
- dever de participação;
- Regime misto – forma de governar onde ricos, pobres – todas as classes envolvidas;
Monarquia, participação aristocrática e democrática.
- Limitação do governante pelo direito natural
“Prefiro a paz mais injusta a mais justa das guerras”. Cícero
“O amor é o desejo de alcançar a amizade de uma pessoa que nos atrai pela beleza.” Cícero
4 - IDADE MÉDIA
- Cristianismo – toma proporções extremas, onde poder politico e religioso se confundem;
- Humanização – traz noções de direito humanos
Religião, Igreja e Estado = se fundem.
- Santo Agostinho – visão pessimista do homem / maniqueísmo / Cidade celeste / Terrena / Estado forte / Autoritário / Ordem / coação / sanção
- S. Tomás de Aquino – Poder vem de Deus p/ o povo / Origem popular do poder / Autonomia Igreja / Estado
- Marsílio de Pádua – proposta de Estado Laico / independente representação = povo/ poder – superioridade do poder do PAPA..
Aula 4 - 14/08/2012		RENASCIMENTO E IDADE MÉDIA
- Atenuação do espírito religioso – o homem se reconhece como titular, detentor do poder. O poder político na mão do povo e não mais da Igreja.
	Com o renascimento surge fortemente valorização do homem.
- Acentuação do humanismo – o homem passa a ser visto com a sua liberdade individual, a dignidade humana. Com direitos a suas escolhas, inclusive da crença.
- Supremacia poder civil – o povo passa a exercer suas escolhas e não somente subjugados a decisão da Igreja. Pois a Igreja extrapola e determina ações de atrocidades em nome do poder que exerce.
- Reforma protestante – importante papel na redefinição do papel da Igreja. 
MAQUIAVEL
- Política liberta da moral
- Realismo político X idealismo ético (
- Utilização termo ESTADO (pela 1ª vez utilizado) 
LEIS DA POLÍTICA – ele condensa as leis da política. Avalia friamente como as coisas acontecem.
RAZÕES DE ESTADO – motivos, interesses justificados como públicos (mas aqui desvirtuados pelo Estado), de interesse maior;
ERASMO
- Concepção religiosa – sugere a necessidade do poder ser pautado em princípioéticos.
- Princípios éticos - 
- Humanismo – defende a ideia de defender a pessoa independente de ser ou estar.
THOMAS MORUS - O "utopismo" consiste na ideia de idealizar não apenas um lugar, mas uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa, numa visão fantasiosa e normalmente contrária ao mundo real. O utopismo é um modo absurdamente otimista de ver as coisas do jeito que gostaríamos que elas fossem.
Morus descreve uma sociedade organizada racionalmente, através da narração dos feitos que realiza um explorador, Rafael Hytlodeo. Utopia é uma comunidade que estabelece a propriedade comum dos bens. Não enviam seus cidadãos à guerra - salvo em casos extremos -, mas contrata mercenários entre seus vizinhos mais belicosos. Todos os cidadãos da ilha vivem em casas iguais, trabalham por períodos no campo e em seu tempo livre se dedicam a leitura e a arte. Toda a organização social da ilha aponta a dissolver as diferenças e a fomentar a igualdade. Por exemplo, que todas as cidades sejam geograficamente iguais. Na ilha impera uma paz total e uma harmonia de interesses que são resultado de sua organização social. Na ilha se eliminou por completo o conflito e seus potenciais possibilidades de materialização. Em geral se concebe a comunidade utopiana como uma sociedade perfeita em sua organização e completamente equitativa na distribuição dos recursos. Todos os suprimentos necessários à sobrevivência são oferecidos gratuitamente. Ninguém retira mais do que necessita, não há necessidade de estocar alimento, já que é oferecido em abundância. Apesar de o dinheiro não ser necessário, este é acumulado pela república utopiana pela venda de matéria-prima para outras nações e às vezes é usado para financiar guerras no exterior.
- Ataque a propriedade privada
- Socialismo (cristão)
LUTERO
- Desnecessidade da Igreja COMO INTRMEDIADORA entre os homens e Deus.
