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DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL 
Direito Administrativo 
Romoaldo Goulart 
 
1 
CERS 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – 2015 
PROF. ROMOALDO GOULART 
 
Aula 9 Controle e responsabilização da 
administração: controle administrativo; 
controle judicial; controle legislativo; 
Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92). 
 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
 
CONCEITO DE CONTROLE 
 
 
 HIERÁRQUICO 
 FINALÍSTICO 
 INTERNO 
 EXTERNO 
CONTROLE EXTERNO POPULAR 
 PREVENTIVO 
 CONCOMITANTE 
 SUBSEQUENTE 
 LEGALIDADE 
 MÉRITO 
 
 RESPONSABILIDADE FISCAL 
 CONTROLE ADMINISTRATIVO 
 SUPERVISÃO MINISTERIAL / 
SECRETARIAS 
 RECURSOS ADMINISTRATIVOS 
 PROCESSO ADMINISTRATIVO 
 COISA JULGADA 
ADMINISTARTIVAMENTE 
 PRESCRIÇÃO ADMINISTRATIVA 
 CONTROLE POR PARTE DO PODER 
JUDICIÁRIO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
 CONTROLE PELO LEGISLATIVO 
 CONTROLE PELA SOCIEDADE 
 CONTROLE INFORMAL 
 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
 
 
Controlar a Administração pública, nada 
mais é que FISCALIZAR. Atividade que é 
realizada por todos os Poderes, pelo 
Ministério Público e, também, pela 
sociedade. 
 
O controle da administração pública 
poderá ocorrer de várias formas e em 
vários momentos. 
 
Assim, podemos falar em controle 
hierárquico, finalístico, interno, externo, 
preventivo, concomitante, subsequente ou 
a posteriori, da legalidade e do mérito. 
 
Controle hierárquico – Este tipo de 
controle ocorre dentro da mesma pessoa 
jurídica, advém da estrutura funcional da 
administração. Não há de se falar em 
controle hierárquico de pessoa jurídica 
para com outra pessoa jurídica, nem tão 
pouco, controle hierárquico entre 
autoridades pertencentes a pessoas 
jurídicas distintas. 
 
Controle Finalístico – É o controle 
realizado na finalidade para qual 
determinada entidade é instituída. Trata-se 
do controle realizado pelos Ministérios em 
suas Entidades vinculadas, ou seja, é o 
controle realizado pela Administração 
Direta nas Entidades pertencentes à 
Administração Indireta. Em sendo assim, 
dizemos em provas que não hierarquia 
entre pessoas jurídicas diferentes, mas 
sim, uma possível VINCULAÇÃO. Logo, os 
Ministérios/Secretarias não exercem 
controle hierárquico em suas entidades 
vinculadas, mas sim um controle 
finalístico. Não há hierarquia, mas sim 
VINCULAÇÃO. 
 
Controle Interno – no âmbito da própria 
pessoa jurídica. 
 
Controle externo – Pessoa jurídica 
sofrendo controle por outra pessoa 
jurídica ou física não pertencente a sua 
estrutura interna. Também se trata de 
controle externo a fiscalização que um 
Poder exerce sobre o outro poder. 
 
Quanto ao momento do controle podemos 
falar em preventivo, concomitante e 
subsequente, de forma a ser realizado 
antes, durante ou após a prática de 
determinado ato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL 
Direito Administrativo 
Romoaldo Goulart 
 
2 
Controle da Legalidade – quando a 
fiscalização do ato refere-se aos aspectos 
legais, possibilitando, inclusive, a 
anulação de um ato quando o mesmo não 
se encontrar em conformidade com a Lei. 
Este controle poderá ser realizado de um 
poder em outro poder ou do Poder em si 
mesmo. No primeiro caso, Princípio da 
Tutela, no segundo, AUTOTUTELA. 
 
Controle do mérito – Refere-se a liberdade 
para apreciar a conveniência e a 
oportunidade do ato administrativo. 
 
