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APOSTILA DE MÍDIA E ESTUDO DOS MEIOS 
Publicidade e Propaganda 
Disciplina: Mídia 
Prof.: Álvaro Filho 
 2 
SUMÁRIO 
 
1 - COMO PREPARAR UM PLANO DE MÍDIA Página 3 
2 - O MIX DE COMUNICAÇÃO Página 9 
3 - O MÍDIA E A MÍDIA Página 14 
4 – MERCHANDISING Página 45 
5 - PLANEJAMENTO DE MÍDIA Página 50 
6 – O PLANO DE MÍDIA Página 53 
7 – PRINCIPAIS TERMOS E TÉCNIAS DE MÍDIA – 
AUDIÊNCIA, PARTICIPAÇÃO DE AUDIÊNCIA, PENETRAÇÃO, 
PERFIL DE AUDIÊNCIA. ÍNDICE DE AFINIDADE, CPP e CPM. 
Página 58 
8 – SISTEMA GRP Página 66 
9 – A TV DIGITAL Página 74 
10 – MARKETING VIRAL Página 86 
11 – ANUNCIANDO NA INTERNET Página 91 
12 – ANEXOS Página 103 
13 – REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Págnia 105 
 3 
1 - COMO PREPARAR UM PLANO DE MÍDIA 
 
1 - Introdução 
 
Nos últimos anos, o mundo dos meios de comunicação sofreu uma revolução sem 
precedentes em sua história que, tradicionalmente, está acostumada a reviravoltas 
periódicas. No início, tínhamos o predomínio da TV e do rádio, meios de 
comunicação de massa por excelência. Depois de algum tempo, a comunicação 
passou a focalizar a segmentação, principalmente com o crescimento constante 
do número de revistas direcionadas a determinados públicos leitores. 
Recentemente, com o surgimento dessa ferramenta fantástica que é a internet, a 
comunicação fragmentou-se em centenas de milhares de domínios, conseguindo 
atingir e interligar um número ilimitado de pessoas ao redor do globo. 
 
No caso específico do Brasil, existem aproximadamente, 370 emissoras de TV e 
100 canais de TV por assinatura; 3.600 emissoras de rádio; 1.200 títulos de 
revistas e 520 títulos de jornais; 19.000 locais e 37.000 placas de outdoor; 1.200 
salas de cinema; 70 tipos de mídia extensiva e 400.000 domínios de internet, 
conforme informação obtida no mercado. 
 
Diante desse universo impressionante, como deve operar um profissional de 
mídia, em busca do sucesso da campanha publicitária? 
 
De forma sucinta, pode-se afirmar que o profissional de mídia deve ser um 
especialista em comunicação e conhecer a essência de cada um dos meios 
disponíveis, para aproveitar o que eles têm de melhor a oferecer na veiculação de 
uma mensagem e, conforme a verba disponível, montar o mix mais eficaz para 
atender aos objetivos de marketing e de comunicação do produto. 
 
O quê? Por quê? Como? Onde? Quanto? São perguntas básicas que pautam a 
atividade do profissional de mídia no processo de viabilizar a exibição das peças 
 4 
publicitárias de uma campanha. E as respostas a essas indagações, na forma de 
recomendações, estão contidas no documento conhecido por Plano de Mídia. 
Em termos comparativos, o Plano de Mídia está para o profissional de mídia assim 
como a peça publicitária está para o profissional de criação. Considerando que a 
peça publicitária deve ser veiculada para determinado público, por intermédio dos 
meios de comunicação, temos que, enquanto a peça publicitária é o software, o 
Plano de Mídia é o hardware. Um está intimamente relacionado ao outro. 
 
Dessa forma, o objetivo do conteúdo deste capítulo, “Como preparar um Plano de 
Mídia” é mostrar como é, ao mesmo tempo, interessante, desafiador e gratificante 
montar um Plano de Mídia capaz de tornar bem-sucedida uma campanha 
publicitária. 
 
Vale ressaltar que não vamos dar destaque para o uso da tecnologia na atividade 
de mídia, como a de softwares de planejamento e de otimização de mídia, porque 
esses recursos só serão úteis depois de se dominarem os conceitos e as técnica 
de mídia. A maioria das grandes agências possui seu próprio software de mídia, 
porém para a maioria das pequenas e médias agências o fator custo torna distante 
essa realidade. 
 
RETROSPECTIVA 
Vale a pena fazer uma breve retrospectiva sobre os acontecimentos que 
envolveram a mídia nas décadas passadas, para ampliar a compreensão sobre a 
atividade, e entender como ela evoluiu nesses anos. 
 
Década de 70 
• introdução do sistema GRP (Gross Rating Points) tornou o planejamento de 
mídia uma atividade técnica e, consequentemente, fez com que o 
departamento de mídia ganhasse notoriedade e sua importância fosse 
reconhecida na agência e no mercado publicitário; 
 5 
• rápido desenvolvimento da área de pesquisa de mídia, principalmente com 
a introdução do tevêmetro – aparelho de medição de audiência – pelo Audi 
TV, que passou a quantificar com maior precisão o número de domicílios 
sintonizados nos programas e a entrada do Leda, que passou a oferecer o 
serviço de checking de veiculação; 
• formalização do inédito Grupo de Mídia em São Paulo, que foi criado para 
disseminar os conhecimentos técnicos no mercado e ajudar na formação 
dos profissionais da área; 
• década de economia aquecida. 
 
Década de 80 
• caracterizada pela inflação galopante (chegamos a ter 50% ao mês), que 
fez com que a mídia técnica fosse suplantada pela mídia negociadora, pois 
era necessário negociar bem e o quanto antes, para não perder da inflação 
que era medida diariamente; 
• economia instável; 
• introdução do computador no departamento de mídia, que imprimiu maior 
agilidade à confecção das planilhas de programação e, com isso, 
possibilitou a produção, em menor tempo, de várias alternativas para 
análise. 
 
Década de 90 
• estabilidade da moeda com o Plano Real; 
• atividade de planejar mídia volta a ser exercida nas agências, com 
destaque para o profissional de mídia, que passa a ocupar cargo de direção 
nas agências; 
• ascensão dos meios ditos alternativos, como o back light, busdoor e painel 
eletrônico; 
• boom no uso da internet; 
• criação do Cenp para balizar a questão de remuneração das agências; 
 6 
• sinais de instabilidade da economia mundial com reflexo na economia do 
país. 
 
Década atual 
Até 2010, espera-se que a atividade de planejamento de mídia continue sendo 
valorizada, mas talvez em um novo formato de agência, como as dos birôs de 
mídia, por exemplo, que são agências especializadas na prestação de serviços de 
planejamento e/ou de compras. É o que o cenário atual apresenta duas situações 
distintas que podem acelerar a vinda dos birôs: 
 
• entrada de capital externo nos meios de comunicação, que deverá 
influenciar o estilo de administração dos veículos; 
• pressão dos anunciantes para que a remuneração das agências seja 
negociada livremente e, com isso, a agência poderá, ou não, prestar todos 
os serviços de propaganda. 
 
Independentemente do formato da agência, é necessário ter consciência de que a 
competência pessoal é, e continuará sendo, o maior patrimônio do profissional de 
mídia. Isto é o que fará a diferença entre os planos, porque a evolução 
tecnológica, que caminha no sentido de agilizar a parte operacional da mídia, mais 
a facilidade de acesso às informações, contribuem para que o Plano de Mídia seja 
cada vez mais padronizado. 
 
1.1 Origem do nome 
Mídia vem do inglês media e significa meios. Escrever mídia como se pronuncia, 
ao invés de media como o original em inglês, foi a forma que o Grupo de Mídia de 
São Paulo, no final da década de 70, encontrou para padronizar a grafia e afastar-
se do significado que a palavra média possui em inglês. 
 
Mídia designa o departamento da agência de propaganda encarregado de colocar 
a campanha no ar, assim como o profissional que nele atua, cuja função principal 
 7 
é viabilizar a veiculação da campanha para determinado público, de maneira 
eficiente e rentável. 
 
Como departamento de agência, a mídia se divide em três atividades: 
 
1ª Planejamento 
Principal atividade do departamento, e compreende: 
• elaboração do Plano de Mídia com as recomendações de como a 
campanha será veiculada,conforme verba disponível, para atingir o 
público-alvo e obter resultados desejados de marketing e comunicação; 
• administração do processo de envio de documentos aos veículos 
autorizando a exibição das peças publicitárias; 
• serviço de pós-veiculação para avaliar se o planejado foi executado de 
acordo. 
 
2ª Pesquisa 
Análise dos dados de pesquisa para subsidiar o planejamento na confecção do 
Plano de Mídia, apresentação ao cliente do estudo sobre os investimentos da 
concorrência em mídia e realização de contatos com os institutos de pesquisa de 
mídia para compra de relatórios e desenvolvimento de estudos especiais. 
 
3ª Compras 
Atividade caracterizada pelo contato com o profissional do veículo para 
negociação de desconto sobre a verba alocada, recebimento de propostas de 
patrocínios e demais informações sobre o veículo e envio de documentos 
confirmando a compra dos espaços. 
 
Poucas agências dispõem de um profissional em cada uma dessas atividades, e o 
comum nas agências de grande porte é um profissional que desempenhe o papel 
de planejador e de comprador, com a assistência de um profissional de pesquisa 
 8 
de mídia. Nas pequenas e em parte das agências médias, o usual é ter um único 
profissional para as três atividades. 
 
