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Centro Universitário UnirG | 4º Período de MEDICINA | Turma XXIV | IMUNOLOGIA MÉDICA Página 1 de 4 CÉLULAS E ÓRGÃOS LINFÓIDES As células do sistema imunológico são encontradas circulando no sangue e linfa, organizados em coleções anatomicamente definidos em órgãos linfoides ou ainda espalhadas virtualmente (pode ser ou não encontrada) pelos tecidos. As células do sistema imune, algumas são fixas em alguns locais principalmente na entrada de agentes estranhos (antígenos = patógenos). Por exemplo, via respiratória, mucosa, baço (filtro imunológico). *Sistema linfático no SNC, dizia que era fechado e blindado. Mas existem vias de acesso para o SNC. Algumas células são especializadas em ativas na resposta imune inata e seguir para iniciar, ativar a resposta imune adaptativa. Um grande exemplo são as células apresentadoras de antígenos (APC), principalmente as células dendríticas. São células cheias de expansões que tem como função ampliar a área de detecção de antígenos. E consequentemente essa célula expressa grande quantidade de receptores para denunciar a presença de PAMPs (padrões moleculares associados a patógenos). As células do sistema imune tem o objetivo de manter uma memória. CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE Neutrófilos (PMN), monocitos/macrófagos (sua função depende de onde ele está e das proteínas expressas em sua superfície), mastócitos, basófilos, eosinófilos, APCs, células dendríticas (DCs), Linfocitos (B, T e NK). NEUTRÓFILOS Os polimorfos nucleares (neutrófilos) são os leucócitos mais abundantes da circulação chegando a compor 60 a 70% dos leucócitos. Eles possuem grânulos específicos denominados de azurófilos, ao qual guardam enzimas digestivas denominadas de metaloproteneinazes, que são enzimas que degradam praticamente qualquer constituinte do tecido conjuntivo, pra facilitar a sua passagem pelos tecidos. Eles fazem o intermédio da fase primária da resposta inflamatória. Tendo a função principal de fagocitose e posteriormente liberar substâncias que vão estimular a chegada de macrófagos e linfócitos. Tendo a intenção de barrar a proliferação dos microrganismos invasores. Ele só delimita a área, como se estivesse demarcando a região no oceano ao qual houve um derramamento de petróleo. Bastonetes são neutrófilos jovens. MONÓCITOS/MACRÓFAGOS Os monócitos são derivados dos monoblastos que são formados por células da medula óssea. Na circulação sanguínea, ela expressa proteínas, muda um pouco o núcleo e forma monócito (é o que encontramos no nosso sangue periférico). Quando o monócito sai da circulação e vai para os tecidos ele sofre transformações e vira um macrófago que pode ser circulante ou residente (chega no tecido e fica fixa). Ele pode ir pro SNC e receber o nome de microglia, no fígado são células de Kupffer, no pulmão são macrófagos alveolares, e nos ossos formam os osteoclastos (que são células multinucleadas). Macrófago vai ativado ou não? Ele precisa ser ativado, assim que detecta o antígeno é que torna- se ativada. Exemplo é a microgolia que fica em sentinela. ANOTAÇÕES Macrófagos podem ser pro-inflamatório, inflamatório, reguladores e híbridos. M1 (pro- inflamatório) é o ativado por interferon gama, que fagocita e destrói microrganismo, é o clássico. M2 (alternativamente ativado) é influenciado pelas interleucinas, promove reparo e cicatrização tecidual. Os reguladores bloqueiam a resposta imune. Esses macrófagos vão de acordo com ambiente. Centro Universitário UnirG | 4º Período de MEDICINA | Turma XXIV | IMUNOLOGIA MÉDICA Página 2 de 4 Na medula óssea, a célula tronco hematopoiética forma o monócito ou célula precursora de células dendríticas. O monoblasto irá formar o monócito e no sistema circulatório, que migra para os tecidos e originará macrófagos clássicos ou os diferencia de cada tecido. A célula dendrítica no sangue ou tecido pode formar a célula dendrítica convencional ou plasmocitóide (capacidade parecida com o linfócito B na produção de ACs). Por isso as células dendríticas (mais receptores e mecanismos mais rápidos) respondem e ativam outras células de maneira semelhante aos macrófagos, pois são da mesma linhagem. Os macrófagos não só fagocitam, na INFLAMAÇÃO E NA FEBRE eles liberam interleucinas 6, fator de necrose tecidual, interleucina 1, prostaglandinas, fatores do complemento, fatores da coagulação, fatores pirogênicos. ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS, processa e apresenta antígenos para o linfócito, produz interleucina 1 que é uma citocina pró- inflamatória, para montar a resposta inflamatória. REORGANIZAÇÃO TECIDUAL, macrófago anti- inflamatório, ele secreta fatores (elastase, colagenase, hialuronidase e outros fatores) aumentam a reparação do tecido morto e estimula a proliferação de fibroblasto e formação colágeno. LESÃO TECIDUAL: libera peróxido de hidrogênio, hidrobase ácidas, age junto com a AC3A que é um fragmento do complemento que “chama a célula inflamatória”. MICROBICIDA (principal atividade) destrói o microrganismo que ele fagocitar. ATIVIDADE TUMORICIDA pode matar tumores. MASTÓCITOS Sempre presentes na pele e mucosa, saem da circulação periférica. Possuem grânulos citoplasmáticos cheios de histaminas, substâncias vasoativas. Expressam na superfície grande quantidade de receptores FC de IgE e de IgG. O antígeno ao se ligar no anticorpo