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Aula 02 - [OK]

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Analista do TRE MG 
Professora Júnia Andrade 
www.pontodosconcursos.com.br 
Aula 02 
 Prezados, 
 Nesta aula, nós vamos abordar os aspectos pertinentes à 
análise da Expressão. 
 Como mencionei na aula anterior, é muito importante que esses 
aspectos sejam devidamente estudados, visto que a aplicação dos 
conhecimentos gramaticais na prova objetiva, em alguns pontos, 
difere das possibilidades de aplicação desses mesmos elementos na 
prova discursiva. 
Portanto, não é recomendável considerar que o estudo do 
português gramatical para a objetiva seja o suficiente para garantir 
pontos na prova discursiva. 
Boa leitura a todos! 
OS ASPECTOS FORMAIS OU ASPECTOS DE APRESENTAÇÃO 
� Letra: conforme explicamos na aula 01, a letra precisa ser 
legível, seja ela qual for. 
Em 2011, tivemos o primeiro registro, em concurso, de correção 
de letra: na prova da Infraero, o aluno que não se preocupou em 
demonstrar a diferença entre maiúsculas e minúsculas, sofreu com os 
cortes da FCC. E foram rígidos! 
� Acentos e demais sinais gráficos: alguns candidatos, por 
hábito ou por insegurança, grafam mal suas vírgulas ou acentos 
(grave ou agudo). Naturalmente, tal prática impediria um leitor 
comum de distinguir o sinal. Nos concursos, porém, os 
examinadores já consideram erro qualquer tentativa de 
“manobrar” a grafia bem explícita de sinais e de vírgulas. 
Assim, recomendo que sejam caprichosos na redação desses 
elementos. 
Infelizmente, se errarem uma pontuação ou acento na folha 
definitiva, não terão como apagar esse erro, porque a rasura 
destes sinais não é aceita pela banca. 
� Rasura: você já sabe: errou? Apenas dê um risco sobre a 
palavra incorreta e escreva a forma correta a seguir. 
Analista do TRE MG 
Professora Júnia Andrade 
www.pontodosconcursos.com.br 
Agora, é risco! Não é rabisco, nem uso de parênteses para isolar o 
erro! 
Como disse, isso ainda não causou problema mais sério, mas não 
vamos “brincar com fogo” na prova. 
Alguns alunos me perguntam também o seguinte: se eu tiver 
errado e não houver espaço mais para corrigir o erro, o que pode ser 
feito? Vale à pena “subir o morrinho e escrever sobre o erro? 
Infelizmente, a consideração cai no julgo subjetivo do examinador. 
Há examinadores que veem tal prática como erro formal, porque a 
palavra não alcança a pauta destinada à escrita. Outros costumam 
não penalizar isso. Mas é certo um fato: geralmente, eles perdoam, 
se a redação for excelente. 
Outra questão: podemos riscar uma linha inteira? 
Podemos sim! Abaixo deixo um exemplo de um trecho de uma 
redação, corrigida pela Funiversa, em 2011. O candidato errou uma 
linha inteira e, numa boa, riscou tudo, sem rasurar: 
 
 
Fonte: redação aprovada no concurso para Fiscal de Atividades Urbanísticas – DF/Funiversa/2011 
Uma lição importante sobre a maiúscula: não há letra maiúscula após 
dois-pontos, nem após ponto e vírgula! Salvo se a palavra for 
substantivo próprio. 
 
