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Ciência dos materiais ◦ Investigação das correlações que existem entre as estruturas e propriedades de materiais. Engenharia de materiais ◦ Com base nestas correlações estrutura- propriedade, o projeto ou a engenharia da estrutura de um material pode ser produzido com um conjunto de propriedades predeterminadas. Estrutura ◦ Atômica ◦ Cristalina ◦ Microscópica ◦ Macroscópica Propriedade ◦ Particularidade do material em termos do tipo e intensidade da resposta a um estímulo (a) mecânica; (b) elétrica; (c) térmica; (d) magnética; (e) ótica, e (f) deteriorativa. Processamento x estrutura x propriedade x desempenho Propriedades e comportamento determinam a seleção do material mais adequado para cada aplicação Resistência x ductilidade Custo Em caso de falha/fraturas é preciso saber se o material foi responsável Falhas associadas ao material Degradação inerente a sua utilização Seleção inadequada do material Esforços não previstos em projeto CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS (3 classificações básicas): (a) metais; (b) cerâmicas, e (c) polímeros Em adição, existem 3 outros grupos de importantes materiais de engenharia: (d) compósitos (e) semicondutores (f) biomateriais Resistência mecânica: aumenta com a força máxima e com a profundidade do poço da curva de energia de ligação. Pontos de fusão e de ebulição: aumentam com a profundidade do poço da curva de energia de ligação. Coeficiente de expansão térmica: diminui com a profundidade do poço da curva de energia de ligação. Ligações primárias (~100 kcal/mol): ◦ 1. metálica: nuvens de elétrons ◦ 2. iônica: doação/recepção de elétrons ◦ 3. covalente: compartilhamento de elétrons 1 2 3 Ligações secundárias (<10 kcal/mol): ◦ Van der Waals: dipolo–dipolo, pontes de hidrogênio ◦ Ligações mais fracas ◦ Geralmente ligação molécula-molécula ◦ Sem transferência ou compartilhamento de elétrons ◦ Atração eletrostática ◦ Depende da distribuição assimétrica de cargas em cada átomo ou molécula (Dipolos) Dipolos atômicos ou moleculares Ponto de fusão: Indica a quantidade de energia para quebrar as ligações Materiais com ligação iônica ◦ Cerâmicas - materiais duros, quebradiços, isolantes térmicos e elétricos Materiais com ligação covalente ◦ Polímeros – Geralmente isolantes e podem ser muito flexíveis Materiais com ligação metálica ◦ Metais em geral – bons condutores de eletricidade e calor Composição química + microestrutura + ESTRUTURA CRISTALINA Material cristalino: ◦ possui arranjo dos átomos periódico e repetitivo ao longo de grandes distâncias atômicas Material Não-cristalinos ou amorfo: ◦ não se cristalizam (não existe ordenação atômica de longo alcance) Estrutura cristalina ◦ maneira na qual átomos, íons ou moléculas são espacialmente arranjados. Modelo atômico de esfera rígida ◦ as esferas representam os átomos vizinhos mais próximos se tocando entre si Rede ◦ arranjo tridimensional de pontos coincidindo com as posições dos átomos Célula Unitária ◦ Menor grupamento de átomos que representa uma estrutura cristalina ◦ Define a estrutura cristalina em razão da sua geometria e das posições dos átomos dentro dela • Parâmetros da rede – Distâncias entre os átomos de uma célula unitária que fornece a periodicidade Redes de Bravais 3 estruturas cristalinas são encontradas para a maioria dos metais mais comuns. ◦ 1 - CFC – cúbica de face centrada ◦ 2 - CCC – cúbica de corpo centrado ◦ 3 - HC – hexagonal compacta Parâmetro cristalino: a Átomos inteiros: ◦ 8 x 1/8 + 6 x ½ = 4 Relação entre “a” e “R”: a = 2R√2 FAE = 74% Ex.: Al, Ni, Cu, Fe • Parâmetro cristalino: a • Átomos inteiros: – 8 x 1/8 + 1 = 2 • Relação entre “a” e “R”: a = (4R√3)/3 • FAE = 68% • Ex.: Cr, Mo, Fe α Parâmetros cristalinos: a e c Átomos inteiros: ◦ 3 + 12 x 1/6 + 2 x ½ = 6 c = 1,633 a a = 2R FAE = 74% Ex.: Titânio e Zinco Posição Cristalográfica: sistema cartesiano – Origem (0,0,0). Índices de Miller ◦ notação utilizada para definir os índices das direções [u v w] Procedimento para encontrar as direções: ◦ Usando um sistema de coordenadas cartesianas, encontre a posição dos pontos que definem uma determinada direção; ◦ Subtraia as coordenadas do ponto inicial das coordenadas do ponto final; ◦ Elimine as frações reduzindo para