Uma atividade ligada à mídia, mas que normalmente está vinculada a área 
financeira é o checking, que compreende a atividade de verificar se o que foi 
programado realmente foi exibido pelos veículos. 
 9 
2 - O MIX DE COMUNICAÇÃO 
 
2 - Um pouco de Marketing e Comunicação 
 
Philip Kotler, em seu livro Administração de marketing, define a atividade de 
marketing de diversas formas, são elas: 
 
- “Marketing é especificamente relativo à forma como as transações são criadas, 
estimuladas, facilitadas e valoradas.” 
- “Marketing é um processo ordenado e criativo de pensar e planejar para os 
mercados.” 
- “Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm 
o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de 
valor com outros.” 
Philip Kotler 
 
Já a American Marketing Association diz que marketing é “a execução das 
atividades de negócios que encaminham o fluxo de mercadorias e serviços do 
produtor aos consumidores finais, industriais e comerciais” 
American Marketing Association 
 
Partindo desses princípios podemos ter que a atividade de marketing hoje 
compreende um conjunto de atividades que são exercidas para criar e levar a 
mercadoria do produtor ao consumidor final. Atividade TOTAL de COMERCIAR. 
Estuda tendências do mercado, preferências do consumidor, RELAÇÕES DE 
ATENDIMENTO e distribuição do produto. 
Um “novo” conceito de marketing 
 
Podemos ainda ir além e dizer que são atividades do marketing estudar o mercado 
e suas tendências, estudar o consumidor e suas preferências, persuadir através 
da ferramenta da propaganda, promover o produto, até mesmo organizar sua 
distribuição. 
 10 
O plano de Marketing é a programação de várias atividades destinadas a criar 
mercado: 
 
• Pesquisa de mercado - para obter informações mercadológicas para basear a 
decisão em fatos 
• Planejamento do produto - desenvolvimento de produto que atenda às 
necessidades do consumidor e use a capacidade de produção da empresa 
• Fixação de preços - em função dos custos e dos fatores do mercado 
• Propaganda - tornando o produto conhecido e provocando a procura. Levando o 
consumidor ao produto 
• Promoção de vendas - levando o produto ao consumidor por meio de atividades 
auxiliares de venda 
• Distribuição do produto - colocando o produto ao alcance do consumidor final e 
fácil de comprar 
 
E fazer isso tudo chegar ao consumidor é um esforço que integra diferentes 
profissionais de diversas áreas e especialistas em diferentes funções. 
 
Funções estas que estão diretamente relacionadas a atividade de Mídia, que é 
uma das atividades da Propaganda e da Publicidade, que por sua vez, é uma das 
atividades do Marketing. 
 
Uma forma suave de levar, massivamente, a mensagem publicitária ao 
consumidor é através de uma ferramenta que alguns autores entendem como Mix 
de Comunicação ou Comunicação Integrada buscando sempre atingir o objetivo 
de comunicação. 
 
Agora, que tivemos uma visão geral de onde surge a atividade do mix de 
comunicação, podemos entrar no assunto. 
 
 11 
2.1 - MAS O QUE É O MIX DE COMUNICAÇÃO? 
 
Consiste no conjunto articulado de esforços, ações, estratégias e produtos de 
comunicação, planejados e desenvolvidos por uma empresa ou entidade, com o 
objetivo de agregar valor à sua marca ou de consolidar a sua imagem junto a 
públicos específicos ou à sociedade como um todo. 
 
Tradicionalmente, a Comunicação Empresarial tem sido trabalhada como a 
somatória de atividades realizadas independentemente por departamentos, 
divisões ou assessorias que, necessariamente, não se articulam, ou seja, não há 
uma unidade, tendo em vista objetivos, valores e uma missão comum. 
 
Na prática, o que é pior, além da falta de um planejamento comum, estes 
departamentos ou assessorias competem entre si, definindo instâncias 
particulares de decisão dentro das empresas ou entidades, seguindo a velha 
fórmula de " aqui quem manda sou eu". A comunicação interna fica entregue à 
área de Relações Públicas, os jornalistas editam os house organs, a propaganda / 
publicidade é responsabilidade dos profissionais de marketing, existe alguém para 
cuidar das relações governamentais (por que não um advogado ou um ex-político 
que tem trânsito em Brasília?) e assim por diante. Reunir todos eles numa mesa 
para um diálogo produtivo, é uma dificuldade (ou algo impossível) em muitas 
(talvez na maioria) das organizações. 
 
A Comunicação Integrada, praticada com competência, subverte esta situação e 
remete para um novo paradigma: a comunicação / marketing de uma empresa ou 
entidade não pode ser o resultado de esforços individuais, ainda que bem 
intencionados, porque a imagem da organização deve ser uma, qualquer que seja 
o público com que ela se relaciona. 
 
Uma empresa ou entidade não pode ser descontraída em suas campanhas 
publicitárias e burocrática ou autoritária na sua comunicação interna; não pode 
 12 
proclamar o seu desenvolvimento tecnológico no seu esforço de marketing e 
andar de carroça internamente, privando os seus profissionais e executivos do 
acesso integral às novas tecnologias. 
 
O mix de comunicação pressupõe não apenas um diálogo produtivo, mas um 
planejamento conjunto. O processo de tomada de decisões, que deve incluir 
outras instâncias da empresa ou entidade que não as vinculadas especificamente 
à comunicação / marketing, deve ser compartilhado, ainda que haja um chefe, um 
superintendente ou diretor geral a que todos se reportam. 
 
Embora a realidade do mercado ainda não seja essa, não há outra opção para o 
futuro, se a empresa ou entidade pretende manter-se atuantes e desfrutar de 
todas as vantagens oriundas da concentração de esforços e do seu poder de fogo 
em comunicação / marketing. Os feudos estão com os dias contados, ainda que 
devam resistir, bravamente, a esta nova postura, que retira poder e distribuir 
responsabilidades. 
 
A utilização das novas tecnologias, a presença na Web, as formas múltiplas de 
relacionamento com os públicos (SAC, Marketing de Relacionamento, CRM, 
Webmarketing etc ) devem integrar este composto maior de Comunicação, porque 
a experiência revela que, quando todos gritam juntos, o som fica mais forte e, 
sobretudo, que, quando todos combinam e ensaiam o grito, ninguém desafina. 
 
São atividades compreendidas pelo Mix de Comunicação: 
Comunicação visual - marca, identidade, embalagens, etc 
Propaganda - filmes, comerciais, anúncios, etc 
Relações Públicas - relacionamento – consumidores, fornecedores,revendedores + públicos interessados 
Promoção de venda - incentivo, cuponagem, sorteio, etc 
Merchandising - PDV, produto, quantidade, momento, local, preço, apresentação 
Marketing Direto - interatividade pessoal 
 
 13 
Tudo é imagem!
O trabalho de marketing será sempre trabalhar a identidade da marca, dentro das 
condições do ambiente, para que ela gere uma imagem na mente do consumidor
Consumidor
Boca a boca
Propaganda
Imagem da empresa
Produto
Embalagem
ImprensaServiços
Atendimento 
ao consumidor
Patrocínios
Sites e e-mails
Promoções
Merchandising
 
 
O quadro a cima é uma ilustração visual das atividades que envolvem o Mix de 
Comunicação e que fazem parte das estratégias que podem ser traçadas para se 
atingir o consumidor. Uma dessas estratégias compreende os meios de 
comunicação. E a melhor maneira de chegar até o seu consumidor é traçar 
diferentes caminhos para atingi-lo, utilizado-se de um Mix de Meios e, logo, de um 
Mix de Comunicação. 
 14 
3 - O MÍDIA E A MÍDIA 
 
A estratégia de mídia depende, antes de tudo, do objetivo que é destinado às 
mídias, no contexto geral do objetivo publicitário. 
 
Trata-se de garantir a transmissão mais eficaz, para que se atinja o objetivo da 
propaganda, isto é, aquela que fornecerá a melhor relação entre o investimento, a 
quantidade, a qualidade, a intensidade, a freqüência e a rapidez com que os 
consumidores serão atingidos. 
 
A estratégia deve determinar, entre outros: 
 
- os tipos de mídias mais adequados e aptos para atingir os objetivos publicitários 
e particularmente os clientes potenciais do produto; 
- a divisão do orçamento entre diferentes mídias, se for o caso; 
- a prioridade dada à intensidade ou à freqüência, quando o orçamento não 
permitir que ambas sejam empregadas ao mesmo tempo; 
- a pressão publicitária conforme as regiões; 
- os métodos de utilização das mídias: formato dos anúncios ou duração das 
mensagens no rádio ou na TV; uso da cor, utilização sucessiva ou simultânea dos 
meios, etc. 
 
Eis a classificação: 
 
a) Veículos visuais (para serem lidos ou vistos) 
 
Imprensa: jornais, revistas e periódicos especializados 
Outdoor: cartazes, painéis e luminosos 
Publicidade direta: prospectos, folhetos, cartas, catálogos e congêneres 
Exibições: displays, vitrinas e exposições. 
 
b) Veículos auditivos (para serem ouvidos) 
 
Rádio e alto-falantes. 
 
c) Veículos audiovisuais (para serem ouvidos e vistos) 
 
Televisão, cinema e audiovisual (slides ou VT). 
 
d) Veículos funcionais (para desempenhar uma determinada função) 
 
Amostras, brindes e concursos. 
 
O melhor veículo é uma combinação de todos eles, a que chamamos mix de 
comunicação. 
 15 
 
Todos os veículos apresentam vantagens e limitações. 
 
Para que possamos aproveitar integralmente as vantagens é preciso conhecer 
bem as suas características e saber selecionar os que se adaptam à natureza da 
mensagem e fazem uma boa cobertura do grupo consumidor visado. 
 
3.1 - Critérios e decisões sobre meios 
 
A problemática da mídia é a escolha dos meios adequados a cada situação devido 
à grande gama de opções que existem para veiculação. 
 
Cada mídia pode exercer diferentes influências sobre os compradores em 
potencial e algumas podem ser mais adequadas do que outras à propaganda de 
certos produtos. Hoje em dia, para um produto ser lançado com sucesso, 
numerosos fatores devem ser levados em consideração, como o público alvo, 
utilização do produto, ação da concorrência, metas e verba disponível. 
 
Já está demonstrado que a televisão, com o bombardeiro auditivo e visual dos 
consumidores, tem maior poder de penetração que um veículo que apela só para 
a vista ou só para o ouvido. 
 
Os veículos impressos podem apresentar em profundidade as vantagens de um 
produto, o rádio pode apelar para a imaginação dos consumidores. Várias fontes 
sugerem que as pessoas assimilam de modo diverso o material recebido 
visualmente e o que lhes chega através da audição. 
 
Está fora de discussão que o critério ideal para comparação entre meios inclui a 
avaliação de seus efeitos sobre as vendas. Quanto mais volumosas forem as 
vendas, tanto mais efetiva terá sido a mídia. Entretanto, as vendas são afetadas 
por inúmeros outros fatores, a exemplo da forma da propaganda, preço, 
distribuição, qualidade do produto, etc. 
 