OS ASPECTOS GRAMATICAIS MORFOSSINTÁTICOS 
 Esse conjunto de aspectos traz a essência das falhas 
gramaticais. Falaremos sobre alguns casos importantes que envolvem 
concordância, emprego e colocação de pronomes, crase, regência, 
correlação verbal e pontuação. 
Analista do TRE MG 
Professora Júnia Andrade 
www.pontodosconcursos.com.br 
� Concordância verbal: vamos trabalhar os casos mais comuns, 
principalmente extraídos de redações feitas para concursos 
diversos em 2011 e em 2012. 
Caso 01 – sujeito distante do verbo 
Trata-se do caso mais comum que implica erros de concordância. 
Ele ocorre quando o candidato estende demais a frase – o que é um 
erro também – e, com isso, perde a noção do sujeito que ficou linhas 
atrás. Exemplos: 
a) A competência das polícias civil e militar, em função das 
diferenças de atuação e de legislação, são caracterizadas, 
respectivamente, por... 
b) Assim, o conjunto de normas, que regulamentam a vida social, 
devem simbolizar o progresso tecnológico, sem ferir os 
costumes inerentes à sociedade. 
c) Num concurso, por exemplo, a elaboração do edital e das 
provas devem ser claros, em observância à publicidade dos 
atos. 
Correção: 
a) A competência das polícias civil e militar,..., é 
caracterizada... 
b) ...o conjunto de normas,..., deve simbolizar... 
c) ...a elaboração do edital e das provas deve ser clara... 
Tais falhas ocorrem, porque o candidato se esquece do núcleo do 
sujeito (“competência”, “conjunto” e “elaboração”), termo com que o 
verbo realmente deveria concordar, e estabelece a concordância com 
termos acompanhantes dele (os adjuntos adnominais). 
A possibilidade de plural nesses casos só se manifesta nestas duas 
formas: 
� em caso de sujeito composto, deverá haver, pelo menos, o 
artigo antes do segundo adjunto adnominal. 
Exemplo: a competência da polícia civil e a da militar,..., são 
caracterizadas... (ficam implícito realmente, por causa do 
artigo, que temos duas competências diferentes). 
� Em caso de sujeito simples – formado por núcleo partitivo 
(ideia de parcela de um conjunto). 
Exemplo: a maioria (a minoria, metade etc.) das normas,..., 
deve simbolizar ou devem simbolizar... 
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Professora Júnia Andrade 
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Quando o núcleo traz ideia de parcela de um conjunto, é 
possível concordar com o núcleo mais próximo. 
Sugestão importante: na dúvida, opte pelo singular. Há menos 
chances de errar um verbo, com esse tipo de flexão! 
 
Caso 2 – verbos impessoais 
 Vou me restringir a falar sobre dois verbos impessoais, já que 
são eles os causadores de problemas nas discursivas. Vamos estudar 
o uso do verbo HAVER e do verbo pronominal TRATAR-SE. 
 Primeiramente, esclareço que verbo impessoal é aquele que, 
por motivos de significado, não aceita sujeito. Sendo assim, os 
verbos impessoais, em geral, não se flexionam no plural, já que não 
dispõem de sujeito para ordená-los a isso. 
Assim, o verbo HAVER, quando indica tempo decorrido ou possui 
sentido de “existir”, deve ser empregado no singular. Isso acontecerá 
também se ele for o verbo principal de uma locução (o último verbo); 
inclusive, ele manterá toda a locução no singular. 
Exemplos: 
a) Haviam fatores que impediam a fiscalização eficiente das 
fronteiras... 
b) Têm havido propostas nesse sentido... 
Correção: 
a) Havia fatores... 
b) Tem havido propostas... 
Os termos que seguem estes verbos não são sujeitos deles; são 
meros complementos verbais (objetos) com os quais estes verbos 
naturalmente não concordam. 
O verbo TRATAR-SE também só pode ser empregado no singular. 
Exemplo: trata-se de cláusulas fixas, que amparam o direito. 
Sugestão importante: recomendo que nem usem o verbo “tratar-
se” para que evitem outros problemas além do risco de fazer 
concordância incorreta. No lugar dele, prefiram “consiste”, “significa” 
etc. 
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Outra sugestão: se forem usar o verbo HAVER para indicar tempo 
decorrido, dispensem o uso do advérbio “atrás”. Isso evita 
redundâncias, tais como “Há alguns meses atrás, a polícia invadiu...” 
 
