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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA CIDADE 
 
				
				FULANA DE TAL, casada, comerciária, residente e domiciliada na Rua da X, nº. 0000, CEP 44555-666, na Cidade, possuidora do CPF(MF) nº. 111.222.333-44, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu patrono que abaixo assina – instrumento procuratório acostado --, para ajuizar, com supedâneo no art. 186 c/c art. 944, ambos do Código Civil e, ainda, arts. 6º, inc. VI, 12, 14, 18, 20 e 25, § 1º do CDC, a presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO,
“DANO MATERIAL”
contra ( 01 ) FRANCISCO DAS QUANTAS, casado, advogado, com escritório profissional sito na na Av. Y, nº. 0000, em Cidade – CEP nº. 33444-555, inscrito no CNPJ(MF) sob o nº. 777.333.555-99, em decorrência das justificativas de ordem fática e de direito abaixo delineadas.
(1) – SÍNTESE DOS FATOS
 				A Autora trabalhara para a empresa Xista S/A do período de 00 de novembro de 0000 até 00 de fevereiro de 0000. Nessa última ocasião, tivera rescindido seu contrato de trabalho, sem justa causa (docs. 01/02). Todavia, não fora paga determinada verba rescisória a qual aquela faria jus. 
 				No dia 00 de março de 0000 a Promovente procurou o Réu, para assim obter informações acerca da possibilidade do ingresso de reclamação trabalhista. Esse, na qualidade de advogado especializado na seara trabalhista, comunicara essa viabilidade. 
				A demanda trabalhista visava obter o pagamento referente ao período de aviso-previo, não trabalhado, com reflexo sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Esse tema já é pacífico no Tribunal Superior do Trabalho, restando inclusive como sumulada (Súmula 305, do TST). 
				Diante desse quadro, Autor e Réu celebraram, na data de 00 de março de 0000, contrato de prestação de serviços advocatícios com esse propósito. (doc. 03) 
				No dia 00 de abril de 0000, por volta das 10:45h, essa ligara para o Réu com o intento de obter informações acerca da demanda. Contudo, para supresa da Autora, a ação trabalhista ainda não tinha sido ajuizada. Nesse momento o Réu prometera que iria ingressar o mais breve possível, reconhecendo inclusive que fora “um lapso de sua parte”. 
				Passados quinze dias, o Réu ligara para a Promovente informando-a da data da primeira audiência, ou seja, no dia 00 de maio de 0000, às 11:00h. Porém, nessa audiência a magistrada da 00ª Vara da Justiça do Trabalho desta Capital extinguiu o processo (doc. 04). O fundamento, como se percebe do decisório, fora a prescrição dos direitos almejados pela Autora. 
				Os direitos da Promovente, com altíssima probabilidade de recebimento, uma vez é matéria inclusive já sumulada, foram obstados em razão da negligência do Réu. É dizer, quando da entrega dos documentos e celebração do pacto de contrato de honorários, ainda não havia surgido a figura da prescrição dos direitos pretendidos. 
 				Nesse passo, de toda conveniência a condenação do Réu a pagar indenização em favor da Autora, o que, inclusive, motivou a presente querela judicial.
 								HOC IPSUM EST.
(2) – DO DIREITO
(2.1.) – RELAÇÃO DE CONSUMO CONFIGURADA
 
				Inicialmente, convém destacar que entre a Autora e o Réu emerge uma inegável relação de consumo. 
 				Tratando-se de prestação de serviço, cujo destinatário final é o tomador, no caso a Autora, há relação de consumo, nos precisos termos do que reza o Código de Defesa do Consumidor:
 Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtos ou serviço como destinatário final.
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
§ 1° (...)
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
 	 			
 	Por esse ângulo, responsabilidade do Réu é objetiva.
 				Nesse contexto, imperiosa a responsabilização do Requerido, independentemente da existência da culpa, nos termos do que estipula o Código de Defesa do Consumidor. 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
 
	 			A corroborar o texto da Lei acima descrita, insta transcrever as lições de Fábio Henrique Podestá:
“Aos sujeitos que pertencerem à categoria de prestadores de serviço, que não sejam pessoas físicas, imputa-se uma responsabilidade objetiva por defeitos de segurança do serviço prestado, sendo intuitivo que tal responsabilidade é fundada no risco criado e no lucro que é extraído da atividade. “(PODESTÁ, Fábio; MORAIS, Ezequiel; CARAZAI, Marcos Marins. Código de Defesa do Consumidor Comentado. São Paulo: RT, 2010. Pág. 147)
			