- Negação da autoridade eclesiástica – supremacia dos direitos nas mãos dos civis.
Francisco Suárez. 
- Critica do direito divino dos reis – o poder deve ser popular, e tem direito de resistência contra o soberano.
- Origem popular do poder.
Filosofia contra fundamentalismo
A partir da primeira edição de 1612, em Coimbra, o tratado de legibus ac deo legislatorede Francisco Suárez alcançou de imediato uma projecção internacional, com mais de quinze edições até aos nossos dias, tornando-se a mais significativa obra da filosofia política peninsular. Nela incorporou o filósofo contributos da teologia, do direito e da moral numa unidade com rigor metodológico e fundo alcance científico que a converteu em obra universal, com impacto imediato no que podemos chamar a proto-democracia das nações atlânticas.
No meio da literatura panfletária e partidária da época, o de Legibus destaca-se entre as congéneres europeias por integrar as tradições e as conquistas científicas da época. Contra os reformadores que tinham desacreditado a expressão escolástica, fora preciso restaurar o pensamento político com linguagem filosófica. Essa recuperação do meio de expressão surgira com Melanchton entre os reformadores alemães, com Hooker para os ingleses e, sobretudo, com pensadores da contra-reforma católica como Vitória, Molina, Soto, Caetano, os Conimbricenses e, muito particularmente, Francisco Suárez.
O lugar cimeiro de Suárez entre os pensadores políticos do Ocidente que ajudaram a recriar uma ordem intelectual, resulta de ele ser o derradeiro doutor escolástico a transmitir a herança medieval como também o inaugurador de um mundo novo, uma evidência habitualmente encoberta pelos lugares comuns da ciência política, pela argumentação juspositivista ou, tão só, pela ignorância.
Em primeiro lugar, Suárez é um teólogo cristão. Opera com um paradigma trinitário que distingue entre estados humanos de inocência, corrupção e redenção, com profundas implicações na visão da natureza e da história. Os seres humanos são moralmente indiferentes até serem corrompidos, e são corrompidos e egoístas até serem redimidos num horizonte escatológico em aberto. Não colhe aqui, portanto, a metáfora moderna da separação entre “estado de natureza” e “estado de sociedade”, utilizada por sucessivos pensadores políticos que não pensaram a historicidade e que procuravam enquadrar a origem, natureza e valor das instituições sociais e políticas com um contrato imanentista; nem colhe a grelha moderna do optimismo de Rousseau ou do pessimismo de Hobbes sobre seres humanos vivendo nesse pretenso “estado de sociedade” de onde desapareceu a substância espiritual. Também não colhem aqui princípios historicistas, de Hegel e Marx, até Heidegger e Fukuyama, segundo os quais o ser humano se define pelo desenvolvimento. A teologia de Suárez, obviamente repleta de conservadorismos, tem por timbre o mais grave princípio dos escolásticos católicos: a conciliação entre a graça divina e a liberdade humana, aliás um problema típico da escola portuguesa de filosofia.
Em segundo lugar, Suárez é filósofo. Na sequência de tratados conimbricenses como os de Pedro da Fonseca, as Disputationes Metaphysicae de Suárez constituem um tratamento autónomo e inovador do material metafísico antigo, medieval e contemporâneo, onde as especulações sobre o intelectualismo e o voluntarismo de tomistas e escotistas recebem aqui uma harmonização enciclopédica da tradição escolástica. Definindo a metafísica como 'a ciência que considera o ser enquanto ser”, estuda o conceito de ser, e suas propriedades de unidade, verdade, bondade, e as causas do ser, material, formal, eficiente, final e exemplar. Passa aos tipos de ser infinito com a existência, essência de atributos de Deus, e teoria do ser finito, com essência e existência, substância e acidente e as nove subdivisões aristotélicas do acidente. Por fim, o tema do ente de razão.[1] Destaque-se que o gesto metafísico fundamental reside na radical dependência do ser humano perante o criador e legislador divino, que precede a distinção de essência e existência e que é a razão da finitude humana. Seja Suárez considerado tradicionalista, inovador, ou mediador entre épocas, a sua antropologia que mostra o homem como radicalmente livre de aceitar ou recusar o concurso da graça divina e que o levou já a ser considerado “existentista”, tem grandes implicações para o tratamento da comunidade política.