Podemos observar, desta forma, que dois 
princípios básicos sustentam o que se 
chama de Controle da Administração 
pública: o Princípio da Tutela e o Princípio 
da Autotutela. Dessa forma, poderemos 
observar, principalmente o controle da 
administração pública realizado pelo 
próprio Poder Executivo, o controle 
realizado pelo Poder Legislativo e Controle 
da Administração Pública pelo Poder 
Judiciário. 
 
Poder Executivo – Controle da 
Administração Pública 
 
Quando realizado pelo próprio Poder 
Executivo na Administração Pública 
estamos, então, diante da autotutela, auto 
fiscalização. Em várias condutas 
administrativas podemos visualizar esta 
possibilidade de controle. Inclusive, nos 
dias atuais, até com previsão expressa em 
Lei, pois é o que se observa no art. 53/55 
da Lei 9.784/99, que assim diz: 
 
“Art. 53. A Administração deve anular seus 
próprios atos, quando eivados de vício de 
legalidade, e pode revogá-los por motivo 
de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos. 
 Art. 54. O direito da Administração de 
anular os atos administrativos de que 
decorram efeitos favoráveis para os 
destinatários decai em cinco anos, 
contados da data em que foram 
praticados, salvo comprovada má-fé. 
 § 1o No caso de efeitos patrimoniais 
contínuos, o prazo de decadência contar-
se-á da percepção do primeiro pagamento. 
 § 2o Considera-se exercício do direito 
de anular qualquer medida de autoridade 
administrativa que importe impugnação 
à validade do ato. 
 Art. 55. Em decisão na qual se 
evidencie não acarretarem lesão ao 
interesse público nem prejuízo a terceiros, 
os atos que apresentarem defeitos 
sanáveis poderão ser convalidados pela 
própria Administração.” 
 
Assim, temos a Administração pública 
controlando a si mesma, através, ora de 
requerimento à Administração, ora de 
ofício. Importante salientar que, 
diferentemente do Poder Judiciário, o 
Poder Legislativo e o Executivo não 
precisam ser provocados para agir. Logo o 
Poder Executivo e o Legislativo podem 
agir de ofício ou mediante provocação. 
 
O Poder Legislativo, ao controlar a 
Administração Pública, realiza o que 
chamamos de controle FINANCEIRO e o 
controle POLÍTICO. 
 
O primeiro, realizado com o auxílio do 
Tribunal de contas, conforme podemos 
verificar no art. 70/75 da Constituição 
Federal. Muito importante!!! 
 
“ Art. 70. A fiscalização contábil, 
financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial da União e das entidades da 
administração direta e indireta, quanto à 
legalidade, legitimidade, economicidade, 
aplicação das subvenções e renúncia de 
receitas, será exercida pelo Congresso 
Nacional, mediante controle externo, e 
pelo sistema de controle interno de cada 
Poder. 
Parágrafo único. Prestará contas qualquer 
pessoa física ou jurídica, pública ou 
privada, que utilize, arrecade, guarde, 
gerencie ou administre dinheiros, bens e 
valores públicos ou pelos quais a União 
responda, ou que, em nome desta, assuma 
obrigações de natureza 
pecuniária.(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
Art. 71. O controle externo, a cargo do 
Congresso Nacional, será exercido com o 
 
 
 
 
 
 
 
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DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL 
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Romoaldo Goulart 
 
