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8 - Caracteristicas de Fungos

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CARACTERÍSTICAS GERAIS DE FUNGOS FITOPATOGÊNICOS
INTRODUÇÃO:
Fungos são organismos unicelulares ou filamentosos sem capacidade de realizar fotossíntese (são heterotróficos, necessitam para a sua nutrição carbono orgânico), e que se nutrem por absorção através da parede celular. Possuem núcleo eucariótico (membrana nuclear, envolvendo material genético da célula, característica que os distinguem de bactérias) e podem apresentar ciclos haplóides, diplóides, dicarióticos e poliplóides. A energia armazenada é na forma de glicogênio.
	Os fungos verdadeiros apresentam estruturas somáticas revestidas de parede celular, nunca formam plasmódio ou pseudoplasmódio, nem se locomovem.
	Os fungos conhecidos por mixomicetos apresentam estruturas somáticas desprovidas de parede celular, apresentam células amebóides, podendo formar plasmódio ou pseudoplasmódio. O plasmódio é caracterizado por uma formação de massa multinucleada de citoplasma acelular que se move e se alimenta de forma amebóide.
	Os mixomicetos não são normalmente organismos fitopatogênicos, uma vez que se desenvolvem apenas na superfície de resíduos vegetais (fragmentos de caule e folhas mortas caídas no solo), em ambientes úmidos, engolfando bactérias e outros microrganismos através de seu talo, o plasmódio.
Este grupo inclui organismos tipicamente fitopatogênicos, parasitas obrigados, envolvendo três gêneros de importância econômica: Plasmodiophora (hérnia das crucíferas), Polymyxa (doenças de raiz em gramíneas e cereais) e Spongospora (sarna pulverulenta da batata). Os dois últimos gêneros são também importantes por serem agentes transmissores de vírus fitopatogênicos.
Como exemplo ilustrativo deste grupo, tem-se Plasmodiophora brassicae, agente causal da hérnia das crucíferas. Esta doença é muito comum em todo o mundo, afetando plantas como o repolho e a couve-flor, cujas raízes infectadas pelo patógeno tornam-se malformadas e hipertrofiadas.
	Os fungos são encontrados em todos os hábitats (água, solo, ar, planta, animais) e em grandes quantidades. Atuam como saprófitas, simbiontes, parasitas ou hiperparasitas. Das 100.000 espécies conhecidas de fungos a grande maioria é constituída por saprófitas que atuam na decomposição de matéria orgânica. 50 espécies de fungos produzem doenças no homem e quase o mesmo número em animais. Mais de 8000 espécies produzem doenças em vegetais. Todas as plantas são atacadas por algum tipo de fungo, e cada um dos fungos parasita ataca uma ou mais tipos de plantas. Alguns fungos crescem e se reproduzem somente quando estabelecem certa associação com as plantas que lhes servem de hospedeiro durante todo o seu ciclo de vida (parasitas obrigados), outros requerem a planta hospedeira apenas durante certa etapa de seu ciclo de vida (parasitas não obrigados). Outras espécies são consideradas benéficas, por atuarem como simbiontes, hiperparasitas ou antagonistas, produtores de substâncias orgânicas utilizadas na indústria e farmacêutica e até mesmo por servirem diretamente como alimentos. 
MORFOLOGIA
Normalmente as estruturas fúngicas são divididas, para fins de estudo em duas partes: Sistema vegetativo, composto por estruturas envolvidas no desenvolvimento e na absorção de alimentos, e o sistema reprodutivo, composto por estruturas que tem a função específica de reprodução.
SISTEMA VEGETATIVO: O talo somático típico dos fungos é um conjunto de filamentos que se espalham pelo substrato. Cada um desses filamentos é chamado hifa (Fig. 1). As hifas são constituídas por uma parede celular tubular de crescimento contínuo, contendo protoplasma, ou seja, citoplasma e núcleos. O protoplasma em alguns fungos é interrompido a intervalos regulares por uma parede transversal, denominado septo (Fig. 2). Em muitos fungos septados, existe um poro no septo, permitindo a conexão entre protoplasmas diferentes e até a passagem dos núcleos. Nos Straminipila e fungos cenocíticos, o protoplasma é contínuo em todo o sistema vegetativo (Fig. 3).
O conjunto de hifas de um fungo constituí o micélio (Fig. 4).	
 