Caso 3 – verbos seguidos de partícula SE 
 Caso importantíssimo para as provas da FCC! 
 É comum, e é correto, trabalhar a redação em terceira pessoa, 
como forma de se tornar o discurso impessoal. De posse disso, os 
candidatos certamente empregarão formatos verbais do tipo: 
VERBO + partícula SE. 
 O problema é que, por descuido ou desconhecimento da regra, 
surgem falhas de concordância. 
 Mas o caso é de fácil solução. Para saber se um verbo desse 
tipo será flexionado no plural, basta reescrever a frase, num 
movimento da direita para a esquerda. 
Se houver plural nessa reescrita, isso indica que o verbo deveria, 
então,estar no plural. Agora, se não for possível reescrever a frase, o 
verbo deverá permanecer no singular. Confira: 
a. Acrescenta-se a esse fator os ilícitos... 
b. Necessita-se de melhorias na saúde e na educação. 
Correção: 
 A única opção errada nesses exemplos é a letra “a”, pois, 
como temos “os ilícitos são acrescentados a esse fator”, o 
correto seria “acrescentam-se ...os ilícitos”. 
 Já o verbo da letra b permanecerá no singular, porque não 
houve flexão, na medida em que ele não pode ser reescrito. 
� Concordância nominal 
 Raramente num texto, os candidatos precisam realmente 
estabelecer concordância nominal. Pelo menos, na maioria das vezes, 
os casos não apresentam dificuldades. 
 No entanto, destacamos os seguintes, visto que são mais 
empregados: 
Caso 1 – é bom, é necessário, é proibido, etc. 
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 Tais expressões estabelecerão concordância, se o substantivo 
vier precedido de artigo. Do contrário, permanecerão invariáveis. 
 Exemplos: 
a. É necessário leis que punam tais infratores. 
b. São necessárias as leis que punham tais infratores. 
Vejam que no primeiro caso, a ausência de artigo antes de 
“leis” deixou a expressão invariável. Já no segundo, a concordância 
foi obrigatória em função do artigo ante de “leis”. 
Caso 2 – alerta 
 Alerta é advérbio; por isso, deverá ser empregado sempre no 
singular. 
 Exemplo: os pais devem estar alerta para o comportamento dos 
filhos. 
Caso 3 – milhar 
Milhar e milhão são expressões masculinas. Assim dizemos “alguns 
milhares de mulheres protestaram”. 
� Regência verbal 
Alguns casos de regência verbal praticamente se fazem presentes 
nas redações da maioria dos candidatos. De todos os casos, os 
verbos visar, assistir e implicar são os mais presentes e também são 
os que mais são empregados incorretamente. Assim, aparecem 
construções errôneas dos seguintes tipos: 
a. A população assiste atos de violência cada vez mais comuns. 
b. O papel do legislador visa o estabelecimento da democracia. 
c. A retirada do amparo social implica na perda de votos. 
Correção: 
VTD = verbo transitivo direto – sem preposição no 
complemento 
VTI = verbo transitivo indireto – com complemento 
preposicionado 
a. A população assiste aos atos de violência (VTI = ver, 
presenciar) 
b. O papel do legislador visa ao estabelecimento... (VTI = 
almejar) 
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c. A retirada do amparo social implica a perda de votos. 
(VTD = resultar, acarretar). 
 