3 
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao 
qual compete: 
I- apreciar as contas prestadas anualmente 
pelo Presidente da República, mediante 
parecer prévio que deverá ser elaborado 
em sessenta dias a contar de seu 
recebimento; 
II - julgar as contas dos administradores e 
demais responsáveis por dinheiros, bens e 
valores públicos da administração direta e 
indireta, incluídas as fundações e 
sociedades instituídas e mantidas pelo 
Poder Público federal, e as contas 
daqueles que derem causa a perda, 
extravio ou outra irregularidade de que 
resulte prejuízo ao erário público; 
III - apreciar, para fins de registro, a 
legalidade dos atos de admissão de 
pessoal, a qualquer título, na 
administração direta e indireta, incluídas 
as fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público, excetuadas as nomeações 
para cargo de provimento em comissão, 
bem como a das concessões de 
aposentadorias, reformas e pensões, 
ressalvadas as melhorias posteriores que 
não alterem o fundamento legal do ato 
concessório; 
IV - realizar, por iniciativaprópria, da 
Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal, de Comissão técnica ou de 
inquérito, inspeções e auditorias de 
natureza contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial, 
nas unidades administrativas dos Poderes 
Legislativo, Executivo e Judiciário, e 
demais entidades referidas no inciso II; 
V - fiscalizar as contas nacionais das 
empresas supranacionais de cujo capital 
social a União participe, de forma direta ou 
indireta, nos termos do tratado 
constitutivo; 
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer 
recursos repassados pela União mediante 
convênio, acordo, ajuste ou outros 
instrumentos congêneres, a Estado, ao 
Distrito Federal ou a Município; 
VII - prestar as informações solicitadas 
pelo Congresso Nacional, por qualquer de 
suas Casas, ou por qualquer das 
respectivas Comissões, sobre a 
fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial e 
sobre resultados de auditorias e inspeções 
realizadas; 
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de 
ilegalidade de despesa ou irregularidade 
de contas, as sanções previstas em lei, 
que estabelecerá, entre outras 
cominações, multa proporcional ao dano 
causado ao erário; 
IX - assinar prazo para que o órgão ou 
entidade adote as providências 
necessárias ao exato cumprimento da lei, 
se verificada ilegalidade; 
X - sustar, se não atendido, a execução do 
ato impugnado, comunicando a decisão à 
Câmara dos Deputados e ao Senado 
Federal; 
XI - representar ao Poder competente 
sobre irregularidades ou abusos apurados. 
§ 1º - No caso de contrato, o ato de 
sustação será adotado diretamente pelo 
Congresso Nacional, que solicitará, de 
imediato, ao Poder Executivo as medidas 
cabíveis. 
§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder 
Executivo, no prazo de noventa dias, não 
efetivar as medidas previstas no parágrafo 
anterior, o Tribunal decidirá a respeito. 
§ 3º - As decisões do Tribunal de que 
resulte imputação de débito ou multa terão 
eficácia de título executivo. 
§ 4º - O Tribunal encaminhará ao 
Congresso Nacional, trimestral e 
anualmente, relatório de suas atividades. 
Art. 72. A Comissão mista permanente a 
que se refere o art. 166, §1º, diante de 
indícios de despesas não autorizadas, 
ainda que sob a forma de investimentos 
não programados ou de subsídios não 
aprovados, poderá solicitar à autoridade 
governamental responsável que, no prazo 
de cinco dias, preste os esclarecimentos 
necessários. 
§ 1º - Não prestados os esclarecimentos, 
