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DIREITO ADMINISTRATIVO
AGENTES PÚBLICOS
CRFB/88
SERVIDORES PÚBLICOS 
1
1
AGENTES PÚBLICOS
“É toda pessoa física que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da Administração indireta”. (Di Pietro)
“São todas as pessoas físicas incumbidas definitivamente ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal”. (Hely)
	
	
 -Agentes Políticos
	
- Eleitos (Governo, Função Política)
	
	(Formadores da vontade superior do 
	- Nomeados p/ Cargos em Comissão: Ministros e Secretários
	
	 Estado)
	- Magistratura, MP, TC
	
	
	
	
	
	- P.M. dos Estados (art. 42, CRFB/88)
	
	 -Militares
	- Corpos de Bombeiros (art. 42, CRFB/88)
	AGENTES
	
	- Forças Armadas (arts. 142 e 143, CRFB/88)
	
	
	
	PÚBLICOS
	
	- Agentes Honoríficos (jurados, mesários eleitorais)
	
	 -Particulares em Colaboração
	- Agentes Delegados (tabeliães, leiloeiros, tradutores públicos)
- Agentes Credenciados (médicos do SUS, advogados dativos)
	
	
	- Agentes de Fato Necessário ou Gestores de Negócio (assumem espontaneamente função em calamidades)
	
	
	
	
	
	- Estatutários ou Funcionários Públicos (Regime Estatutário, Cargo)
	
	 -Servidores Públicos ou
	- Celetistas ou Empregados Públicos (CLT, Emprego Público)
	
