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Vygotsky - principais conceitos

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VYGOTSKY 
Inspirou-se nos princípios do materialismo histórico e dialético para considerar o desenvolvimento humano como um processo de apropriação pelo homem da experiência histórica e cultural (biológico e social não são dissociados).
O homem se constituí como tal através de suas interações sociais; transforma e é transformado nas relações produzidas em determinada cultura.
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MEDIAÇÃO (INTERPESSOAL e INTRAPSÍQUICA)
O processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação. 
A relação deixa de ser direta e passa a ser mediada (por lembranças, pessoas, objetos, etc.).
A relação do homem com o mundo é uma relação mediada.
INSTRUMENTOS MEDIADORES: 
FÍSICOS: ferramentas que modificam o meio físico e a ação do sujeito. 
REPRESENTACIONAIS: Os SIGNOS (Instrumentos psicológicos) incidem e modificam a relação do homem consigo mesmo e com os outros.
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Os instrumentos – transformam e controlam a natureza.
Os signos – “instrumentos psicológicos”, ferramentas auxiliares no controle da atividade psicológica.
Sistemas simbólicos – organizam os signos em estruturas complexas e articuladas. São fundamentais para o desenvolvimento dos processos mentais superiores. A linguagem é o sistema simbólico básico do homem.
Os instrumentos e os Signos
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INSTRUMENTOS
“O trabalho é o que diferencia a espécie humana”.
O trabalho tem ação transformadora sobre a natureza. Desenvolve atividade coletiva e as relações sociais – e por consequência a utilização de instrumentos.
O instrumento amplia a possibilidade de transformar a natureza.
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SIGNOS
São elementos que representam ou expressam os objetos, eventos ou situações (“mesa”, “3”).
Quanto menor a criança, menos ela se utiliza dos signos.
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SIGNIFICAÇÃO – propriedade do signo, aquilo que um signo significa para os sujeitos em relação.
SIGNIFICADO – sistema de relações objetivas que se formou no processo de desenvolvimento da palavra (ou de outro signo); núcleo estável, compartilhado por todas as pessoas, coletivo.
SENTIDO – significado da palavra (ou demais signos) para cada indivíduo; núcleo instável; individual, particular, singular. 
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INTERIORIZAÇÃO – apropriação pelo sujeito das conquistas e conhecimentos historicamente produzidos, através das relações sociais, o que possibilita ao sujeito o constituir-se como ser consciente. 
INTERNALIZAÇÃO – movimento de reconstrução interna de uma operação externa.
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APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO 
 A aprendizagem da criança começa antes da aprendizagem escolar, mas a experiência anterior não implica continuidade direta entre a etapa pré-escolar e a escolar. A aprendizagem escolar dá algo de novo ao curso do desenvolvimento da criança. 
 
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   APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO 
 
DOIS NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO
o Efetivo – Zona de Desenvolvimento Real ou Efetiva (ZDR ou ZDE), e
 o Com Ajuda – Zona de Desenvolvimento Proximal ou Potencial (ZDP). 
ZONA DE DESENVOLVIMENTO POTENCIAL (ZDP)
 “[...] o único bom ensino é o que se adianta ao desenvolvimento”. 
Área do desenvolvimento potencial – diferença entre as tarefas realizáveis com auxílio e as que pode fazer sozinha.
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ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL / ZDP 
“Espaço” entre as conquistas já adquiridas, consolidadas pela criança (aquilo que já é capaz de realizar sozinha – Zona de Desenvolvimento Real / ZDR), e aquelas que, para se efetivar, dependem da participação, ajuda, de elementos mais capazes (outra criança, adulto - Zona de Desenvolvimento Potencial / ZDP). 
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ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL 
Jogo / Brinquedo: 
IMITAÇÃO – está extremamente ligada à capacidade de compreensão e só é possível no âmbito das ações acessíveis à pessoa – a criança pode imitar além das capacidades atuais. 
A criança vivencia papéis sociais muito além de suas possibilidades.
Opera com os significados que atribui aos significantes (objetos, palavras, etc.) e não com o concreto.
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 O desenvolvimento é prospectivo – considera o consolidado e focaliza o emergente, o potencial.
 As funções mentais superiores aparecem duas vezes: como funções interpsíquicas e intrapsíquicas (ex.: linguagem). 
 A aprendizagem (coletiva) estimula o desenvolvimento de funções internas. 
 O processo de desenvolvimento não coincide com o da aprendizagem, o processo de desenvolvimento segue o da aprendizagem, que cria a área de desenvolvimento potencial. 
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A escola deve ser um motor para os estágios de desenvolvimento ainda não incorporados dos alunos.
O processo ensino–aprendizagem na escola deve ser organizado considerando o Nível (ou Zona) de Desenvolvimento Real, num dado momento e com relação a um determinado conteúdo a ser desenvolvido (o que se espera daquele conteúdo).
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O professor tem o papel de interferir na ZDP de seus alunos, provocando avanços que não ocorreriam espontaneamente.
De forma alguma o professor pode assumir uma postura diretiva, uma pedagogia autoritária. 
A intervenção deve ser feita para desafiar o sujeito.
É fundamental na atividade escolar a interação entre os alunos, a criança mais avançada num determinado assunto pode contribuir para o desenvolvimento das outras. Tanto o adulto como a criança podem ser mediadores.
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