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O ENQUADRAMENTO

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O ENQUADRAMENTO
O enquadramento é a porção do espaço real recolhido em uma imagem. Trata-se de um elemento essencial de qualquer imagem, já que produz necessariamente uma seleção da realidade. Podemos distinguir diferentes elementos em um enquadramento:
- Elementos externos: tamanho e formato
- Elementos internos: escala, angulação e ótica. 
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A ESCALA
É a relação entre a superfície ocupada pela imagem de um determinado objeto e a superfície total do enquadramento. Está determinada pelo tamanho do objeto, pela distância entre este e a câmera, e pela ótica empregada.
Cada uma das possibilidades em que se pode plasmar a escala no enquadramento se denomina plano. Tomando como base a figura humana, podem-se distinguir os seguintes tipos de planos:
PLANOS GERAIS
PLANOS MÉDIOS
PLANOS CURTOS
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PLANOS GERAIS
Grande Plano Geral. A escala da figura humana dentro do enquadramento é muito pequena. O que importa é o cenário. Expressivamente, este tipo de plano resulta ideal para dar a sensação de maior potencia do exterior sobre o homem, sua solidão, sua pequenez, ou sua subordinação ante o quadro que o envolve.
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O sujeito ocupa aproximadamente uma quarta parte da altura do quadro. Reconhece-se o sujeito, que não é absorvido, transmitindo-se uma impressão de equilíbrio entre a paisagem e o indivíduo.
Plano Geral.
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Plano Conjunto ou 
Plano Geral Curto. 
Cabem folgadamente sete ou oito personagens e já se podem distinguir algumas características e expressões. 
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Plano Inteiro.
Os extremos da figura humana coincidem com limites superior e inferior do enquadramento. 
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PLANOS MÉDIOS
Plano americano. 
O personagem é cortado na altura dos joelhos. Recebe este nome por seu freqüente uso no cinema clássico americano. Trata-se de um plano que equilibra o protagonismo da gesticulação e o movimento dos personagens. Sabemos que estão situados no espaço e apreciamos algumas de suas características psicológicas. 
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Plano Médio.
O personagem é cortado na altura da cintura. Percebe-se com mais claridade a expressão do rosto, ainda que a presença do corpo marque uma distância respeitosa. Seu uso é muito apropriado para mostrar ações de personagens em repouso.
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Plano Médio Curto
. O personagem é cotado na altura do peito. É um plano hibrido entre o Plano Médio Curo e o Primeiro Plano, do que adquire seu caráter dramático centrado no rosto.
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PLANOS CURTOS
Primeiro Plano. 
 O personagem é cortado na altura da clavícula. Desliga corpo e cenário para mostrar o rosto como espetáculo. Utiliza-se para expressar pensamentos, sentimentos e emoções íntimas, construindo uma mediação direta entre o espectador e a reação psicológica do personagem. 
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Grande Primeiro Plano.
A cabeça do personagem aparece cortada pela testa (superior) e queixo (inferior). Se efeito é acentuar dramaticamente os valores psicológicos do Primeiro Plano. 
Plano Detalhe
Apresenta uma parte do corpo: olhos mãos, boca, etc. Produz um forte impacto, convidando ao aprofundamento psicológico.
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Para a captação de objetos, cenários, etc. aplica-se a mesma nomenclatura que para a figura humana com similares efeitos narrativos ou expressivos. Em alguns enquadramentos se pode comprovar que há objetos e personagens em diferentes planos e todos eles perfeitamente focados. Quando isso ocorre, quer dizer, quando se dá a conjunção de várias escalas dentro do mesmo enquadramento, então se diz que se utilizou a profundidade de campo 
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A ANGULAÇÃO
O ângulo de visão é o ponto de vista físico de onde se registra a cena e está dividido em basicamente três tipos:
Ângulo Normal ou Médio. 
Plongeé. 
Contre-Plongeé. 
Planos Inclinados ou Aberrantes. 
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Ângulo Normal ou Médio.
É aquele em que o eixo ótico da câmera se faz coincidir com a linha horizontal que vai desde o olho ao horizonte. É o ângulo mais próximo a uma visão objetiva da realidade.
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Plongeé.
A cena se registra de cima para baixo. Produz o mesmo efeito que o de contemplar algo desde um nível superior, dando às figuras e objetos a impressão de encolhimento, diminuição. Serve, com freqüência, para diminuir ao personagem, ressaltando sua fragilidade ou inferioridade. Utiliza-se também para mostrar de um modo mais cômodo uma paisagem ou um grupo de personagens.
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Contre-Plongeé.
O ângulo do visor da câmera é ascendente. É a posição de que olha de baixo para cima. O valor expressivo deste ângulo determina potencia, superioridade, triunfo. Busca uma visão épica, como se estivéssemos contemplando uma estátua.
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Planos Inclinados ou Aberrantes.
A linha do horizonte se desnivela por inclinação lateral da câmera. Serve para expressar ação, movimento, instabilidade ou inquietação. Esses efeitos são reforçados quando se combinam o Plano Inclinado com o Contre-Plongeé.

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