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Introdução ao Direito Constitucional

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Direito Constitucional
Aula 2
email: monitoriacouto@gmail.com
Monitores:
Amanda
Matheus
Tatiane
José
Loana
Na aula passada eu estava fazendo a descrição entre direito público e privado. Nós estavamos no direito constitucional.
Começamos o programa que no primeiro período estudaremos TGE, que é a evolução do estado até os dias de hoje e o surgimento
do direito constitucional.
Conceito do direito de manifestação do poder e quem tem o poder elabora a norma jurídica e a luta da sociedade humana é para
que o direito represente o interesse da sociedade, mas isso nem sempre acontece. Distinguimos legalidade e legitimidade e 
a dicotomia entre a força do direito e o direito da força. Além disso, vimos o conceito de norma jurídica, a coercibilidade
qie se materializa nas penalidades e falamos sobre o nexo psicológico da norma jurídica. Ainda, falamos sobre as fontes do
direito, as fontes diretas, lei e costume, e as indiretas, a doutrina e a jurisprudência. Distinguimos o Direito Público e
o Privado, muito criticada pela doutrina, onde se fala que o Estado tem muita presença na norma jurídica e dificulta a distin
ção entre o público e privado, o que o professor concorda, porém, essa divisão ajuda no estudo do direito.
No direito público, o Estado é interveniente da norma jurídica. E começamos a falar do direito constitucional, onde o estado
é o garantidor do direito constitucional, pois o estado garante direitos e deveres da cidadania, por isso, ele é participante
do direito constitucional.
Já conceituando o direito constitucional, ele é a moldura da ordem jurídica, pois estabelece tudo aquilo que tem e não tem
legalidade. Ele tem influência nos outros ramos do direito, pois ele establece os princípios que devem ser observados por
esses outros ramos do direito, interferindo nos mesmos. O direito penal, por exemplo, que tem institutos jurídicos garantidos
pelo DC, como o tribunal do juri, instituto desenvolvido pelo direito penal, mas descrito pelo direito constitucional. Por
isso, há grande discussão sobre a manutenção do tribunal do juri, que julga casos dolosos contra a vida.
Com isso, mostra que o DC interfere com princípios gerais dos outros ramos do direito. Todas as vezes em que há homicídio ou
tentativa, ele será julgado pelo tribunal do juri, que examina esses casos dolosos contra a vida, não só no caso do homicídio,
também é julgado no tribunal do juri o aborto, que é crime, também contra a vida.
Casos dolosos são aqueles quando há o ânimo deliberado de praticar o delito. No crime doloso há o dolo eventual é, por exemplo
como se o mike tyson te desse um soco, onde o soco não tinha intenção de matar, mas que poderia levar a isso. Como também
tentar testar uma arma atirando pela janela e atinge alguém por acidente, pois não há intenção de matar, mas se assume o risco
de praticar essa eventualidade. Logo, o dolo não é apenas o dano, mas também assumir o risco pelo fato. Como outro exemplo
dirigir bêbado e atropelar alguém, pois alguém nessa situação assume o risco desse tipo de acidente.
O crime no Brasil ou é doloso ou culposo. A culpa é a ilicitude onde não há o ânimo de praticar o delito. Na culposa, têm-se
três itens, a negligência, a imprudência, imperícia. A culpa é uma trilogia, onde há três tipos de possibilidade de culpa.
A negligência normalmente é definida como deixar de fazer alguma coisa. O exemplo básico que a doutrina dá por culpa por negli
g~encia é como aquela pessoa que tem o contrato de cuidar de minha mãe e ela não dá o cuidado devido, acarretando em dano
à mãe. Ela agiu negligentemente esquecendo o horário do remédio. O médico que se leva uma pessoa com alguma infecção que
negligencia um certo exame, sendo negligente. É um ato omissivo, mas há negligência sem ser um ato omissivo, como o do mé
dico, onde houve falta de empenho
Imperícia é falta de capacitação técnica para fazer uma certa ação, como um médico que faz uma cirurgia plástica sem a quali
ficação para isso e causa dano à pessoa. Ele foi imperito, não tinha capacitação técninca para isso. Outro exemplo é um
mecânico que não tem capacitação para consertar freio e o faz.
Imprudência é, como exemplo, entrar na curva da são francisco xavier a 90km/h, o carro derrapa e atropela-se alguém na cal
çada. A imprudência é não tomar cuidado nas suas ações, onde não se usa a "lei do rasoável".
A cada ação, tem que se analisar se é negligencia, imperícia ou imprudência. A pena culposa é menor que a pena dolosa.
Pergunta: Não é obvio a diferença da imprudência pro dolo eventual.
Resposta: Há cada vez mais cautela do MP a caracterizar um dolo eventual, por exemplo os jovens em brasília que colocaram
fogo no índio dormindo na calçada, pois o ânimo deles não era matar o índio, havia o dolo, mas não a culpa, mas há sempre
o movimento do MP em deslocar a indicação como dolo eventual. O promotor caracteriza como dolo e não como culpa.
O direito constitucional é o ramo do direito que trata princípios gerais de outros ramos do direito, pois estabelece direitos
e deveres da cidadania.
Pergunta: No caso da boate Kiss, os jovens ainda estavam esperando a decisão se era dolo eventual ou culposo.
