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Relação de Emprego

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RELAÇÃO DE EMPREGO 
O EMPREGADO 
O EMPREGADOR 
Universidade Federal de Minas Gerais 
Faculdade de Ciências Econômicas 
Instituições de Direito do Trabalho 
 
Profª Priscila Martins Reis 
 
 
 
 R E L A Ç Ã O D E T R A B A L H O 
RELAÇÃO DE EMPREGO 
R E L A Ç Ã O D E E M P R E G O 
Problemática: diferenças e confusão conceitual 
RELAÇÃO DE EMPREGO 
P 
P 
O 
NE 
S 
Caracterização: 
Pessoa física 
Pessoalidade 
Onerosidade 
Não eventualidade 
Subordinação 
Pessoa física: 
 
Pessoa física ! trabalho 
 
Pessoa jurídica ! serviço 
 
Tentativa de fraude 
Pessoalidade: 
 
Relevância do indivíduo 
 
Substituições 
 
Sucessão 
 
Inviabilidade da prestação 
 
 
Onerosidade: 
 
Contrapartida ao trabalho 
 
Foco: trabalhador 
Cuidado com confusões 
deste tipo! 
Não eventualidade: 
 
Noção aferida por exclusão 
 
Teorias 
 1) Teoria da descontinuidade 
 Não recepção pela CLT ( recusa do termo “continuidade”) 
 Trabalhadores domésticos – exceção (“natureza contínua”) 
 
 2) Teoria do evento 
 
 3) Teoria dos fins do empreendimento 
 
 
 4) Teoria da fixação jurídica 
 
Prática: combinação das teorias 
JURISPRUDÊNCIA: 
 
VÍNCULO DE EMPREGO. VIGILANTE. ATIVIDADE INTERMITENTE. NÃO 
EVENTUALIDADE. Considerando a peculiaridade da prestação laboral 
examinada, e tendo em vista a controvérsia acerca do conceito de não 
eventualidade, é necessária uma aferição convergente e combinada das distintas 
teorias em cotejo com o caso concreto, definindo-se a ocorrência ou não da 
eventualidade pela conjugação predominante dos diversos enfoques. Neste 
contexto, ainda que se admita que o reclamante trabalhasse em alguns dias da 
semana ou do mês, a intermitência, neste caso, não traduz eventualidade. Se a 
prestação é descontinua, mas permanente, deixa de haver a eventualidade, já que 
a descontinuidade da prestação de serviços não é fator determinante do trabalho 
eventual. Isto porque a jornada contratual pode ser inferior à legal, inclusive no 
que concerne aos dias laborados na semana. Contratado o reclamante para 
trabalhar como vigilante na segurança de diversos eventos nos finais de semana, e 
reunidos os demais elementos fático jurídicos da relação de emprego, mantém-se 
a r. decisão de primeiro grau que a reconheceu. 
01289-2010-020-03-00-2 RO 
Data de Publicação: 06/05/2011 
Subordinação: 
 
Vinculação ao poder diretivo 
 
Incidência: modo de realização do trabalho X pessoa do trabalhador 
 
Acepções 
 Clássica 
 Objetiva (fins do empreendimento) 
 Estrutural 
 
Complexidade do real – cumulação de acepções 
 
Subordinação X Assédio moral 
Art. 6o Não se distingue entre o 
trabalho realizado no estabelecimento 
do empregador, o executado no 
domicílio do empregado e o realizado 
a distância, desde que estejam 
caracterizados os pressupostos da 
relação de emprego. 
P a r á g r a f o ú n i c o . O s m e i o s 
telemáticos e informatizados de 
comando, controle e supervisão se 
equiparam, para fins de subordinação 
jurídica, aos meios pessoais e diretos 
de comando, controle e supervisão do 
trabalho alheio. 
Casos práticos: 
 
A) Filomena trabalha há dois meses em uma empresa de manutenção de ar 
condicionado, local em que recebe salário de R$ 900,00. Durante esse tempo, a 
moça compareceu diariamente ao local de trabalho, exercendo suas atividades de 
manutenção nos estabelecimentos ou nas residências dos clientes, conforme as 
determinações de sua patroa, que estipulava a lista diária dos locais a visitar e 
controlava seus horários de entrada e saída por meio de ponto eletrônico, além de 
fornecer uniformes semanalmente para o desempenho do trabalho e vez ou outra 
dar orientações quanto ao conserto dos aparelhos de ar condicionado. Muito embora 
gostasse do trabalho, Filomena se viu obrigada a pedir demissão, uma vez que toda a 
sua família está de mudança para outro estado. A obreira, que pouco conhece das 
leis trabalhistas, está agora em dúvida quanto à existência ou não do vínculo de 
emprego com a empresa em razão do pouco tempo em que lá laborou. 
 