ou considerados estes insuficientes, a 
Comissão solicitará ao Tribunal 
pronunciamento conclusivo sobre a 
matéria, no prazo de trinta dias. 
§ 2º - Entendendo o Tribunal irregular a 
despesa, a Comissão, se julgar que o 
gasto possa causar dano irreparável ou 
grave lesão à economia pública, proporá 
ao Congresso Nacional sua sustação. 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, 
integrado por nove Ministros, tem sede no 
Distrito Federal, quadro próprio de pessoal 
e jurisdição em todo o território nacional, 
exercendo, no que couber, as atribuições 
previstas no art. 96. 
§ 1º - Os Ministros do Tribunal de Contas 
da União serão nomeados dentre 
brasileiros que satisfaçam os seguintes 
requisitos: 
I - mais de trinta e cinco e menos de 
sessenta e cinco anos de idade; 
II - idoneidade moral e reputação ilibada; 
III - notórios conhecimentos jurídicos, 
contábeis, econômicos e financeiros ou de 
administração pública; 
IV - mais de dez anos de exercício de 
função ou de efetiva atividade profissional 
que exija os conhecimentos mencionados 
no inciso anterior. 
§ 2º - Os Ministros do Tribunal de Contas 
da União serão escolhidos: 
I - um terço pelo Presidente da República, 
com aprovação do Senado Federal, sendo 
dois alternadamente dentre auditores e 
membros do Ministério Público junto ao 
Tribunal, indicados em lista tríplice pelo 
Tribunal, segundo os critérios de 
antigüidade e merecimento; 
II - dois terços pelo Congresso Nacional. 
§ 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da 
União terão as mesmas garantias, 
prerrogativas, impedimentos, vencimentos 
e vantagens dos Ministros do Superior 
Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, 
quanto à aposentadoria e pensão, as 
normas constantes do art. 40.(Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 
1998) 
§ 4º - O auditor, quando em substituição a 
Ministro, terá as mesmas garantias e 
impedimentos do titular e, quando no 
exercício das demais atribuições da 
judicatura, as de juiz de Tribunal Regional 
Federal. 
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo 
e Judiciário manterão, de forma integrada, 
sistema de controle interno com a 
finalidade de: 
I - avaliar o cumprimento das metas 
previstas no plano plurianual, a execução 
dos programas de governo e dos 
orçamentos da União; 
II - comprovar a legalidade e avaliar os 
resultados, quanto à eficácia e eficiência, 
da gestão orçamentária, financeira e 
patrimonial nos órgãos e entidades da 
administração federal, bem como da 
aplicação de recursos públicos por 
entidades de direito privado; 
III - exercer o controle das operações de 
crédito, avais e garantias, bem como dos 
direitos e haveres da União; 
IV - apoiar o controle externo no exercício 
de sua missão institucional. 
§ 1º - Os responsáveis pelo controle 
interno, ao tomarem conhecimento de 
qualquer irregularidade ou ilegalidade, 
dela darão ciência ao Tribunal de Contas 
da União, sob pena de responsabilidade 
solidária. 
§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, 
associação ou sindicato é parte legítima 
para, na forma da lei, denunciar 
irregularidades ou ilegalidades perante o 
Tribunal de Contas da União. 
Art. 75. As normas estabelecidas nesta 
seção aplicam-se, no que couber, à 
organização, composição e fiscalização 
dos Tribunais de Contas dos Estados e do 
Distrito Federal, bem como dos Tribunais e 
Conselhos de Contas dos Municípios. 
Parágrafo único. As Constituições 
estaduais disporão sobre os Tribunais de 
Contas respectivos, que serão integrados 
por sete Conselheiros.” 
 
