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Resumo Direito Penal I

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Disciplina de Direito Penal – anotações do caderno
Fontes do Direito Penal
Conceito
Fonte Material  Art. 22 CRFB/88.
Fonte formal
Direta
Analógica
Indireta
Costumes
Contra legem
Praeter legem
Secundum legem
Princípios Gerais do Direito
Atos Administrativos
Jurisprudência
Princípios
Princípio da legalidade  Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
Principio da anterioridade  Art. 1º do CP e art.5º da CRFB/88 inc. XXXIX. Quando ocorre a conduta criminosa antes da existência da norma penal, assim sendo, não será punível tal conduta.
Princípio da Inocência / culpabilidade / princ. da não culpabilidade  Ninguém será considerado culpado senão por sentença condenatória penal com trânsito em julgado.
Trânsito em julgado  o processo findou-se, não havendo mais possibilidade de recurso.
Princípio da intervenção mínima  O estado deve interferi, penalmente falando, o mínimo possível nas relações pessoais.
Ultima ratio  O Direito Penal deve ser o último ramo do direito a ser utilizado na conduta humana.
Princípio da insignificância/bagatela  A análise da insignificância do bem jurídico frente a relevância que possui para o agente criminoso e para a vítima, aliado com a reprovação social do ato poderá gerar o princípio da insignificância.
Adequação social  Art. 229 do CP  ocorre quando a sociedade passa a tolerar/aceitar determinadas condutas, portanto, sendo desnecessária a criminalização.
Fragmentariedade  Análise compartimentada da conduta  É a verificação da conduta humana frente a fragmentos (artigos) da lei penal.
Proporcionalidade  Trata-se da equação lógica da conduta humana com a repressão estatal (Direito Penal).
Ampla defesa  É a oportunidade do acusado reaver-se de todos os meios e provas a seus favor.
Contraditório  é quando o acusado tem a chance de contrapor o que a acusação diz sobre sua conduta  É a oportunidade da defesa contrapor o alegado pela acusação.
In dubio pro reo  Na dúvida, a decisão deve ser em favor do réu.
Teoria da norma
Lei Penal no Tempo  trata-se da sucessão de leis ao longo do tempo.
Princípio tempus regit actum  É a regra da lei penal no tempo  Aplica-se, em regra, a lei do tempo do fato.
Princípio da retroatividade  Esse princípio constitucional determina que a lei mais benéfica sempre irá retroagir ao tempo do fato.
Princípio da irretroatividade  Determina que a lei jamais irá retroagir em prejuízo do réu.
Princípio da ultratividade  Ocorre quando a lei penal mais benéfica passa a ter uma sobrevigência em relação a lei mais gravosa ao réu.
Lei intermediária  É a lei que é mais benéfica ao réu em relação a lei anterior e, também, mais benéfica em relação a lei posterior. Desta forma, em relação a lei anterior, aplica-se o princípio da retroatividade e, em outro momento, em relação à lei posterior, aplica-se o princípio da ultratividade.
A doutrina minoritária entende não ser possível a aplicabilidade de dois princípios para uma única lei.
Lei Penal temporária e excepcional  A lei temporária é aquela editada pra momentos de anormalidades no país. Terá a sua vigência pré-estabelecida no teto da sua edição.
A lei excepcional também é editada pra momento de anormalidade no país. A sua vigência será no prazo que durar a anormalidade que lhe deu causa.
Diferença da lei temporária para a lei excepcional A diferença entre a lei temporária e a lei excepcional encontra-se na vigência. Enquanto que na primeira o prazo é estabelecido, na segunda será o prazo da anormalidade que lhe deu causa.
Lei penal temporária e excepcional no tempo  Sobre o tema, tem-se duas correntes doutrinárias, a saber: a doutrina majoritária entende que aplicar-se-á princípio da retroatividade em benefício do réu, para os fato cometidos na vigência da lei temporária ou excepcional. O fundamento jurídico para referida corrente doutrinária encontra respaldo na relevância das leis, pois, como se sabe, a lei infraconstitucional não pode sobrepor a constituição da República.
A corrente doutrinária minoritária entende que não se aplica o princípio da retroatividade, nesse caso, por conta da previsão expressa no art. 3º do CP. Sobretudo porque não há motivo pra editar uma lei se essa terá um reduzido lapso temporal de duração.