Responda se: houve a formação do vínculo empregatício e, caso entenda que sim, 
destaque os elementos fático-jurídicos necessários à sua caracterização. 
 
 
 
B) Eduardo, jovem inteligente e esforçado, foi contratado por seu vizinho, Sr. 
Armando, proprietário de uma pequena oficina de reparos de bicicletas, com quem 
mantém, desde a mais tenra idade, grande afeto. Sr. Armando ajustou com Eduardo 
que ele lá trabalharia de segunda a sexta-feira, das 08:00 as 14:00h, com horário de 
almoço de uma hora, recebendo, para tanto, R$ 650,00. Eduardo trabalhou na 
oficina durante um ano e nove meses, cumprindo fielmente as determinações de 
seu chefe. Após esse tempo, Eduardo decidiu deixar o trabalho, pois pretendia 
buscar emprego na área de sua graduação, que acabava de completar. Ao indagar 
Sr. Armando sobre seus direitos trabalhistas, este teria lhe informado que não havia 
nada a lhe pagar, pois por ser mero pequeno proprietário, tratar Eduardo de 
modo amoroso (como verdadeiro filho) e conceder a ele jornada de trabalho 
bastante reduzida, não haveria que se falar em formação de relação de emprego. 
 
 
Responda se: Sr. Armando está ou não certo em suas afirmações. Caso entenda que 
está equivocado, indique os indícios da formação do vínculo de emprego. 
EMPREGADO RURAL 
 
 
Art. 7º, caput, CR/88: “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de 
outros que visem á melhoria de sua condição social”. 
 
Máxima aproximação – diferenças pontuais 
 
CLT (art. 7º) X Lei 5889/73 (aplicação subsidiária da CLT) 
 
 
Caracterização: 
Elementos caracterizadores da relação de emprego + 2 elementos especiais 
P&–&pessoa&-sica 
P&0&pessoalidade 
O&0&onerosidade 
NE&–&não&eventualidade 
S&–&subordinação 
+ 
P r e s t a ç ã o& d e& s e r v i ç o s& a&
empregador&rural 
Em& propriedade& rural& ou& prédio&
rús?co 
Empregado urbano Trabalhador rural 
Empregado rural 
Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em 
propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de 
natureza não eventual a empregador rural, sob a 
dependência deste e mediante salário. 
1-Trabalho para empregador rural: 
 
Irrelevância do tipo de trabalho exercido 
 
A exceção da OJ 38 da SDI-I, TST 
 
 
2- Local de trabalho: 
 
Imóvel rural 
 
Prédio rústico 
 
 
Critério anterior: 
 
Método de trabalho e finalidade do trabalho 
 
Dificuldades 
 
 
OJ-SDI1-38 EMPREGADO QUE EXERCE 
A T I V I D A D E R U R A L . E M P R E S A D E 
REFLORESTAMENTO. PRESCRIÇÃO PRÓPRIA 
DO RURÍCOLA.-O empregado que trabalha em 
empresa de reflorestamento, cuja atividade está 
diretamente ligada ao manuseio da terra e de 
matéria-prima, é rurícola e não industriário, nos 
termos do Decreto n.º 73.626, de 12.02.1974, art. 
2º, § 4º, pouco importando que o fruto de seu 
trabalho seja destinado à indústria. Assim, 
aplica-se a prescrição própria dos rurícolas aos 
direitos desses empregados 
Caracterização do empregador rural: 
 
Lei 5889: 
Art. 3º - Considera-se empregador rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou 
jurídica, proprietária ou não, que explore atividade agro-econômica, em caráter 
permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de 
empregados. 
 