� Crase 
Infelizmente, há quem erre crase, e este é um erro que não há 
como disfarçar, pois os examinadores o identificam de pronto. 
Sem querer prolongar o discurso, mas sem perder a essência do 
aprendizado, podemos dividir o trabalho com a crase em três grupos: 
1º - casos de ocorrência 
Como a crase é, na maioria dos casos, fruto de uma relação de 
regência. O primeiro que devemos fazer é observar se há algum 
nome, exigindo a preposição A. Em seguida, devemos observar a 
possibilidade de existir outro A, ao qual a preposição A irá se fundir, 
para formar o que chamamos “crase”. 
Exemplos: 
a. No combate à prática de crimes ...(o combate A + A (artigo def. 
feminino) 
b. ...destinado àquele mesmo padrão. (destinado A + A do 
pronome AQUELE) 
 
2º - casos proibidos 
 Vale lembrar que não se usa crase nos seguintes casos: 
a. Antes de verbo: a partir de hoje,... 
b. Antes de masculino: a prazo, a despeito de, ... 
c. Entre palavras repetidas: dia a dia, cara a cara, ponta a 
ponta,... 
d. Antes de artigo indefinido: refere-se a uma lei... 
e. Antes de pronomes indefinidos: cada, toda, nenhuma, alguma, 
certas, qualquer etc. 
f. Antes de pronomes em geral: esta, essa, ela, V. Exa., etc. 
 
3º - casos de emprego facultativo 
a. Antes de possessivos femininos no singular: refere-se a sua 
ideia = refere-se à sua ideia. 
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Todo cuidado é pouco! Se a palavra feminina estiver no plural, 
haverá crase somente se antes dela vier o artigo definido também 
no plural. Exemplo: refere-se a leis federais/refere-se às leis 
federais. 
 
Reiterando: cuidado com UMA, TODA, CADA, ESTA, ESSA. Tais 
formas não recebem crase! 
Obs: distância só recebe crase, se estiver especificada. 
Exemplos: curso a distância./Moro à distância de 100 metros de 
sua residência. 
� Emprego de pronomes 
a. Em vez de empregar o pronome ONDE, prefira EM QUE, ou NO 
QUAL, ou NA QUAL. Isso evitará erro comum quanto à 
referência do pronome ONDE. 
b. MESMO: não use “o mesmo”, “a mesma”. Apesar do uso 
comum, é erro usar este pronome apenas para substituir 
substantivos. Sua função é outra: acompanhar o substantivo. 
Portanto, está incorreto construção do tipo: “nada foi feito com 
relação ao mesmo”. 
 
� Colocação de pronomes oblíquos átonos 
a. Quando antes do verbo houver outro pronome, advérbio ou 
conjunção subordinativa, antecipe o oblíquo para que ele possa 
estar em posição de próclise. Exemplos: 
• Estes se dividem em dois grupos. 
• 
• Não se deixou abater pelas denúncias. 
• Certamente se comprometeria... 
• Embora se opusesse ao grupo,... 
b. Não use pronome oblíquo átono após qualquer futuro ou no 
início de frases. Exemplos: 
• Assim, se manifestando....(errado) 
• Conquistaria-se o poder...(errado) 
 
Correto: Assim, manifestando-se.../conquistar-se-ia o 
poder... 
 