Conjugação de leis  Sobre o tema, a doutrina diverge da jurisprudência, a doutrina entende que é perfeitamente possível retroagir parte de uma lei e ultragir parte de outra lei, sempre em benefício do ré. Sustenta tal fundamentação relatando que se é possível retroagir bem como ultragir uma lei inteira, é possível assim fazer com partes das leis, pois, quem pode o mais, pode o menos. A jurisprudência entende que não é possível reunir parte de uma lei com parte de outra lei, ainda que em benefício do réu. Se assim for, estaria o poder judiciário legislando, posto que estaria criando uma 3ª lei.
Desta forma, ocorreria uma quebra na separação dos poderes.
Lei penal no tempo e súmula 711 do STF  A súmula 711 do STF relata que no crime continuado e no crime permanente aplicar-se-á a lei penal mais gravosa.
Crime permanente é aquele em que a conduta humana alonga-se no tempo. Ex.: sequestro.
Crime continuado é uma forma de concurso de crimes e encontra-se no art. 71 do CP.
Ocorre quando as condutas são realizadas nas mesmas circunstâncias de tempo (para a doutrina, até 3 meses, para a jurisprudência, até 30 dias, entre uma conduta e outra), lugar (que ocorram na mesma microrregião), que os crimes sejam de mesma espécie (aqueles dentro do mesmo título do CP), por fim, que tenha a mesma maneira de execução.
Desta forma, no que se refere ao crime permanente, a doutrina não tem divergência relevante com a jurisprudência.
Todavia, a aplicabilidade da Súmula 711 do STF dos crimes continuados, a doutrina e a jurisprudência divergem veemente. A doutrina entende que a súmula é inconstitucional pois fere o princípio da irretroatividade da lei penal, constante na CRFB/88. A jurisprudência, por sua vez, entende que a aplicabilidade da súmula é possível, pois, o crime continuado é uma ficção jurídica, onde um crime é tido como continuidade do anterior.
Conflito aparente de normas
Princípio da absorção ou consunção  ocorre quando existe um crime-meio necessário ou esse é fase norma pra o crime-fim. Desta forma, o crime fim absorverá o crime-meio.
Ex.: Art. 150 e 155 (Quando o furto ocorre no interior da residência)
Princípio da especialidade  Quando duas normas trazem os mesmo dizeres, porém, uma traz “algo a mais”. Esse “algo a mais” trata-se da parte especial, assim sendo, quando ocorrer um fato que traga um aparte específica, afasta-se a norma geral e aplica-se a que possuir a parte especial. 
Ex.: Art. 155 e art. 157 do CP.
Princípio da subsidiariedade  Quando um crime é elemento para um crime-fim, mas não é meio necessário ou fase normal para aquele, tem-se o crime subsidiário, se com a conduta, atingiu o crime-fim, o crime subsidiário será afastado, porém, caso contrário, o agente responderá apenas pelo crime subsidiário.
O crime subsidiário poderá ser expresso, quando a lei o define, ou implícito.
Lei penal no espaço
Territorialidade aplicar-se-á a lei penal brasileira a todos os fatos ocorridos dentro do território nacional, independentemente de quem pratique ou sofra a conduta criminal.
Entende-se como território nacional as medidas terrestres através de do georreferenciamento; se tratando do espaço aéreo será adotada a teoria da coluna atmosférica imaginária erguida no georreferenciamento, quando se refere à medida marítima, serão até 12 milhas para efeito penal e até 200 milhas para efeito comercial. Se for a divisão através de rios, adota-se a linha imaginário longitudinal no meio do rio.
É importante lembrar que os navios e aeronaves do setor público serão considerados como extensão do território nacional.
Ressalta-se ainda, a teoria da bandeira, ou seja, nas águas ou espaço aéreo internacional será aplicada a lei penal do país que a aeronave ou a embarcaçãoprivada ostentar a bandeira.
Princípio da extraterritorialidade ativa  aplicar-se-á a lei penal brasileira nos casos em que o brasileiro cometer um crime no estrangeiro.
Extraterritorialidade passiva  aplicar-se-á a lei penal brasileira nos casos em que o em que o brasileiro for vítima de crime dora do território nacional.
Extraterritorialidade condicionada  Aplica-se a lei penal brasileira nos crimes contra a vida ou a liberdade do presidente da República, ainda que fora do território nacional.