 § 1º Inclui-se na atividade econômica, referida no "caput" deste artigo, a exploração 
industrial em estabelecimento agrário não compreendido na Consolidação das Leis do 
Trabalho. 
§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade 
jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda 
quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou 
financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de 
emprego. 
Art. 4º - Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica que, habitualmente, 
em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute serviços de natureza agrária, 
mediante utilizaçãodo trabalho de outrem. 
Atividade agropecuária: atividade agrícola, pecuária ou agroindustrial 
 
Casos complexos (Hotel fazenda; Fazenda para visita e Grandes empresas de 
produtos agropecuários) 
Possível parâmetro – Decreto 73.626/74: 
 
Art. 2º: 
§ 3º Inclui-se na atividade econômica referida no caput deste artigo a exploração industrial em 
estabelecimento agrário. 
§ 4º Consideram-se como exploração industrial em estabelecimento agrário, para os fins do 
parágrafo anterior, as atividades que compreendem o primeiro tratamento dos 
produtos agrários in natura sem transformá-los em sua natureza, tais como: 
I - o beneficiamento, a primeira modificação e o preparo dos produtos 
agropecuários e hortigranjeiros e das matérias-primas de origem animal ou 
vegetal para posterior venda ou industrialização; 
II - o aproveitamento dos subprodutos oriundos das operações de preparo e 
modificação dos produtos in natura, referidas no item anterior. 
§ 5º Para os fins previstos no § 3º não será considerada indústria rural aquela que, operando a 
primeira transformação do produto agrário, altere a sua natureza, retirando-lhe a condição de 
matéria-prima. 
Direitos do empregado rural - comparativo 
TRABALHADOR)URBANO& TRABALHADOR)RURAL&
DESCONTOS)
)
)
)
)
)
)Regra&geral:&VEDAÇÃO&
Limite:&
&70%&do&salário0base&
&25%&do&salário0base&!&moradia&
&20%&do&salário0base&!&alimentação&
&
&
Hipóteses:&
10Adiantamento&
20Previsão&legal&
30Determinação&judicial&
40Dano&causado&dolosamente&
50Dano& culposo& (previsão& no& contrato& ou& & em&
outro& instrumento& norma?vo).& Jurisprudência:&
Culpa&GRAVE&(Princípio&da&Alteridade)&
60U?lidades& contra0presta?vas& (exceção:&
u?lidades&legais)&
70Previsão& em& Acordo& ou& Convenção& Cole?va&
(sindicalizados)&
Limite:&&
20%&salário&mínimo&!&moradia&
25%&salário&mínimo&!&alimentação&
&
&
&
Hipóteses:&
10Adiantamento&
20Previsão&legal&
30Determinação&judicial&
H O R Á R I O)
NOTURNO&
22:00&–&05:00h&
&
Pecuária:&20:00&–&04:00h&
Agricultura:&21:00&–&05:00h&
HORA)NOTURNA& 52´:30´´&
&
7h&de&relógio&que&equivalem&a&8h.&
52`&30``&x&8&=&7h&
60´&0&não&há&hora&ficta&
A D I C I O N A L)
NOTURNO&
20%&
&
Obs.&O&adicional&será&prorrogado&se&laborar&a&
totalidade&do&horário&(Sum&60,&II,&TST)&
25%&
&
Obs.&O&adicional& será&prorrogado&se& laborar&
a&totalidade&do&horário&(Sum&60,&II,&TST)&
AVISO)PRÉVIO& Redução&2h/dia&&&&&ou&
Redução&de&7&dias&
1&dia&por&semana&
I N T E R V A L O)
INTRAJORNADA&
1h&–&2&h& De&acordo&com&os&usos&e&costumes&da&região&
V A L E)
TRANSPORTE&
Sim& Não&
PRESCRIÇÃO& 5&anos,&&com&limite&de&2&após&fim&do&contrato.& 5& anos,& & com& limite& de& 2& após& fim& do&
contrato.&
Obs.&Até&28/05/2000& (antes&da& EC&28/00)& o&
critério&era&o&da& imprescri?bilidade&durante&
o&contrato,&com&limite&de&2&após&findo.&
Trabalho intermitente – art. 6º 
Casos práticos: 
 
A) Artur trabalhou como capinador em uma grande fazenda de Divinópolis/MG 
desde 2005, onde era realizado o plantio de cana-de-açúcar. Sua ocupação diária 
era pesada, trabalhando do amanhecer ao entardecer, mediante controle atento do 
dono da fazenda e de seus prepostos, e recebendo retribuição mensal na quantia de 
R$ 1.100,00. Ao decidir largar os trabalhos na roça para se empregar na nova 
fábrica instalada na cidade, pediu ao seu patrão, Frederico, que lhe pagasse 
proporcionalmente o valor dos dias trabalhados no último mês. Joana, sua prima 
da cidade, em uma conversa informal pelo telefone, se surpreendeu com o fato de 
Artur ter recebido tão somente seus salários ao longo de todos os anos de trabalho 
e aconselhou-o a procurar alguém mais experiente. 
 