O Controle Político é observado em vários 
ponto da Constituição Federal. Importante 
ficar atento aos seguintes artigos: 49/52, 
CF/88 
 
“Art. 49. É da competência exclusiva do 
Congresso Nacional: 
I - resolver definitivamente sobre tratados, 
acordos ou atos internacionais que 
acarretem encargos ou compromissos 
gravosos ao patrimônio nacional; 
II - autorizar o Presidente da República a 
declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir 
que forças estrangeiras transitem pelo 
território nacional ou nele permaneçam 
temporariamente, ressalvados os casos 
previstos em lei complementar; 
III - autorizar o Presidente e o Vice-
Presidente da República a se ausentarem 
 
 
 
 
 
 
 
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do País, quando a ausência exceder a 
quinze dias; 
IV - aprovar o estado de defesa e a 
intervenção federal, autorizar o estado de 
sítio, ou suspender qualquer uma dessas 
medidas; 
V - sustar os atos normativos do Poder 
Executivo que exorbitem do poder 
regulamentar ou dos limites de delegação 
legislativa; 
VI - mudar temporariamente sua sede; 
VII - fixar idêntico subsídio para os 
Deputados Federais e os Senadores, 
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 
39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, 
I; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do 
Vice-Presidente da República e dos 
Ministros de Estado, observado o que 
dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 
153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
IX - julgar anualmente as contas prestadaspelo Presidente da República e apreciar os 
relatórios sobre a execução dos planos de 
governo; 
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou 
por qualquer de suas Casas, os atos do 
Poder Executivo, incluídos os da 
administração indireta; 
XI - zelar pela preservação de sua 
competência legislativa em face da 
atribuição normativa dos outros Poderes; 
XII - apreciar os atos de concessão e 
renovação de concessão de emissoras de 
rádio e televisão; 
XIII - escolher dois terços dos membros do 
Tribunal de Contas da União; 
XIV - aprovar iniciativas do Poder 
Executivo referentes a atividades 
nucleares; 
XV - autorizar referendo e convocar 
plebiscito; 
XVI - autorizar, em terras indígenas, a 
exploração e o aproveitamento de 
recursos hídricos e a pesquisa e lavra de 
riquezas minerais; 
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou 
concessão de terras públicas com área 
superior a dois mil e quinhentos hectares. 
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o 
Senado Federal, ou qualquer de suas 
Comissões, poderão convocar Ministro de 
Estado ou quaisquer titulares de órgãos 
diretamente subordinados à Presidência 
da República para prestarem, 
pessoalmente, informações sobre assunto 
previamente determinado, importando 
crime de responsabilidade a ausência sem 
justificação adequada.(Redação dada pela 
Emenda Constitucional de Revisão nº 2, de 
1994) 
§ 1º - Os Ministros de Estado poderão 
comparecer ao Senado Federal, à Câmara 
dos Deputados, ou a qualquer de suas 
Comissões, por sua iniciativa e mediante 
entendimentos com a Mesa respectiva, 
para expor assunto de relevância de seu 
Ministério. 
§ 2º - As Mesas da Câmara dos Deputados 
e do Senado Federal poderão encaminhar 
pedidos escritos de informações a 
Ministros de Estado ou a qualquer das 
pessoas referidas no caput deste artigo, 
importando em crime de responsabilidade 
a recusa, ou o não - atendimento, no prazo 
de trinta dias, bem como a prestação de 
informações falsas. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional de Revisão nº 2, de 
1994) 
Art. 51. Compete privativamente à Câmara 
dos Deputados: 
I - autorizar, por dois terços de seus 
membros, a instauração de processo 
contra o Presidente e o Vice-Presidente da 
República e os Ministros de Estado; 
II - proceder à tomada de contas do 
Presidente da República, quando não 
apresentadas ao Congresso Nacional 
dentro de sessenta dias após a abertura da 
sessão legislativa; 
III - elaborar seu regimento interno; 
IV - dispor sobre sua organização, 
funcionamento, polícia, criação, 
transformação ou extinção dos cargos, 
empregos e funções de seus serviços, e a 
iniciativa de lei para fixação da respectiva 
remuneração, observados os parâmetros 
estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
V - eleger membros do Conselho da 
República, nos termos do art. 89, VII. 
Art. 52. Compete privativamente ao 
Senado Federal: 
 
 
 
 
 
 
 
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DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL 
Direito Administrativo 
Romoaldo Goulart 
 