Suárez é um filósofo jusnaturalista e, portanto, construiu uma ontologia da política.[2] A sua recolha, compilação e interpretação dos materiais jurídicos é impressionante segundo qualquer critério que se eleja: cronológico, quantitativo ou qualitativo. Mas o que nele é decisivo é o fio condutor através do qual esclarece o panorama “das leis e de deus legislador”, descrevendo a substância das sociedades humanas onde a ordem espiritual se cruza com forças objectivas. As “leis” são o conteúdo da ordem social em que o elemento normativo é acompanhado pela capacidade de promulgação que impõe obrigações às motivações e interesses muito humanos que formam o cimento da sociedade. As “leis” obrigam a todos, e por isso redundam em direitos e deveres, de natureza diversa para os súbditos e para os governantes. Para além do discurso inactual suareziano sobre doutrinas e circunstâncias que a história já não sustenta, é esta mensagem de que a natureza da sociedade contém recursos suficientes para proteger e desenvolver a liberdade humana que torna Suárez um clássico e que constituiu a sua vantagem sobre os seus interlocutores imediatos e a razão do êxito continuado da sua obra entre confissões religiosas e posições políticas muito diferentes.
Em terceiro lugar, Suárez é um jusnaturalista. Aborda os textos jurídicos de modo muito diferente da tradição do direito secular e canónico, recompilado durante séculos a partir dos Corpus Juris, e visando sobretudo a solução de casos particulares e atendendo a algumas normas universais. Em vez de um comentário mecânico, típico de legistas e canonistas, Suárez não segue a ordem do Corpus Juris mas procede por dedução e fundamentação do direito em teoria geral das leis; é umteólogo que conhece bem o direito e um jurista versado em teologia. Quase todos os capítulos do de legibus principiam por textos jurídicos e comentários dos legistas, antigos e modernos; a impressão é de continuidade mas a utilização é inovadora.
É necessário atender a estas qualificações de Suárez como teólogo, filósofo e jusnaturalista para que se torne inteligível o uso que ele faz dos símbolos políticos. Conversamente, o uso contemporâneo acrítico de conceitos politológicos impossibilita compreender os problemas que se colocavam antes dos processos de secularização. Se a ciência política permanecesse restrita ao horizonte do Estado tal como este se consolidou a partir de fins do séc. XVIII, tornar-se-ia ininteligível toda a vida política anterior e tornar-se-iam ininteligíveis os processos do séc. XX e XXI que visam restituir a dimensão espiritual à vida pública. Neste sentido, a meditação e estudo de Suárez tem um interesse muito superior ao historiográfico: como sempre sucede em filosofia, ao entrarmos em diálogo com um pensador autêntico, recuperamos as condições de pensar o nosso tempo.
Com as qualificações atrás esboçadas, Suárez enfrentou os problemas concretos da transição entre a ordem medieval e moderna, uma ordem política e religiosa particularmente perturbada por debates, conflitos, guerras, tréguas e novas hostilidades entre os povos europeus, entre confissões cristãs através de guerras civis acicatadas por perseguições dos Tribunais da Inquisição, dos Parlamentos e das Coroas. 
As questões mais candentes resultavam do diverso posicionamento das Igrejas cristãs perante o poder político, criando os problemas - distintos mas todos eles graves - da Reforma e Contra-Reforma, do Cisma, das Seitas e do Universalismo. A colusão entre religião e política favorecia o movimento crescente de concentração e centralização do poder régio nos monarcas, como forma de criar um espaço neutro para onde confluíam os desideratos, as deliberações e as decisões da vida pública. Por outro lado, esta centralização do poder a expensas da nobreza senhorial criava novos problemas de relação entre o poder da coroa e os estratos vocais da população. O crescimento do absolutismo na Europa estimulava o crescimento da consciência nacional e o crescimento das nações – estado produzia e exigia mais reflexão sobre a natureza e base da sociedade política. O surto de absolutismo levava, também, a reflectir sobre os direitos naturais, entre os quais a propriedade.