Pergunta-se: Partindo do pressuposto de que seriam devidas outras verbas a Artur 
apenas caso ele trabalhasse na condição de empregado (férias anuais remuneradas, 
13º, adicional de hora extra, etc.), será que ele deveria ter recebido outras verbas 
por ocasião de sua demissão? Caso a resposta seja afirmativa, explicite os 
elementos necessários à formação do vínculo empregatício, destacando se no caso 
trata-se de empregado rural ou urbano. 
B) Em uma noite de quinta- feira, Amâncio, empregado rural, vai a um bar no 
centro da cidade de Montes Claros/MG para beber e desabafar as mágoas que ora 
guardava em razão do trabalho pesado e mal remunerado que exerceu por 7 anos na 
Fazenda Enxadão. Amâncio escolhe você para que escute seu desabafo e lhe relata 
os seguintes fatos: Trabalhava de segunda a sexta-feira, de 19:00 as 04:00 da 
manhã, vigiando as vacas (devido a uma série de ataques noturnos ao gado) e 
cuidando do pasto, recebendo para tanto o salário invariável de R$800,00, 
devidamente anotado em sua CTPS. Possuía um intervalo de repouso acima da 
média local, descansando por uma hora e meia (as 23:00h). Como residia num 
barracão nos fundos da Fazenda e se alimentava no refeitório improvisado na área 
de preparo dos queijos, seu patrão lhe descontava todo mês 30% do seu salário base 
para pagar as despesas com a moradia e 35% do valor de um salário mínimo para 
cobrir as despesas com alimentação. Além disso, reclamou que, no último mês, o 
patrão havia lhe descontado R$ 200,00 em razão da quebra de uma bandeja de 
copos no refeitório, consequência de um desmaio que lá sofreu em virtude do 
problema de pressão que possuía e era conhecido pelo patrão. 
 
Pergunta-se: O patrão de Amâncio procedeu do modo correto? Amâncio pode 
buscar na justiça alguma verba? Se sim, ele dispõe de quanto tempo para isso? 
EMPREGADO DOMÉSTICO 
A lei que rege o trabalho doméstico é a Lei nº 5859/72 
Caracterização: 
 
Elementos caracterizadores da relação de emprego (1 com especificidade = 
continuidade) + 3 elementos especiais 
 
P – pessoa física 
P - pessoalidade 
O - onerosidade 
NE – não eventualidade ! continuidade 
S – subordinação 
&
 
+ 
Finalidade não lucrativa dos serviços 
Prestação em benefício de pessoa física ou família 
Âmbito residencial dos tomadores 
Destaque ao elemento pessoalidade (ambas as partes) 
 
A continuidade: divergência (teoria da descontinuidade) 
 Diaristas 
 Lavadeiras 
PRESSUPOSTOS 
FÁTICO-JURÍDICOS 
GERAIS 
ELEMENTOS ESPECIAIS 
 
1- Finalidade não lucrativa dos serviços 
 Ótica: tomador de serviços - valor de uso X valor de troca 
 
2- Trabalho em benefício de pessoa física ou família 
 Mitigação da despersonalização 
 Conceito alargado - família 
 
3-Âmbito residencial da prestação 
 Vida pessoal 
 
 
 
OBSERVAÇÕES: 
 
Irrelevância do tipo de serviço 
 
Relação de emprego doméstico entre cônjuges ou companheiros 
 
Peculiaridade rescisória 
 
Direitos conferidos aos domésticos: 
Lei 5859/72: 
 Férias anuais remuneradas de 20 dias (30 dias – Lei 11.324/06, arts. 4º e 5º) 
 Anotação da CTPS 
 Segurado obrigatório da Previdência Oficial 
 Aplicação do capítulo da CLT sobre férias (Decreto 71885/73) 
 
