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TEORIA DA LINGUAGEM-1

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TEORIA DA LINGUAGEM
A função da linguagem: serve com suporte ao pensamento.
Lugar da linguagem: entre as instituições humanas. As instituições humanas resultam da vida em sociedade; esse é o caso da linguagem, que é concebida essencialmente com instrumento de comunicação.
Formas de expressão da linguagem:
“A primeira articulação da linguagem é aquela segundo a qual todo fato de experiência a transmitir, toda necessidade que se deseja fazer conhecer a outrem, se analisa numa sequência de unidades dotadas, cada uma, de uma forma vocal e com um sentido”.
A expressão da língua ou códigos semânticos
Língua: um repertório de palavras, produções vocais (ou gráficas) cada uma correspondendo a uma coisa.
Segundo Saussure:
Língua – “um sistema cujo os termos são todos solidários e em que o valor de um não resulta senão na presença simultânea do outro”. (domínio social)
Fala – “[...] o ato concreto e individual de comunicar-se”. (uso individual)
Língua: “Instrumento de comunicação que através do qual a experiência humana é analisada, diferentemente em cada comunidade, em unidades dotadas de um conteúdo semântico e uma expressão fônica”. (Martinet, 1977)
TEORIA DA LINGUAGEM 
Ciências gerais dos signos – Final do século XIX i início do século XX.
Na Europa com Ferdinand Saussure – Programa de Linguística Geral, dando origem aos estudos moderna Semiologia.
Nos Estados Unidos com Charles Sanders Peirce paralelamente lança as bases da Semiótica ou teoria dos signos.
A matriz teórica da Semiologia é a linguística 
Linguagem – A primeira preocupação com a linguagem observa-se na tradução filosófica ocidental, através da gramática grega, embora não ser possível conferir a este campo o estatuto de ciência, uma vez que não se propunha estudar a língua em si. 
Gramática Grega – Ditar normas com o objetivo de distinguir o certo do errado no discurso.
Filologia - (século XIX) – Objetivo: Comentar textos compara-los com a finalidade de observar os costumes sociais através das diversas épocas.
Filologia – Ciência diacrônica preocupada com as línguas mortas.
Filologia comparada ou gramática comparada buscava explicar uma língua através do estudo de outra.
Pesquisas monológicas – “língua como entidade fechada em si mesma”. (duas correntes)
Neogramáticos – (final séc. XIX) Uma nova fase da pesquisa, um grupo alemão afirma que: “A língua só existe no sujeito falante”.
Pensamento de Saussure – “formular uma disciplina para estudar os signos no seio da vida social”.
Ciência geral dos signos - Final do século XIX e início do século XX.
Na Europa com Ferdinand Saussure – Programa de Linguística geral, dando origem aos estudos da moderna Semiologia.
Nos Estados Unidos com Charles Sanders Peirce - Que paralelamente lança as bases para o estudo da teoria dos signos ou Semiótica.
O Pensamento de Saussure (TEIXEIRA COELHO)
“Formular uma disciplina para estudar os signos no seio da vida social”.
Semiologia A ciência que se ocuparia do estudo da linguagem, seu campo de abrangência seria o sistema de signos.
Com Saussure surge a preocupação em estudar a linguagem como atividade de comunicação humana e os signos no contexto da vida social.
Linguística – Parte da Semiologia
 Roland Barthes – Em tese contrária Barthes desconstrói o pensamento de Saussure afirmando que o sistema de signos se explica através da linguagem, portanto, a semiologia seria parte da linguística.
Diagrama de Saussure 
Língua – “instituição social autônoma ou sistema preexistente”. (Coelho Netto, 2003, 18)
Língua/fala.
Níveis do estudo da linguagem:
Distinção – Social/ individual
Distinção – Essencial/acidental
Língua – Social e essencial – “é social em sua essência e independente do indivíduo” 
Fala - Individual e acidental – “secundário tem por objeto a parte individual da linguagem”. 
Linguística “Passa a ser estudada enquanto sistema e não a fala”
 Descritiva ou sincrônica
Áreas de pesquisa
 