Todos os interlocutores - Católicos e Protestantes - aceitavam o poder soberano como limitado por Deus e partilhavam o princípio de que existia uma lei imutável a ligar todos os soberanos e todas as sociedades e que era fundamento de direitos naturais. A teoria dos direitos naturais implicava uma limitação do exercício do poder absoluto e qualificava as doutrinas do Estado e da soberania, ninguém defendendo teorias de despotismo monárquico oriental. Todos - Católicos e Protestantes - aceitavam a ideia de invocar o poder político para estabelecer a religião que professavam. Lutero e Calvino condenam a resistência ao soberano; mas enquanto os luteranos se identificavam sobretudo com a obediência, os Calvinistas não aceitavam a obediência passiva e, tal como os regalistas erastianos, subordinavam a Igreja ao Estado e não favoreciam qualquer desenvolvimento proto-democrático. 
Com a reforma protestante, a Igreja deixara de ser um corpo supra nacional para os cristãos ocidentais e surgiram as novas questões da relação entre Igrejas e Estados e o direito de resistência aos soberanos. Membros da mesma confissão religiosa adoptavam atitudes divergentes em tempos e lugares diferentes, conforme as oportunidades. Os defensores do absolutismo régio como Barclay e Filmer, defendiam o direito divino dos reis enquanto outros, como Hooker, aceitavam a divisão da lei em natural e humana. Autores da escola de Maquiavel preconizavam a necessidade de unidade e estabilidade do Estado mas, considerando o egoísmo fundamental dos indivíduos, afirmavam a indiferença perante a moralidade e os meios empregues para os fins políticos. Altúsio e Grócio experimentavam a ideia de contrato e comunidade. Mariana e Suárez encaram a lei como promessa a cumprir. Jean Bodin procura compatibilizar a soberania política com a tolerância religiosa para com o individualismo e do juízo privado. Os autores das Vindiciae falam de dois contratos - do povo com o soberano e do povo com Deus – cabendo à comunidade resistir aos falsos profetas no poder. 
Em síntese, no dealbar do séc. XVII europeu, instalara-se a desordem política e a confusão intelectual porque nem as confissões religiosas, nem a nacionalidade nem o estrato social constituíam linhas ideológicas demarcadas.
É neste pano de fundo de desordem intelectual, que surgem os dez livros do tratado de legibus com os conceitos da lei em geral, relação entre moral e direito, direito internacional e direito natural, princípios fundamentais do direito das gentes, origem do poder político, obrigação política, legitimidade da legislação positiva humana, interpretação, aplicação e revogação das leis, teoria geral da lei canónica, direito eclesiástico, princípios reguladores de direito penal, relação entre o estado e o poder político e as Igrejas. O tipo de argumentação e a sequência dos temas é escolástica. A superabundância de temas torna a obra prolixa e nem sempre abordando os temas mais relevantes. A quantidade de citações e de literatura processada é tremenda. Mas não obstante o teor académico, a obra de Suárez teve um papel decisivo no restabelecimento de critérios teóricos no debate do início do séc. XVII, completamente degradado pelo choque das ideias político-religiosas. Resta saber como e com que efeitos.
BODIN
- Conceito de soberania = absoluto e perpétuo
Soberano figura de unidade
Influência Luis XIV
HOBBES
- Fundações contratuais do Estado Absoluto
LEVIATHAN
- Estado forte
- Tirania X Anarquia
- Concepção pessimista
- Contrato
Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil, comumente chamado de Leviatã, é um livro escrito por Thomas Hobbes e publicado em 1651. Ele é intitulado em referência ao Leviatã bíblico. O livro diz respeito à estrutura da sociedade e do governo legítimo, e é considerado como um dos exemplos mais antigos e mais influentes da teoria do contrato social.[1] O editor foi Andrew Crooke, parceiro da Andrew Crooke e William Cooke. Muitas vezes, é considerada uma das obras mais influentes já escritas do pensamento político.