A seleção de “meios” (tipos de veículos) deve ter por base três aspectos: 
 
1. Objetivos e estratégias de marketing e de comunicação. 
2. Objetivo de mídia: alcance, freqüência média e continuidade. 
3. Características intrínsecas dos meios. 
 
Quanto ao terceiro aspecto, é importante compreender o motivo que leva as 
pessoas a assistir àquele programa de TV, ouvir aquela emissora de rádio, ler 
aquela revista, e assim por diante. 
 
A resposta é fruto de muita observação e pesquisa, mediante uma visão pessoal. 
A seguir, devem-se pesquisar outras fontes (contato com profissionais da área, 
livros, revistas e Internet) para formar-se melhor juízo sobre o assunto. 
 
 16 
Seguem-se as principais características dos meios de comunicação mais 
utilizados, do ponto de vista do público e de mídia: 
 
 
3.2 - Os veículos de mídia – informação, lazer e qualidade 
 
 
1 - A imprensa 
 
Grande parte da história da publicidade está ligada à imprensa. O jornal foi o 
primeiro grande veículo que se dirige essencialmente ao indivíduo isolado. 
 
 
1.1 - Jornais 
 
Há jornais de todas as tendências, desde os conservadores aos populares. Desde 
os que fazem do comentário e da doutrinação seu prato de resistência aos que 
têm no noticiário e na reportagem viva, sensacionalista, seu principal atrativo. 
Todos estes fatores devem ser pesados ao escolher os órgãos mais aptos para 
uma campanha, desde que este gênero de veículo seja adequado à mesma. 
 
Vejamos quais são as virtudes dos jornais. 
 
a) Apelo universal – alcança qualquer espécie de público. É indicado para 
produtos de consumo geral que toda gente compra. 
 
b) Maleabilidade – o anúncio pode ser inserido, trocado ou cancelado de um 
momento para outro. Pode também ser adaptado às condições locais de uma 
cidade ou região e levar o nome de agentes ou revendedores de cada 
cidade. 
 
c) Ação rápida e intensa – o estímulo do jornal tende a provocar uma reação 
mais rápida. Permite inserções mais freqüentes, de forma a imprimir 
intensidade à campanha. 
 
d) Controle – é mais facilmente visto e controlado pelo revendedor local, o que 
ajuda a aceitação do produto pelo mesmo e o incentiva a cooperar na 
campanha de vendas. 
 
As limitações dos jornais são as seguintes: 
 
a) são lidos às pressas (exceto aos domingos); 
b) têm vida curta; 
c) raros são os jornais que dão boa reprodução dos anúncios; 
d) sua circulação é quase que exclusivamente local. 
 17 
 
 
O jornal é um meio que oferece notícias, atualidade e prestação de serviços. 
Favorece a crítica, o debate e ganha credibilidade ao registrar a palavra. O 
público leitor é qualificado e formador de opinião. Permite o detalhamento 
sobre o produto ou serviço anunciado e favorece o alcance num público 
adulto, masculino e classe A/B. 
 
 
 
1.2 - Revistas 
 
Nas classes de padrão de vida mais folgado é hábito a leitura de revistas. Há as 
que apelam mais para o homem ou para a mulher, bem como as que circulam 
entre as classes rica e média. Elas são por isso mesmo mais seletivas do que os 
jornais, no que se refere ao sexo, categoria sócio-econômica e vocação, do leitor. 
 
Têm maior expansão geográfica, circulando geralmente em todo o território 
nacional, o que as torna especialmente adequadas para as “campanhas de 
marca”. 
 
As suas vantagens são as seguintes: 
 
a) permitem melhor reproduçãodos anúncios e melhor aparência; 
b) têm vida mais longa, são lidas com mais vagar, o que permite textos mais 
longos; 
c) têm maior porcentagem de leitores por número, o que faz a circulação ser 
bem maior do que a tiragem; 
d) são mais seletivas. 
 
As suas limitações são: 
 
a) não têm a maleabilidade dos jornais. Os anúncios têm que ser preparados 
com muita antecedência; 
b) representam grave desperdício nas campanhas estritamente locais. 
 
 
A revista é uma fonte de referência e de autoridade na discussão dos mais 
variados temas. Tem conteúdo aprofundado e a linguagem do segmento a 
que se destina. É um veículo de consulta e colecionável. Serve igualmente a 
um público qualificado e formador de opinião. Oferece a segmentação por 
gênero e favorece a continuidade e o trabalho de apoio à imagem, por causa 
da qualidade de reprodução do anúncio. 
 
 
 18 
1.3 - Periódicos especializados 
 
São aqueles que se dedicam exclusiva ou principalmente a um dado assunto 
(medicina, engenharia, agricultura, finanças, etc.), ou de interesse exclusivo para 
uma dada classe profissional ou vocacional – como, por exemplo, publicações 
destinadas a lojistas, bancários, automobilistas, bem como revistas de moda, 
policiais, infantis, etc. 
 
Esses veículos não deverão ser julgados pela tiragem, mas sim pela qualidade de 
seus leitores. O que interessa é saber se eles têm realmente boa circulação entre 
as classes a que se destinam e se gozam de prestígio entre seus leitores. 
 
 
1.4 - Tiragem, circulação e cobertura 
 
Para se poder avaliar o poder de um órgão de imprensa, como veículo 
publicitários, é necessário obter os seguintes dados: 
 
a) Tiragem – é a quantidade de exemplares impressos, de cada número do 
jornal ou revista. É o menos importante dos três fatores, pois há órgãos que 
sofrem grandes encalhes, enquanto que outros são lidos por duas ou três 
pessoas. 
 
b) Circulação – é o número de exemplares lidos pelo público, ou pelo menos o 
número de exemplares realmente vendidos. 
 
c) Cobertura – designa, tanto o tipo de leitores (sexo, classe sócio-econômica, 
grupo de idade, cultura, etc.), como as zonas (bairros, cidades, estados) onde 
o mesmo tem venda regular. 
 
O que realmente interessa ao anunciante é a circulação e a cobertura, ou seja, o 
número e o tipo de leitores e as zonas que o órgão atinge. 
 
O controle da circulação pode ser feito diretamente no próprio veículo, ou através 
de pesquisas de mercado, ou ainda pelo IVC – Instituto verificador de Circulação. 
 
 
2 - Rádio e televisão 
 
2.1 - Rádio 
 
É uma fonte de diversão e entretenimento e, em grau menor, de informação e 
cultura. É por excelência um veículo de apelo popular, com o qual se pode atingir 
rapidamente grandes massas, tanto nas capitais, como nas cidades de interior, 
dado o vasto número de emissoras existentes em todo o País e o elevado número 
de receptores em uso. 
 19 
 
O Brasil possui 2.826 emissoras comerciais de rádio licenciadas, segundo dados 
do Ministério das Comunicações. A Região Sudeste tem o maior número de 
emissoras (1.051) - 526 só no estado de São Paulo -, seguida das regiões Sul 
(760), Nordeste (611), Centro-Oeste (245) e Norte (159). 
 
Suas vantagens são: 
 
a) fonte de entretenimento – é um meio de entretenimento e diversão que o 
ouvinte tem á sua disposição, a qualquer hora; 
b) impacto – pelo uso da música e da sonoplastia reforça o efeito da palavra, 
dando maior impacto aos textos publicitários. 
c) não absorve a atenção total – o ouvinte pode, ao mesmo tempo, executar 
outras tarefas; 
d) maleabilidade – permite cancelar, trocar ou inserir a mensagem 
publicitária, em poucas horas. 
 
Suas limitações são: 
 
a) age exclusivamente pelo ouvido; 
b) é inadequado para a apresentação de temas complexos ou coisas técnicas 
que demandem explicações mais ou menos longas; 
c) a mensagem radiofônica vive apenas no momento em que está no ar. Ao 
contrário da imprensa, não pode ser relida; 
d) é um veículo local. 
 
As mensagens publicitárias têm no rádio as seguintes formas de 
apresentação: 
 
a) textos comerciais; 
b) jingles e spots; 
c) patrocínio de programas; 
d) patrocínio de novelas. 
 
 
O rádio é o companheiro do dia-a-dia, que propaga a palavra e estimula a 
imaginação. Um meio ágil e flexível, que oferece segmentação por gênero 
de programação e favorece a freqüência de exposição. 
 
 
 
Por ser um meio de comunicação de massa, o rádio tem uma audiência ampla, 
heterogenia e anônima. Sua mensagem é definida por uma média de gosto e tem, 
quando transmitida, baixo retorno (feedback). Observa-se, também, que os 
recursos provêm da publicidade (à exceção, no caso do rádio, da rede de 
emissoras educativas). Algumas particularidades deste veículo de termo de 
comunicação massiva estão no quadro abaixo: 
 20 
 
 
 
 21 
2.2 - Televisão 
 
O que você faz em caso com seu tempo de lazer? Há 91% de chances de que a 
pessoa assista TV. Essa é a porcentagem obtida pelo IBOPE em extensa 
pesquisa entre agosto e setembro de 1993 que revelou, entre outras coisas, o 
seguinte: 
 
a) a TV é a principal fonte de informações para 94% das pessoas. 
 
b) já são mais de três os televisores por domicílio na classe A. No total da amostra 
o número médio está próximo de 2. 
 
c) 10% dos domicílios têm televisores na copa/cozinha. 
 
d) os televisores ficam ligados quase seis horas por dia durante a semana. Esse 
número cresce aos sábados e domingos. 
 
e) a TV é o meio preferido pelo público numa porcentagem de 83%, para consumir 
publicidade. 
 
Neste quesito onde mais de um item podia ser assinalado, jornais e revistas 
receberam, respectivamente, 18% e 17% das menções. 
 
A capacidade da TV de influir no comportamento das pessoas é bem conhecida e 
geralmente superestimada. Sua importância em movimentos sociais obedece a 
um processo cumulativo com limites determinados pela própria sociedade. 
 
A TV pode muito, mas não pode tudo. 
 
A TV reúne, ás vantagens do rádio, o apelo visual. Ao som juntou-se a imagem em 
movimento. Ao contrário do rádio, que muitas vezes serve de “pano de fundo”, 
para o ouvinte ler o jornal ou outras tarefas, a TV torna-se o foco exclusivo das 
atenções, pois exige olhos e ouvidos. 
 