	 Agentes Administrativos
	- Temporários (Necessidade Temporária e Excepcional, Função)
- Profissionalidade. (profissão, categoria)
Características 		- Definitividade (permanência no desempenho da função)
- Hierarquia Administrativa
 2
CLASSIFICAÇÃO
1
3
	Estatutários: são aqueles cuja relação jurídica de trabalho é disciplinada por diplomas legais específicos, denominados estatutos.
	Empregados: aqueles cuja relação de trabalho é regida pela CLT (Administração Direta, Autarquia e Fundação).
	Temporários: (CFRB, art. 37, IX)
CRFB/1988:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; (o grifo é meu)
A CRFB/88, que substituiu a expressão funcionário público por servidor público, previu, na redação original, regime jurídico único para os servidores da Administração Direta, autarquias e fundações públicas (art. 39). A partir a EC 19/98, a exigência deixou de existir, de modo que cada esfera de governo poderá instituir o regime estatutário ou o contratual, com a possibilidade de conviverem os dois regimes na mesma entidade ou órgão, não havendo necessidade de que o mesmo regime adotado para a Administração Direta seja igual para autarquias e fundações públicas.
Agente Público
Conceito: é aquela pessoa física que se vincula com o Estado, tendo com este uma vinculação jurídica, por alguma situação fática, ou por concurso público ou, ainda, porque foi provida em cargo em comissão, ou como empregado público temporário.
Precisamos saber qual é esse vinculo para podemos classificar.
Por que eu preciso saber a natureza jurídica e a classificação de alguns institutos?
Porque a natureza jurídica vai trazer algumas conseqüências jurídicas.
Dentro do gênero agente público, temos algumas espécies, que têm peculiaridades, atinentes aos mesmos.
Concurso público não é a única forma de constituição do vínculo, vejam a eleição.
Vínculo jurídico é o conjunto de direitos e obrigações e em contrapartida o Estado também tem deveres em face daquela pessoa física.
É importante identificar quem é agente público, para efeito de se determinar quem é a autoridade pública coatora no Mandado de Segurança.
E mais, a questão da responsabilidade objetiva do Estado.
A partir do momento que ele é um agente público, por todos os atos que ele praticar nessa qualidade, o Estado será responsabilizado solidariamente com a pessoa física. Mas o estado responde objetivamente, e a pessoa física responde subjetivamente (necessita provar que o agente agiu ao menos culposamente).
Mas, não basta apenas identificar o vínculo da pessoa física com o Estado, temos que verificar se naquele momento a pessoa está ou não no exercício de função pública.
Não é porque alguém é delegado de polícia que se ele provocar um dano a terceiro vai ser como agente público.
Os atos da vida privada do agente público são resolvidos à luz do direito civil. Não tem nada haver com direito administrativo.
E função administrativa? É aquela que decorre da lei ou da CF.
Toda pessoa física, todo agente público tem atribuições, só podendo praticar atos de acordo com o que está previsto dentro das mesmas.
Então, vejam bem! Eu não tenho situações em que uma pessoa pega a carteira de um servidor e sai praticando atos, como se fosse agente público, sem que a administração tenha qualquer conhecimento, aqueles atos são inexistentes. Não há responsabilidade do Estado, não cabe nada contra essas pessoas.
Não há responsabilidade do Estado!
Mas, é diferente da pessoa que passa num concurso. Nesse caso, a Administração Pública investe o agente naquele cargo e depois vai descobrir que ele tinha um diploma falso, algum problema.
Quando o servidor é putativo, o ato existe em face da teoria da aparência e da boa-fé de terceiros, que vão poder exigir do Estado todos os seus direitos, porque aquela pessoa é como se fosse um servidor, é um servidor putativo.
Mas, nesse caso, a própria administração investiu, colocou aquela pessoa ali, só não houve uma fiscalização efetiva.
Ou mesmo aquelas pessoas que são convidadas por policiais para participarem de operação, o X9, há conhecimento da administração, logo ela deve ser responsabilizada, por causa da culpa in vigilando.
Agora, vamos ser mais objetivos!
Hoje, temos quatro grandes categorias de agentes públicos:
Agentes Políticos;
Servidores Públicos;
Particulares em colaboração;
Militares.
Onde se encaixam o juiz e o promotor? Qual a categoria que eles se encaixam? Agentes Políticos.
Outra coisa que não existia antes da emenda: empregado público.
Empregado público, sempre foi aquele servidor que prestava concurso para empresa pública e sociedade de economia mista.
A partir da EC 19, empregado público podia ser da Administração Direta ou Indireta.
Empregados Públicos, antes da Emenda 19, eram só aqueles que faziam concursos para as pessoas jurídicas de direito privado. A partir de então, qualquer parte da Administração pôde contratar empregado público, em face do regime.