No livro, que foi escrito durante a Guerra Civil Inglesa, Thomas Hobbes defende um contrato social e o governo de um soberano absoluto. Hobbes escreveu que o caos ou a guerra civil - situações identificadas como um estado de natureza e pelo famoso lema Bellum omnium contra omnes (guerra de todos contra todos) - só poderia ser evitado por um governo central forte.
Thomas Hobbes (Malmesbury, 5 de abril de 1588 — Hardwick Hall, 4 de dezembro de 1679) foi um matemático, teórico político, e filósofo inglês, autor de Leviatã (1651) e Do cidadão (1651).
Na obra Leviatã, explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de governos e sociedades. No estado natural, enquanto que alguns homens possam ser mais fortes ou mais inteligentes do que outros, nenhum se ergue tão acima dos demais por forma a estar além do medo de que outro homem lhe possa fazer mal. Por isso, cada um de nós tem direito a tudo, e uma vez que todas as coisas são escassas, existe uma constante guerra de todos contra todos (Bellum omnia omnes). No entanto, os homens têm um desejo, que é também em interesse próprio, de acabar com a guerra, e por isso formam sociedades entrando num contrato social.
De acordo com Hobbes, tal sociedade necessita de uma autoridade à qual todos os membros devem render o suficiente da sua liberdade natural, por forma a que a autoridade possa assegurar a paz interna e a defesa comum. Este soberano, quer seja um monarca ou uma assembleia (que pode até mesmo ser composta detodos, caso em que seria uma democracia), deveria ser o Leviatã, uma autoridade inquestionável. A teoria política do Leviatã mantém no essencial as ideias de suas duas obras anteriores, Os elementos da lei e Do cidadão (em que tratou a questão das relações entre Igreja e Estado).
Thomas Hobbes defendia a ideia segundo a qual os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado. Para ele, a Igreja cristã e o Estado cristão formavam um mesmo corpo, encabeçado pelo monarca, que teria o direito de interpretar as Escrituras, decidir questões religiosas e presidir o culto. Neste sentido, critica a livre-interpretação da Bíblia na Reforma Protestante por, de certa forma, enfraquecer o monarca. Sua filosofia política foi analisada pelo cientista político Richard Tuck como uma resposta para os problemas que o método cartesiano introduziu para a filosofia moral. Hobbes argumenta que só podemos conhecer algo do mundo exterior a partir das impressões sensoriais que temos dele ("Só existe o que meus sentidos percebem"). Esta filosofia é vista como uma tentativa para embasar uma teoria coerente de uma formação social puramente no fato das impressões por si, a partir da tese de que as impressões sensoriais são suficientes para o homem agir em sentido de preservar sua própria vida, e construir toda sua filosofia política a partir desse imperativo.
Hobbes ainda escreveu muitos outros livros falando sobre filosofia política e outros assuntos, oferecendo uma descrição da natureza humana como cooperação em interesse próprio. Foi contemporâneo de Descartes e escreveu uma das respostas para a obra Meditações sobre filosofia primeira, deste último.
[editar] Contexto
Nascido em 1588 na Inglaterra dos Tudors, Thomas Hobbes foi influenciado pela reforma anglicana que ocorrera cinco décadas antes. A cisão com a Igreja Católica fez com que a Espanha interviesse nos assuntos ingleses enviando a Invencível Armada (“Grande y Felicíssima Armada”) fato que mais tarde seria relatado por Hobbes em sua autobiografia e terá grandes influências sobre sua obra. O século XVII foi de grande importância para a Inglaterra pois marca o começo do expansionismo colonialista ultramarino inglês, com a fundação de Jamestown, a primeira colônia inglesa nas Américas, em 1607. É também no século XVII que são lançadas as bases do capitalismo industrial na Inglaterra com a Revolução Gloriosa já na década de 80 do século XVII. É durante esse período que a Marinha Inglesa irá se consolidar como a maior e mais bem equipada marinha do mundo, só perdendo a posição para os EUA no pós-2ª Guerra Mundial. A poderosa marinha irá contribuir para o acúmulo de capitais que irá financiar o expansionismo colonial e, mais tarde, industrial inglês.