 
 hifa
 Figura 1. Poro Parede celular Núcleo 
 Figura 2 
 ��� 
 Figura 3. Micélio cenocítico Figura 4. Micélio septado
Em algumas espécies de fungos, ocorrem modificações no micélio que apresentam funções específicas. Em alguns casos, o micélio forma enovelado mais ou menos compacto, semelhante a tecidos, que são denominados pletênquimas. As formações pletenquimatosas tomam nomes diferentes segundo o aspecto que apresentam as hifas. Se as hifas, depois de soldadas, ainda conservam a sua individualidade, isto é, o aspecto filamentoso emaranhado, esta formação se denomina prosopletênquima ou prosênquima (Fig. 5). Se elas perderem sua individualidade, ou melhor, mostram-se unidas um ás outras de tal forma que se assemelham ao parênquima dos vegetais superiores, esta formação denomina-se parapletênquima ou pseudoparênquima (Fig. 6).
		
 	
 
 Figura 5. Prosênquima Figura 6. Pseudoparênquima
DIFERENCIAÇÃO DAS HIFAS:
Anastomose: União de hifas. No ponto de união a parede celular desaparece e as hifas se comunicam.
	
 
Ansas ou grampos de conecção - são alterações do sistema de septação encontradas principalmente em certos estágios dos ascomicetos e no sistema hifálico de vários basidiomicetos superiores. Estão, geralmente, associadas a um mecanismo de garantia para a manutenção do estado dicariótico.
 
As principais modificações de hifas e micélio encontradas no sistema vegetativo de alguns fungos são descritas a seguir e classificadas de acordo com suas funções:
a) FUNÇÃO DE ABSORÇÃO DE NUTRIENTES:
MICÉLIO: Todas as hifas têm capacidade de absorver nutrientes do meio, diretamente através de suas paredes. 
HAUSTÓRIO: Alguns fungos cujo micélio desenvolve-se entre as células do hospedeiro, apresentam modificações em forma esférica, alongada ou digitada, que se localizam dentro da célula do hospedeiro sem, entretanto romper sua membrana citoplasmática (Fig. 7). A célula hospedeira permanece viva, e os fungos retiram nutrientes através da membrana celular da planta e da parede da hifa. 
 
 Figura 7. Formas de haustórios. 
 RIZOMORFO: Filamento constituído por hifas vegetativas, que perderam sua individualidade, e que se comporta como unidade orgânica, as vezes recobertas por um córtex, formando uma estrutura semelhante a uma raiz de vegetal (Fig.8).
 
 
 
 
 Figura 8. Rizomorfas 
RIZÓIDES: Pequenos filamentos, semelhantes a radicelas, encontradas nas hifas dos fungos (Fig. 9).
 
 Figura 9
 Figura 9. Rizóides
b) FUNÇÃO DE RESISTÊNCIA (Sobrevivência).
MICÉLIO: O micélio muitas vezes atua como estrutura de sobrevivência durante períodos adversos, ou na ausência do hospedeiro especialmente quando no interior de sementes, restos de cultura ou quando sobrevive saprofiticamente no solo.
ESCLERÓCIOS: Estrutura compacta, resistente, formada por uma massa de hifas compactas, pseudoparenquimatosas, pode permanecer latente por longos períodos e germinarem condições favoráveis, ou quando estimulado pela presença de hospedeiro, germina produzindo micélio (Fig. 10). Exemplo: Clavipceps purpurea
 
 Figura 10
ESTROMA: Estrutura somática compacta semelhante a esclerócios, formada por hifas entrelaçadas, na qual se forma algum tipo de frutificação. Exemplo: Xylaria. (Fig. 11).
 