Lugar do crime  no que e refere o lugar do crime, o código penal adota a aplicabilidade na nossa norma tanto para o lugar onde se deu a conduta, como para o lugar onde se deu o resultado  ubiguidade.
Lei penal em branco  Quando uma norma necessita de outra norma para complementá-la, tem-se a norma penal em branco.
Prazo penal  O prazo penal leva-se em conta o primeiro dia e exclui-se o último dia. Tratando-se de prazo processual, exclui-se o primeiro dia e inclui-se o último.
Teoria geral do delito/crime
O conceito analítico de crime encontra-se na primeira parte da lei de introdução ao código penal.
Teoria causal Para essa teoria, dolo e culpa são estudados na culpabilidade e bastava a conduta humana que modificasse o mundo exterior, para considerar-se crime.
Teoria neocantista ou neocausal  também estudada dolo e culpa na culpabilidade, porém realizava uma análise psicológica do ser para entender a vontade de sua conduta.
Teoria finalista da ação  A exemplo das duas outras teorias, considera-se crime o fato típico, antijurídico e culpável. Verifica-se a parte psicológica do ser e passou a analisar dolo e culpa no tipo penal.
Dentro da teoria finalista da ação, surgiram as teorias bipartite, tripartite e quadripartite. Para a teoria bipartite, o crime é considerado como fato típico e antijurídico, sendo a culpabilidade e a punibilidade, consequências do delito. A teoria tripartite considera como crime o fato típico, antijurídico e culpável, sendo a punibilidade a consequência lógica do delito. A teoria quadripartite considera como crime o fato típico, antijurídico, culpável e punível. Adota-se a teoria tripartite.
Fato típico, é a moldura abstrata da lei, ou seja, o que está descrito na norma.
Conduta  é toda ação ou omissão humana que interessa para o direito penal.
Dolo direto  é a consciência e a vontade que o sujeito ativo possui para a prática do crime
Dolo eventual  Ocorre quando o agente assume o risco de produzir o resultado que é previsível mas não desejável, ou seja, o autor do fato não abdica da sua conduta.
Culpa própria  A inobservância no dever de cuidado de agir, por imprudência, negligência ou imperícia, gerando um resultado previsível, mas não desejável.
A imprudência é o ato de realizar uma conduta não esperada.
Negligência é o deixar de realizar algo que deveria ser realizado. 
A imperícia é a fata de habilidade técnica para aquele ato.
Culpa inconsciente ocorre quando o agente não prevê o resultado, apesar de previsível.
Culpa consciente ocorre quando o agente acredita fielmente que o resultado não irá acontecer, apesar de previsível e não desejável. A pessoa acha que jamais vai acontecer.
Culpa imprópria  quando o agente deseja o resultado, porém, o resultado ocorre diverso daquele pretendido, pois o agente estava em erro.
Resultado  trata-se da ocorrência que possui relevância para o direito penal, através de uma conduta dolosa ou culposa.
Teoria das equivalências (sine qua non) essa teoria analisa a conduta que gerou resultado relevante para o direito penal.
Teoria limitada das equivalências  o estado desta teoria limita-se ao desdobramento lógico entre a conduta e o resultado lesivo.
Nexo de causalidade  é o elo de ligação entre a conduta e o resultado.
Causa e concausa relativamente independentes  são aquelas que possuem soma de energias, portanto o agente responderá pelo resultado final.
Causa e concausa relativamente independentes preexistentes  Quando o infrator antecede a conduta humana e a aliada a essa, torna-se o resultado final. Assim sendo, havendo a soma de energia, o agente responde pelo resultado final.
Causa e concausa relativamente independentes concomitantes → neste caso a conduta humana ocorre no mesmo instante que outro fato. Havendo soma de energias, o agente responde pelo resultado final.
Casa e concausa relativamente independentes superveniente → quando a conduta humana ocorre antes de um outro fato que aliando àquela tem-se o resultado final. Assim, o agente responde pelo resultado final.
Causas e concausas absolutamente independentes → são aquelas que não possuem soma de energia. Havendo uma ruptura do nexo de causalidade. Desta forma, o agente responde apenas pelo ato já pratica e não pelo resultado final.
Assim como as causas e concausa relativamente independentes, as absolutamente independentes podem ser preexistentes, concomitantes ou supervenientes. Diferem-se por conta das somas de energias.
Tipicidade é a conduta humana consoante ao que está escrito na lei.