Autores Contratualistas = movimento teórico a favor da construção do interesse comum.
Hobbes = o homem é mau por natureza, por isso a importância da criação de um órgão regulador dos direitos e obrigações. O Estado deve ser forte e autoritário (como Leviathan – o monstro)
Depois de Hobbes a influência do iluminismo promove uma revolução no campo das ideias.
È um período de clarezas, do reconhecimento e consagração dos direitos individuais. Apregoa que o poder esta na razão humana. 
Vinha-se de um poder autoritário, passando de pai p/ filho e os privilegiados eram os “amigos do rei”. Era uma fase carregada por favoritismos, elegendo para cargos públicos os do interesse daquele que detém o poder. Em contrapartida havia a classe desfavorecida. Isso ocorre no período da monarquia.
Voltaire (pronuncia voltér) - defensor notório da ostentação monárquica, embora dentro do iluminismo defende o poder monárquico.
John Locke – concepção contraria a Hobbes embora também contratualista. Reconhece a necessidade da renuncia de uma parcela de direitos em prol do bem comum.
Descreve que o poder precisa ter limites, seu pensamento dá abertura ao pensamento liberal, e por consequência surge o Estado Liberal (delegação limitada de poderes do soberano).
Montesquieu
Os três eram filósofos iluministas, ou seja, pensadores que propunham a troca do pensamento teocentrista (Deus como centro do Universo), misticismo pelo USO DA RAZÃO, o racionalismo. Para os iluministas somente com o uso da razão o homem poderia evoluir. Lembrando sempre, que nessa época (século XVIII), o regime político vigente na Europa era o absolutismo (o rei detinha o poder sobre tudo e todos) e era contra essa unificação do poder que eram contra os iluministas...completando a resposta da colega, Montesquieu propôs em sua obra "Do espírito das Leis" a substituição do regime absolutista pelo Tripartite, é dizer, o Executivo, Legislativo e Judiciário. Assim, todo o poder deixava de se concentrar nas mãos de um só homem e passava a ser "dividido". Essa é a base da formação da maioria dos estados modernos ocidentais, inclusive, o Brasil. Lembre-se que temos Presidente( poder executivo), Deputados (poder legislativo) e Juízes, Promotores (que representam o Poder Judiciário). 
Vale ressaltar também, que os iluministas são geralmente associados à classe burguesa (burguesia), pois esta classe social à época do absolutismo possuía recursos financeiros, porém, não podia exercer cargos de grande importância na política, pois estes estavam nas mãos da nobreza e do clero.
Montesquieu - origem do processo de reflexão sobre o modelo de organização política da Europa que emerge do feudalismo para o capitalismo, ganham destaque três autores: Montesquieu (1689-1755), com a obra O espírito das leis; John Locke (1632-1704), com o Segundo tratado sobre o governo; e Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), com O contrato social. 
Em O espírito das leis, Montesquieu (1963) observa que existem três tipos de governo: o republicano, o monárquico e o despótico, e, ainda, afirma ser o republicano o tipo de governo em que o povo — como um todo ou uma parcela dele — possui o poder soberano.
Refletindo sobre o tema da igualdade na democracia, Montesquieu chama a atenção para o fato de que esta nunca pode ser perseguida com todo o rigor, tratando-se de algo muito difícil de se estabelecer plenamente. O autor afirma que, mesmo que na democracia a igualdade seja a alma do Estado, trata-se também de algo difícil e, por isso, não deve haver um rigor exagerado a respeito. É suficiente que se reduzam as diferenças até certo ponto. A partir daí, as leis, através dos encargos que impõem aos ricos e dos alívios que concedem aos pobres, possibilitam certo nivelamento, certa igualdade.
Segundo Durkheim (1980), era na cidade que Montesquieu via a possibilidade de maior igualdade.
Montesquieu chama a atenção para o cuidado que se deve ter com relação ao conceito de igualdade, para que não se radicalize demais na reivindicação desse bem e, ao fazer isso, coloque-se em risco o funcionamento do sistema político. Este tema da igualdade é tratado pelo autor com a preocupação de que se configure como um elemento benéfico ao funcionamento do acordo (pacto) entre os homens, e não no sentido de promover uma sociedade com ausência de regras e hierarquias, como, aliás, muitas vezes constatou-se em Roma — uma das experiências que serviram de referência a Montesquieu para que este fundamentasse as suas teses sobre os sistemas políticos.