 
 Figura 11
CLAMIDOSPORO: Estrutura de resistência formada pelo espessamento da parede das células vegetativas de hifas ou de células de conídios (Fig. 12).
	 	
 Figura 12
c) FUNÇÃO DE PENETRAÇÃO NO HOSPEDEIRO		 
MICÉLIO: Em muitos casos o micélio de fungos fitopatogênicos penetra
diretamente a cutícula do hospedeiro ou, utiliza-se de aberturas naturais como estômatos, hidatódios, nectartódios, lenticelas ou de ferimentos causados por insetos, nematóides, ferramentas, etc.
APRESSÓRIO: Modificações a extremidade da hifa de certos, fungos que se
apresenta como um corpo globoso, achatado, firmemente aderido a superfície do hospedeiro e, do qual projeta-se um pino de penetração que rompe a cutícula do hospedeiro. Acredita-se que o rompimento da cutícula ocorre principalmente por ação de enzimas produzidas pelo fungo no local de penetração (Fig. 13). 
 
 
 pino de penetração
 Figura 13
SISTEMA REPRODUTIVO: Com exceção de um pequeno grupo de fungos, agrupados em Mycelia Sterilia (micélio estéril), todos os fungos apresentam estruturas reprodutivas, ou seja estruturas com a finalidade precípua de produzir esporos, que são as unidades propagativas dos fungos. Os esporos não possuem embrião sendo constituído apenas de uma ou de poucas células, e em muitos casos apresentam dormência, capacidade de resistir a condições adversas e características físicas que facilitam o transporte por ventos, chuvas, etc. Os esporos de fungos podem portanto ter as seguintes funções:
a) MULTIPLICAÇÃO: Esporos são normalmente produzidos em grandes números.
 Um indivíduo pode produzir, em poucos dias, milhares de esporos que darão origem a milhares de indivíduos idênticos ou originais.
b) DISPERSÃO: Muitos esporos são especialmente adaptados aos diferentes meios de dispersão. Uma adequada relação entre peso e volume, aliada a parede espessa resistente a dessecação faz com que os esporos de alguns fungos possam ser transportados, viáveis, por ventos, até mesmo entre continentes. Alguns fungos apresentam esporos chamados zoósporos, dotados de flagelos, que lhes permite movimento próprio, geralmente dirigido ás raízes do hospedeiro por atração química de exsudatos. Alguns grupos de fungos liberam violentamente seus esporos (balitospororos) jogando-os a alguns centímetros de altura, facilitando o seu transporte por ventos.
c) SOBREVIVÊNCIA: A maioria dos esporos apresenta capacidade de resistir á condições adversas de umidade e temperatura, podendo permanecer dormente enquanto perdurarem ás condições adversas ou a ausência de hospedeiro.
	A reprodução em fungos pode realizar-se por três processos: multiplicação vegetativa, reprodução assexual e reprodução sexual.
1) MULTIPLICAÇÃO VEGETATIVA: São utilizadas células vegetativas ordinárias,
sem prévia diferenciação, como acontece na reprodução sexual ou assexual por esporos. Esta pode ser por:
FRAGMENTAÇÃO DA HIFA: Cada fragmento transformando-se 
em novo indivíduo.
CISSIPARIDADE: As células alongam-se e quando atingem um
certo desenvolvimento, aparece um septo transversal que as divide em duas células filhas, de tamanho aproximadamente igual (Fig. 14).
		 