Tipicidade formal ocorre quando a conduta humana encontra eco na legislação, ou seja, encontra enquadramento.
Tipicidade material é a verificação da conduta humana frente a norma e a análise do móvel dessa conduta humana.
Tipicidade conglobante é a análise da conduta humana e a verificação se não há no ordenamento jurídico algum outro dispositivo permissivo ou incentivador daquela conduta.
Antijuricidade → é a conduta humana contrária à lei.
Excludente de antijuricidade → estado de necessidade → encontra-se em estado de necessidade quem promove uma ação pra salvar-se de perigo atual que não deu causa e nem poderia evitar.
O estado de necessidade poderá ser justificante quando o bem jurídico protegido possui maior relevância do que o bem jurídico agredido.
Ocorre estado de necessidade exculpante quando o bem jurídico protegido tem igual relevância do que o bem jurídico lesado.
Legitima defesa própria ou de terceiros → ocorre quando tem-se uma “reação” a uma injusta agressão, atual ou iminente, utilizando-se de meios adequados e moderados.
Legítima defesa putativa → ocorre quando o agente encontra-se em erro, acreditando que irá sofrer uma injusta agressão. Assim sendo, reage com meios adequados e moderados a essa injusta agressão.
Legítima defesa recíproca → Quando as ações são mútuas, ou seja, injustas a agressões, não há que se falar em legítima defesa.
Legítima defesa sucessiva → quando o agressor inicial tem contra si a reação do agredido, contudo, o agredido que inicialmente encontrava-se em legítima defesa utilizava-se de meios imoderados, passa-se portanto a ser o agressor e o agressor inicial poderá, então, agir em legítima defesa.
Exercício regular do direito → quem atendendo os molde regulatórios, exercendo a atividade de forma lícita, possuirá tal excludente de antijuricidade.
Estrito cumprimento do dever legal -quando o estado determina aquela conduta legalmente, o agente que a cumpre, de forma estrita, estará acobertado por esta excludente.
Culpabilidade é a reprovabilidade social da conduta humana contraria a lei.
Teorias da culpabilidade
Psicológica → verifica-se o momento do fato. É a analise do entendimento ilícito do agente.
Biológica → é a analise cronológica. Estuda se no momento do fato o agente conseguia compreender as consequências da sua conduta.
Teoria Biopsicológica → Se no momento do fato, o agente era inteiramento capaz de compreender a ilicitude da sua conduta, bem como compreender as consequências da mesma. Caso não seja, ele será inimputável.
O ordenamento jurídico brasileiro adotou como regra a teoria biopsicológica e coo exceção a teoria biológica.
A paixão e a emoção não excluem a punibilidade.
A emoção é a descarga de sentimento enquanto a paixão é a emoção no estado crônico.
Em regra, a embriaguez não exclui a culpabilidade.
Embriaguez voluntária (não acidental) culposa → Neste caso, o agente deseja fazer uso da substância, porém, não deseja embriagar-se, o que ocorre por inobservânciado agir.
Embriaguez voluntária (não acidental) dolosa → o agente deseja fazer o uso da substância, deseja embriagar-se.
Obs.: Tanto a embriaguez voluntária dolosa quanto a embriaguez voluntária culposa, não excluem a culpabilidade.
Embriaguez involuntária (acidental) → por caso fortuito ou força maior → ocorre a embriaguez por caso fortuito quando é proveniente de força da natureza e por força maior, através de conduta de terceiros. Tem-se a embriaguez completa quando o agente perde totalmente a percepção da sua conduta.
Se a embriaguez for involuntária e completa, ocorre a exclusão da culpabilidade.
Embriaguez preordenada → ocorre quando o agente faz uso da substância com desejo de encorajar-se para cometer o ato delituoso.
Embriaguez patológica → Decorre da dependência psicoativa e se for completa, exclui a culpabilidade.
Inter Criminis
Inter criminis → trata-se do caminho do crime.
Cogitação → Trata-se da fase interna, quando o agente “pensa” no criem que pretende praticar. Essa fase é impunível.
Preparação → Uma vez cogitado o delito, o agente reúne os meios necessário para a prática do crime. Assim como na cogitação essa fase também é impunível.
Execução → início do ato criminoso.
Tentativa → encontra-se no art. 14 do CP.
Ocorre quando o crime não se consuma por circunstâncias alheira a vontade do agente.