forma o imunocomplexo, quando este se liga a esse receptor, ele manda um sinal para o citoplasma do mastócito para que os grânulos de histamina sejam liberados, assim fazem a degranulação dos mastócitos. Aumenta permeabilidade do vaso, aumento de células de defesa no local. A dilatação não ocorre só neste local, o edema tecidual pode tornar-se edema de glote e obstruir a respiração. BASÓFILOS (Orelhas de freira) também possuem grânulos contendo histamina e receptores FC de IgE, com função de degranular enzimas digestivas para agir em respostas alérgicas. EOSINÓFILOS O eosinófilo está presente nas mucosas, células que migram para os tecidos. E presentes na circulação também. Possui grânulos com aminas vasoativas e enzimas digestivas. No processo ADCC (Citotoxicidade celular dependente de anticorpo) ANOTAÇÕES Ou seja, o macrófago só vai realizar a função de fagocitar, se algum antígeno se ligar ao seu receptor, ao se ligar termina de ativar e então ele modifica o citoesqueleto, o citoplasma se torna mais líquido, aumenta o número de pseudopodes, de radicais livres, aumenta a produção de enzimas digestivas, aumenta o trabalho de Complexo de Golgi na formação de vacúolos digestivos para facilitar na fagocitose. Centro Universitário UnirG | 4º Período de MEDICINA | Turma XXIV | IMUNOLOGIA MÉDICA Página 3 de 4 para destruição de vermes, principalmente helmintos das mucosas intestinais. Estão ligados a processos alérgicos e resposta contra helmintos, diferencial em análise laboratorial. São caracterizados pelo seu núcleo bilobulado e numerosas granulações alaranjadas no citoplasma. Eosinófilos e neutrófilos têm origens e funções semelhantes. No entanto, enquanto os neutrófilos acumulam-se rapidamente em focos de infecção bacteriana, os eosinófilos são atraídos para tecidos onde há invasão por parasitas ou sítios de reações alérgicas. CÉLULAS DENDRÍTICAS Qualquer microrganismo patógeno que estiver na pele querendo provocar infecção, essa célula fagocita ao reconhecer o receptor, uma vez que essa por receptores específicos está ancorada naquele tecido. Uma vez que haja a fagocitose do antígeno, a célula é ativada a deixarde expressar proteínas de ligação no tecido, começa a expressar receptores para quimiocinas que funcionam como atrativos de forma sinalizadora a “guiar’ a célula até o linfonodo mais próximo, chegando lá, informa ao linfócito o antígeno encontrado o que promove a formação de linfócitos ativados assim como a sua proliferação ocasionando o infarto do linfonodo. Começam a sair os linfócitos que permeiam a circulação até o foco inflamatório, no caso na pele, e montam a resposta imunológica. Esse é o caminho traçado por todas as células dendrítricas. Caso essa resposta já tenha sido montada antes (memória imunológica), vão existir linfócitos ativados contra esse patógeno circulando pelo corpo preparados para essa situação promovendo uma resposta imunológica muito mais rápida. LINFÓCITOS São as únicas células que compõe o sistema imune adaptativo, com um comportamento mais elaborado, mais especifico, podendo ser do tipo B e T, possuem uma grande variedade e em proporções consideráveis (1019), referente ao repertório linfocitário, sendo 2% no sangue (pois muitos são produzidos e migram para circulação), 10% na medula óssea porque parte deles são células de memória o que facilita respostas secundárias mais rápidas (por isso é importante tomar a vacina por se tratar de imunização ativa e não o soro, pois se trata de imunização passiva, sendo essa imunização ativa variando com o tipo de antígeno utilizado ou tipo de vacina). Além disso existem as células NK e variedades de células T (tóxicas e helper). ORGÃOS LINFÓIDES São divididos em dois tipos: centrais ou primários e periféricos ou secundários, que se definem pelas etapas da resposta imune. Os primários são medula óssea e timo, onde são produzidas as células do sistema imune e onde algumas são maturadas. Já a maturação por completo e final de resposta imune acontece nos órgão secundários. Os linfócitos todos são produzidos na medula óssea, porem os do tipo B maturam na medula óssea e os do tipo T maturam no timo, por isso chamado de linfócito T, anteriormente comprometido com esse tipo de linhagem, porém sua maturação acontece no timo, expressando durante esse processo moléculas de diferenciação (CD4+, CD8-), sendo as siglas CD significante de CLUSTER OF DIFFERENTIATION, podendo diferenciar os tipo de linfócitos T. Os órgão secundários são baço, linfonodos, mucosa, onde ocorrem ativação e mediação e finalização da resposta imune. Os antígenos que Centro Universitário UnirG | 4º Período de MEDICINA | Turma XXIV | IMUNOLOGIA MÉDICA Página 4 de 4 permeiam a circulação não passam ilesos, porque existem macrófagos em órgão estratégicos como o baço que dificultam a sua passagem. LINFONODO Conjunto de células imaturas, esperando por ativação, com sítios específicos de localização de linfócitos, que quando ativados promovem o infarto do linfonodo para proliferação de clones, que migram para a circulação e começam a resposta em si. RECIRCULAÇÃO LINFOCITÁRIA = VIGILÂNCIA IMUNOLÓGICA Linfócitos podem estar de forma circulantes ou presentes nos órgãos linfoides secundários, sendo ativados eles migram guiados através de citocinas para o foco inflamatório e lá processam a resposta imunológica.
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