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� Pontuação 
 Primeiramente raciocinemos o seguinte: por que empregamos 
pontuações? 
 Ora, o correto seria não existirem vírgulas, pontos etc., ou seja, 
a frase deveria fluir livremente entre suas palavras. Mas tais sinais 
existem para ajudar a frase a indicar que algo está fora da ordem de 
clareza. Tal termo – clareza – é muito importante para que 
compreendamos o fator pontuação, de uma vez por todas. 
 Imaginemos a ordem direta do português: 
Sujeito + verbo + complementos (objetos) 
 Estes três elementos são essenciais e dispostos nessa ordem 
estão escritos na ordem direta. Vejamos um exemplo para aclarar o 
ponto a que quero chegar: 
Eu fiz minhas redações. 
Pessoal, vejam que a frase é facilmente compreensível, pois ela 
está na ordem direta e possui os elementos essências da sintaxe. 
Então, a gramática é justa conosco, pois não teremos de empregar 
ponto algum neste caso, até porque, se o fizéssemos, estaríamos 
interrompendo o fluxo da informação. 
Então para que pontuar? 
Resposta simples! 
A pontuação aparece, como opcional ou obrigatória, na medida em 
que precisamos fazer ajustes nesta ordem direta: quando temos que 
inverter elementos na ordem ou inserir outros termos sintáticos na 
frase. 
Resumindo: a pontuação marca eventos inesperados, tais como 
perda da ordem e inserção de elementos a mais na frase. 
Exemplo: eu fiz minhas redações, ontem à noite. 
Vamos complicar um pouco agora. Suponhamos que temos um 
período composto por duas orações (conte o número de verbos para 
saber o total de orações). 
Exemplo: Choveu bastante/ quando eu estava na rua. 
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Observando a frase, temos a seguinte ordem: oração principal 
“choveu bastante” e oração subordinada “quando eu estava na rua”. 
Nesta ordem “oração principal + oração subordinada”, o máximo 
que precisaríamos é de uma vírgula, cujo uso seria opcional, já que a 
ordem direta desse complexo frasal foi mantida. Esta vírgula só 
serviria para pausar a leitura, visto que temos duas orações com 
pouca dependência semântica. 
Exemplo: choveu bastante, quandoeu estava na rua. 
Por outro lado, se invertermos essa relação, transformando a 
oração em ordem indireta, teremos de empregar vírgula 
obrigatoriamente. 
Exemplo: quando eu estava na rua, choveu bastante. 
Resumindo tudo o que disse e sendo mais pontual, temos o 
seguinte: 
1º - sempre que a oração começar com preposição ou conjunção 
ou for intercalada por termos que contenham estas classes, vamos 
empregar vírgulas, porque são inversões na ordem da clareza. 
Exemplos: 
• No Brasil, a taxa de analfabetismo chega a 7%. 
• Diante dos problemas enfrentados pela população, a 
internet se tornou um meio... 
• Para se chegar a tal ponto, é preciso... 
• Eles podem, por exemplo, questionar a eficácia... 
• A presidente, apesar das críticas, reconhece... 
 
Também temos que lembrar que GERÚNDIO, PARTICÍPIO e 
INFINITIVO formam orações reduzidas. Tal fator é também uma 
alterações no modelo frasal e, por isso, precisa ser apontado, a 
partir da inserção de vírgula. 
Exemplos: 
• Sendo assim, é preciso investir em segurança... 
• A polícia, para treinar seus agentes, precisa de apoio 
tecnológico,... 
• São atos e fatos, observados em lei. 
 
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Importante saber: a expressão POR EXEMPLO sempre vem entre 
vírgulas! 
Exemplos: 
-Ele, por exemplo, não quis conversar. 
- Foram feitas algumas mudanças como, por exemplo, ampliar as 
salas e melhorar a iluminação. 
ou 
- Foram feitas algumas mudanças como, por exemplo: ampliar... 
 
Importante saber: antes de GERÚNDIO, quando este está “preso à 
informação anterior, e antes de POIS, empregamos vírgula! 
 
Quando usaremos ponto e vírgula? 
Podemos usar ponto e vírgula para enumerarmos elementos ou 
orações ou podemos fazer desse sinal um organizador do discurso. 
Suponhamos que numa enumeração tenhamos que explicar algum 
dos elementos enumerados. Nesse caso, devemos diferenciar as 
pontuações para que se estabeleça a clareza discursiva para o leitor. 
Assim, empregaremos o ponto e vírgula para enumerar e a vírgula 
para explicar. Teremos, então, uma composição com sinais gráficos 
diferentes para funções diferentes. 
Exemplo: 
a. A extinção do crédito ocorre pelo pagamento do montante 
apurado pela autoridade fiscal; pela prescrição, quando o que 
se finda é prazo de cobrança fiscal; pela compensação, quando 
o contribuinte possuir créditos suficientes para com o fisco e o 
solicitar; pela transação, que é um acordo entre o contribuinte 
e o órgão fiscal. 
 