6 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-
Presidente da República nos crimes de 
responsabilidade, bem como os Ministros 
de Estado e os Comandantes da Marinha, 
do Exército e da Aeronáutica nos crimes 
da mesma natureza conexos com 
aqueles; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 23, de 02/09/99) 
II processar e julgar os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, os membros do 
Conselho Nacional de Justiça e do 
Conselho Nacional do Ministério Público, o 
Procurador-Geral da República e o 
Advogado-Geral da União nos crimes de 
responsabilidade; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
III - aprovar previamente, por voto secreto, 
após argüição pública, a escolha de: 
a) Magistrados, nos casos estabelecidos 
nesta Constituição; 
b) Ministros do Tribunal de Contas da 
União indicados pelo Presidente da 
República; 
c) Governador de Território; 
d) Presidente e diretores do banco central; 
e) Procurador-Geral da República; 
f) titulares de outros cargos que a lei 
determinar; 
IV - aprovar previamente, por voto secreto, 
após argüição em sessão secreta, a 
escolha dos chefes de missão diplomática 
de caráter permanente; 
V - autorizar operações externas de 
natureza financeira, de interesse da União, 
dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Territórios e dos Municípios; 
VI - fixar, por proposta do Presidente da 
República, limites globais para o montante 
da dívida consolidada da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; 
VII - dispor sobre limites globais e 
condições para as operações de crédito 
externo e interno da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, de 
suas autarquias e demais entidades 
controladas pelo Poder Público federal; 
VIII - dispor sobre limites e condições para 
a concessão de garantia da União em 
operações de crédito externo e interno; 
IX - estabelecer limites globais e 
condições para o montante da dívida 
mobiliária dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios; 
X - suspender a execução, no todo ou em 
parte, de lei declarada inconstitucional por 
decisão definitiva do Supremo Tribunal 
Federal; 
XI - aprovar, por maioria absoluta e por 
voto secreto, a exoneração, de ofício, do 
Procurador-Geral da República antes do 
término de seu mandato; 
XII - elaborar seu regimento interno; 
XIII - dispor sobre sua organização, 
funcionamento, polícia, criação, 
transformação ou extinção dos cargos, 
empregos e funções de seus serviços, e a 
iniciativa de lei para fixação da respectiva 
remuneração, observados os parâmetros 
estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XIV - eleger membros do Conselho da 
República, nos termos do art. 89, VII. 
XV - avaliar periodicamente a 
funcionalidade do Sistema Tributário 
Nacional, em sua estrutura e seus 
componentes, e o desempenho das 
administrações tributárias da União, dos 
Estados e do Distrito Federal e dos 
Municípios. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
Parágrafo único. Nos casos previstos nos 
incisos I e II, funcionará como Presidente o 
do Supremo Tribunal Federal, limitando-se 
a condenação, que somente será proferida 
por dois terços dos votos do Senado 
Federal, à perda do cargo, com 
inabilitação, por oito anos, para o exercício 
de função pública, sem prejuízo das 
demais sanções judiciais cabíveis.” 
Pode Judiciário – O controle neste caso, 
ocorre apenas no aspecto da legalidade e 
não no mérito, no mero aspecto de 
conveniência e/ou oportunidade. 
Atenção, pois têm-se admitido, em 
decorrência do princípio da 
proporcionalidade e razoabilidade anular 
atos meramente discricionários, pois a 
Constituição Federal não admite excessos, 
principalmente pelo governo. 
Discricionariedade não significa 
arbitrariedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 
Logo, toda vez que se entra com ações 
judiciais contra o governo, estará havendo 
a provocação do Judiciário para agir neste 
controle. 
 
Muito comum o uso dos chamados 
“Remédios Constitucionais” (habeas 
corpus, habeas datas, mandado de 
segurança, mandado de injunção e a ação 
popular) a fim de controlar a atuação do 
Estado, a atuação da Administração 
Pública. 
Na sociedade mais participativa que hoje 
temos, também, podemos encontrar, cada 
vez mais frequente, o controle popular, 
através das manifestações nas ruas, 
movimentos sociais, entre outros, que 
cobram uma atuação mais séria, mais 
célere e mais eficiente de nossas 
autoridades. Tratam-se de controles 
informais, porém com relevante 
importância na sociedade moderna. 
 
JURISPRIDÊNCIASTRF-5 - Apelação / Reexame Necessário 
APELREEX 481 PE 2007.83.04.000217-8 
(TRF-5) 
Data de publicação: 15/10/2008 
Ementa: APELAÇÃO E REMESSA EX 
OFFICIO. CONTROLE JURISDICIONAL DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PRESENÇA 
DE DISCRICIONARIEDADE. PROVIMENTO. 
I - A lotação de pessoal em 
órgão público, como é o caso de delegacia 
de polícia, é matéria que pertence à 
intimidade da Administração, sem contar 
que está sujeita a inúmeros fatores (falta 
de cargos vagos, cargos não providos pela 
não aprovação em número necessário em 
concurso público, número diminuto de 
cargo cuja elevação depende de lei, 
inamovibilidade de servidores efetivos, 
limites orçamentários à ordenação de 
despesa, entre outros), de modo que não 
se apresenta correta sentença que impõe a 
obrigação de ser elevado o número de 
servidores duma determinada repartição. II 
- Ausente hipóteses voltadas à 
concretização de norma constitucional de 
suficiente densidade de conteúdo e de 
preservação do mínimo existencial, nas 
quais é admitido, com maior amplitude, o 
chamado controle depolíticas públicas. 
Ativismo judicial que esbarra na separação 
de poderes, ainda que examinado este 
princípio em sua acepção hodierna. III - 
Provimento da apelação e remessa oficial. 
 