Atualmente, o governo não quer mais saber de estabilidade, quer mandar todo mundo embora, e não quer mais pagar aposentadoria integral para ninguém.
È interessante notar, que se passou a ter que olhar no edital para ver se aquele concurso seria para emprego público ou para cargo público, porque antigamente ninguém tinha dúvida.
No entanto, é imprescindível observar a decisão do STF, de 02 de agosto de 2007, senão vejamos:
2/8/2007 
Plenário suspende artigo da Constituição sobre contratações de servidores públicos (atualizada) 
Ao retomar o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2135 com o voto-vista do ministro Cezar Peluso, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) resolveu hoje (2), por maioria, conceder liminar para suspender a vigência do artigo 39, caput, da Constituição Federal, em sua redação dada pela Emenda Constitucional (EC) 19/98. A norma, questionada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Democrático Trabalhista (PDT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Socialista Brasileiro (PSB), eliminava a exigência do Regime Jurídico Único e planos de carreira para os servidores da Administração Pública Federal, das autarquias e fundações públicas. Com a decisão, volta a vigorar a redação anterior do artigo.
Antes do início da sessão já haviam votado para conceder a medida cautelarna ADI 2135 o relator, ministro Néri da Silveira (aposentado), a ministra Ellen Gracie e os ministros Sepúlveda Pertence, Eros Grau e Carlos Ayres Britto. Contra a concessão da liminar haviam votado os ministros Nelson Jobim (aposentado), Ricardo Lewandowski e Joaquim Barbosa. 
Voto-vista
Na sessão desta tarde, o ministro Cezar Peluso, em seu voto-vista, disse acre ditar que o voto do ministro relator, Néri da Silveira (aposentado), teria dado uma solução correta à controvérsia. Ele ressaltou o fato de que a proposta de alteração do caput do artigo 39 da Constituição Federal não foi aprovada pela maioria qualificada (3/5 dos parlamentares) da Câmara dos Deputados, em primeiro turno, conforme previsto no artigo 60, 2º, da própria Constituição.
Ao elaborar o texto enviado para votação em segundo turno, relatou Cezar Peluso, a comissão especial de redação da Câmara dos Deputados teria deslocado o parágrafo 2º do artigo 39 – que havia sido aprovado, para o lugar do caput do artigo 39, cuja proposta de alteração havia sido rejeitada no primeiro turno. O ministro frisou que o próprio Regimento Interno da Câmara dos Deputados, em seu artigo 118, assenta que não há como se fazer essa transposição por mera emenda relacional.
Pela concessão da liminar votaram, ainda na sessão de hoje, os ministros Marco Aurélio e Celso de Mello. Eles confirmaram o fato de que a Emenda Constitucional 19/98 teria sido aprovada sem a observância do regime bicameral, ou seja, o texto deveria ter sido analisado tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado Federal. 
Dessa forma, por oito votos a três, o Plenário deferiu medida cautelar para suspender o caput do artigo 39 da Constituição Federal, voltando a vigorar a redação anterior à EC 19/98.
A ministra Ellen Gracie, ao proferir o resultado do julgamento, esclareceu que a decisão tem efeito ex-nunc, ou seja, passa a valer a partir de agora. Com isso, toda a legislação editada durante a vigência do artigo 39, caput, com a redação da EC 19/98, continua válida, explicou a ministra, ressaltando que, dessa forma, ficam resguardas as situações consolidadas, até o julgamento do mérito.
Seção II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.
(Redação original da Constituição de 1998)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) // (Vide ADIN nº 2.135-4)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (grifos meus)
(Atual Redação, após a concessão de medida cautelar pelo Pleno do STF, na ADIN nº 2.135, em 02 AGO 2007)
Com a decisão supramencionada, o Supremo Tribunal Federal ao constatar um vício formal na elaboração do caput, do art. 39, com a redação dada pela Emenda Constitucional 19, por conseguinte, determina a sua suspensão, gerando, assim, a volta da vigência do texto original do referido dispositivo, com a redação determinada pela da Carta Social de 1988, e o conseqüente retorno do regime jurídico único para a Administração Direta, Autarquias e Fundações Públicas.
Deve-se observar que – via de regra – os entes federativos, pós Constituição de 1988, elegeram regimes estatutários como regimes jurídicos únicos, em obediência ao antigo (agora atual) caput, do art. 39 da Constituição da República de 1988.
Logo, a partir do dia 02 de AGOSTO de 2007, temos o renascimento do mandamento normativo constitucional do Regime Jurídico Único para a Administração Pública Direta, Autarquias e Fundações Públicas.