É um meio de entretenimento mais completo e fascinante que o rádio e, ao 
reportar um acontecimento, é muito mais real e convincente do que o jornal ou a 
revista. 
 
Como veículo de publicidade tem a grande vantagem de poder apresentar, junto 
com a mensagem falada (inclusive com o auxílio da música e efeitos sonoros), o 
produto, sua embalagem e sua marca, o que pode ser de influência decisiva na 
compra. Sobretudo, ajuda a gravá-los melhor na mente. Pode ainda apresentar o 
produto em ação, mostrando como é feito, como funciona ou como se maneja, e 
demonstrar seus atributos e vantagens. Por outras palavras: dá movimento, ação, 
vida à mensagem, e, para tornar tudo isto mais real, conta também com a 
vantagem do colorido. 
 
 22 
Como desvantagem tem apenas o seu preço, é um veículo caro, bem como é 
elevado o custo da produção de um programa ou de um filme de boa qualidade. 
 
Outra desvantagem é que a mensagem vive apenas no momento em que é 
transmitida. 
 
É um veículo local, com exceção dos programas network de cobertura nacional. 
A publicidade na TV faz-se mediante as seguintes modalidades: 
 
a) textos avulsos combinados e textos de chamada; 
b) exibição de diapositivos (slides); 
c) table-tops e desenhos animados; 
d) filmes; 
e) comerciais ao vivo; 
f) programas; 
g) videoteipes; 
h) merchandising. 
 
 
A Televisão é um meio de entretenimento e lazer. É também uma janela para 
o mundo; uma fonte de referência e informação básica para milhõesde 
pessoas, considerando que ele não exige alto nível de instrução para ser 
consumido. Por isso, é o meio de maior penetração em qualquer público, 
favorecendo o alcance e a freqüência média. É possível a veiculação do 
comercial em mercado nacional, regional e local. 
 
 
 
2.3 - Diretrizes 
 
No planejamento da publicidade de rádio ou TV, o anunciante deve obedecer às 
seguintes diretrizes: 
 
a) Continuidade – ela requer continuidade, repetição. 
b) Consistência – é recomendável manter uma diretriz consistente. O espírito 
das mensagens deve ser mantido, de modo a incutir nos ouvintes uma idéia clara 
e duradoura. 
c) Objetividade – torne os textos bem objetivos, evite generalidades vagas e 
frases batidas. 
 
 
2.4 - Preço de venda de tempo 
 
A unidade de venda do tempo de rádio é o minuto, cujo preço varia conforme a 
estação, o dia e a fração da hora; um programa patrocinado por um anunciante 
dá-lhe direito a um certo tempo de publicidade variável conforme a duração desse 
 23 
programa, ficando entendido que o anunciante terá de pagar não só a publicidade, 
mas também o programa. 
 
No rádio, os spots e jingles normalmente têm a duração de 15, 30 ou 60 
segundos. Mais raros, mas também usados, os textos de 15 ou 30 palavras. 
 
Na TV, os filmes (vídeo ou cinema), desenhos (hoje chamados de animação – em 
suas de várias formas) ou table-tops (desenhos semi-animados) têm a sua 
unidade em segundos, podendo ser de 15, 20, 30 ou 60 segundos. 
 
 
2.5 - TV paga 
 
É um meio para um público qualificado e formador de opinião, que oferece 
liberdade de escolha e coloca o público em sintonia com o mundo. Como tem 
custo absoluto baixo, favorece a freqüência média e a continuidade linear ou onda. 
Apresenta programação segmentada por gênero. 
 
 
3.0 - Cinema 
 
A publicidade cinematográfica pode ser feita de duas maneiras: pelo filme, que 
atualmente está sendo muito usado, em virtude do aproveitamento do material 
feito para ser usado na televisão, ou através de uma mídia digital, hoje viabilizada 
pelo datashow que pode exibir arquivos de vídeo digitalmente (sem a necessidade 
de ser produzidos em película). Antes essa segunda opção era chamada de 
diapositivo (slide). 
 
A duração do filme pode ser até de 1 minuto, quando ele é caracterizado como um 
anúncio, e no caso de documentários (tipo Jean Manzon) pode ser de até 10 
minutos. 
 
A publicidade cinematográfica tem a vantagem de atingir as grandes massas de 
população que diariamente enchem as casas de espetáculo. A grande vantagem 
do cinema como um veículo publicitário é que ele tem atenção total do 
consumidor, uma vez que não há nenhuma atração que desvie a sua atenção. As 
demais vantagens e limitações são as mesmas da TV. 
 
Suas características são as seguintes: 
 
a) O cinema alia o som, a imagem, a duração, o movimento e a cor. 
b) A mensagem é divulgada diante de um espectador cativo (e que deve ser 
criativo) e que não está distraído. 
c) A mensagem tem boa duração. 
d) Seu emprego é particularmente fácil. 
 24 
e) Não atinge de maneira igual todas as camadas de idades da população; é 
cada vez mais, um veículo que alcança, sobretudo, os jovens e as pessoas 
das classes sócio-econômicas elevadas. É, por esta razão, utilizado cada 
vez mais como mídia de complemento. 
f) O seu custo de veiculação não é elevado, mas o de produção pode ser alto. 
g) O escuro das salas de cinema aumenta a atenção dos espectadores e os 
dirige exclusivamente aos comerciais exibidos. 
h) O ambiente de cinema gera um clima de expectativa e excitação. 
i) A expectativa pelo início do filme aumenta a atenção dos espectadores. 
j) O tamanho da tela causa alto-impacto. 
k) A alta qualidade do som eleva a percepção da mensagem publicitária. 
l) Número limitado de comerciais resulta em maior percepção individual. 
m) Audiência real. Ambiente sem interrupção e distração, a propaganda não 
compete pela atenção do espectador. 
n) O cinema tem público que paga para estar exposto à mídia. 
o) Os espectadores estão totalmente envolvidos com a tela. 
p) O meio segmenta o público para atingir somente o "Target" do anunciante. 
 
Alguns números: 
(Número relacionado as salas que integram a rede de atividades KinoMaxx) 
 
Total de salas: 1.817 
Conjuntos Multiplex: 60 
Salas Multiplex: 546 
Salas de arte: 131 
Salas inauguradas: 148 
41 em São Paulo 
19 no Paraná 
15 no Espírito Santo 
Preço médio do ingresso: R$ 6,29 
Total de filmes lançados: 225* 
Nacionais: 30* 
O público voltou à casa dos 100 milhões de espectadores, representando uma 
renda de R$ 650 milhões.* 
 
*Fonte: Filme B – valores referentes a pesquisa realizada no ano de 2003 
 25 
 
As maiores exibidoras no país: 
 
EXIBIDOR PÚBLICO PÚBLICO MARKET SHARE 
1 CINEMARK 22.856.137 22,2% 
2 GRUPO SEVERIANO RIBEIRO 16.415.956 15,9% 
3 UCI 8.515.076 8,3% 
4 CIEMATROGRAFICA ARAUJO 5.660.982 5,5% 
5 ESPAÇO DE CINEMA 3.076.793 3,0% 
6 GRUPO PARIS FILMES 2.892.183 2,8% 
7 MOVIECOM CINEMAS 2.791.331 2,7% 
8 ARCO IRIS CINEMA 2.790.959 2,7% 
9 GNC CINEMA 2.521.021 2,4% 
10 ORIENT FILMES 2.352.249 2,3% 
11 CINEMATOGRAFICA HAWAY 2.334.974 2,3% 
12 ART FILMS 2.281.871 2,2% 
13 GRUPO PLAYARTE 2.264.296 2,2% 
14 EMPRESA CINEMAIS 1.801.675 1,7% 
15 CINEART 1.658.243 1,6% 
16 ALVORADA CINEMATOGRAFICA 1.575.416 1,5% 
17 GRUPO ESTAÇÃO 1.525.025 1,5% 
18 CINEMAS SERCLA 1.375.818 1,3% 
19 HOYTS GENERAL CINEMA 1.306.265 1,3% 
20 CINEMASTAR 1.154.576 1,1% 
21 OUTROS 15.986.250 15,5% 
 
 
Perfil do freqüentador de cinema: 
 
Média de Idade: 
 
Base: Entrevistados que costumam ir ao cinema pelo menos uma vez por mês – 1280 entrevistas 
 26 
Escolaridade: 
 
 
 
Escolaridade Superior: Brasília: 63% 
Classe AB: Freqüentadores de Cinema: 68% - Brasília: 89% e Curitiba: 80% 
 
Costumam ir ao cinema no mínimo uma vez por mês: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Potencial de 
alcance do meio 
 
 
UNIVERSO: população com 12 anos ou mais possuidores de telefone fixo. 
Fonte: Datafolha / 2003. 
 
 
 27 
Comercial Múltiplo 
 
É considerado comercial múltiplo aquele que promove mais de uma 
marca/produto/serviço – Normalmente existe um acréscimo de 30% sobre o valor 
da tabela cobrada de cada empresa de mídia responsável pela exibição dos 
comerciais nas salas de cinema. 
 
ESPECIFICAÇÕES DO MATERIAL PARA A PRODUÇÃO DO TRANSFER 
(FILME 35MM) 
 
Os materiais necessários para a produção do transfer são: 
 
Fita BETA (imagem) 
Para que o produto final tenha uma boa qualidade, é necessário que a fita Beta 
de origem também tenha qualidade, para isso, solicitamos que os filmes sejam 
enviados em Beta Digital. 
 
A fita Beta deverá sempre vir sonorizada para que na hora da sincronia entre o 
negativo de imagem e de som, possamos ter uma referência. Esta fita deverá 
conter apenas o trabalho a ser realizado, na versão correta e sonorizada 
contendo claquete com informações: A - Produtora, B - Produto, C - Título, D - 
Duração. 
 
Quando houver efeitos ou trucagens no filme, estes deverão ser confeccionados 
a 24fps, ou em frames e não em field, pois, na mudança de Beta para 35mm isso 
pode causar problemas. 
 
Fita DAT (som - 48KHz) 
A fita DAT deverá sempre ser enviada com o áudio mixado e com as pistas 
separadas, para que possam ser feitas as mixagens na película, visando um 
melhor aproveitamento do sistema de som dos cinemas. A fita deverá conter 
apenas a trilha do filme em processo. 
 