Preocupado com o radicalismo político com o qual esse conceito poderia ser tomado, Montesquieu chama a atenção para os limites nos quais o tema da igualdade deve ser tratado: tanto a perda do espírito de igualdade como a defesa da igualdade extrema são prejudiciais à democracia, sob a alegação de que o espírito de igualdade extrema levaria ao questionamento da própria idéia de representação, pois todos se sentiriam no direito de “deliberar pelo senado, executar pelos magistrados e destituir todos os juízes” (Montesquieu, 1963:136).
ESTADO ABSOLUTO
ESTADO LIBERAL
				DIREITOS CONTITUCIONAIS (ART. 170 da CF 88)
ESTADO SOCIAL 
Ciências Políticas: as formas do Estado
Entendemos por Estado o poder político organizado no interior da sociedade civil. Na vida moderna,o Estado exerce controle quase total sobre a vida das pessoas. O Estado moderno surgiu na Europa, no inicio do século XVII, junto com a sociedade moderna. As transformações socioeconômicas e políticas haviam criado um novo mundo, inadequado ao velho feudalismo.
O Estado Absolutista.
Como primeiro formato de Estado moderno deve-se destacar o absolutismo, surgido em um período de confronto entre nobreza e clero – de um lado – e burguesia – de outro -.A princípio a burguesia tentou estabelecer acordos políticos com os monarcas, que aproveitaram a disputa entre as camadas sociais para aumentar seu poder político.Surgiu um novo tipo de Estado, apoiado pela burguesia, que se estendeu por vastos territórios e centralizou as decisões políticas.
O absolutismo teve em Thomas Hobbes (1588-1679) seu representante, cuja teoria procurava as origens do Estado e sua finalidade. Hobbes defendia um Estado soberano com representação máxima de uma sociedade civilizada e racional. A explicação era simples: Em estado natural os homens viveriam em igualdade, segundo seus instintos. O egoísmo, a ambição e a crueldade, próprios de cada um, gerariam uma luta sem fim e tornariam difícil a vida em sociedade, levando-os a destruição. Somente o Estado - poder acima das individualidades – garantiria segurança a todos. Quanto mais soberano ele fosse, mais humanos e racionais seriam os homens em sociedade.
Ao Estado nunca interessou afastar a Igreja da vida política, pois o melhor seria submetê-la ao seu poderio e conservar sua função religiosa, que beneficiava o próprio Estado.
No absolutismo surge a separação entre a pessoa do monarca e o poder político do Estado. Os monarcas várias vezes, defenderam medidas econômicas e políticas em nome do interesse geral e não de acordo com interesses próprios. Começava-se a estabelecer o que era publico e o que era privado. O bem público é um bem de todos, mas essa distinção entre o que é publico e o que é privado é produto da época atual, com inicio no Estado Absolutista.
No Absolutismo o poder político centralizou-se no interior do domínio nacional (ou territorial) e os parlamentos que surgiram nesse Estado funcionavam como órgãos consultivos, pois não eram permanentes e não tinham força perante o rei.
O Estado Liberal
A burguesia assumiu o governo, instituiu o mercado livre e fez da sociedade civil o seu sinônimo. Era necessária maior nitidez entre o que era público e o que era privado.
Estado Liberal mostra-se como a representação desta separação, como símbolo do que é público e protetor do que é privado.
No século XVIII, a burguesia liberal recusava qualquer intervenção do Estado na economia e começou a difundir a ideia de que as restrições às atitudes estatais seriam benéficas para a economia geral.
O Estado, para os liberais, seria necessário para intervir em assuntos que incomodassem a burguesia, como para reprimir reivindicações da classe operária.
A burguesia reivindicava ampla liberdade na economia, restringindo – mas não tirando – o poder do Estado.
