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comunicação, que podem ou não ser acompanhadas de folhetos e cupons. Sua utilização é feita com o uso de um “mailing list”, contendo o nome e endereço de clientes potenciais. Outra A publicidade ao ar livre também é conhecida como Mídia Externa, são exemplos e compreendem: Outdoor, busdoor, metrô, placa de rua, entre outros. É o meio que domina as ruas e os locais de grande fluxo de pessoas, proporciona impacto visual por seu tamanho e amplia a visibilidade da campanha por estar situado em local estratégico. Favorece a freqüência média e a continuidade de veiculação. 43 ferramenta do marketing direto é o telemarketing, que é um conjunto de técnicas para uso do telefone para a comunicação e venda junto ao mercado. O marketing direto permite obter um retorno mensurável sob a forma de respostas diretas. É uma forma de manter um relacionamento permanente, individualizado e com mais rentabilidade com cada cliente, através de bancos de dados. Pelo seu baixo custo e alto retorno é fundamental também para pequenos prestadores de serviços, possibilitando a comunicação com seu público sem desperdícios. O marketing direto inclui as vendas diretas, feitas com a utilização de catálogos, malas-diretas ou anúncios, cartas-circulares, folhetos, cartões, telegramas, prospectos, folhetos, livretos, catálogos, broadsides e peças congêneres, enviadas diretamente ao consumidor, pelo correio ou através de empresas especializadas na entrega pessoal. Suas principais características são: a) Seletividade – alcança exclusivamente o grupo consumidor que é o alvo da comunicação, diminuindo o desperdício. b) Oportunidade – pode ser usado na época mais conveniente. c) Maleabilidade – adapta-se tanto ao grande como ao pequeno anunciante. Pode ser usada para cobrir um local determinado ou todo país. d) Flexibilidade – suas peças impressas adaptam-se a todo o tipo e tamanho de mensagens. Podem ser simples ou luxuosas. e) Sigilo – indo diretamente ao consumidor é, de certo modo, sigilosa e pode dispensar um tratamento personalizado. f) Controle – a sua circulação e cobertura estão sob controle do anunciante. As tabelas na página a seguir comparam as características entre os meios. 44 MEIO Atributo tangível TV PAY TV RD RV JO ME CIN INT Alcance de Público 3 2 2 2 2 2 1 1 Segmentação 2 3 3 3 3 1 3 3 Cobertura nacional 3 2 2 3 1 1 1 2 Velocidade cobertura 3 2 2 1 3 2 1 2 Freqüência de exposição 3 3 3 1 2 3 1 3 Continuidade 2 3 2 3 2 3 2 2 Qualidade de reprodução 3 3 1 3 1 2 3 2 Custo absoluto 1 3 3 2 1 2 3 2 Custo relativo 3 2 3 1 1 2 1 1 MEIO Atributo tangível TV PAY TV RD RV JO ME CIN INT Conteúdo editorial 2 2 2 3 3 1 1 3 Apelo emocional 3 3 3 1 1 1 3 2 Apelo racional 2 2 2 3 3 1 1 2 Atualidade 3 3 3 3 3 1 3 3 Credibilidade 2 2 3 3 3 1 2 3 Fidelidade 2 2 3 3 3 1 1 2 Formador de opinião 1 2 2 3 3 1 2 3 Ditador de moda 3 2 1 3 2 1 1 2 Nível de atenção 2 2 1 3 3 2 3 3 Valor comunitário 2 1 3 1 3 1 1 2 45 4 - O MERCHANDISING O termo merchandising tem sido usado pelo mercado para quase tudo que não seja comercial tradicional, e se tornou a denominação corriqueira para comerciais ao vivo, testemunhais endossados por apresentadores, ações promocionais dentro de programas, musiquinhas cantadas, e até para eventos promocionais dentro de programas, mesmo quando eles não têm nenhum envolvimento com meios de comunicação. O verdadeiro merchandising é a forma de se fazer publicidade sem que fique evidente que a aparição do produto está sendo paga, e nasceu no cinema: após a recessão de 1929 o governo americano precisava incentivar a auto-estima na população e encomendou à diretores famosos produções que passassem idéias otimistas para a população. Durante, e após a 2ª Guerra, os “produtos” que o governo americano precisou vender para os jovens foram: o patriotismo, e a causa nobre do combate ao nazismo para justificar a guerra. E várias outras causas e idéias de interesse do governo americano e de outros governos – justas ou não – foram divulgadas através de filmes, e diretores insuspeitos. O merchandising nasceu patrocinando o próprio cinema, onde o filme todo era a mensagem a ser vendida. Depois se passou à prática de inserir apenas produtos. 