STF - AG.REG. NO RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO RE 597366 DF (STF) 
Data de publicação: 12/04/2011 
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 
CONCURSOPÚBLICO. CONTROLE JURISD
ICIONAL. VINCULAÇÃO 
DA ADMINISTRAÇÃOPÚBLICA AO 
EDITAL. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. 
PRECEDENTES. 1. Conforme a 
jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal, não está imune ao controle 
jurisdicional a análise da compatibilidade 
entre o conteúdo descrito no edital e as 
questões apresentadas na prova objeto do 
certame. 2. Agravo regimental desprovido. 
 
Encontrado em: Turma DJe-070 DIVULG 
12-04-2011 PUBLIC 13-04-2011 EMENT 
VOL-02502-02 PP-00305 - 12/4/2011 
AGUARDANDO 
TJ-SP - Apelação APL 
1853664020088260000 SP 0185366-
40.2008.8.26.0000 (TJ-SP) 
Data de publicação: 18/05/2011 
Ementa: OBRIGAÇÃO DE FAZER - objetivo 
de forçar o Poder Público Municipal a 
executar determinada obra, no caso 
abertura de via pública para acesso a lotes 
adquiridos pela autora – inviabilidade. 
o controle jurisdicional da Administração 
Pública restringe-se a aspectos de 
legalidade, não podendo o Judiciário 
imiscuiu-se em tarefa típica do Executivo, 
para determinar a realização de 
determinada obra pública-
 discricionariedade do Poder Executivo 
Municipal na escolha de suas prioridades 
orçamentárias - ação improcedente - 
recurso improvido. 
 
Encontrado em: 1ª Câmara de 
Direito Público 18/05/2011 - 18/5/2011 
Apelação APL 1853664020088260000 SP 
0185366-40.2008.8.26.0000 (TJ-SP) Franklin 
Nogueira 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL 
Direito Administrativo 
Romoaldo Goulart 
 
8 
STF - AG.REG. NO AGRAVO DE 
INSTRUMENTO AI 858635 PR (STF) 
Data de publicação: 10/09/2013 
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO – 
CONCURSO PÚBLICO – EXAME 
PSICOTÉCNICO – EXIGÊNCIA DE RIGOR 
CIENTÍFICO – NECESSIDADE DE UM 
GRAU MÍNIMO DE OBJETIVIDADE – 
DIREITO DO CANDIDATO DE CONHECER 
OS CRITÉRIOS NORTEADORES DA 
ELABORAÇÃO E DAS CONCLUSÕES 
RESULTANTES DOS TESTES 
PSICOLÓGICOS QUE LHE TENHAM SIDO 
DESFAVORÁVEIS – POSSIBILIDADE DE 
IMPUGNAÇÃO JUDICIAL DE TAIS 
RESULTADOS – PRINCÍPIO 
CONSTITUCIONAL DA 
INAFASTABILIDADE 
DOCONTROLE JURISDICIONAL DOS 
ATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – 
REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA QUE 
O PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL RECONHECEU NO 
JULGAMENTO DO AI 758.533-QO-RG/MG – 
REAFIRMAÇÃO, QUANDO DA 
APRECIAÇÃO DE MENCIONADO 
RECURSO, DA JURISPRUDÊNCIA QUE O 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL FIRMOU 
NO EXAME DESSA CONTROVÉRSIA – 
RECURSO IMPROVIDO. 
 
Encontrado em: 06.08.2013. Segunda 
Turma ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-178 
DIVULG 10-09-2013 PUBLIC 11-09-2013 - 
10/9/2013 
TRT-15 - Recurso Ordinário RO 82660 SP 
082660/2008 (TRT-15) 
Data de publicação: 09/01/2009 
Ementa: SERVIDOR PÚBLICO - LICENÇA 
PARA TRATAR ASSUNTOS 
PARTICULARES - CONCESSÃO -PODER 
DISCRICIONÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO -
CONTROLE JURISDICIONAL QUANTO AO 
MÉRITO - LIMITES. O fato de a lei 
municipal instituir aos servidores 
benefício da "licença para tratar de 
assuntos particulares", não retira da 
municipalidade o poder de examinar a 
conveniência e oportunidade de sua 
concessão, em face dos interesses 
da Administração Pública.

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