É indispensável que tenha um Bip de 2 (dois) segundos antes do 1º frame de 
imagem, pois isso será de extrema importância na hora da sincronia 
som/imagem. 
 
Observação: 
Como para alguns filmes são feitas mais de uma versão, solicitamos que ao 
enviar a fita DAT, esta esteja na mesma versãoda Beta, para que não haja atraso 
na produção do transfer quando for detectado que as versões das fitas são 
diferentes, e que a mesma contenha apenas o trabalho a ser realizado. 
 
 
 
 28 
4.0 – MÍDIA EXTENSIVA 
 
Além de haver uma infinidade de meios específicos dentro da mídia extensiva 
(antes chamada de “mídia alternativa”), a cada mês se lança um novo tipo, e com 
uma freqüência um pouco menor, um deles é descontinuado por não conseguir 
sustentação dos anunciantes ou, porque a idéia não era das melhores mesmo. 
 
Tudo quanto é forma de se veicular alguma mensagem publicitária e que não 
pertença aos meios de comunicação tradicionais (TV, rádio, jornal, revista e 
cinema), à mídia exterior (outdoor, painéis e mobiliário urbano), ou à internet, é 
considerada mídia extensiva. 
 
Determinadas formas de veiculação devem ser evitadas, e até condenadas, como 
a distribuição de folhetos nas ruas, serviços de alto-falantes (que até rede de 
supermercados e grandes empresas às vezes usam), cartazes de imobiliárias em 
cruzamentos, cartazes colados em postes, muros e tapumes (o conhecido lambe-
lambe), e jamais devem ser classificadas como mídia extensiva, pois, ou são 
ilegais, informais, invasivas, ou não respeitam a propriedade alheia, ou a 
combinação de alguns desses pejorativos. 
 
4.1 – Tipos de mídia extensiva 
 
A seguir listamos praticamente todos os tipos de mídia extensiva que existem, 
agrupados segundo as necessidades e adequações com o planejamento de mídia. 
Tipos de mídia extensiva: 
 
Aérea: - Asa delta e parapente 
 - Balão iluminado (redondo e fixado ao solo por cabo) 
 - Balão a ar quente, tripulado 
 - Dirigível (blimp) 
 - Letreiro luminoso em helicóptero (sky mídia) 
 - Raios laser 
 
Aeroportos: - Adesivos em lixeiras 
 - Adesivo nas esteiras de bagagens 
 - Anúncio em bilhetes e passagens 
 - Cartazete em carrinho de bagagens 
 - Displays diversos 
 - Painel eletrônico 
 - Painel fotográfico 
 - Placas nos estacionamentos 
 - Triedro 
 - TV em circuito fechado 
 
Cinemas: - Displays fotográficos na sala de espera 
 - Mensagem nos saquinhos de pipocas 
 29 
Estações (rodoviárias, trens, metrô e barcas): 
 - Adesivo nas roletas de metrô 
 - Adesivo em lixeiras 
 - Cartazete em carrinho de bagagens 
 - Painel nos acessos e plataformas 
 - Painel fotográfico 
 - Painel eletrônico 
 - Placas nos estacionamentos 
 - Triedro 
 - TV em circuito fechado 
 
Estádios: - Painéis nas laterais do campo 
 - Painel eletrônico 
 - Placar eletrônico 
 
Estradas: - Cancela de pedágio 
 - Painel aéreo nos pedágios 
 - Pórtico de sinalização 
 
Externa: - Adesivo em cadeira de engraxate 
 - Inflável como réplica 
 - Painel em cabine telefônica 
 - Pórticos de eventos e de Rua 
 - Mobiliário Urbano (bancas e Pontos de ônibus) 
 
Indoor: - Adesivo em banheiros 
 - Adesivo em bebedouros 
 - Adesivo e internet em elevadores 
 - Displays diversos 
 - Guardanapos em lanchonetes e restaurantes 
 - Néon em bares e danceterias 
 - Toalhas de papel em lanchonetes e restaurantes 
 
Onbord: - Adesivo nas bandejas de bordo 
 - Adesivo nos encostos das poltronas 
 - Exibições de comercial a bordo 
 
Pessoal: - Anúncio em vales-refeição 
 - Comercial no Fale grátis de telefones públicos 
 - Mensagem no porta bilhetes de metrô 
 - Mensagem nos cartões telefônicos 
 
Praias: - Bóias na arrebentação 
 - Faixa puxada por avião 
 - Guarda-sol 
 - Jangadas 
 - Lixeiras 
 30 
 - Painel rebocado por barco 
 - Sacos de lixo 
 
Shoppings e supermercados: - Adesivo no piso 
 - Banners internos 
 - Cartazete nos carrinhos de compra 
 - Indicadores de corredores 
 - Placas nos estacionamentos 
 
Veículos: - Adesivo nas portas de táxi 
 - Anúncio em bilhetes e passagens 
 - Cartazes em barcas de passageiros 
 - Cartazete interno em ônibus, trens, metrô 
 - Display no encosto do banco de táxi com take one 
 - Envelopamento de autos, trens, metrô 
 - Luminoso no teto de táxi 
 - Painéis laterais em caminhões 
 - Painel rebocado por bicicleta (bikedoor) 
 - Painel rebocado por carro ou moto 
 - Painel traseiro em táxi 
 - Tapa-sol no pára-brisa de automóveis 
 
 
TRABALHO: 
 
1- Cite dois tipos de ações que não devem ser classificadas como mídia 
extensiva. 
2- Segundo o tipo de local e forma de veiculação, cite pelo menos dois 
grupos de mídia extensiva. 
3- Relacione cinco tipos de mídia extensiva. 
4- Para cada um dos cinco tipos de mídia extensiva relacionados, dê um 
exemplo de produto que poderia ser veiculado nela, devido a grande 
adequação entre o produto e a mídia extensiva citada. 
 
 
 
5.0 – Publicidade ao ar livre (MÍDIA EXTERIOR) 
 
A publicidade ao ar livre é conhecida como Outdoor Advertising, e compreende a 
fixação de cartazes, painéis e luminosos na via pública, bem como nos veículos de 
transportes coletivos, como ônibus e trens. 
 
A publicidade ao ar livre difere substancialmente das demais. 
 
Enquanto o folheto, o rádio, a TV, etc. vão à residência do consumidor, o jornal e a 
revista precisam ser comprados pelo leitor, o cartaz e o luminoso são percebidos 
 31 
de passagem, nas vias públicas, mais ou menos casualmente. Entretanto, pelo 
seu tamanho e pelas cores (e o luminoso pelo fulgor) exercem impacto sobre o 
público e pela repetida exibição conseguem influir, fixar uma mensagem breve e 
veicular uma impressão. 
 
Suas características são as seguintes: 
 
a) Maleabilidade – pode ser usada numa extensa região, numa cidade ou 
apenas num bairro. 
 
b) Oportunidade – pode ser usada nos momentos mais preciosos e ter a 
mensagem substituída logo que necessário. 
 
c) Ação rápida e constante – nas ruas está sempre passando gente. Assim, 
a ação do cartaz é constante. 
 
d) Impacto – impressiona geralmente pelo tamanho e pela cor viva ou em 
contraste com a do local onde está colocado. 
 
e) Memorização – como, em geral, passamos diariamente diante de vários 
exemplares do mesmo cartaz, a coisa anunciada tende a fiar-se na mente 
pela repetição. 
 
f) Simplicidade – porque é uma mensagem concisa e breve, é facilmente 
compreendida. 
 
De uma maneira geral a afixação de cartazes implica na qualidade do meio 
publicitário, a multiplicidade dos locais empregados no espaço e no tempo. 
 
A sua escolha, contudo, deve prevalecer num local onde haja trânsito denso, 
como também uma posição em que possa ser visto facilmente e em ambiente 
apropriado. 
 
 
5.1 - Cartaz mural (Out door) 
 
A tendência crescente está sendo a utilização de novos materiais para a 
produção dos cartazes, cujas características alteram algumas particularidades 
de produção e exibição do outdoor tradicional: 
 
- Neopaper: é o cartaz produzidocom o papel YUPO, que é um papel 
sintéticos, à prova d´água, que não deforma, não rasga, e por incrível que 
pareça, é reciclável. Como é impresso digitalmente em ploter, numa folha sem 
emendas do tamanho da própria tabuleta, pode ser feito um cartaz diferente 
para cada tabuleta, pelo mesmo custo. E depois da bissemana de veiculação, 
pode ser reaproveitado em outra tabuleta, porque é afixado sem cola. 
 
 32 
 
 
Independente das legislações municipais, as cerca de 1.200 empresas filiadas 
à Central de Outdoor, tem que seguir várias regras, entre as quais: não ter 
tabuletas sobrepostas verticalmente formando só um quadro de 64 folhas 
(horizontalmente não há restrições, e algumas campanhas chegam a usar até 
quatro tabuletas ligadas), não colocar moldura ou qualquer outro tipo de 
material que avance para fora da tabuleta mais que 30% da área da tabuleta – 
recurso frequentemente utilizado pela criação sobretudo para dar destaque a 
silhuetas, e que é chamado de aplique, e precisam conservar suas tabuletas 
em bom estado, devidamente identificadas e, não deixar jogadas nas calçadas 
folhas dos cartazes anteriores que são retirados, entre outras coisas. 
 
 
 
Os cartazes podem ser de vários tamanhos, sendo os mais comuns os de 8, 
16 ou 32 folhas. 
 
Os tamanhos padrões são os seguintes: 
 
01 folha – 0,76 x 1,12m 
04 folhas – 1,52 x 2,24m 
08 folhas – 1,52 x 4,48m 
16 folhas – 3,04 x 4,48m 
32 folhas – 3,04 x 8,96m (mais comum - o que vemos nas ruas) 
 33 
Os cartazes murais são afixados pelo prazo de “15 dias” (bi-semana), 
iniciando-se a sua colocação, geralmente, no primeiro dia de cada quinzena do 
mês. 
 
Numa cidade como São Paulo ou Rio, a cobertura ideal seria de 800 cartazes 
de 16 folhas ou 400 de 32 folhas, o que seria suficiente para obter bons 
resultados. 
 
No país existem 28.228 tabuletas, das quais 5.332 estão no estado de São 
Paulo. 
 