 	
 Figura 14 – Cissiparidade
BROTAÇÃO OU GEMAÇÃO: As células de brotação são formadas
como pequenas protuberâncias laterais da célula-mãe, que crescem e desta separam-se pela constrição da membrana da célula no plano de origem (Fig. 15).
 Figura 15 – Fases da divisão por brotação em Saccaharomyces cerevisiae
	Paralelamente ao aparecimento do broto ou gema, o micélio da célula-mãe divide-se em dois (amitose: divisão nuclear seguida ou não de divisão celular, sem que haja formação do fuso celular e do processo mitótico) e um deles emigra para o broto ou gema, enquanto que o outro permanece naquela. E, assim origina-se uma célula-filha de tamanho menor que a célula-mãe, e que cresce rapidamente, até alcançar o tamanho desta.
2) REPRODUÇÃO ASSEXUADA: Realizada através de esporos mitóticos (divisão celular na qual cada célula-filha recebe o mesmo número de cromossomos da célula-mãe). Este processo é comumente encontrado em formas imperfeitas. Neste os esporos se formam endogenamente.
3) REPRODUÇÃO SEXUAL: É precedida de uma fusão de núcleos, formando um “zigoto”, diplóide que então sofre uma divisão meiótica (Fig.16).	
	 
 n
 
 FIGURA 16
	Em alguns fungos os homotálicos, núcleos idênticos, do mesmo talo, podem se fundir, dando início ao processo sexual. Em outros chamados heterotálicos, a cariogamia somente ocorre entre talos compatíveis. Assim, em fungos homotálicos esporos sexuados podem ocorrer em uma colônia iniciada por uma única célula uninucleada. Em fungos heterotálicos, esporos sexuados somente podem ser formados se dois indivíduos compatíveis (um casal) estiverem presentes na mesma colônia.
	A plasmogamia pode ocorrer dos seguintes modos: Copulação planogamética (isoplanogamia, anisoplanogamia, oogâmica), gametâgiogamia, copulação de gametângios,espermatização e somatogamia. (Fig.17).
a) ISOPLANOGAMIA: Fusão de gametas morfologicamente idênticos e móveis.
 
 Gameta 2
 
 Gameta 1
 Figura 17-a
 
2) ANISOPLANOGAMIA: Fusão de gametas móveis mas, morfologicamente 
 diferentes. Gameta 1
 Gameta 2 Figura 17-b
3) OOGAMIA: Fusão entre gameta masculino móvel (anterídio) e
feminino imóvel (Oogônio).
 
 Anterídio OogônioFigura 17-c 
 
4) GAMETANGIOGAMIA: Fusão entre hifas diferenciadas em gametângios.
 
 Gametângio 
 masculino
 Gametângio 
 feminino
 
			 Figura 17-d
	
Os esporos de fungos apresentam diferentes tamanhos, formas e cores de acordo com a espécie. Constituem importantes caracteres, utilizado na identificação dos gêneros e espécies. Saccardo em fins do século passado, idealizou uma classificação de esporos baseada no formato, septação e coloração, que até o presente tem se mostrado bastante útil na identificação de espécies, especialmente de formas assexuadas (Fig. 18.a e 18.b).
CLASSIFICAÇÃO ESPOROLÓGICA DE SACCARDO
	
Figura 18.b - A, Esporo Liso. B Verrugoso. C, Crestado. D, Reticulado. E,F, Ciliados. G, Equinulado. H, Papilado. I, Caudato.
 
Figura 18.a - A, Esporo Liso. B Verrugoso. C, Crestado. D, Reticulado. E,F, Ciliados. G, Equinulado. H, Papilado. I, Caudato.
 CLASSIFICAÇÃO DE SACCARDO
	
	HIALINOS
	ESCUROS
	HIALINOS OU ESCUROS
	
Esporos contínuos globosos, ovais, elípticos ou redondos.
AMEROSPOROS
	
 
HIALOSPOROS
	
 
FEOSPOROS
	
	
Esporos com um septo transversal globoso, ovais ou elípticos.
DIDIMÓSPOROS 
	
 
HIALODÍDIMOS
	
 
 FEODÍDIMOS
	
	
Esporos com X-septos transversais globosos, ovais ou elípticos.
FRAGMÓSPOROS
	
 
HIALOFRAGMOS
	
 
FEOFRAGMOS
	
	
Esporos com X-septos transversais e longitudinais globosos, ovais ou elípticos
DICTIÓSPOROS
	