Decreto 95.247/87 – regulamenta as leis 7418/85 e 7619/87: 
 Vale transporte 
 
CR/88, art. 7º, parágrafo único: 
Salário&mínimo& Irredu?bilidade&do&salário&
13º&salário& Repouso& semanal& remunerado,& preferencialmente&
aos&domingos.&
Férias& anuais& remuneradas,& acrescidas& de& 1/3& do&
salário&normal&
Licença& à& gestante,& sem& prejuízo& do& emprego& e& do&
salário,&com&duração&de&120&dias&
Licença0paternidade&nos&termos&da&lei& Aviso& prévio& proporcional& ao& tempo& de& serviço,&
sendo&de&no&mínimo&30&dias&nos&termos&da&lei&
Aposentadoria&& In tegração& à& p rev idênc ia& soc ia l& (d i re i to&
anteriormente&assegurado)&
Possibilidade&de&integração&ao&FGTS&a&critério&do&empregador&(nesse&caso,&faria&jus&a&seguro&desemprego&no&
importe&de&3&salários&mínimos)&
Lei 11.324/06: 
 Descanso remunerado em feriados (revogado art. 5º da lei 605/49) 
 30 dias corridos de férias 
 Garantia de emprego da gestante 
 Vedação de descontos (alimentação, vestuário, moradia e higiene) 
 
 
Casos práticos: 
A) Joana, após passar por problemas financeiros, decidiu abrir em sua garagem um 
pequeno restaurante, ocasião em que contratou Amélia, como ajudante, para 
auxiliar-lhena cozinha e na limpeza, lavando louças e arrumando mesas, além de 
vez ou outra colaborar no atendimento aos seus poucos clientes. Joana acredita ter 
contratado Amélia na condição de empregada doméstica em razão do âmbito 
residencial da realização do trabalho. Ela está correta? 
 
B) Genoveva, Aurora e Constância, três irmãs, após se tornarem viúvas, decidiram 
morar juntas. Durante muitos anos cuidaram sozinhas dos afazeres domésticos. 
Após alguns anos, já bastante idosas, resolveram contratar Jurema para auxiliá-las 
nas tarefas da casa, além de lhes fazer companhia. As irmãs, agora, estão na dúvida 
quanto ao enquadramento ou não de Jurema como empregada doméstica. Qual 
seria a resposta adequada? 
CARGOS OU FUNÇÕES DE CONFIANÇA 
OU GESTÃO 
Art. 62, CLT: 
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: 
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de 
horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho 
e Previdência Social e no registro de empregados; 
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de 
gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, 
os diretores e chefes de departamento ou filial. 
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos 
empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário 
do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se 
houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido 
de 40% (quarenta por cento). 
Caracterização: 
 
1-Padrão salarial mais elevado – 40% 
 
2-Exercício de elevadas funções e atribuições de gestão 
 
 
Efeitos do exercício do cargo: 
 
Reversão 
 Súmula 372, I, TST 
 
Não percepção de horas extras 
 Exceção: Prova do controle 
 
Transferência 
 Desnecessária anuência 
 Súmula 43, TST 
 Adicional (provisoriedade) 
Súmula nº 372 - TST - 
Gratificação de Função - 
Supressão ou Redução - 
Limites 
I - Percebida a gratificação de 
função por dez ou mais anos pelo 
empregado, se o empregador, 
sem justo motivo, revertê-lo a 
seu cargo efetivo, não poderá 
retirar-lhe a gratificação tendo 
e m v i s t a o p r i n c í p i o d a 
estabilidade financeira. 
II - Mantido o empregado no 
e x e r c í c i o d a f u n ç ã o 
comissionada, não pode o 
empregador reduzir o valor da 
gratificação. 
TST Enunciado nº 43 - Transferência 
- Necessidade do Serviço- Presume-se 
abusiva a transferência de que trata o § 1º 
do Art. 469 da CLT, sem comprovação da 
necessidade do serviço. 
Segmento Bancário 
Art. 224 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa 
Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, 
perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana. 
§ 1º - A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo ficará compreendida entre 7 (sete) e 22 
(vinte e duas) horas, assegurando-se ao empregado, no horário diário, um intervalo de 15 (quinze) 
minutos para alimentação. 
§ 2º - As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de direção, 
gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de 
confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 (um terço) do 
salário do cargo efetivo. 
Especificidade da gratificação: 
&&2h&&&&2h&&&&2h&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&2h&&&2h&&&&2h&&&&2h&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& 
|0000|0000|0000|&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&|0000|0000|0000|0000| 
&&&&&&&&&SB&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&1/3&SB 
 