4.1 - A ética Os dois grandes problemas do merchandising para o público são que, primeiro: se ele é malfeito, com situações forçadas, close no logo da marca, personagens que, de repente, contrariando suas personalidades, dizem frases elogiosas ou ditam recomendações parecendo texto decorado sobre certos produtos, isso faz com que até crianças percebam que aquelas falas e ações só estão sendo encenadas pela personagem porque é publicidade, e, como tal, paga. O segundo problema acontece quando o merchandising é feito de maneira correta, com o produto se inserindo naturalmente no roteiro, nas cenas, situações e falas das personagens, passando a idéia para o público de que a sua aparição foi uma opção do autor. Nesses casos, então, há que se ter ética, bom senso e escrúpulos, para não se divulgar produtos serviços, conceitos, juízos ou hábitos condenáveis ou maléficos, pois nessa hora, por não perceberem que se trata de publicidade, as pessoas estão muito mais vulneráveis e fáceis de serem persuadidas. O paradoxal sobre merchandising, aqui no Brasil, é que o Código de Defesa do Consumidor no seu artigo 36 diz: “A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal”. Quer dizer, se o 46 merchandising for feito da forma correta, é ilegal e o anunciante estará sujeito a penalidades! Para o mercado publicitário o merchandising também tem dois grandes problemas: 1º- Um comercial tradicional, ao contrário do merchandising, é parte de uma campanha – que por sua vez é baseada em objetivos, estratégias, linha temática – e é pensado, criado, produzido, a partir do plano de marketing do anunciante, que, quando bem-feito e criativo, faz o público gostar dele e do produto. 2º- Por não ter quase nada disso, o merchandising dificilmente é eficaz para construir, fortalecer e criar conceitos e identidade para a marca. E é péssimo para o desenvolvimento e valorização do mercado publicitário – ninguém premia e nem elogia merchandising bem-feito, mesmo porque merchandising bem-feito não é percebido. 4.2 - O merchandising no cinema Vários produtos fizeram, durante anos, merchandising no cinema e, por ter sido bem-feito, o público nunca chegou a perceber que se tratava de cenas inseridas no roteiro mediante verbas de publicidade. As pessoas notam que se trata de cenas pagas pelas marcas, quando as situações forçadas ficam evidentes. Ou quando a quantidade de produtos inseridos no roteiro deixa claro que não se trata de meras coincidências. Embora o preço de uma participação de merchandising (que pode conter mais de uma cena) é muito baixo em relação ao custo total do filme, e menos ainda, em relação ao seu lucro estimado, a soma de vários anunciantes pode representar uma boa parcela do orçamento total do filme. Várias grandes produções de Hollywood foram produzidas graças às polpudas verbas de merchandising, como nos casos de Minority Report, que teve 31% do seu custo total bancado por merchandisings, e 007 – Um Novo Dia para Morrer que teve 42 % (veja detalhes a seguir). Se houvesse um Oscar para o maior merchandising do cinema, sem dúvida ele seria do O Náufrago, com o rei do merchandising, Tom Hanks. O filme é simplesmente um merchandising de 143 minutos da FedEx, com um pouco menos de tempo da Wilson