Outrossim, entendo não existir o acaso, hoje a Administração Pública volta a possuir um legítimo instrumento de gestão de seus servidores públicos, presente no Regime Jurídico Único, sem maiores espaços para àqueles gestores da coisa pública pouco preocupados com os lídimos interesses da coletividade.
O agente político tem um vínculo, um liame não-profissional, em regra é ligado ao Estado pela eleição.
Presidente, governador, prefeito, senadores, deputados e vereadores são todos eleitos. Mas essas pessoas, geralmente, indicam para o primeiro escalão, cargos de confiança. Então, ministros e secretários também são considerados agentes políticos, embora não tenham sido eleitos. 
São agentes políticos porque o agente político é aquele cuja atribuição está vinculada diretamente na CF. São agentes que possuem um alto grau de discricionariedade. E são agentes temporários.
Assim, para aqueles que entendem que agentes políticos são apenas aqueles que são eleitos ou nomeados, por tempo limitado e cuja a atribuição está determinada na CF, como ficam os juízes e promotores?
Pois juízes e promotores prestam concurso público.
Para aqueles que entendem que juízes e promotores são agentes políticos, afirmam isso porque as atribuições de juízes e promotores foram explicitadas pela CF, e quando se manifestam o fazem representando a vontade do Estado, sem que haja qualquer vinculação, eles têm independência para se manifestar.
Toda decisão judicial ou parecer do MP é manifestação de vontade do Estado. Há um alto grau de independência.
Antes da Emenda 19, havia essa categoria de funcionário público e empregado público. Servidor Público era aquele que fazia concurso para Administração Direta, Autarquias e Fundações, pessoas jurídicas de direito público. E Empregado Público só em Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista.
Agora, com o advento da Emenda 19, é possível, dentro da administração direta, fundações e autarquias, também haver empregados públicos.
Primeira coisa, os servidores públicos têm liame, vínculo profissional, ou seja, há concurso público.
Mas há uma categoria de servidor público que não presta concurso público, ou melhor, pode ou não prestar, é o empregado público temporário.
São pessoas contratadas quando existe um excepcional interesse público.
Se cair numa prova de marca “X”, “se houver interesse público pode haver contratação de pessoal temporário”, está errado, tem que haver excepcional interesse público”.
São situações de emergência, por ex., o IBGE para fazer um censo, o mata mosquito etc.
Pode ou não haver concurso, fica a critério do órgão.
Mas, vamos supor que ocorra uma calamidade pública? 
Não há tempo de fazer concurso público. 
O concurso evita a violação ao princípio da impessoalidade e da moralidade pública.
A regra é que o liame do servidor público seja profissional, ele faz concurso público para ficar o resto da vida. 
Na eleição, o liame é temporário, aqui o vínculo é definitivo.
Mas isso não quer dizer que eu não possa Ter juiz e promotor em cargo vitalício sendo nomeado pelo presidente da República, é o quinto constitucional.
Dentro do TJ e dos TRF, e dentro dos tribunais superiores o presidente pode escolher civis que nunca fizeram concurso público para ser ministro. E 1/5 dos tribunais tem que vim da classe dos advogados, e vão ser indicados pelo governador, nos TJ e pelo presidente no caso do TRF.
Ex. o Lalau não fez concurso, veio da classe dos advogados, foi indicado para ser desembargador do TRT de SP.
Quem é funcionário público, assim permanece. Só pode haver funcionário público na administração direta, autarquias e fundações. Não existe servidor público, em sentido estrito, em sociedades de economia mista ou empresas públicas, lá só há empregados públicos, porque estas são pessoas jurídicas de direito privado.
Servidor público ocupa cargo público, quem é empregado públicofaz concurso para emprego público.
O Poder Executivo tem Administração Direta e Indireta o Judiciário só tem Administração Direta, é evidente que um dia o Poder Judiciário pode pegar a EMERJ e formar uma Fundação Pública, mas hoje não há Administração Indireta no Poder Legislativo e Judiciário. Mas, isso não quer dizer que esses poderes não possam criar sua administração indireta, para lhes auxiliarem.
Para quem faz concurso para cargo público, o regime jurídico é estatutário, ou seja, o regime jurídico é um conjunto de normas, princípios, que regem a relação entre a pessoa física e o Estado.
Lei 8112 se for servidor federal, Dec.-Lei 220/75 se for do Estado.
O nome é regime jurídico estatutário, que é a mesma coisa que legal, institucional. É como se fosse uma adesão, é a lei que determina, não há contrato algum.
Ex. a previdência é contratual ou é legal? Legal. 