				 Evolutiva ou diacrônica
Sincrônica – (ou estática descritiva) Saussure – “que estuda a constituição da língua, seus sons, suas palavras, sua gramática, suas regras, etc. num dado momento”
 Tem como objeto de estudos “as relações lógicas e psicológicas que unem os termos coexistentes e formadores de um sistema, tal como eles são percebidos pela mesma consciência coletiva.” (WOLF: 23).
Diacrônica – (ou evolutiva ou histórica) Saussure – “estuda as transformações produzidas na língua através do tempo”.
Estuda “as relações que unem termos sucessivos, não percebidos por uma mesma consciência coletiva e que se substituem uns aos outros sem formar sistemas entre si.” (WOLF, 125). 
Línguas – fala – indissociáveis.
Conceitos chaves – Signo, sema e símbolo.
Signo – “Tudo que substitui, refere-se ou designa qualquer objeto, evento ou acontecimento”.
		Conceito
Signo
		Imagem acústica
Significante – corresponde a parte material do signo.
Significado - corresponde ao conteúdo do signo, conceito mental formulado a partir da imagem da parte material.
Sema – Corresponde a um “enunciado ou sintagma” ou uma “sucessão de signos” (PIETRO, 25).
Símbolo – Signo que apresenta um valor evocativo ou em algumas vezes possui uma relação arbitrária, baseado em convenção com o objeto ou idéia que representa. Ex. Km, kg, l, ml, N, Ne, bandeiras.
Segundo Saussure – Essa relação “nunca é completamente arbitrária”.
Significação – Processo que corresponde à união entre o significado e o significante e acontece no exercício da língua, no processo de comunicação humana.
			Denotação
Significação 
			Conotação
Signo denotativo – É aquele que “veicula o primeiro significado derivado do relacionamento entre um signo e seu objeto” (COELHO NETTO, 24).
Signo conotativo – É aquele que “põe em evidência significados segundos que vêm agregar-se ao primeiro naquela mesma relação signo/objeto” (COLHO NETTO, 24).
Paradigma – Repertório de signos 
Sintagma - Associação sucessiva de signos numa unidade discursiva.
Roland Barthes – (década 60) “preocupava-se com o limite de atuação da nova ciência”.
“Logo que passamos a conjuntos dotados de uma verdadeira profundidade sociológica, deparamos novamente com a linguagem. Objetos, imagens, comportamento podem significar, claro está, e o fazem abundantemente, mas nunca de maneira autônoma. Qualquer sistema sociológico repassa-se de linguagem.” (BARTHES, 1991).
Conjuntos de objetos – vestuários, alimentos – mediação da língua para alcançar o estatuto de sistema.
Atribui significantes – sob forma de nomenclatura.
Denomina significados – sob a forma de uso ou razões.
Linguagem – (não é a dos lingüistas) fragmentos mais extensos do discurso.
Matéria da semiologia – É o mito, a narrativa o artigo de imprensa.
Barthes – Rubricas que norteiam as pesquisas semiológicas são:
“Língua-fala; significado-significante; sintagma-sistema; denotação-conotação.”
 
Teoria da Linguagem
Semiótica – Charles Sanders Peirce (ECO; SANTAELLA)
“Semeon” (grego) = signo. “A semiótica é a ciência geral dos signos”.
Peirce considera que “toda e qualquer produção, realização e expressão humana é uma questão semiótica”.
Semiótica - parte de um sistema científico - filosófico que por sua vez faz parte de um sistema maior. Segundo Santaela: “Tal como aparece na sua gigantesca arquitetura classificatória das diferentes ciências e das relações que elas mantêm entre si”.
Peirce ressalta três tipos de ciência:
– Ciências da descoberta. 
- Ciências da digestão “as que digerem e divulgam essas descobertas, criando a partir delas uma nova filosofia das ciências”. 
- Ciências aplicadasMatemática
Ciências da descoberta Filosofia
 Ideoscopia (ciências especiais)
 Física
 
Ciências especiais
 Ciências psíquicas (ciências humanas)
Filosofia de Peirce: “localiza-se entre a matemática e a ideoscopia”.
O lugar da semiótica na arquitetura filosófica seria em primeira instância a Fenomenologia (base das ciências normativas).
Fenomenologia (Phaneroscopia)– Segundo Peirce trata-se da instância fundamental para observação dos fenômenos e “através da análise, postula as forma e as propriedades universais desse fenômeno” (SANTAELLA; 1985)
Fenômeno – “Qualquer coisa que se apresente à mente, seja de caráter externo, interna ou visceral”. (Peirce)
Arquitetura do pensamento de Peirce
I – Fenomenologia
 Estética (admirável) 
II – Ciências Normativa Ética (ação, conduta).
 