 				Existiu, em verdade, defeito na prestação de serviços, o que importa na responsabilização objetiva do fornecedor, ora Promovido.
 				Nesse sentido:
CONSUMIDOR. RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. ERRO MÉDICO. PROFISSIONAL LIBERAL. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. POSSIBILIDADE. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO. 
1. Cuida­se de Agravo de Instrumento apresentado em razão da decisão interlocutória proferida pelo magistrado a quo, que determinou a inversão do ônus da prova em favor da promovente, ora recorrida, em sede de Ação de Reparação de Danos Materiais e Morais, sob o argumento de que sofrera inúmeros prejuízos de ordem material e moral em decorrência de equivocado procedimento médico realizado pela recorrente na recorrida (peeling de ata/cristal). 2. Recurso de Agravo de Instrumento interposto sob o argumento de que não seriam aplicáveis ao caso as regras do CDC, o que inviabilizaria a inversão do ônus da prova em favor da agravada. 3. A responsabilidade em casos como o ora sob apreciação, é de natureza subjetiva, consoante determinação contida no §4º do art. 14, do Código de Defesa do Consumidor. 4. A dificuldade da agravada em encontrar meios de comprovar suas alegações (dano, nexo causal e, principalmente, culpa), por certo, fragiliza o exercício do direito de defesa do consumidor, revelando sua hipossuficiência técnica, razão pela qual deve a agravante suportar o ônus da prova. Precedentes. 5. Agravo de Instrumento conhecido, porém desprovido. (TJCE; AI 0076350­70.2012.8.06.0000; Primeira Câmara Cível; Rel. Des. Paulo Francisco Banhos Ponte; DJCE 11/04/2014; Pág. 34)
(2.2.) – DO DEVER DE INDENIZAR 
TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE 
				É inquestionável que a hipótese em estudo cuida-se da clássica Teoria da perda de uma chance. 	
 				O quadro fático acima apresentado expõe, claramente, uma negligência do profissional do Direito. Mais ainda, identifica um evento não só possível de acontecer, mas sim muito provável. No caso, o provável recebimento da verba rescisória torna-se mais evidente quando o tema versado já se encontra sumulado no TST. 			
 				A pretensão da Autora, por isso, fora rechaçada unicamente pela prescrição. Não se adentrou sequer ao âmago da pretensão. Com isso, resulta claro que a negligência do Réu foi o único fator decisivo do não recebimento dos valores almejados. Assim, existiu notória culpa desse, emergindo, desse modo, a possibilidade da sua condenação a reparar os danos ocasionados. 
 				Com referência ao tema, de todo oportuno gizar o magistério de Sérgio Savi, in verbis: 
“Inúmeras são as situações na vida cotidiana em que, tendo em vista o ato ofensivo de uma pessoa, alguém se vê privado da oportunidade de obter uma determinada vantagem ou de evitar um prejuízo.Os exemplos são vários e muito frequentes no dia a dia. Dentre os exemplos mais conhecidos pode-se citar o clássido do advogado que perde o prazo para interpor o recurso de apelação contra a sentença contrária aos interesses de seu constituinte. 
Ninguém poderia afirmar, com certeza absoluta certeza, que, acaso interposto, o recurso seria provido. Contudo, diante do caso concreto, é possível analisar quais eram as reais chances de provimento do recurso, se a hipótese era de mera possibilidade ou de efetiva e séria probabilidade de reforma do julgado. “( SAVI, Sérgio. Responsabilidade civil por perda de uma chance. 3ª Ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 1)
 