Jornada: 6h 
 ausência controle 
 Sum 102, IV, TST 
 
 
Reversão e transferência 
Caracterização: padrão salarial mais elevado + elevadas atribuições 
TST Enunciado nº 102 -Bancário - Caixa - Cargo de Confiança 
I - A configuração, ou não, do exercício da função de confiança a que se refere o art. 224, § 2º, da 
CLT, dependente da prova das reais atribuições do empregado, é insuscetível de exame mediante 
recurso de revista ou de embargos. 
II - O bancário que exerce a função a que se refere o § 2º do art. 224 da CLT e recebe gratificação 
não inferior a um terço de seu salário já tem remuneradas as duas horas extraordinárias 
excedentes de seis. 
III - Ao bancário exercente de cargo de confiança previsto no artigo 224, § 2º, da CLT são devidas 
as 7ª e 8ª horas, como extras, no período em que se verificar o pagamento a menor da gratificação 
de 1/3. 
IV - O bancário sujeito à regra do art. 224, § 2º, da CLT cumpre jornada de trabalho de 8 (oito) 
horas, sendo extraordinárias as trabalhadas além da oitava. 
V - O advogado empregado de banco, pelo simples exercício da advocacia, não exerce cargo de 
confiança, não se enquadrando, portanto, na hipótese do § 2º do art. 224 da CLT. 
VI - O caixa bancário, ainda que caixa executivo, não exerce cargo de confiança. Se perceber 
gratificação igual ou superior a um terço do salário do posto efetivo, essa remunera apenas a 
maior responsabilidade do cargo e não as duas horas extraordinárias além da sexta. 
VII - O bancário exercente de função de confiança, que percebe a gratificação não inferior ao terço 
legal, ainda que norma coletiva contemple percentual superior, não tem direito às sétima e oitava 
horas como extras, mas tão-somente às diferenças de gratificação de função, se postuladas. 
Gerente-Geral da 
Agência 
TST Enunciado nº 287 -Gerente Bancário - Horas Suplementares 
- Jornada de Trabalho- A jornada de trabalho do empregado de banco 
gerente de agência é regida pelo art. 224, § 2º, da CLT. Quanto ao gerente-
geral de agência bancária, presume-se o exercício de encargo de gestão, 
aplicando-se-lhe o art. 62 da CLT. 
DIRETORES EMPREGADOS 
Direção "! Propriedade 
 
1-Diretor recrutado externamente 
TST Enunciado nº 269 -Empregado Eleito 
para Ocupar Cargo de Diretor - Contrato de 
Trabalho - Relação de Emprego - Tempo de 
Serviço - O empregado eleito para ocupar cargo de 
diretor tem o respectivo contrato de trabalho 
suspenso, não se computando o tempo de serviço 
deste período, salvo se permanecer a subordinação 
jurídica inerente à relação de emprego. 
2-Empregado eleito diretor 
 Extinção 
 Interrupção 
 Suspensão 
 Manutenção 
a)Vertente clássica 
(incompatibilidade ! subordinação) 
b)Vertente moderna- Lei 6404: 
contrato a termo (3 anos) 
demissão ad nutum 
SOCIOEMPREGADO 
1- Incompatibilidade 
 Sociedade em nome coletivo 
 Sociedade em comum 
 Sociedade em comandita simples (sócio comanditado) 
 
 
2-Compatibilidade: regra 
 affectio societatis "! subordinação 
 
 
Fraude – nulidadade ( não anulabilidade) 
RESPONSABILIDADE 
SOLIDÁRIA E ILIMITADA 
Casos práticos: 
 