 
HIALODICTOS
	
 
FEODICTOS
	
	
Esporos contínuos curvos em forma de salsicha.
ALANTÓSPOROS
	
	
	
 
	
Esporos filiformes septados ou não.
ESCOLECÓSPOROS
	
	
	 
	
Esporos em forma de espiral ou hélice.
HELICÓSPOROS
	
	
	 
	Esporos em forma de estrela.
ESTAURÓSPOROS
	
	
	 
 
 
 
Os esporos são produzidos em estruturas denominadas esporóforos. De acordo com a espécie do fungo, os esporóforos podem ir desde estruturas simples até muito complexas (de uma simples hifa até estruturas multicelulares). Os esporos podem ser produzidos externamente em relação ao conidióforo ou no interior de células especiais do mesmo.
TIPOS DE ESPORÓFOROS
	
	
	Tipo de esporóforo
	Tipo de esporo
	
	
	Conidióforo
	Conídio
	
	
	Sinêmio
	Conídio
	
	Externo
	Esporodóquio
	Conídio
	 
	
	Acérvulo
	Conídio
	
	
	Picnídio
	Conídio
	Esporos Assexuais
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Esporangióforo
	Esporangiosporo
	
	Interno
	
	
	
	
	Zoosporangióforo
	Zoosporos
	
	
	Oogônio
	Oosporo
	
	Externo
	Zigósporo
	Zigosporo
	
	
	Basídia
	Basidiosporo
	
	
	
	
	Esporos sexuais
	
	
	
	
	