				A corroborar o pensamento acima, sublinhamos as lições de Flávio Tartuce, ipsis litteris:
“A perda de uma chance está caracterizada quando a pessoa vê frustrada uma expectativa, uma oportunidade futura, que, dentro da lógica do razoável, ocorreria se as coisas seguissem o seu curso normal. A partir dessa ideia, como expõem os autores citados, essa chance deve ser séria e real. “ (TARTUCE, Flávio. Direito civil: direito das obrigações e responsabilidade civil. 7ª Ed. São Paulo: Método, 2012, vol. 2, p. 419)
				Necessário se faz mencionar o que aduz Sílvio de Salvo Venosa, ad litteram: 
“Em muitas situações, ao ser concedida a indenização por lucros cessantes, os tribunais indenizam, ainda que em nosso país não se refira ordinariamente à expressão, à perda de oportunidade ou perda de chance, frequentemente citada na doutrina estrangeira: atleta profissional, por exemplo, que se torna incapacitado para o esporte por ato culposo, deve ser indenizado pelo que presumivelmente ganharia na continuidade da carreira. Chance é termo admitido em nosso idioma, embora possamos nos referir a esse instituto, muito explorados pelos juristas franceses, como perdade de oportunidade ou de expectativa. No exame dessa expectativa, a doutrina aconselha efetuar um balanço das perspectivas contras e a favor da situação do ofendido. Da conclusão resultará a proporção do ressarcimento. Trata-se então do prognóstico que se colocará na decisão. Na mesma senda do que temos afirmado, não se deve admitir a concessão de indenizações por prejuízos hipotéticos, vagos ou muito gerais. “ (VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: responsabilidade civil. 12ª Ed. São Paulo: Atlas, 2012, vol. 4, p. 308)
(itálicos no texto orignal)
 
