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A Reportagem no Jornalismo Impresso
O gênero reportagem, em jornalismo impresso, caracteriza-se pela apresentação dos fatos em maior profundidade. Se na notícia o que interessa são os fatos cotidianos, os acontecimentos e as informações da atualidade, na reportagem interessará a forma como tais fatos se inscrevem no tempo e no espaço. Enquanto a notícia se ocupa de fatos isolados, a reportagem buscar situar tais fatos num contexto socio-histórico maior, buscando as causas e implicações dos fatos observados.
A reportagem impressa está presente nos jornais e revistas brasileiras através de dois tipos de texto:
GRANDE REPORTAGEM
TEXTO DE REVISTA
A diferença entre estes dois tipos de texto é que enquanto o texto revista trata de um assunto recente que será melhor explorado (caso das revistas Veja, Istoé ou de reportagens especiais nos jornais de domingo), na grande reportagem não precisa haver um gancho recente, mas fatos cotidianos são explorados com profundidade até maior. A principal diferença está no lead, na abertura da reportagem:
	Lead Revista
Menciona o fato recente ao qual está associado e que irá explorar melhor
	Lead Grande Reportagem
Sem fato recente, pode iniciar de forma mais criativa (realce da visão, da audição, realce da imaginação)
	Mesmo sendo uma indústria marcada pela simplicidade do lápis, papel e carbono, o jogo do bicho tem movimentado cifras astronômicas. Um levantamento do Ministério Público, divulgado na semana passada, mostra que por dia Cr$ 400 a Cr$ 500 milhões são gerados pela atividade, cerca de Cr$ 10 bilhões por mês, apenas no Rio de Janeiro. O sucesso do empreendimento, de fazer corar qualquer dono de multinacional, deve-se à honestidade na honra de compromissos - das raras unanimidades nacionais.
(inspirado neste do lado 
	Lápis, papel e carbono. Com esses instrumentos, um contingente de 45 mil pessoas (apenas no Rio) movimenta a astronômica cifra de Cr$ 400 a Cr$ 500 milhões por dia, cerca de Cr$ 10 bilhões por mês. Sem dúvida, a simplicidade e a eficiência do mecanismo, o número de empregados, a dimensão dos rendimentos podem fazer corar de vergonha inúmeras e poderosas multinacionais, constrangimento que será ainda maior ao se constatar que o sucesso do empreendimento é atribuído à honestidade com que a instituição honra seus compromissos - das raras unanimidades nacionais. 
(Jornal do Brasil, 27/2/1984)
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REPORTAGEM DISSERTATIVA
É o tipo de texto mais comum em jornalismo. Consiste no lançamento de uma idéia e a defesa da mesma na seqüência, através de enumerações, comparações, exemplificações, descrições.
O método mais comum é o das generalizações seguidas de comprovações. Usar sempre o tópico frasal. Como no exemplo:
Certo, o Pantanal é todo ele um show. As onças pintadas, as curvas insinuantes da sucuri, as capivarinhas mamando na tia ou na avó, os quatis desfilando de rabo em pé, um jacaré no choco. O balé das ariranhas no coricho, o tropel das piranhas estraçalhando uma cacharra, o andar de mão do tamanduá, a cerva de cola alta sumindo no pirizeiro. Os peixes que saem no seco na busca de águas mais fundas, o malhador das araras no pé de acuri, o espojo da anta no barreiro. A chegada das caturritas, a corrida desequilibrada da ema com seus frangotes, o surdo coral dos bugios no galho mais alto do sará - sem espantar a jacutinga.
(Reportagem de Hamilton Ribeiro, 
para a Revista Globo Rural, 
de janeiro de 1987.

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