 
5.2 - Os painéis 
 
Quando a intenção é deixar a mensagem por longo tempo, usa-se painéis de 
diferentes tipos. Os mais comuns são os metálicos, confeccionados geralmente 
em folha de flandres pintada. 
 
Normalmente, os painéis são arrendados pelo prazo de dois anos, podendo, 
contudo, o anunciante fazê-lo diretamente pagando seu custo inicial (pintura, 
flandres e montagem) e depois um aluguel mensal do espaço ocupado (terreno 
ou parede de um prédio, ou, ainda, às margens de uma estrada). 
 
É imprescindível um estudo prévio do local destinado a receber o cartaz, não 
somente para se estudar sua forma e cor, mas também para se ter certeza que 
certos obstáculos (árvores, postes, etc.) não irão esconder uma parte da 
superfície disponível. 
 
São eles: 
 
Painel tradicional 
 
Urbano – o anúncio é pintado sobre superfície de chapas, madeira ou qualquer 
outro material plano e rígido, e montado sobre estruturas de madeira ou metal, 
podendo ter os mais diferentes formatos e medidas. Tais painéis são 
instalados em topos de prédios, em terrenos sem edificações ou junto de 
outdoors. 
 
Rodoviário – com características semelhantes, mas tamanho maior, porque 
tem que ser visto de longe pelos motoristas. Ainda terá vida longa, pois os 
aluguéis dos terrenos às margens de rodovias são baratos, e no seu território 
não existe a concorrência dos outros tipos de mídia exterior. 
 
 34 
 
 
A instalação de painéis a uma distância mínima das margens das rodovias deveria 
sempre ser obedecida, até por questões de segurança. No entanto, por omissão 
do governo federal, e desleixo dos estaduais – com exceção do Estado de São 
Paulo -, a falta de legislação permite a proliferação de painéis ilegais e placas 
rudimentares colocadas quase nos acostamentos. 
 
Os painéis de estrada geralmente são montados sobre estruturas de madeira – 
alguns usam estrutura metálica -, e quase no chão, porque o essencial não é 
terem altura, mas poderem ser vistos a grande distância, enquanto o urbano 
quase sempre precisa de altura e o jeito então é montá-lo sobre laterais ou topos 
de prédios. 
 
Nesses dois tipos de painéis o anúncio é pintado à mão, num trabalho artesanal e 
artístico que requer tempo, e na maioria das vezes, o anunciante primeiro escolhe 
o local a partir das opções de que a empresa exibidora dispõe, e depois, se 
constrói a estrutura. Por isso os contratos são de um ano, no mínimo, para que os 
custos de instalação sejam diluídos. 
 
 
Backlight – é um tipo de painel com impressão do anúncio em ploter* em tela de 
lona translúcida, obtendo-se qualidade de reprodução fotográfica e boa visibilidade 
durante o dia, e à noite, quando a tela é iluminada por trás com lâmpadas 
fluorescentes dentro de uma caixa metálica. 
 
 
 
 35 
Glossário: 
 
Ploter: sistema de impressão que obtém qualidade fotográfica de reprodução, 
pode imprimir em tecido, vinil, papel e outros materiais, com mais de 3 metros de 
largura e dispostos em bobinas, o que possibilita impressão sem emendas com 
até mais de 30 metros de comprimento. 
 
 
Frontlight – a iluminação é feita pela frente e o anúncio pode ser impresso em 
lona ou pintado em chapa metálica, que é afixada sobre uma base semelhantes às 
tabuletas de outdoor, pois não há necessidade da caixa metálica para as 
lâmpadas fluorescentes, como no backlight. 
 
É mais utilizado que o backlight porque tem melhor visualização, tanto à noite, por 
causa da iluminação frontal, como durante o dia, porque a lona fica rígida sobre a 
estrutura e assim não oscila com o vento, nem rasga, como acontece com o 
backlight, além de ser mais rápida, simples e barata a troca de lâmpadas 
queimadas. As figuras a seguir mostram um frontlight de dia e à noite. 
 
 
 
 
Tanto o back como o frontlight são montados sobre estruturas metálicas apoiadas 
em altos postes, a fim de proporcionar o melhor ângulo de visão para motoristas e 
passageiros, e dependendo disso, podem até ter duas faces. Como os custos de 
produção e instalação da tela estão embutidos no preço da veiculação 
(geralmente a estrutura de metal é bancada pela empresa exibidora quando é 
fechado o primeiro contrato de exibição para o local), para diluí-los, o período 
mínimo de veiculação é de seis meses. 
 
Nada impede que a empresa aceite um período menor de exibição, mas fazendo a 
devida compensação no preço da veiculação, ou cobrando preços separados para 
a produção e instalação da peça, e para a veiculação. 
 
 
 36 
Triedro – tem o mesmo formato e forma de comercialização do outdoor, porém, 
seu fundo é formado por várias longarinas verticais de metal, cada uma com três 
faces, na forma de triedos quando vistas de cima, e a cada momento que uma das 
faces longarinas trifásicas está voltada para o público, elas formam um plano 
similar às tabuletas de outdoor, exibindo o primeiro cartaz. 
 
Quando as longarinas giram simultaneamente e mostram para o público a 
segunda face de casa uma delas, é exibido o segundo cartaz. Mais um giro, e é 
exibido o terceiro cartaz. Um novo giro, e é exibido o primeiro cartaz novamente, 
reiniciando o rodízio. 
 
 
 
 
Painel eletrônico – os primeiros painéis, em uso até a década de 70 e chamados 
de painéis luminosos, limitavam-se a transmitir textos através de uma fileira 
horizontal de lâmpadas de uma só cor, formando uma linha de texto. Depois 
chegaram a ser feitos em formato de tela de TV, mas a imagem era muito ruim, e 
ficava pior com a freqüente queima de lâmpadas. 
 
Os eletrônicos surgiram quando a tecnologia dos anos 80 criou os leds, que 
possuem qualidade de luz melhor que as lâmpadas, podem acender e apagar 
rapidamente sem queimar, e como são bem menores, consegue-se ter uma 
quantidade de leds bem maior na caixa que forma a caixa, permitindo formar 
imagens com qualidade mais próxima a de TV. 
 
Os destinados à publicidades funcionavamapenas com leds amarelos, vermelhos 
e verdes (a cor preta é o led apagado), gerando somente 256 tonalidades de 
cores, com uma qualidade de imagem ainda distante da TV, porque os painéis 
completos, com leds azuis também – que dariam a qualidade que faltava – eram 
caros demais para o retorno financeiro a ser obtido com veiculação de mensagens 
publicitárias, que não podiam ser muito caras em relação aos outros tipos de mídia 
existentes. 
 
Com o barateamento dos leds azuis, foi possível a instalação de painéis 
eletrônicos de excelente definição de imagem, mesmo contra o sol, contando com 
16,7 milhões de cores, por custos que permitem a cobrança de preços acessíveis 
de veiculação. 
 
 37 
 
 
Sua forma de comercialização é bem versátil, e entre os meios da mídia exterior é 
o que possibilita a maior rapidez em colocar a mensagem no ar, podendo ser no 
mesmo dia se já houver um comercial pronto, ou de apenas um ou dois dias se o 
anunciante optar por veicular texto com animação feita pela própria empresa 
exibidora. E elas aceitam períodos de veiculação mínima de um mês, ou até 
menos. As limitações do painel eletrônico estão no fato de não ter som e de as 
mensagens precisarem ser curtas, de 5 a 15 segundos no máximo, porque os 
motoristas e passageiros têm pouco tempo para lerem as mensagens. 
 
Luminoso – dentro do universo da mídia exterior são chamados de luminosos as 
estruturas colocadas nos topos de prédios, feitos com lâmpadas de néon, com 
grande variedade de cores, e através de sincronismo de tempo conseguem 
simular movimentos. 
 
Em razão de os locais de instalação serem de difícil acesso e da necessidade de 
ser todo confeccionado sob medida, desde a estrutura até as lâmpadas de néon, é 
o meio que tem a produção e instalação mais cara e mais demorada; por essa 
razão, os contratos de veiculação geralmente são de dois anos, no mínimo, para 
haver um bom período de diluição dos custos de instalação. 
 
Empena – são os painéis nas laterais de prédios. Os anúncios podem ser 
pintados diretamente na parede, pintados sobre chapas de metal colocadas na 
parede, ou ainda, impressos digitalmente por ploter em telas de lona que são 
estendidas e afixadas na parede do prédio. Em todos os casos, podem ser 
iluminados, ou não. Normalmente o período mínimo dos contratos de veiculação é 
de um ano. 
 
 38 
 
 
 
Busdoor – No Brasil esse tipo de mídia começou com empresas de 
representação que passaram a comercializar cartazes nas laterais dos quase 
10.000 ônibus de linhas urbanas da cidade de São Paulo. Logo, as próprias 
empresas de ônibus pegaram para si tal comercialização. 
 
Diante da grande procura, as empresas passaram a comercializar o vidro traseiro 
também -, que teve mais procura ainda, porque o seu formato retangular oferece 
boa visualização não só para as pessoas cujo automóvel está atrás do ônibus, 
como também para pedestres, e com seu preço menos que outdoor, é favorecido 
com o argumento usado por alguns profissionais de mídia que obtêm maior 
cobertura que o outdoor porque, enquanto este fica parado, o busdoor traseiro 
circula pela cidade. 
 
 
 
Impulsionado pela aceitação e descoberta do ótimo custo-benefício deste “outdoor 
ambulante”, o mercado começou a usar a traseira total dos ônibus, com adesivos 
em ploter, e chamados de backbus, como mostra a figura a seguir. 
 
 39 
 
 
 
Quando observada a relação custo x benefício, a mídia exterior - em suas várias 
formas - aparece com destaque à frente de meios tradicionais como revistas e 
jornais. 
 
Abaixo seguem gráficos da pesquisa elaborada pelos grupos de mídia dos 
estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, realizada pelo "Como & 
Porque - Pesquisas de Mercado", entre os dias 15 e 23/06/2000 na cidade de 
Florianópolis, onde foram entrevistadas as 140 pessoas, sendo 47,9% do sexo 
masculino e 52,1% do sexo feminino de 15 a 55 anos, das classes A/B, C e D. 
 
 
 
 
 
 
 40 
Nas principais capitais do país, a pesquisa do Datafolha constatou que, na 
lembrança de 07 dias, a propaganda em ônibus é a segunda mídia mais lembrada 
(66%), seguida do táxi (49%) e da placa de rua com 46% de recall. 
 