A) Gerson foi contratado por uma empresa de contabilidade e, dois anos após sua 
contratação, recebeu uma proposta de exercício de atribuição de confiança, ocasião 
em que lhe foi oferecido um adicional correspondente a 40% do valor que 
anteriormente recebia como salário. Muito satisfeito, Gerson aceitou de pronto a 
proposta. Passados três meses da ocorrência desse fato, a empresa comunicou-lhe 
que precisava que Gerson se mudasse para Olinda, local no qual seria aberta nova 
filial, alegando ser de extrema necessidade sua transferência em razão da ausência 
de mão-de-obra suficientemente qualificada e confiável no local (muito embora 
tenham feito incessante busca de pessoal capacitado na região), condição 
indispensável para a consolidação daquele escritório. Insatisfeito com essa 
exigência momentânea, Gerson alegou que não concordava com sua transferência 
e, tendo seu argumento desconsiderado pela empresa, mudou-se, mas passou a 
comportar-se de modo desidioso e um tanto desonesto, razão pela qual a empresa 
realizou a sua reversão ao cargo anteriormente ocupado, suprimindo-lhe o 
adicional de 40%. Insatisfeito, Gerson agora busca a justiça alegando ter sido 
irregular a sua transferência e também a sua reversão. Pede, contudo, que caso sejamantida sua reversão, permaneça recebendo o adicional de 40%, sob pena de 
violação da irredutibilidade salarial. 
 
Pergunta-se: Gerson está correto em suas alegações? 
 
B) Eduardo foi contratado pela empresa X com salário consideravelmente superior 
ao dos seus companheiros de departamento (diferença superior a 40%) em razão do 
fato de terem sidas atribuídas a ele, desde o início, elevas funções de gestão, 
cabendo-lhe decidir sobre diversas questões estratégicas de suma relevância à 
saúde financeira da empresa. Eduardo tinha jornada pesada, laborando, muitas 
vezes, por mais de 10 horas diárias. Apesar de exercer cargo estratégico, seus 
patrões faziam com que ele, diariamente, batesse ponto ao entrar e ao deixar a 
empresa. Eduardo nunca recebeu qualquer hora extra. Será que ele, nesse caso, 
teria direito a tal recebimento? 
 
C) Carla, detentora de cargo de confiança no segmento bancário , recebe diferença 
salarial de 1/3 em relação ao salário referente ao cargo anteriormente ocupado. Nos 
últimos meses, após conversar com um amigo, passou a manifestar sua insatisfação 
perante seu chefe em virtude do fato de sentir-se discriminada por ser a única de 
seu departamento a cumprir jornada de 8h diárias, ao passo que a lei assegura aos 
bancários jornada de 6h. Desse modo, por conta própria, passou a reduzir sua 
jornada, ausentando-se do banco ao cabo das 6h de trabalho, ainda que estivessem 
pendentes importantes transações, acarretando elevado prejuízo ao banco. Em 
razão disso, foi revertida ao cargo anteriormente ocupado, decisão que acredita ser 
profundamente injusta. Carla está certa quanto às suas posições? 
CASOS PRÁTICOS 
 
1- Em uma noite de quinta- feira, Amâncio, empregado rural, vai a um bar no 
centro da cidade de Montes Claros/MG para beber e desabafar as mágoas que ora 
guardava em razão do trabalho pesado e mal remunerado que exerceu por 7 anos 
na Fazenda Enxadão. Amâncio escolhe você para que escute seu desabafo e lhe 
relata os seguintes fatos: Trabalhava de segunda a sexta-feira, de 19:00 as 04:00 
da manhã, vigiando as vacas (devido a uma série de ataques noturnos ao gado) e 
cuidando do pasto, recebendo para tanto o salário invariável de R$800,00, 
devidamente anotado em sua CTPS. Possuía um intervalo de repouso acima da 
média local, descansando por uma hora e meia (as 23:00h). Como residia num 
barracão nos fundos da Fazenda e se alimentava no refeitório improvisado na área 
de preparo dos queijos, seu patrão lhe descontava todo mês 30% do seu salário 
base para pagar as despesas com a moradia e 35% do valor de um salário mínimo 
para cobrir as despesas com alimentação. Além disso, reclamou que, no último 
mês, o patrão havia lhe descontado R$ 200,00 em razão da quebra de uma 
bandeja de copos no refeitório, consequência de um desmaio que lá sofreu em 
virtude do problema de pressão que possuía e era conhecido pelo patrão. 
 
Pergunta-se: O patrão de Amâncio procedeu do modo correto? Amâncio pode 
buscar na justiça alguma verba? Se sim, ele dispõe de quanto tempo para isso?

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