Para implantar o liberalismo econômico, a burguesia baseou-se na teoria formulada por Adam Smith (1723-1790) na obra “A riqueza das nações”, na qual este afirma que existe uma lógica interna, uma razão na produção das mercadorias em que a interferência de um elemento externo seria dispensável.
De acordo com essa teoria, a sociedade se civilizaria ao incorporar valores que defendiam a liberdade de mercado e garantiam igualdade a todos – compradores e vendedores -.
Se as condições para a liberdade e a igualdade entre os indivíduos estavam dadas sociedade civil, o Estado deveria proteger esta situação – teoria da “mão-invisível”. John Locke (1632-1704), na obra “Segundo tratado sobre o governo”, dá ao Estado a imagem de um vigia noturno.
O Estado, segundo os liberais, deve proteger os indivíduos contra situações que possam subverter seus direitos inalienáveis: liberdade, igualdade, vida e propriedade.
O homem, dotado de racionalidade tornara-se o dono do próprio destino e assim as transformações burguesas exigiam a participação da maioria da população.
O Estado Liberal-Democrático.
As sociedades capitalistas, movidas pela burguesia revolucionaria, criaram o Estado Liberal Democrático, que entrou em prática em locais onde a burguesia se chocou com a nobreza e buscou apoio entre os operários e camponeses.
O Estado de Bem-estar Social
Nas últimas décadas do século XIX, o capitalismo da livre concorrência sofria choque no próprio sistema. A competição provocou o fim de empresas mais frágeis e acelerou a desigualdade no acumulo de capitais.
As empresas que dominavam os mercados – nacionais ou internacionais – definiram no capitalismo o monopólio, com a fusão de empresas com bancos, garantindo assim o domínio de grandes mercados. O capitalismo financeiro começa a desenhar a economia global.
A brutal acumulação de riquezas impulsiona os conflitos entre as classes sociais, e o Estado vê-se obrigado a criar órgãos para atender as reivindicações populares, usando o que se chama de política de bem-estar social.
Surgem instituições sociais que compõe o sistema previdenciário, a educação e a assistência medica e se organizam empresas estatais ligadas aos setores estratégico da economia.
Em 1929 o sistema capitalista deparou-se com uma grande crise que o abalou profundamente. O Estado de bem-estar social surgiu como solução para superar essa crise.
Com base nele John Maynard Keynes (1883-1946) elaborou princípios que defendiam a intervenção do Estado na economia para garantir o pleno emprego, incentivando contratações nas empresas privadas e públicas.
Era necessária a ajuda social aos desempregados, ampliando, pouco a pouco, a estrutura administrativa, cujo custo foi pago com a cobrança de taxas e impostos da burguesia.
O Estado do bem-estar social foi muito criticado por uma parcela da burguesia que afirmava que este não valia o quanto custava, pois os negócios ficavam comprometidos com tantos impostos e bloqueava-se o desenvolvimento econômico.
Mesmo com críticas nos países desenvolvidos, o Estado não mais se afastou da economia, os gastos públicos permaneceram altos e as mudanças para a redução dos custos atingiram apenas as instituições que atendiam os trabalhadores – educação e saúde públicas fracas -; previdência social e seguro-desemprego com poucos recursos.
Integrar a economia do seu país à globalização é uma tarefa que exige do Estado algumas medidas entre elas a privatização das estatais, a desregulamentação do mercado, a livre atuação aos bancos, a flexibilização dos direitos trabalhistas e o atrelamento da moeda ao dólar para facilitar as transações internacionais.
As reformas neoliberais avançaram sobre os direitos dos trabalhadores, pois estes estão em desvantagem para resistir, dada a ameaça do desemprego, e desorganizados politicamente.
EMMANUEL JOSEPH SIEYÈS – defensor do constitucionalismo.
Precursor do Constitucionalismo francês. Esse texto dá uma visão diferente do constitucionalismo, fugindo um pouco da definição dos Estados (liberal, social ou neoliberal) e da Exegese Jurídica (jus-naturalismo, positivismo e pós-positivismo), em que pese a Revolução Francesa (que decorreu do Terceiro Estado) estar lotada de jus-naturalismo liberal.
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