A importância de se saber se o regime jurídico é legal ou contratual, é que, em regra, não há direito adquirido em face de regime legal. Mas há contrato que é ato jurídico perfeito, há direito adquirido em face de regime contratual.
O ato jurídico perfeito vem do contrato
e o direito adquirido vem da lei.
Ex. Herança é ato jurídico perfeito ou direito adquirido? É direito adquirido, porque vem da lei, e não há direito adquirido em face do regime estatutário, ou seja, a qualquer momento pode acabar o seu adicional por tempo de serviço, a qualquer momento você pode perder o direito à férias, a não ser que já esteja incorporado ao seu patrimônio, aquilo que já estava previsto em lei, mas não futuro você não vai ter.
Mas, quem é contratado assina contrato, ato jurídico perfeito. No dia da posse, você assinou aquele contrato, com aquelas condições. Mas, não tem estabilidade em compensação. A única vantagem desse regime é ato jurídico perfeito.
Mas, temos um problema.
Em princípio, quem é estatutário possui aposentadoria integral, que não vai ter mais, e estabilidade. Se um dia não quiserem mais aquele cargo, você será posto em disponibilidade, com vencimento proporcionais, não vai ser mandado embora.
O empregado público a qualquer momento pode ser mandado embora, basta política de contenção de despesas, não precisa que ele cometa qualquer falta.
E, finalmente, eu tenho pessoas físicas que não prestaram concurso e também não foram eleitas, mas que possuem um vínculo com o Estado, ou seja, qualquer ato praticado por esse particular vai gerar responsabilidade do Estado, e pode dar ensejo a Mandado de Segurança.
Qual é o comum?
Os agentes delegados, são aqueles que recebem por delegação uma prestação de serviço público, são os concessionários, permissionatários, autorizatários, ou por requisição do Estado art. 217 CF.
No caso de requisição do Estado, você é obrigado a prestar aquele serviço porque o Estado lhe requisitou, o que é diferente de requerimento, juiz requisita, promotor requer.
Esses agentes são os mesários, jurados, são chamados também de agentes honoríficos, são escolhidos para prestar um serviço temporário, podendo ser remunerado ou não.
E temos também essa última categoria para atender situações de emergência, são chamados de gestores de negócio.
É o caso que cai em concurso, às vezes, o motorista da ambulância está carregando uma pessoa para hospital público, e o motorista para no sinal e também tem um enfarto, e você como civil, sai do seu carro pega a ambulância e sai dirigindo, mas bateu no carro de um outro civil.
Quem estava dirigindo a ambulância não era servidor, mas por uma situação emergencial assumiu uma função administrativa, numa função temporária e emergencial, assim ele é um gestor de negócios.
O que mais cai, é a diferença de agente honorífico, servidor putativo, gestor de negócio e os delegatários.
Qual a diferença entre Autarquia e empresa Estatal?
Na Administração Direta temos os entes, na indireta temos as entidades, os entes são União, Estados e Municípios e o DF.
Entidades são pessoas jurídicas descentralizadas da administração direta, e vão receber alguma atribuição administrativa, são criadas pela administração direta, para prestarem um serviço publico específico.
As entidades podem ser estatais ou paraestatais.
ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO
As entidades estatais são livres para organizar seu pessoal para o melhor atendimento dos serviços a seu cargo.
Podem lotar e relotar servidores, extinguir cargos e funções.
Competência: art. 18 da CRFB.
CRFB/1988:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. (o grifo é meu)
CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES PÚBLICAS
Cargo público é o lugar dentro da organização funcional da Administração Direta e de suas autarquias e fundações públicas que, ocupado por servidor público, tem funções específicas e remuneração fixada em lei ou diploma a ela equivalente.
Emprego público é a relação funcional dos trabalhadores de sociedades de economia mista, empresas públicas e suas subsidiárias, regida pela CLT.
Função é a atribuição ou conjunto de atribuições que a Administração confere a cada categoria profissional ou comete a determinados servidores para a execução de serviços eventuais.
Função – Modalidades:
1.	Contratados por tempo determinado (art. 37, IX, CRFB/88)
2.	Funções de Confiança (art. 37, V, CRFB/88)
CLASSIFICAÇÃO DOS CARGOS
Cargos Vitalícios (art. 95, I, CRFB/88)
Cargos Efetivos 
Cargos em Comissão (art. 37, V, CRFB/88)
NORMAS CONSTITUCIONAIS
Brasileiros: preencham os requisitos
1) Acessibilidade
			Estrangeiros: na forma da lei.
2) Condições para Ingresso: (art. 37, l, II a IV)
CRFB/1988:
Art. 37 (...)
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