Vejam que, quando se vai explicar algum dos elementos 
enumerados, a vírgula entra em ação, deixando o ponto e vírgula 
exercer outro ofício, o de enumerar os itens, no caso. 
 
Importante saber isto: Se for empregar dois-pontos para enumerar, 
use antes um pronome de valor catafórico – o seguinte, este, esta. 
Analista do TRE MG 
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Ex.: As funções do TCU são as seguintes: auxiliar o Senado, julgar 
as contas... 
As aspas: se for empregar estrangeirismos, latinismos ou 
neologismos (palavra inventada), use aspas. Exemplo: “Mensalão”, 
“light”, “ex-tunc”. 
 
OS ASPECTOS GRAMATICAIS TEXTUAIS 
 
Recomendo muita atenção na leitura desse conjunto de aspectos. 
Um erro aqui pode comprometer a macroestrutura da redação 
também. Assim, temos elementos que implicam a perda de pontos 
em coesão e coerência, clareza e organização frasal. 
� As conjunções 
 As conjunções, em muitos casos, não só ligam as orações, mas 
também estabelecem sentido. Assim, saber seu uso correto é 
imprescindível. Do contrário, melhor optar por frases coordenativas, 
ou seja, independentes, que possam não precisar desses conectores. 
 Numa dissertação, é comum o uso de conjunções causais, 
concessivas, finais, conclusivas e adversativas. 
 Nesta aula, não cabe citar todas as conjunções. Mas listo alguns 
perigos, para os quais recomendo atenção: 
a. Causais: na medida em que e porquanto são conjunções com o 
valor de PORQUE. O problema é que muita gente se equivoca 
com a grafia delas. Assim, recomendo usar s bons e velhos 
porque, pois, já que. 
b. Concessivas: posto que é concessiva. Jamais usem posto que 
para dar sentido de porque!!! 
c. Finais: para e a fim de (que) são as duas, praticamente, únicas 
conjunções finais. O cuidado está no uso da final “a fim de 
que”, cuja grafia correta é essa, em que o “a” fica separado do 
“fim”. 
d. Adversativas (mas, porém, no entanto, entretanto, contudo, 
todavia): não há problemas sérios com o uso de adversativas. 
No entanto, é bom usar vírgula depois delas! 
Analista do TRE MG 
Professora Júnia Andrade 
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e. Usem conjunções conclusivas para finalizar a redação!!! Alguém 
espalhou um infeliz boato, dizendo que nos concursos não se 
pode usar conjunção conclusiva para iniciar a conclusão. 
Sinceramente!!! Quando um candidato for punido num concurso 
por causa de uma conjunção conclusiva, empregada para fins 
de conclusão, vou guardar meu diploma e abrir uma cozinha – 
outra atividade que adoro! 
Por favor! É para usar mesmo (portanto, por conseguinte, logo, 
por isso etc. ). Usem vírgula depois delas, ok. 
”Diante do exposto” é típico de texto narrativo. Essa expressão deve 
ser evitada nas dissertações! 
 
� Pronomes anafóricos 
 
 Assunto de extrema importância para o estudo da coesão. 
Sempre que forem se remeter à frase (ideia anterior), usem as 
formas pronominais esse, essa, isso, fazendo-se a devida 
concordância. 
Exemplo: houve investimentos na educação. Dessa maneira, as 
médias nacionais subiram. 
Por outro lado, se forem fazer referência a nome isolado, usem 
este, esta. 
Exemplo: houve investimentos na educação. Esta merecia 
atenção do governo. 
 