 
 
 
A mídia exterior teve um crescimento de 23,66% em relação ao primeiro 
quadrimentre de 2002, segundo a revista Sinal Extensivo (edição de setembro de 
2003). 
 
De acordo com o primeiro estudo do Instituto Marplan, realizado no segundo 
semestre de 2003, o busdoor aparece liderando as pesquisas de recall entre os 
veículos de mídia exterior, na frente até mesmo do outdoor. 
 
O trabalho realizado pela Marplan em oito capitais brasileiras indicou que o 
busdoor é o meio exterior de maior impacto em cinco destas cidades: Brasília, 
Fortaleza, Recife, Salvador e Porto Alegre. 
 
Nesta pesquisa também foram destacadas as seguintes vantagens do busdoor: 
 
- Tem um custo até 50% menor que outros meios de comunicação 
- O fato de ser uma publicação móvel proporciona maior tempo de veiculação 
- Tem menor custo por mil pessoas que outro veículo de comunicação 
- Atinge todas as classes sociais, desde quem tem um carro importado até o 
pedestre. 
 
 
5.3 - Mobiliário urbano 
 
São vários os tipos de mídia classificados como mobiliário urbano, e qualquer 
relação nunca estará completa porque a cada dia as empresas exibidoras criam 
novos tipos de peças e materiais. E isso contribui para confundi-los com as 
inúmeras variações e formatos da mídia extensiva. 
 41 
 
Uma peça pode ser considerada mobiliário urbano se não for nenhum tipo de 
outdoor, painel ou busdoor e, se for peça instalada em local público como ruas, 
calçadas, calçadões ou praças, e sua exploração publicitária depender de 
concorrência pública do município. 
 
Tipos de mobiliário urbano: 
 
Abrigo de ônibus MUPI (mobiliário urbano para 
informação), ou totem 
Abrigo de táxi Placas indicativas de ruas 
Banca de jornais Protetor de árvore 
Banco de praças Quiosques diversos 
Banheiro público Relógio e temperatura 
Bicicletaria Sinalizadores turísticos e de interesse 
coletivo 
Grade de proteção a pedestres Mapas e informações da cidade 
 
 
 
 
 
TRABALHO: 
1- Qual o tipo de mídia exterior que normalmente tem o maior tempo de 
contrato de exibição, e que também demora mais para ser instalado? 
2- Cite três tipos de mídia exterior e três produtos que seriam bem adequados 
a eles. 
3- Cite três produtos e em quais tipos de mobiliário urbano eles teriam mais 
adequação. 
 
 
 42 
5.4 - A técnica do cartaz 
 
Para que um cartaz seja eficiente é preciso ter as seguintes virtudes: 
 
a) a capacidade de chamar a atenção; 
b) unidade de idéia e forma; 
c) clareza e vigor na sugestão; 
d) legibilidade; 
e) estética – aparência artística e perfeito acabamento. 
 
 
 
 
6 - Internet 
 
A Internet dá acesso à informação e à pesquisa sobre qualquer assunto e é o 
maior difusor de conhecimento com que o homem jamais sonhou. Ao mesmo 
tempo, é um meio essencialmente interativo, que promove a 
comunicação/interatividade entre os usuários. Atinge um público qualificado e 
formador de opinião. Permite a mensuração de resultados e uma identificação 
entre o produto e o site. É o meio mais adequado à globalização de uma 
mensagem. 
 
Falaremos sobre este item mais adiante no capítulo 10, dedicado com 
exclusividade ao assunto. (Vide página 92.) 
 
 
7 - Marketing direto 
 
Marketing direto é uma especialização do marketing que envolve a utilização de 
técnicas de propaganda e venda que permitem atingir o mercado-alvo de forma 
muito dirigida e obter respostas diretas e mensuráveis. Não deve ser confundido 
com mala-direta que é uma mídia, também utilizada pelo marketing direto, que 
implica no uso de cartas como meio decomunicação, que podem ou não ser 
acompanhadas de folhetos e cupons. Sua utilização é feita com o uso de um 
“mailing list”, contendo o nome e endereço de clientes potenciais. Outra 
 
A publicidade ao ar livre também é conhecida como Mídia Externa, são 
exemplos e compreendem: Outdoor, busdoor, metrô, placa de rua, entre 
outros. É o meio que domina as ruas e os locais de grande fluxo de 
pessoas, proporciona impacto visual por seu tamanho e amplia a 
visibilidade da campanha por estar situado em local estratégico. Favorece a 
freqüência média e a continuidade de veiculação. 
 
 43 
ferramenta do marketing direto é o telemarketing, que é um conjunto de técnicas 
para uso do telefone para a comunicação e venda junto ao mercado. 
 
O marketing direto permite obter um retorno mensurável sob a forma de respostas 
diretas. É uma forma de manter um relacionamento permanente, individualizado e 
com mais rentabilidade com cada cliente, através de bancos de dados. 
 
Pelo seu baixo custo e alto retorno é fundamental também para pequenos 
prestadores de serviços, possibilitando a comunicação com seu público sem 
desperdícios. 
 
O marketing direto inclui as vendas diretas, feitas com a utilização de catálogos, 
malas-diretas ou anúncios, cartas-circulares, folhetos, cartões, telegramas, 
prospectos, folhetos, livretos, catálogos, broadsides e peças congêneres, enviadas 
diretamente ao consumidor, pelo correio ou através de empresas especializadas 
na entrega pessoal. 
 
Suas principais características são: 
 
a) Seletividade – alcança exclusivamente o grupo consumidor que é o alvo da 
comunicação, diminuindo o desperdício. 
 
b) Oportunidade – pode ser usado na época mais conveniente. 
 
c) Maleabilidade – adapta-se tanto ao grande como ao pequeno anunciante. 
Pode ser usada para cobrir um local determinado ou todo país. 
 
d) Flexibilidade – suas peças impressas adaptam-se a todo o tipo e tamanho 
de mensagens. Podem ser simples ou luxuosas. 
 
e) Sigilo – indo diretamente ao consumidor é, de certo modo, sigilosa e pode 
dispensar um tratamento personalizado. 
 
f) Controle – a sua circulação e cobertura estão sob controle do anunciante. 
 
 
 
 
 
 
As tabelas na página a seguir comparam as características entre os meios. 
 
 
 
 
 
 
 44 
MEIO 
Atributo tangível TV PAY 
TV 
RD RV JO ME CIN INT 
Alcance de 
Público 
3 2 2 2 2 2 1 1 
Segmentação 2 3 3 3 3 1 3 3 
Cobertura 
nacional 
3 2 2 3 1 1 1 2 
Velocidade 
cobertura 
3 2 2 1 3 2 1 2 
Freqüência de 
exposição 
3 3 3 1 2 3 1 3 
Continuidade 2 3 2 3 2 3 2 2 
Qualidade de 
reprodução 
3 3 1 3 1 2 3 2 
Custo absoluto 1 3 3 2 1 2 3 2 
Custo relativo 3 2 3 1 1 2 1 1 
 
 
MEIO 
Atributo tangível TV PAY 
TV 
RD RV JO ME CIN INT 
Conteúdo editorial 2 2 2 3 3 1 1 3 
Apelo emocional 3 3 3 1 1 1 3 2 
Apelo racional 2 2 2 3 3 1 1 2 
Atualidade 3 3 3 3 3 1 3 3 
Credibilidade 2 2 3 3 3 1 2 3 
Fidelidade 2 2 3 3 3 1 1 2 
Formador de 
opinião 
1 2 2 3 3 1 2 3 
Ditador de moda 3 2 1 3 2 1 1 2 
Nível de atenção 2 2 1 3 3 2 3 3 
Valor comunitário 2 1 3 1 3 1 1 2 
 45 
 4 - O MERCHANDISING 
 
O termo merchandising tem sido usado pelo mercado para quase tudo que não 
seja comercial tradicional, e se tornou a denominação corriqueira para comerciais 
ao vivo, testemunhais endossados por apresentadores, ações promocionais 
dentro de programas, musiquinhas cantadas, e até para eventos promocionais 
dentro de programas, mesmo quando eles não têm nenhum envolvimento com 
meios de comunicação. 
 
O verdadeiro merchandising é a forma de se fazer publicidade sem que fique 
evidente que a aparição do produto está sendo paga, e nasceu no cinema: após a 
recessão de 1929 o governo americano precisava incentivar a auto-estima na 
população e encomendou à diretores famosos produções que passassem idéias 
otimistas para a população. Durante, e após a 2ª Guerra, os “produtos” que o 
governo americano precisou vender para os jovens foram: o patriotismo, e a causa 
nobre do combate ao nazismo para justificar a guerra. E várias outras causas e 
idéias de interesse do governo americano e de outros governos – justas ou não – 
foram divulgadas através de filmes, e diretores insuspeitos. 
 
O merchandising nasceu patrocinando o próprio cinema, onde o filme todo era a 
mensagem a ser vendida. Depois se passou à prática de inserir apenas produtos. 
 
 
4.1 - A ética 
 
Os dois grandes problemas do merchandising para o público são que, primeiro: se 
ele é malfeito, com situações forçadas, close no logo da marca, personagens que, 
de repente, contrariando suas personalidades, dizem frases elogiosas ou ditam 
recomendações parecendo texto decorado sobre certos produtos, isso faz com 
que até crianças percebam que aquelas falas e ações só estão sendo encenadas 
pela personagem porque é publicidade, e, como tal, paga. 
 
O segundo problema acontece quando o merchandising é feito de maneira 
correta, com o produto se inserindo naturalmente no roteiro, nas cenas, situações 
e falas das personagens, passando a idéia para o público de que a sua aparição 
foi uma opção do autor. 
 
Nesses casos, então, há que se ter ética, bom senso e escrúpulos, para não se 
divulgar produtos serviços, conceitos, juízos ou hábitos condenáveis ou maléficos, 
pois nessa hora, por não perceberem que se trata de publicidade, as pessoas 
estão muito mais vulneráveis e fáceis de serem persuadidas. 
 
O paradoxal sobre merchandising, aqui no Brasil, é que o Código de Defesa do 
Consumidor no seu artigo 36 diz: “A publicidade deve ser veiculada de tal forma 
que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal”. Quer dizer, se o 
 46 
merchandising for feito da forma correta, é ilegal e o anunciante estará sujeito a 
penalidades! 
 