III - o prazo de validade do concurso público será de ATÉ DOIS ANOS, prorrogável uma vez, por igual período;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
Funções de Confiança: exercidas exclusivamente por servidores efetivos. (art. 37, V, CRFB/1988)
Cargos em Comissão: serão preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei.
3) Direitos (art 37, VI e VII):
	Livre Associação Sindical: norma auto-aplicável.
	Direito de Greve: necessita de lei específica (?).
o	42, §5º e 142, §3º, IV: Militares: Não!
Provimento é o ato de preenchimento do cargo.
OBSERVÂNCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Observância obrigatória!
Código mínimo de direitos e obrigações.
QUADRO, CLASSE, CARREIRA , LOTAÇÃO
Quadro – É o conjunto de carreiras, cargos isolados e funções gratificadas de um mesmo órgão ou Poder. (P.Ex.: Policiais Civis)
Carreira – É o agrupamento de classes da mesma profissão ou atividade, escalonados segundo a hierarquia do serviço, para acesso privativo dos titulares dos cargos que a integram. (P.Ex.: Delegado de Polícia Civil do Estado do RJ)
Classe – É o agrupamento de cargos da mesma profissão, e com idênticas atribuição, responsabilidades e vencimentos. (P.Ex.: Delegado de 1ª, de 2ª e de 3ª)
Lotação - É o número de servidores que devem ter exercício em cada repartição ou serviço.
ACUMULAÇÃO DE CARGOS
CRFB/1988:
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de doiscargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
{Alínea "c" com redação dada pela Emenda Constitucional n° 34, de 13 de dezembro de 2001.}
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
---------------------------------------------
VENCIMENTOS E VANTAGENS PECUNIÁRIAS (Lei nº 8.852/94)
Vencimento: é a retribuição pecuniária devida ao servidor pelo efetivo exercício de cargo, correspondente ao padrão fixado em lei.
Vencimento = Vencimento-Base =
(retribuição pelo exercício do cargo público)
Remuneração = vencimento + vantagens pecuniárias.
Proventos configuram a retribuição pecuniária do aposentado.
Prescrição de vencimentos e vantagens: 
Decreto n° 20.910, de 6 de janeiro de 1932:
Art. 1° - As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em 5 (cinco) anos, contados da data do ato ou fato do qual se originarem.
Art. 3° - Quando o pagamento se dividir por dias, meses ou anos, a prescrição atingirá progressivamente as prestações, à medida que completarem os prazos estabelecidos pelo presente decreto. (grifo meu)
-------------------------------------------------------
Lei nº 8.112/90: vantagens pecuniárias:
indenizações
gratificação
adicional
Adicionais são vantagens pecuniárias que a administração concede aos servidores em razão do tempo de exercício (adicional por tempo de serviço) ou em face da natureza peculiar da função, que exige conhecimentos especializados ou em regime próprio de trabalho ( adicional de função).
Gratificações são vantagens pecuniárias atribuídas precariamente aos servidores que estão prestando serviços comuns da função em condições anormais de segurança, salubridade ou onerosidade (gratificações serviços), ou concedidas como ajuda aos servidores que reunam as condições pessoais que a lei especifica (gratificações especiais).
SUBSÍDIO
CRFB/1988:
Art. 39
(...)
§ 4° O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
(...)
§ 8° A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4°. (grifo meu)
Subsídios:
Membros do Ministério Público (art.128,§5º, I, “c”);
Integrantes da Defensoria Pública e da Advocacia Pública, incluindo-se nesta as Procuradorias dos Estados e do DF (art. 135);
Servidores Policiais (art. 144, §9º);
Ministros dos Tribunais de Contas da União (art. 73, §3º).
TETO
CRFB/1988:
Art. 37 (...)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;................” (NR)
Síntese em relação às aposentadorias dos servidores públicos
Como ficaram a aposentadoria de funcionários federais, estaduais e municipais, aposentados e futuros servidores com a reforma da Previdência. 
“Atuais servidores” – (Ingresso antes da EC 41/03)
Somente terá aposentadoria pelo último salário (integralidade) quem tenha atingido as seguintes condições, cumulativas:
60 anos de idade (homem) e 55 anos (mulher); 
35 anos de contribuição (homem) e 30 anos (mulher); 
20 anos de efetivo exercício no serviço público, sendo dez na carreira e cinco no cargo. 
Atenção - Este aposentado terá uma espécie de "paridade parcial" com os ativos. Lei definirá como ficam serão os reajustes dos aposentados e pensionistas. 
