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1 Notas de aula RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO É a resistência de um material sujeito a um esforço cortante. Esta força cortante age tangencialmente à secção transversal da peça. Verifica-se no corte de chapas, nos rebites, pinos, parafusos, nós de tesoura de telhados, ... A resistência de um material é medida através da sua tensão de cisalhamento . = F / Scis - tensão de cisalhamento F – força cortante Scis – área de cisalhamento Para o cálculo da área, considerar a soma das áreas que estão resistindo ao esforço de cisalhamento. No exemplo abaixo, somente a secção A-A do rebite suporta todo o esforço, e não as secções B-B e C-C, pois as chapas superiores não possuem uma força Q agindo em sentido contrário. Na união de dois materiais utilizando parafuso, rebite ou chaveta, também pode ocorrer a deformação destes materiais na região de contato com os meios de união citados anteriormente. 2 Notas de aula Neste caso, como encontramos uma compressão, por exemplo do rebite sobre a chapa, devemos também avaliar também o que denominamos pressão de contato d. Área da chapa que está sendo comprimida pelo parafuso ou rebite. Isto também é válido para uniões por chaveta. d = F / Sproj d – pressão de contato F – força cortante t – espessura da chapa d – diâmetro do furo Sproj – área da parede do furo que tende a ser esmagada pela força cortante – t x d. Para o cálculo da área, considerar a soma das áreas que estão resistindo ao esforço de cisalhamento. Distâncias mínimas entre furos e bordas Adotar em geral, conforme figura abaixo as distâncias mínimas recomendadas em função do diâmetro do furo. Tensões de tração, cisalhamento e pressão de esmagamento admissíveis conforme norma, para aço ABNT 1020: Rebites Tração: = 140 MPa Corte: = 105 MPa Pressão de contato: d (cisalhamento duplo) = 280 MPa Pressão de contato: d (cisalhamento simples) = 105 MPa Parafusos Tração: = 140 MPa Corte (parafusos não ajustados): = 80 MPa Corte (parafusos ajustados): = 105 MPa Pressão de contato: d (cisalhamento duplo) = 280 MPa Pressão de contato: d (cisalhamento simples) = 225 MPa 3 Notas de aula Pinos Tração: = 210 MPa Corte: = 105 MPa Pressão de contato: d (cisalhamento duplo) = 280 MPa Pressão de contato: d (cisalhamento simples) = 225 MPa União soldada: As chapas podem também ser unidas através de solda. Quando isto ocorre, temos 2 situações: Solda de topo – conforme figura onde ocorre uma solicitação longitudinal (tração): s = F / S = F / ( l x t ) F – força axial S – área da secção da chapa. l – comprimento do cordão solda t – espessura da chapa Solda lateral – conforme figura onde ocorre uma solicitação transversal (cisalhamento) s = F / Smin = F / ( l x t x cos 45) F – força de cisalhamento (cortante) Smin – área da menor secção transversal da solda l – comprimento do cordão solda t – espessura da chapa Cordões em ambos os lados com mesmo tamanho. l é o comprimento dos 2 cordões. Considerada a menor secção da solda. Para forças atuando deslocadas em relação ao eixo de simetria da junta, o dimensionamento dos cordões de solda laterais é feito da seguinte forma: 4 Notas de aula l1 = [ e1 / (e1 + e2) ] x l l2 = [ e2 / (e1 + e2) ] x l Norma de solda (SAS – Sociedade Americana de Solda): Tração (solda de topo): s = 90 MPa Cisalhamento (solda lateral): s = 70 MPa Compressão (solda de topo): s = 130 MPa União por chavetas: Um eixo e uma polia ou engrenagem podem ser unidos através de chaveta, conforme croquis abaixo: Nestas condições, podem ocorrer o cisalhamento da chaveta ou o esmagamento da parede do rasgo do eixo ou parede da chaveta em contato com eixo. 5 Notas de aula Cisalhamento: = Ft / Scis = Ft / (b x l) Esmagamento: d = Ft / Sesm = Ft / [ l x (h – t1) ] Para analisar o efeito da força, devemos calcular as duas situações, para definir a máxima força que esta união suporta. Exemplo de material: ABNT 1060 a 1080 Pressão de contato : d = 100 MPa Cisalhamento : = 60 MPa
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