Para o mercado publicitário o merchandising também tem dois grandes 
problemas: 
1º- Um comercial tradicional, ao contrário do merchandising, é parte de uma 
campanha – que por sua vez é baseada em objetivos, estratégias, linha temática – 
e é pensado, criado, produzido, a partir do plano de marketing do anunciante, que, 
quando bem-feito e criativo, faz o público gostar dele e do produto. 
 
2º- Por não ter quase nada disso, o merchandising dificilmente é eficaz para 
construir, fortalecer e criar conceitos e identidade para a marca. E é péssimo para 
o desenvolvimento e valorização do mercado publicitário – ninguém premia e nem 
elogia merchandising bem-feito, mesmo porque merchandising bem-feito não é 
percebido. 
 
4.2 - O merchandising no cinema 
 
Vários produtos fizeram, durante anos, merchandising no cinema e, por ter sido 
bem-feito, o público nunca chegou a perceber que se tratava de cenas inseridas 
no roteiro mediante verbas de publicidade. 
 
As pessoas notam que se trata de cenas pagas pelas marcas, quando as 
situações forçadas ficam evidentes. Ou quando a quantidade de produtos 
inseridos no roteiro deixa claro que não se trata de meras coincidências. 
 
Embora o preço de uma participação de merchandising (que pode conter mais de 
uma cena) é muito baixo em relação ao custo total do filme, e menos ainda, em 
relação ao seu lucro estimado, a soma de vários anunciantes pode representar 
uma boa parcela do orçamento total do filme. 
 
Várias grandes produções de Hollywood foram produzidas graças às polpudas 
verbas de merchandising, como nos casos de Minority Report, que teve 31% do 
seu custo total bancado por merchandisings, e 007 – Um Novo Dia para Morrer 
que teve 42 % (veja detalhes a seguir). 
 
Se houvesse um Oscar para o maior merchandising do cinema, sem dúvida ele 
seria do O Náufrago, com o rei do merchandising, Tom Hanks. O filme é 
simplesmente um merchandising de 143 minutos da FedEx, com um pouco menos 
de tempo da Wilson(artigos esportivos). Mas muito bem-feito. 
 
Minority Report (A Nova Lei), dirigido por Steven Spielberg e estrelado por Tom 
Cruise, em 2002, teve 15 diferentes empresas que pagaram um total de US$ 25 
milhões pelas cenas de merchandising de seus produtos, o que dá uma média de 
US$ 1,7 milhão por empresa. Como o filme custou US$ 80 milhões, cada 
merchandising representou 2,13% do orçamento do filme. 
 47 
Em 007 – Um Novo Dia para Morrer, lançado em 2002, as 24 empresas que 
fizeram merchandising no filme pagaram um total de US$ 60 milhões, resultando 
numa média de 2,5 milhões para cada uma. O orçamento total dessa 20ª 
produção do agente secreto inglês ficou em US$ 142 milhões, o que fez com que 
cada merchandising representasse somente 1,76% do custo do filme. 
 
 
 
 
Merchandising da Sony no filme 007 – Casino Royale 
 
 
 
 
 
Merchandising da Lexus no filme Minority Report 
 
 
Com o renascer do cinema nacional a partir de 1995, e abertura de inúmeras 
salas, havendo hoje cerca de 1.800, as inserções de merchandising nas 
produções brasileiras tem se tornado constante e principalmente, uma grande 
ajuda nos orçamentos. Como foi em Show de Verão, estrelado pelo casal Angélica 
e Luciano Huck, que contou com mais de dez marcas. 
 
Até a situação proibitiva de se inserir merchandising em filmes de época, se 
conseguiu contornar com bastante criatividade no A Taça do Mundo é Nossa, 
lançado em 2003 e estrelado pela turma do Casseta & Planeta. O filme se passa 
em 1970 e o estilo de humor nonsense do Casseta permitiu a inserção do principal 
merchandising do filme, o novo Pólo 2004 da Volkswagem, com um personagem 
 48 
questionando a situação irreal de o carro estar num filme de 1970 e o outro 
fazendo blague com a própria decisão do departamento de marketing da Volks de 
ter aprovado tal ação. 
 
Com os outros produtos que participaram do filme, os produtores conseguiram 
levantar quase R$ 1,5 milhão de verba de merchandising, ou seja, 31% do 
orçamento total de R$ 4,9 milhões. Em algumas outras produções da Conspiração 
Filmes a verba de merchandising chega a cobrir até 18% dos custos de produção. 
 
 
4.3 - O merchandising na TV 
 
Nos anos 80, quando teve início a prática do merchandising nas novelas, havia o 
bom senso de se inserir produtos somente se houvesse pertinência e adequação 
com o roteiro e trama já escritos pelo autor. Ultimamente isso deixou de ser feito, e 
o roteiro é que é alterado pelo autor para se adequar ao produto que vai ser 
divulgado, ou então, já é escrito prevendo situações nas quais possam entrar 
vários tipos de produtos. 
 
Na televisão, a relação entre preços de merchandisings e custos de produção dos 
programas, é bem menor, com o preço médio de uma ação de 90” chegando a 
ficar entre US$ 50,000 a US$ 80,000, que é também quanto pode custar a 
produção de um capítulo das novelas da Rede Globo, o que faz com que o preço 
do merchandising em TV chegue a 100% do custo do programa, e às vezes, até 
mais que isso. 
 
E graças ao volume despudorado com que apresentadores vendem de tudo entre 
os “intervalos” de uma atração e outra dentro dos blocos dos programas, esse 
faturamento mantém não só os programas, mas também os próprios 
apresentadores e seus altos salários. 
 
É inegável a força do merchandising quando feito da forma certa, tanto que nos 
anos 80, em uma novela da Globo uma personagem dizia que estava cansada da 
cor roxa e que não iria mais usar roupas dessa cor. O que o autor não sabia era 
que as lojas estavam estocadas com roupas da cor roxa, porque seria a cor da 
estação. E ficou tudo encalhado nas lojas, a ponto de a Associação dos Lojistas 
do Rio de Janeiro relatar o fato à Rede Globo. 
 
Para consertar o problema, a emissora colocou num capítulo seguinte a mesma 
personagem dizendo que tinha mudado de idéia e que passaria a comprar roupas 
da cor roxa. As lojas passaram a vender as roupas de cor roxa acima até do 
normal e a Associação dos Lojistas novamente se dirigiu à Globo, dessa vez para 
agradecer pela ajuda nas vendas. 
 
Aproveitando a força do merchandising na TV, alguns autores têm inserido nas 
novelas da Rede Globo ações sociais nobres e importantes, divulgando na forma 
 49 
de merchandising informações de utilidade pública e temas sociais como, 
igualdade de direitos e planejamento familiar. Espelhando-se nisso, o governo 
federal conseguiu, em 2003, que Globo e SBT concordassem em fazer 
merchandising social em alguns programas contra prostituição infantil. 
 
 
TRABALHO: 
1- Como surgiu o merchandising? 
2- Como é a forma mais correta de se fazer merchandising no cinema ou na 
TV? 
3- Por que o uso do merchandising por parte dos veículos de comunicação e 
anunciantes precisa ter ética? 
4- Cite pelo menos dois exemplos de merchandising feitos da forma correta 
no cinema, e dois feitos em TV. 
 
 
 50 
5 – PLANEJAMENTO DE MÍDIA 
 
 
Planejamento de mídia é o momento de elaboração de um plano, conforme a 
verba disponível, para atender aos objetivos de comunicação e de marketing. É 
um processo de estruturação de idéias e de tomadas de decisões, como veremos 
mais adiante, de acordo com um roteiro e um método predeterminados. 
 
E por que planejamento? Porque cada vez mais a situação vem exigindo, do 
profissional de mídia, talento e criatividade para atender adequadamente às 
exigências de um mercado que se torna cada vez mais sofisticado e complexo 
com a entrada de novas culturas empresariais e das revolucionárias tecnologias. 
Passa-se por uma revolução qualitativa e quantitativa do mercado consumidor: do 
antigo fabricante com oferta limitada, surgiu o atacadista com grande força de 
distribuição, culminando no varejo com extensa rede de lojas e com enorme 
variedade de produtos. Por outro lado, o consumidor torna-se cada vez mais 
exigente e infiel às marcas. 
 
6.1 Plano de Mídia 
É o documento que contém de forma organizada as análises de dados e as 
recomendações para se atingirem as metas da campanha. 
 
Como já foi dito antes, o Plano de Mídia está para a mídia assim como a peça 
publicitária está para a criação. Essa relação parece óbvia para alguns, mas para 
quem está iniciando na área de mídia ou está há pouco tempo na atividade, é 
importante entendê-la, porque ela pode ajudar a construir uma correta e 
consistente carreira profissional. 
 
Vamos à explicação: 
• em uma peça de TV, por exemplo, o profissional de criação utiliza sua 
sensibilidade para criar um comercial que transmita, de forma tocante e 
persuasiva, os aspectos relevantes do produto ou serviço; 
 51 
• em um Plano de Mídia, o profissional de mídia coloca em prática sua visão 
estratégica para planejar a melhor forma de veicular esse comercial de TV, 
de modo que atinja a quantidade adequada de público-alvo e com a 
intensidade necessária. 
 
Um ponto comum nas atividades desses profissionais é o talento para desenvolver 
um trabalho que leva sua assinatura, assim como o artista com sua obra, o músico 
com sua canção e o artilheiro com o gol. 
 
O Planejamento de Mídia divide-se em três pilares, a saber: objetivo, estratégia e 
tática. 
 
1º Objetivo de mídia 
Quantidade de pessoas que se quer atingir com a campanha, com determinada 
intensidade de veiculação e durante determinado período. 
 
2º Estratégia de mídia 
É o caminho que se traça para atingir esse objetivo, utilizando os meios escolhidos 
e seguindo um cronograma de veiculação. 
 
3º Tática de mídia 
São as formas de ação e os recursos através dos quais se implanta essa 
estratégia, ou seja, é o detalhamento de onde as peças serão veiculadas, do 
número de inserções, de pessoas atingidas e dos valores que serão investidos. 
 
Objetivo, estratégia e tática são termos utilizados na arte militar e foram

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