Quem chegou ao serviço público até 15/12/98 e quiser se aposentar antes de completar as idades de 60 e 55 anos (homem e mulher) deve ter cinco anos de serviço público, cumprir um adicional de 20% sobre o tempo que em 15/12/98 faltava para completar a contribuição de 30/35 anos (mulher/homem) e pagar um redutor de 3,5% para cada ano de idade antecipado, se pedir o benefício até 31 de dezembro de 2005, ou de 5% por ano a partir desta data. A antecipação máxima é de 7 anos. No entanto, o valor que servirá de base para a aposentadoria levará em consideração as contribuições previdenciárias efetivamente feitas, inclusive ao INSS (se trabalhou antes na iniciativa privada). Lei ordinária definirá como serão atualizadas essas contribuições. Neste caso, o aposentado perde a paridade ativo-inativo. 
Quem já tem direito a aposentadoria proporcional ou integral poderá se aposentar com base na atual Emenda Constitucional nº 20/1998. Ela fixa idades mínimas de 53 anos (homem) e 48 anos (mulher), cinco anos de serviço público, com exigência de tempo de contribuição de 30/35 anos (mulher/homem), mais adicionais de 40% (no caso de aposentadoria proporcional) ou de 20% (integral) sobre o tempo que faltava para ter direito à aposentadoria em 15 de dezembro de 1998. Se quiser continuar trabalhando, no dia em que for se aposentar poderá optar pelo valor a que teria direito na véspera da promulgação da atual reforma ou pela nova legislação. Se optar pelas condições da Emenda nº 20/1998, terá direitos adquiridos, inclusive sobre a paridade. 
Futuros servidores
Quem já entrou para o serviço público depois da reforma terá aposentadoria paga pelo Estado limitada ao teto de aposentadoria. Se quiser aumentar a renda na velhice, terá de contribuir para um fundo de previdência complementar dos servidores. No cálculo de sua aposentadoria entram as contribuições feitas ao INSS, se tiver trabalhado em empresas privadas. Lei definirá a atualização dessas contribuições. Não terá direito à paridade ativo-inativo, mas uma lei estabelecerá como serão os seus reajustes, para evitar perda de poder aquisitivo. 
Contribuição de inativos 
Será cobrada contribuição previdenciária de 11% de todos aposentados e pensionistas, mas incidindo apenas sobre a parcela que exceder a 60% do teto de aposentadoria. Cobrança será feita 90 dias após a promulgação da reforma. 
Corte de pensões As novas pensões serão integrais até o teto, acrescidas de 70% do valor que superar este limite. Lei ordinária definirá como as novas pensões serão corrigidas. 
Abono de permanência 
Todo servidor que atingir condições de pedir aposentadoria terá um abono de permanência equivalente aos 11% da contribuição previdenciária. Hoje, o abono só é dado a quem soma condições para aposentadoria integral. Com a reforma, o abono será dado também a quem atingir, até a data da promulgação da emenda, condições para pedir aposentadoria proporcional (com base na Emenda nº 20/1998). A aposentadoria proporcional só existirá até a véspera da promulgaçãoda atual reforma. Depois, existirá o redutor para antecipações. 
Teto para todos 
Depois da promulgação desta reforma, ninguém poderá receber no serviço público mais que ministro do Supremo Tribunal Federal. Mas haverá três subtetos nos estados e um em cada município. O teto dos servidores do Executivo estadual será o salário do governador; nos municípios, do prefeito; no Legislativo estadual, o limite será o salário do deputado estadual; no Judiciário estadual, o subteto equivalerá a 90,25% do salário de ministro do STF. 
Atenção - O teto e os subtetos valem para os militares das Forças Armadas, das polícias militares e corpo de bombeiros. O teto é a soma de tudo que o servidor ou aposentado recebe. 
Segurados do INSS O limite do salário de contribuição passou de R$ 1.869 para R$2.400 (DEZ/2003). Com isso, a aposentadoria máxima do INSS passará a este valor. No entanto, como o valor da aposentadoria no INSS é a média das contribuições feitas desde julho de 1994, na prática serão necessários alguns anos para que uma pessoa chegue ao novo limite do INSS. 
Contribuição de aposentados será cobrada em 90 dias
A contribuição previdenciária a ser paga por todos os aposentados e pensionistas, no mesmo percentual da contribuição dos funcionários da ativa (em geral 11%), só começou a ser descontada após o decurso do prazo de três meses. A Constituição estabelece que contribuições devem obedecer a noventenas para que entrem em vigor.
Serão cobradas contribuições sobre os proventos que passarem de 60% do teto de aposentadoria por mês recebidos por inativos estaduais e municipais e federais. Quem se tornar pensionista após a promulgação da atual reforma, só terá descontada a contribuição sobre o excedente ao teto. Isso porque essa pensão já sofrerá um desconto de 30% sobre a parcela que passar destes “R$ 2.400”.