Todo crime material admite tentativa. Em regra, o crime formal não admite tentativa, salvo, se o crime formal for plurisubsistente.
Desistência voluntária → quando o agente desiste voluntariamente de prosseguir na sua conduta criminosa. A desistência deverá ser voluntária, mas não precisa ser, necessariamente, espontânea. Havendo a desistência voluntária, o agente responderá apenas pelo ato já praticado. Art. 15, 1ª parte do CP.
Arrependimento eficaz → Neste caso, o agente utilizando dos meios escolhidos para o crime, pratica a conduta, contudo, após arrepender-se do fato, evita o resultado final. Obs.: É necessario que o arrependimento seja eficaz. Assim como na desistência voluntária, o arrependimento punirá o ato já praticado.
Arrependimento posterior → Uma vez consumado o delito, se o agente repara o dano ou restituir a coisa e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça contra a pessoa, o magistrado reduzirá a pena de um terço a dois terços. A reparação do dono deverá ocorrer até o recebimento da denúncia.
Crime impossível → Torna-se impossível pratica o delito por absoluta ineficácia do meio ou por absoluta impropriedade do objeto. Não há punibilidade.
Consumação → considera-se consumado o crime quando este reúne todos os elemento do tipo penal. 
Exaurimento → é o algo a mais que ocorre no crime já consumado, isto é, trata-se do efeito do crime.
Classificação doutrinária dos crimes
Crime material → ocorre quando o resultado acontece em momento diverso da conduta humana. Sempre admite a tentativa.
Crime formal → Quando o resultado acontece no mesmo instante que a conduta humana. Em regra, não admite a tentativa, salvo se o crime for formal plurissubsistente.
Crime unissubsistente → Quando não é possível o fracionamento da conduta humana no inter criminis. Art. 147 do CPC.
Crime plurissubsistente → É aquele em que ocorre o fracionamento da conduta humana no inter criminis.
Crime unissubjetivo → é necessário para o cometimento do crime apenas uma pessoa.
Crime plurissubjetivo → para o cometimento do crime são necessárias duas pessoas ou mais.
Crime comum → É aquele que qualquer pessoa poderá cometê-lo bem como qualquer pessoa poderá ser vítima.
Crime próprio → É necessário que para sua ocorrência o agente tenha uma condição especial.
Crime de dano/resultado → obrigatoriamente a conduta humana deve alcançar o resultado pretendido para o crime se consumar.
Crime de perigo → Tem-se o crime de perigo quando a possibilidade de gerar um dano ao bem jurídico protegido é suficiente para para consumar o crime.
A jurisprudência entende que a mera possibilidade de gerar dano é suficiente para caracterizar o delito.
Crime de perigo abstrato → a doutrina entende que o perigo deve ser concreto, ou seja deve haver real perigo do dano jurídico protegido. Ex.: art. 130 do código penal.
Crime culposo → é a inobservância no dever de cuidado de agir, por impudência, negligência ou imperícia, atingindo um resultado previsível, mas não desejável. Ex.: art. 129 do CPB §6 do CPB.
Crime doloso → Ocorre quando o agente age com consciência e vontade ou assume o risco de produzir o resultado.
Crime preterdoloso → Dolo + culpa = preterdoloso. Ocorre quando existe dolo na conduta antecedente e culpa no consequente, e culpa no consequente, isto é, o resultado foi além daquele pretendido. Ex.: Art. 129§ 3 do CPB.
Crime habitual → Requer reiterações de atos para consumar o delito. Ex.: art. 229 do CPB.
Superioridade hierárquica → a superioridade hierárquica ocorre quando o inferior hierarquicamente falando executa uma ordem do seu superior.
Se a ordem não for manifestamente contrária à lei, o inferior hierárquico terá uma excludente de culpabilidade. Mas o superior poderá ser responsabilizado penalmente.
A doutrina moderna entende que o instituto poderá ser extensivo ao setor privado, em decorrência da vulnerabilidade do funcionário.
Coação moral irresistível –> ocorre a coação moral irresistível a violência psicológica. Irresistível quando o coagido perde sua livre manifestação de vontade.
Assim sendo, o coagido terá uma excludente de culpabilidade, porém, o coator será punido.
Se a coação moral for resistível, o coator e coagido, serão punidos, porém, esse último com redução de pena.

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