	Ascas nuas
	Ascocarpo
	
	
	Cleistotécio
	Ascosporo
	
	Interno
	Peritécios
	Ascosporo
	
	
	Ascostroma
	Ascosporo
	
	
	Apotécio
	Ascosporo
		
CICLO DE VIDA
Os fungos podem reproduzir-se portanto, de forma vegetativa, forma 
sexuada e ou assexuada, apresentando diferente morfologia em cada fase. Assim, encontram-se espécies com ciclo vital composto por várias fases, cada uma morfológicamente distinta, como Puccinia graminis f. sp. tritici, agente da ferrugem do colmo do trigo (Fig I), ou fungos com uma fase sexuada e outra assexuada, como Erysiphe graminis (Fig II), agente das cinzas dos cereais, ou fungos que se reproduzem apenas sexuadamente, como Septoria glycines (Fig III), agente da septoriose da soja, cuja fase sexuada até o presente nunca foi observadas e fungos que se reproduzem apenas sexuadamente, como Armillaria mellea (Fig IV), agente de podridões em árvores.
	Um grande número de fungos fitopatogênicos ocorre sobre os hospedeiros apenas na forma assexuada. Assim, alem da taxonomia baseada nas características da forma perfeita (fase sexuada) que é correta e deveria ser preferencialmente usada, faz-se necessária uma taxonomia baseada nas características da fase assexuada, que permita identificar e caracterizar espécies de fungos que se apresentam na fase imperfeita (assexuada). As formas imperfeitas foram artificialmente agrupadas em classes ordens, famílias, gêneros e espécies na classe-forma Deuteromycetes (atualmente fungos mitospóricos). Por isso, um mesmo indivíduo (espécie de fungo), pertence a um gênero e uma espécie durante uma fase de sua vida e a outro gênero e espécie, na outra fase de seu ciclo. 
Ciclo de Vida
Figura I - Ciclo de vida de Puccinia graminis tritici ( Ferrugem do colmo do trigo).
Figura II - Ciclo de vida de Oidium sobre pessegueiro causado por Sphaerotheca panosa. 
Figura III. Ciclo de vida de Septoria glycines.
Figura IV - Ciclo de vida de Armillaria mellea.
TAXONOMIA DE FUNGOS.
Modernamente os fungos foram colocados dentro de três reinos:
	CARACTERÍSTICA
	STRAMINIPILA
	FUNGI
	PROTOZOA
	Nutrição
	Heterotrófico (sintético ou absortivo)
	Heterotrófico (absortivo ou osmotrófico
	Heterotrófico (fagotrófico ou autotrófico) – fotossintético
	Parede Celular
	Celulose frequente Quitina e ( glucanos
	Quitina e ( glucanos
	Ausente ou composição variada quando presente
	*Fungos Incluídos
	Oomycota
	Ascomycota Basydiomycota Chytridiomycota Zygomycota
	Plasmodiophoromycota
* Incluídos apenas os fungos fitopatogênicos
	Cada uma das categorias taxonômicas reconhecidas de fungos, de divisão até família, apresenta um sufixo característico. Gêneros e espécies não apresentam terminação determinada.
REINO: ......................FUNGI STRAMINIPILA PROTOZOA
DIVISÃO: ..................MYCOTA
SUBDIVISÃO: ..........MYCOTINA
CLASSE: ...................MYCETES
SUBCLASSE: ...........MYCETIDAE
ORDEM: ...................ALES
FAMÍLIA: .................ACEAE
GÊNERO: .................
ESPÉCIE: ..................
	Na taxonomia de fungos os caracteres mais usados para classificação são os seguintes:
a) MORFOLOGIA: A principal característica usada, especialmente com relação aos esporos e esporóforos.
b) DESENVOLVIMENTO: A maneira como os esporos são produzidos (brotação, fracionamento de hifas, etc.) ou que os corpos frutíferos se desenvolvem (ao redor de hifas fertilizadas, no interior de estromas pré-existentes, etc.) muitas vezes deve ser observada a correta identificação de algumas espécies.
c) ESPECIALIZAÇÃO FISIOLÓGICA: Em alguns casos a identificação só pode ser feita observando-se a relação com hospedeiros ou substratos.
d) BIOQUÍMICA: Modernamente, métodos bioquímicos, como sorologia, cromatografia e eletroforeses de proteínas, etc., vêm sendo utilizados na identificação de algumas espécies.
	Considerando-se apenas fungos fitopatogênicos, quatros são os grupos que apresentam maior interesse:
1) Cenocíticos: Grupo cujo micélio vegetativo não apresenta septos. As classes atualmente reconhecidas, em termos fitopatológicos são Chytridiomycetes, Zygomycetes e Oomycetes (Chromistas).
2) Ascomicetos: Fungos que produzem esporos sexuados no interior de células especiais denominadas ascas. Grupo de taxonomia complexa e que apresenta um grande número de fitoparasitas economicamente importantes.
3) Basidiomycota: Produzem esporos sexuados em estruturas denominadas basídias. Dos membrosdesse grupo destacam-se em fitopatologia as ferrugens (Telyomycetes), carvões e cáries (Ustomycetes).
4) Mitospóricos: Classe-forma onde são incluídos as fases assexuadas de um grande número de Ascomicetos e alguns do grupo Basidiomycotina, fungos com fase assexuada desconhecida e fungos que não apresentam esporos. Nesta classe encontram-se as maiorias dos fungos que parasitam plantas.
ANEXOS:
Taxonomia de fungos (Para confecção do herbários)
	Reino
	Straminipila
	Divisão 
	Oomycota
	Subdivisão 
	Mastigomycotina
	Classe 
	Oomycetes
	Ordem 
	Peronosporales
	Familias 
	Peronosporaceae - Albuginaceae
	Ordem 
	Pythiales
	Família 
	Pythyaceae
	Ordem 
	Sclerosporales
	Família 
	Sclerosporaceae
	Gêneros
	
	Espécie
	
	
	
	Reino 
	Fungi
	Divisão 
	Ascomycota
	Subdivisão 
	Ascomycotina
	Classe 
	
	Gêneros
	
	Espécie
	
	
	