Depois de uma corrida às aposentadorias, verificada desde que o governo enviou a reforma da Previdência ao Congresso, assessores do Congresso prevêem um período de baixas aposentadorias nos próximos anos. Primeiro, porque no geral os servidores terão de trabalhar mais até sete anos para ter direito ao benefício. Segundo, pela expectativa da aprovação da "emenda paralela" da Previdência, que prevê a volta da paridade (mesmos reajustes para ativos e inativos) para os novos aposentados. Quem pedir aposentadoria nesse período, pode sair perdendo, pois seus proventos não terão os mesmos reajustes dos ativos. 
Os servidores que já têm direito à aposentadoria proporcional também deverão ser “desestimulados” a passar à inatividade, pois eles deixarão de ganhar o novo "abono de permanência" (de 11% sobre o salário) e ainda terão de pagar a contribuição se concretizarem a aposentadoria. Essa pelo menos é a expectativa do governo, que aceitou incluir o "bônus" durante as discussões da reforma na Câmara. 
MODALIDADES DE APOSENTADORIA 
DO SERVIDOR ESTATUTÁRIO
Por invalidez permanente – art. 40, § 1º, da CRFB. Arts. 186, § 1º; 212; 188, § 1º, da Lei 8.112;
Compulsória (a invalidez é presumida) – art. 187 da Lei 8.112;
Voluntária.
-	Aposentadoria voluntária com proventos integrais:
tempo de efetivo serviço público: 20 anos;
tempo de serviço na carreira em que se dará a aposentadoria: 10 anos;
tempo de serviço no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria: 5 anos;
idade mínima: 60 anos (homem) e 55 (mulher);
tempo de contribuição: 35 anos (homem) e 30 (mulher).
- Para a aposentadoria voluntária com proventos proporcionais não se exige tempo mínimo de contribuição. A idade mínima: 65 anos (homem) e 60 anos ( mulher).
-	Aposentadorias especiais:
professor (40, §5º): professor que comprove exclusivamente tempo de serviço das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio;
art. 40, §4º - Atividades sob condições especiais:
Critérios definidos por Leis Complementares. (EC 47/05)
I – atividades perigosas;
II – atividades insalubres;
III – portador de deficiência.
Jurisprudência do STF (30/08/2007):
Plenário determina aposentadoria especial por insalubridade para servidora da saúde
Por unanimidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) acompanhou o voto do ministro-relator Marco Aurélio, no Mandado de Injunção* (MI) 721, para deferir à impetrante o direito à aposentaria, nos termos do artigo 57, da Lei 8.213/91, que dispõe sobre plano de benefício da Previdência Social.
O mandado foi impetrado por servidora da área da saúde, que teve sua aposentadoria negada por falta de regulamentação de aposentadoria especial pelo exercício de atividade insalubre.
A servidora alegou omissão do Estado, pela inexistência de lei complementar que a impede de se aposentar sob o regime especial, após mais de 25 anos em atividade insalubre. Seu direito consta do artigo 40, parágrafo 4º, da Constituição Federal, mas não pode ser exercido pela falta de regulamentação. 
De acordo com o ministro Marco Aurélio, relator do mandado, “não há dúvida quanto à existência do direito constitucional para a adoção de requisitos e critérios diferenciados para alcançar a aposentadoria daqueles que trabalham sob condições especiais, e em funções que prejudiquem a saúde e integridade física”. Entretanto, concluiu o relator, à falta de regulamentação desse direito, cabe ao Supremo autorizar de forma temporária, até a vinda da lei complementar, o exercício do direito assegurado constitucionalmente. Para Marco Aurélio “há de se conjugar o inciso 71 do artigo 5º da Constituição Federal, com o parágrafo 1º do citado artigo, a dispor que as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais constantes da Constituição têm aplicação imediata”.
O julgamento estava suspenso desde setembro de 2006, em decorrência de pedido de vista do ministro Eros Grau que, na sessão de hoje (30), decidiu acompanhar o voto do relator pela procedência parcial do pedido, assim como os demais ministros presentes à sessão. Com esta decisão do STF, fica também declarada a “mora legislativa” [demora em legislar] do Poder Público em relação à matéria.
*O que é o Mandado de Injunção?
Mandado de injunção é uma ação constitucional que pede a regulamentação de uma norma da Constituição Federal, quando os poderes competentes não o fizeram. O pedido é feito para garantir o direito de alguém prejudicado pela omissão. O processo e julgamento do mandado de injunção compete ao STF quando a omissão na elaboração da norma regulamentadora for do presidente da República, Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Mesa de uma dessas Casas legislativas, Tribunal de Contas da União, um dos tribunais superiores, Supremo Tribunal Federal.
Caso o pedido seja acolhido, o Supremo apenas comunica ao responsável pela elaboração da lei que ele está “em mora legislativa”, ou seja, deixou de cumprir sua obrigação. Dessa forma, a decisão do Supremo não tem força de obrigar o Congresso Nacional a elaborar a lei.

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