Resposta: No meu ver, o direito é dialético, não há certezas absolutas. Nós temos que tomar cuidado, e eu tenho participado
de debates, em relação a opinião pública. Ela, às vezes, está ligada ao sindicato dos carrascos, e acha que colocando todos
na fogueira vai solucionar a ordem jurídica. Ela é tão perigosa entre jesus e o ladrão, a opinião pública colocou jesus
na fogueira. Ela é diferente da tecnicidade e do cientificismo. Não é o direito que é científico em sí, mas sim as ciências
sociais.
Pergunta: Diferença do dolo e da culpa
Resposta: Dolo é ânimo deliberado de praticar o delito, como o homicídio. No dolo eventual, não há ânimo, mas há risco e
ele ocorre,como no caso do tiro da janela. A culpa é onde não há ânimo mas se comete ou pode ocorrer delito, existe o dolo
eventual acima citado, ou não.
O exercício da advocacia não é um exercício de carmelitas descalças (freiras que não saem do convento), logo não tem como
só advogar para inocentes. Por mais cruel que seja essa observação, é o papel do advogado. O advogado não é o autor do delito
logo, não há quebra de ética.
O tribunal do juri é uma instituição política muito criticada, pois se alega que se utiliza muita emoção para defender um
cliente. Normalmente os advogados se dividem, onde um analisa o aspecto técnico e doutrinário, com jurisprudências, e o outro
vai emocionar o juri, mostrando ao julgadores o comportamento próprio na situação do réu. O direito brasileiro estabelece
que ninguém pode ser julgado criminalmente sem a presença de um advogado. Se o indivíduo não tem advogado, é encaminhado
um defensor público. Pela emotividade, se julga a capacidade em julgar crimes contra a vida. O professor é favorável.
O TJ é definido pelo direito constitucional, que diz que deve haver TJ contra os crimes contra a vida. Quem o regulamenta é
o DP.
O DC estabelece vários outros princípios, como o duplo grau de jurisdição, que diz que a pessoa deve ser julgado pelo menos
por dois juízes para ser condenado, logo a decisão sempre cabe recurso para outra instâncias. Mas isso não é absoluto, pois
como o STF é a última instãncia no poder judiciário, tendo duplo perfil, sendo a última instância e também uma corte consti
tucional. Ele pode ser a última instãncia do poder judiciário, mas não obrigatoriamente, pois pode terminar em instãncias
inferiores. Mas é corte constitucional, onde se discute se certa lei é ou não constitucional. No direito brasileiro, há uma
norma que estabelece que quando uma norma é publicada, pode haver contestação contra sua constitucionalidade.
Pergunta: Função do CNJ?
Resposta: O CNJ ocorreu porque os advogados diziam que o PJ não tinha controle sob suas decisões administrativas e suas de
cisões, logo foi criado o CNJ para apreciar as decisões do poder
judiciário e atestar sua legalidade e ética, tal como seu
funcionamento. É um controle sobre o poder judiciário. É um órgão disciplinador.
Sobre o duplo grau de jurisdição, é a qualidade que as partes não podem ser julgadas apenas uma única vez.
O mensalão foi direto para o STF pois a maioria dos acusados têm direito a serem julgados diretamente pelo STF, por isso, não
passaram pela primeira instância. Isso, na opinião do professor, é péssimo para os acusados, é um julgamento definição onde
o duplo grau de jurisdição não existe.
O duplo grau de jurisdição existe por conta do risco de se condenar um inocente. O individuo só é condenado se houver a res
judicata (coisa julgada). A lei da ficha limpa, por exemplo, fere o conceito de res judicata, pois presume-se sanção à um
indivíduo sem ter sido coisa julgada.
O objetivo do direito penal não é a pena privativa da liberdade, mas sim tentar reparar o dano causado.
Nota Pessoal: O duplo grau de jurisdição é um direito subjetivo, pois a pessoa pode ou não acatar a uma decisão em primeira
instância, não há necessidade de se entrar com recurso. Direito subjetivo é o direito que a pessoa "tem direito" a ter, mas
pode optar ou não por utilizar.
Podemos então ver a importância do direito constitucional. Ele tem dois instrumentos jurídicos que todos ouvimos falar:
Habeas Corpus e o Mandado de Segurança.
O Habeas Corpus (ter corpo, em latim) se refere a uma figura jurídica para que o indivíduo tenha o próprio corpo. O DC estabe
lece direitos e garantias. No caso, o direito seria o de ir e vir, e a garantia é o próprio Habeas Corpus, estabelecida pelo
direito processual constitucional, que é como você garantirá o direito. Há o habeas corpus preventivo e suspensivo.
O Mandado de Segurança é uma determinação. Instrumento do direito administrativo que afeta direitos individuais que são
feridos pelo Estado.
Nota Pessoal: O mandado de segurança é um mecanismo constitucional que se aciona quando há infração de algum tipo em algum
direito previsto constitucionalmente que não seja enquadrado em outros remédios constitucionais.
O DC estabelece direitos e deveres da cidadania, tanto como a organização do estado, normas processuais para defender os
direitos (garantias constitucionais).]
Vimos também as diversas constituições que tivemos e vamos estudá-las a partir do segundo período.
O segundo ramo do direito público é o direito Penal. Ele é nitidamente direito público pois o Estado faz parte da relação
jurídica, é ele quem acusa quem pratica a ilicitude do delito penal, acusado pelo MP. Se ele quem acusa, faz parte da relação
do direito penal. O MP adiquiriu uma importância muito grande pois é o acusante do Direito Penal.

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