 Gramática pura
 Semiótica ou Lógica Lógica crítica 
 Retórica pura 
III – Metafísica
Peirce dizia que “A Fenomenologia tem, por função, desenredar a emaranhada meada daquilo que em qualquer sentido aparece, ou seja, fazer análise de todas as experiências é a primeira tarefa que a filosofia tem que se submeter”.
Função da Semiótica – “Classificar e descrever todos os tipos signos logicamente possíveis” (QUIRINO; 1986).
Categoria do Pensamento e da natureza (SANTAELLA, 1985).
Primeiridade – “Categoria que dá a experiência sua qualidade definitiva, seu frescor, originalidade irrepetível e liberdade”.
Secundidade “Aquilo que dá à experiência seu caráter factual, de luta e confronto. Ação e reação ainda no nível da binariedade pura, sem governo da camada mediadora de intencionalidade, razão ou lei”.
Terceiridade – “Aproxima um primeiro e um segundo numa síntese intelectual, corresponde à camada da inteligibilidade, ou pensamento em signos, através da qual representamos e interpretamos o mundo”.
SEMIÓTICA DE PEIRCE 
SIGNO – Segundo Peirce “Um signo intenta representar, em parte pelo menos, um objeto que é, portanto, num certo sentido, a causa ou determinante do signo, mesmo se o signo representar o seu objeto falsamente. Mas dizer que ele representa seu objeto implica que ele afeta a mente, de tal modo que, de certa maneira, determine naquela mente algo que é mediatamente devido ao objeto”. 
OBJETO - Parte material do signo ou “a coisa representada”. (referente)
INTERPRETANTE – uma coisa que faz referência ao signo. “Um processo relacional que se cria na mente do intérprete. A partir da relação de representação que o signo mantém com o seu objeto, produz-se na mente interpretadora um outro signo que traduz o significado do primeiro”. (SANTAELLA; 1985). 
					
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Divisão dos signos
Na arquitetura da constituição do signo, Peirce estabeleceu divisões e classificações a partir de relações triádicas. Compreendendo 10 tricotomias, 64 classes de signos.
Segundo Teixeira Coelho (2003, 60-61):
Primeira tricotomia - Diz respeito ao signo enquanto tal.
Qualissigno – Refere-se a “qualidade de um signo”.
Sinsigno – “É uma coisa ou evento existentes, tomados com um signo”. Ou “qualquer coisa se apresente diante de você com existência singular, material”. (Peirce)
Legissigno – É “uma convenção ou uma lei estabelecida pelos homens”. 
Segunda tricotomia – Diz respeito à relação signo – objeto.
Ícone – “é um signo que tem semelhança com o objeto representado”.
Índice – “É signo que se refere ao objeto denotado de um ser diretamente afetado por esse objeto”.
Símbolo – “É um signo que se refere ao objeto denotado em virtude de uma associação de idéias produzida por uma convenção”.
Terceira tricotomia – Diz respeito à relação signo – interpretante.
Rema – “é um signo que para o seu interpretante funciona como signo de uma possibilidade que pode ou não se verificar”.
Dicissigno (dicente) – “É signo de fato, signo de existência real. Correspondendo a um enunciado, envolve remas na descrição do fato”.
Argumento – “É um signo da razão, um signo da lei, correspondendo a um juízo”.
Semiose Infinita
Para Peirce: Semiose “é a relação triádica que ocorre entre um signo, seu objeto e o interpretante sempre que se processa uma comunicação” (PERUZZOLO: 2004, 86).
“Assim, o interpretante, que é um signo que ‘interpreta’ o primeiro elemento dado com signo, gera outro signo que, por sua vez, gera outro, e assim sucessivamente, numa cadeia infinita em que o objeto de um signo e seu interpretante serão sempre outros signos” (PERUZZOLO: 2004, 86).
“o signo é uma função exercida no interior de uma semiose e o seu desenlace na comunicação depende do estímulo de sinais organizados em mensagens. Neste caso, o jogo de linguagem apresenta uma série inter-relacionada: o sinal, o signo, o interpretante, o referente e o objeto” (PERUZZOLO: 2004, 87).
Signo – matéria significante
Objeto – a coisa a qual o signo se refere
Interpretante – força motriz da semiose.
OBJETO
INTERPRETANTE
SIGNO

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