os menores números inteiros; ◦ Coloque os números entre colchetes. Se aparecerem números negativos, represente-os com uma barra sobre os números Direções cristalográficas: vetor parte da origem Representação de uma direção: [u v w] Para a determinação da estrutura cristalina ◦ Os métodos de difração de Raios-X medem diretamente a distância entre planos paralelos de pontos da rede cristalina. determinam os parâmetros de rede de um cristal. ◦ Os métodos de difração também medem os ângulos entre os planos da rede. determinam os ângulos interaxiais de um cristal. Para a deformação plástica ◦ A deformação plástica (permanente) dos metais ocorre pelo deslizamento dos átomos, escorregando de uns sobre os outros no cristal. Este deslizamento tende a acontecer preferencialmente ao longo de planos direções específicos do cristal. Índices de Miller (hkl) Procedimento para encontrar os planos: ◦ Determine os interceptos nos 3 eixos (A, B e C) ◦ Determine os recíprocos dos interceptos (x/A, y/B, z/C) ◦ Elimine as frações reduzindo para os menores números inteiros; ◦ Coloque os números entre parênteses. Se aparecerem números negativos, represente-os com uma barra sobre os números Planos cristalográficos ◦ Representação de uma plano: (hkl) • O Fator de empacotamento linear ou densidade linear (segundo uma dada direção) é o número de diâmetros atômicos interceptados por unidade de comprimento da direção considerada Empilhamento segundo [100] CCC Empilhamento segundo [110] CFC • Direções cristalográficas ao longo das quais o fator de empacotamento linear é idêntico dizem-se (cristalograficamente) equivalentes • Por exemplo as direções [100], [010], [001], [100], [010] e [001] das estruturas cúbicas são equivalentes e formam a família de direções <100> • Fator de Empacotamento planar ou densidade planar (segundo um dado plano) é o número de átomos interceptados por unidade de área do plano considerado empilhamento segundo (110) CCC empilhamento segundo (111) CFC • Planos cristalográficos segundo os quais o Fator de Empacotamento Planar é idêntico dizem-se (cristalograficamente) equivalentes • Por exemplo os planos (110), (101), (011) das estruturas cúbicas são equivalentes e fazem parte da família de planos: {110} HC e CFC empacotamento mais eficiente = 74% Diferença HC e CFC alinhamento dos átomos HC centros da 3ª camada diretamente sobre as posições originais de A Empacotamento = ABAB... Plano compacto (0001) CFC centros da 3ª camada alinhados sobre a posição C Empacotamento = ABCABC... Plano compacto = (111) O fatorde empacotamento atômico (FEA) é sempre menor do que um (1). ◦ os átomos não ocupam todo o espaço da célula Espaços vazios entre os átomos da estrutura interstícios Interstícios tetraédricos e octaédricos ◦ denominados pelas figuras poliédricas formadas pelos átomos que estão em volta do espaço vazio. (a) (b) Para uma célula CCC: (a) Interstícios octaédricos e (b) insterstícios tetraédricos (a) (b) Para uma célula CFC: (a) Interstícios octaédricos e insterstícios tetraédricos Átomos de soluto se colocam em posições intersticiais ◦ Ex.: uma liga Fe-C. Pequena % dos interstícios podem ser ocupados ◦ grande distorção na rede cristalina O Ferro passa de CCC para CFC a 912º C. Nesta temperatura, os raios atômicos do ferro nas duas estruturas são respectivamente, 0,1258nm e 0,1292nm. Qual a porcentagem de variação volumétrica provocada pela mudança estrutural? Compostos de muitos pequenos cristais ou grãos A orientação cristalográfica varia de grão para grão. Arranjo periódico e repetido de átomos se estende através de toda a amostra sem interrupção. Nataruais Artificiais ◦ Síntese Hidrotermal de Cristais: crescimento de monocristais em câmaras de aço submetidas a altas pressões e temperaturas. Fluorita, CaF2 Propriedades de algumas substâncias direção cristalográfica ◦ anisotropia variação do espaçamento atômico Substâncias nas quais as propriedades são independentes da direção são isotrópicas. Materiais policristalinos ◦ as orientações critalográficas dos grãos individuais são aleatórias ◦ mesmo que cada grão possa ser anisotrópico, uma amostra composta de muitos grãos se comporta isotropicamente. Propriedade medida média dos valores direcionais
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