� Vocabulário 
 
Num concurso, pessoal, a gente emprega um vocabulário simples, 
sem rodeiros, sem arcaísmos, para que ele transmita a informação de 
modo claro e coerente. 
Assim, se me permitam, vou realizar verdadeiros cortes para 
evitarmos riscos. Meus cortes são didáticos. Na verdade, eu até 
Analista do TRE MG 
Professora Júnia Andrade 
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poderia abrir mão de alguns casos, mas prefiro não arriscar e 
recomendo que retirem da redação de vocês os seguintes termos: 
- onde, mesmo, tratar-se, carta magna, dentre, posto que, diante 
do exposto, acima, abaixo, mister, hodiernamente. 
Listinha proibida! 
� Siglas 
Se forem empregar siglas, devem observar o seguinte: 
1º - só empreguem sigla, se realmente forem usá-la ao longo do 
texto! Assim, não gastem sigla à toa, pois a redação pode ficar com 
mensagens pouco claras para o receptor. 
2º - Só empreguem sigla, após usá-la, lado do nome extensivo. 
Exemplo: TRE (Tribunal Regional Eleitoral). 
3º - Só empreguem sigla oficial. Não criem siglas à toa. 
Vamos resumir a aula? 
Recomendo que leiam esse resumo, logo que terminarem de fazer 
o rascunho da redação de vocês. Isso ajudará vocês a aprenderem a 
fazer o que chamamos de autocorreção, fator de extrema importância 
para o momento da prova discursiva. 
ERROS DE FORMA 
 
� Se errar uma palavra ou mesmo uma letra, pessoal, risque a 
palavra, e escreva a grafia logo a seguir. 
� Não deixem de acentuar palavras. Muitos de vocês não 
acentuaram palavras simples, tais como princípios, públicos e 
consequência. 
� Não importa a letra que usarão para grafar, desde que ela seja 
legível e que vocês diferenciem (pelo tamanho mesmo), 
maiúsculas de minúsculas. 
� Após dois pontos, a gente usa letra minúscula. 
� Se usarem estrangeirismos ou latinismos com iniciais 
minúsculas, usem aspas. Exemplos: light, compliance, modus 
operandi etc 
 
Analista do TRE MG 
Professora Júnia Andradewww.pontodosconcursos.com.br 
 
ERROS GRAMATICAIS 
� Em lugar de ONDE, usem EM QUE, é menos arriscado. 
� Evitem conjunções como NA MEDIDA EM QUE, POSTO QUE. 
Vocês podem se esquecer de palavras delas ou mesmo do 
sentido restrito que cada uma possui. 
� Se fizerem frase curta, não sentirão falta de vírgula. 
� Se forem empregar o sinal de dois pontos, não deixá-lo após 
verbo ou após conjunção. Exemplo: os princípios são:... 
� No caso anterior, basta usar um nexo que anuncia a explicação 
ou enumeração. Exemplo: estes, os seguintes. 
� A expressão “por exemplo” deve vir entre duas vírgulas. 
� E para resumir a crase, basta lembrar que não há crase antes 
de UMA (artigo indefinido), ESTA, ELA, TODA, CADA, 
QUALQUER, ALGUMA etc. 
 
ERROS TEXTUAIS 
� Há examinadores que julgam que Carta Maior, Carta Magna, 
sejam jargões de área. E eles têm respaldo na literatura do 
português jurídico para provar isso. Portanto, evitem esses 
usos. Usem apenas a sigla CF/88 ou o nome extensivo. 
� Usem o bom senso para empregar siglas. Não pode haver 
invenção de sigla. 
� O certo é usar siglas oficiais, entre parênteses, ao lado de seus 
nomes extensivos, para depois empregá-las livremente. 
� Mas há casos em que podemos nos valer somente das siglas. 
Quando vamos enumerar impostos, ou quando vamos citar uma 
sigla de nome extensivo longo ou mesmo em idioma 
estrangeiro, nesse caso basta usar somente a sigla mesmo. 
� Parágrafos: devem se enquadrar num espaço que não consuma 
menos que 4 linhas ou mais que 7 linhas. 
 
Mais uma vez, fica meu abraço a todos! 
Júnia Andrade

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