				Com efeito, é ancilar o entendimento jurisprudencial:
APELAÇÃO CÍVEL. MANDATO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ADVOCATÍCIOS. 
Réu contratado para patrocinar, em reclamação trabalhista, interesses de esposa e filho de empregado falecido. Demanda, porém, que nunca foi proposta, por negligência do advogado. Alegação de prescrição do direito de reclamar as verbas rescisórias. Ação de indenização por danos materiais e morais. Improcedência em relação ao filho. Prescrição que não corre contra menor absolutamente incapaz. Possibilidade de ajuizar a reclamação trabalhista, não obstante a inércia do requerido. Pedido parcialmente procedente em relação à esposa. Impossibilidade de lhe atribuir o benefício econômico que esperava auferir com a ação trabalhista. Dano meramente hipotético ou conjetural. Indenização que deve se limitar ao dano moral decorrente da perda de uma chance. Precedentes. Termo inicial da correção monetária e dos juros moratórios. Data do arbitramento. Sucumbência recíproca. Sentença reformada em parte. Recurso parcialmente provido. (TJSP; APL 9148756-17.2008.8.26.0000; Ac. 7311338; São Carlos; Terceira Câmara Extraordinária de Direito Privado; Rel. Des. Hélio Nogueira; Julg. 30/01/2014; DJESP 11/03/2014)
PRESCRIÇÃO. Preliminar de mérito reiterada nas razões do apelo. Rejeição. Operado o substabelecimento do mandado sem reserva de poderes, excetuando o prévio e inequívoco conhecimento do cliente, não se evidencia ultimado o prazo de um triênio, relacionado a pretensão de reparação civil, se protocolizada a petição inicial em período ânuo circunscrito à data do correlato substabelecimento. Prescrição despronunciada. ATO ILÍCITO. Mandato. Ação reparatória por danos materiais e morais acionada por constituinte contra o mandatário judicial e o advogado substabelecido. Alegada negligência ao exercício do mandato. Sentença de parcial procedência jungida à condenação do mandatário. Confirmação. A frustrada oportunidade do demandado obter o patrocínio conveniente do litígio em que foi condenado, advinda do desleixo do mandatário em defende-lo, não caracteriza mera conjectura, mas perda da chance séria e provável em contar com a contribuição do advogado na postulação de decisão favorável ao constituinte, haja vista sujeitar-se o mandato judicial, supletivamente, à norma de direito material civil codificado, regramento que compele o mandatário a aplicar toda a sua diligência habitual na execução do mandato. Recurso desprovido. (TJSP; APL 0169857-60.2008.8.26.0100; Ac. 7374006; São Paulo; Vigésima Oitava Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Julio Vidal; Julg. 18/02/2014; DJESP 28/02/2014)
DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ADVOGADO. DESÍDIA. NÃO AJUIZAMENTO DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA TEMPESTIVAMENTE. PRESCRIÇÃO. APLICAÇÃO DA TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE. DANO MATERIAL E MORAL. CONFIGURAÇÃO. 
1.A teoria da perda de uma chance foi originalmente desenvolvida para dar respostas às perplexidades derivadas da dificuldade de se indenizar a frustração de uma oportunidade de ganho, nas hipóteses em que há certeza quanto ao causador do dano e incerteza quanto à respectiva extensão. Nesta senda, verifica-se a plena adequação da aplicação da referida teoria aos casos de responsabilidade civil do advogado negligente, desde que a falha na prestação dos serviços contratados implique na frustração da oportunidade do contratante de almejar posição mais benéfica, a qual possivelmente seria alcançada se não houvesse a ocorrência do ilícito praticado. 2.A doutrina majoritária considera a indenização pela perda de uma chance como uma terceira modalidade de dano material, a meio caminho entre o dano emergente e os lucros cessantes. 3.Na espécie fática retratada nos autos. prescrição de direitos trabalhistas em razão da falha na prestação de serviços por advogados prepostos do Sindicato réu, que, possuindo os documentos necessários, não ajuizaram reclamação trabalhista de modo tempestivo -, o fator negligência se aglutina com a variável alta chance de sucesso a fim de emergir o dever de o demandado indenizar a oportunidade perdida. 4.In casu, além dos danos materiais oriundos da frustração de uma possibilidade real de ganho, ressoa cristalino que o descuido inescusável do demandado também ocasionou danos de ordem moral ao autor. De fato, os danos causados ao requerente transcenderam em muito ao mero dissabor ou aborrecimento, afetando diretamente sua paz de espírito e sua tranquilidade psíquica. 5.Apelação do réu conhecida e desprovida. Apelação do autor conhecida e parcialmente provida. (TJDF; Rec 2011.07.1.004247-2; Ac. 758.224; Segunda Turma Cível; Rel. Desig. Des. J.J. Costa Carvalho; DJDFTE 13/02/2014; Pág. 84)
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL. RECEBIMENTO COM AGRAVO REGIMENTAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS. CONDUTA OMISSIVA E CULPOSA DO ADVOGADO. TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE. RAZOABILIDADE DO VALOR ARBITRADO. DECISÃO MANTIDA. 
1. Responsabilidade civil do advogado, diante de conduta omissiva e culposa, pela impetração de mandado de segurança fora do prazo e sem instrui-lo com os documentos necessários, frustrando a possibilidade da cliente, aprovada em concurso público, de ser nomeada ao cargo pretendido. Aplicação da teoria da "perda de uma chance". 2. Valor da indenização por danos morais decorrentes da perda de uma chance que atende aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, tendo em vista os objetivos da reparação civil. Inviável o reexame em Recurso Especial. 3. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, a que se nega provimento. (STJ; EDcl-REsp 1.321.606;Proc. 2011/0237328-0; MS; Quarta Turma; Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira; Julg. 23/04/2013; DJE 08/05/2013)
 				Em face do exposto, impõe-se a conclusão de que o Réu agiu com culpa, pela negligência, quando assim trouxera prejuízos financeiros à Autora. 
(3) – P E D I D O S e R E Q U E R I M E N T O S
POSTO ISSO,
como últimos requerimentos desta Ação Indenizatória, a Autora requer que Vossa Excelência se digne de tomar as seguintes providências:
a) Determinar a citação do Requerido, por carta, com AR, instando-o, a apresentar defesa no prazo legal, sob pena de revelia e confissão;
b) pede-se, de outro lado, sejam julgados procedentes os pedidos formulados nesta ação, condenando o Réu a pagar indenização por danos materiais, não menos da quantia de R$ 0.000,00( x.x.x.), valor esse atinente à pretensão na Justiça Obreira. Sucessivamente, pleteia que o valor condenatório seja apurado em liquidação de sentença; 
c) que todos os valores acima pleiteados sejam corrigidos monetariamente, conforme abaixo evidenciado:
Súmula 43 do STJ – Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a partir da data do efetivo prejuízo.
Súmula 54 do STJ – Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual. 
d) seja o Réu condenado ao pagamento de honorários de 20%(vinte por cento) sobre o valor da condenação, mormente levando-se em conta o trabalho profissional desenvolvido pelo patrono da Autora, além do pagamento de custas e despesas, tudo também devidamente corrigido.
			 		Protesta prova o alegado por todos os meios admissíveis em direito, assegurados pela Lei Fundamental (art. 5º, inciso LV, da C.Fed.), em especial pelo depoimento do Réu e, mais, das testemunhas a serem arroladas oportunamente. 
			 		Dá-se à causa o valor de R$ 0.000, 00 ( .x.x.x. ).
 
 						Respeitosamente, pede deferimento.
				 Cidade, 00 de março de 0000.
 			 			 Beltrano de tal
 							 Advogado – OAB(CE) 112233
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