	Reino 
	Fungi
	Divisão 
	Basydiomycota
	Sub-divisão
	Basydiomycotina
	Classes 
	Ustilaginomycetes - Hymenomycetes
	Classe 
	Uredinomycetes
	Ordem 
	Uredinales
	Famílias 
	Melampsoraceae, Phakopsoraceae, Phragmidiaceae
Pucciniaceae - Hemileiaceae
	Gêneros 
	
	Espécie
	
	Classe 
	Ustomycetes
	Ordem 
	Ustilaginales
	Famílias 
	Ustilaginaceae, Tilletiaceae
	Gêneros
	
	Espécie
	
	
	Fungos Mitospóricos
	Reino 
	Fungi
	Classes 
	Coelomycetes , Hyphomycetes, Agnomycetes
	
	
	Classe 
	Coelomycetes
	Ordens 
	Sphaeropsidales – Melanconiales 
	Famílias 
	Sphaeropsidaceae - Melanconiaceae 
	Gêneros
	
	Espécie
	
	Classe
	Hyphomycetes
	Ordens 
	Hyphomycetales – Tuberculariales - Stilbelales
	Ordem 
	Hyphomycetales
	Famílias
	Moniliaceae, Dematiaceae 
	Gêneros
	
	Espécie
	
	Ordem
	Tuberculariales
	Família 
	Tuberculariaceae
	Gêneros
	
	Espécie
	
	Ordem
	Stilbelales
	Família
	Stilbaceae
	Gêneros
	
	Família
	
Dicionário de Micologia 
• Asca (asco): estrutura em forma de saco ou bolsa que contem ascosporos de origem sexual nos Ascomycetes. 
• Ascostroma ou Ascocarpo: corpo frutífero dos Ascomycetes. 
• Ascogônio: gametângio feminino dos ascomycota, sempre presente na reprodução sexual por contato gametangial, unido a um anterídio e na espermatização, a um espermácio. 
• Ascósporo: esporo sexual dos ascomycota. 
• Apotécio: estrutura reproductiva de um Ascomycete en forma de disco, taça ou prato. 
• Basidioma ou Basidiocarpo: corpo frutífero dos Basidiomycetes. 
• Basidiosporo: esporo sexual dos Basidiomycetes 
• Cenocítico: micélio não septado 
• Celulose: principal composto químico da parede celular dos vegetais. 
• Cleistotécio: estrutura reprodutiva de um Ascomycete com forma esférica ou semiesférica, contendo ascos com ascósporos internamente. 
• Conídio: esporo assexual dos fungos mitospóricos. 
• Esporo: estrutura reprodutiva de fungos; estrutura de resistência de algumas bactérias. 
• Esporocarpo: corpo frutífero produtor de esporos. 
• Esporóforo: modificações da hifa, formando estruturas para sustentar os esporos. 
• Esterigma: hifas mofificadas em forma de garrafas, comuns no gênero aspergillus e Penicillium, que sustentam os conídios. 
• Fíbula ou grampo de conexão: gancho unindo duas hifas, comum no micélio secundário de Basidiomyceto. 
• Heterotrofismo: referido aos organismos que não são capazes de producir seu próprio alimento. 
• Hifas: filamentos tubulares que constituem os “talos” fúngicos. 
• Micélio: conjunto de hifas que constituem o corpo ou talo dos fungos. 
• Parasito: organismo caracterizado por obsorver as susbtâncias orgânicas que necesitam para viver de um hospedeiro. 
• Peritécio: tipo de ascostroma em forma de pêra, livres ou imerso em estroma. 
• Plasmódio: massa protoplasmática nucleada, com deslocamento de forma amebóide. 
• Quitina: composto químico que forma parte da parede celular dos fungos. 
• Sapróbio: organismo que se nutre absorvendo as substâncias orgânicas que decompõe. 
• Simbioses: união de dois organismos com benefício mútuo. 
• Simbiótico: relativo a simbioses. 
• Zigósporo: esporo sexual de Zygomycota.
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