Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Populações & Amostras Populações e Amostras • CONCEITOS BÁSICOS Muitas vezes, apesar dos recursos computacionais e da boa vontade não é possível estudar todo um conjunto de dados de interesse. Neste caso estuda-se uma parte do conjunto. O principal motivo para se trabalhar com uma parte do conjunto ao invés do conjunto inteiro é o custo. O conjunto de todos os elementos que se deseja estudar é denominado de população. • O termo população é usado num sentido amplo e não significa, em geral, conjunto de pessoas. • Pode-se definir uma população como sendo: Uma coleção de todos os possíveis elementos, objetos ou medidas de interesse. São exemplos de populações: • O conjunto de todas as cobaias do laboratório; • O conjunto de todas as notas dos alunos da Disciplina; • O conjunto de todos os domicílios de uma cidade; etc. Um levantamento efetuado sobre toda uma população é denominado de levantamento censitário ou Censo. Fazer levantamentos, estudos, pesquisas, sobre toda uma população (censo) é, em geral, muito caro e demora um tempo considerável. Assim, normalmente, se trabalha com partes da população denominadas de amostras. Uma amostra pode ser caracterizada como: Uma porção ou parte de uma população de interesse, por meio da qual se estabelecem ou se estimam suas características. Utilizar amostras para se ter conhecimento sobre populações é realizado intensamente nos setores de Saúde, Negócios, Governo, Agricultura, Política, Marketing, etc.: • Antes da eleição órgãos de pesquisa e imprensa ouvem um conjunto selecionado de eleitores para ter uma idéia de suas intenções de voto. • Uma indústria toma amostras do produto em intervalos regulares de tempo para verificar se estão sendo fabricados itens fora do padrão. • O IBGE faz levantamentos periódicos sobre emprego, desemprego, inflação, etc. • Redes de rádio e TV se utilizam constantemente de amostras para medirem os índices de audiência de seus programas. • Biólogos marcam pássaros, peixes, etc. para tentar prever e estudar seus hábitos. • Órgão de saúde realizam periódicos levantamentos de amostras da população para verificar a ocorrência de óbitos e doenças, e o nível de utilização dos serviços. O processo de escolha de uma amostra da população é denominado de AMOSTRAGEM Tipos de Amostragem Não Probabilística •Amostragem por Conveniência: – O menos rigoroso de todos os tipos de amostragem; – Seleção dos elementos aos quais se tem acesso. Ex.: Entrevistar os diretores das unidades de saúde x e y, pois foram os que autorizaram a entrevista. Tipos de Amostragem Não Probabilística •Amostragem Intencional: – Seleciona-se um subgrupo da população, que, com base nas informações disponíveis, possa ser considerado representativo de toda a população; – Requer conhecimento da população e do subgrupo selecionado. Ex.: Entrevista com os representantes de turma do curso de enfermagem; Aplicação de questionários com os líderes da comunidade. Tipos de Amostragem Não Probabilística •Amostragem por Cotas: – Apresenta maior rigor dentre as amostragens não probabilísticas. – Etapas: Classificar a população; Determinar a proporção da população para cada classe; Fixar cotas com observância à proporção das classes consideradas. – É utilizada quando não existe um cadastro da população que Possibilite o sorteio necessário à amostragem aleatória, mas existe informação suficiente sobre o perfil populacional. Tamanho da amostra x Representatividade da amostra Tamanho: Representatividade: Quantidade de indivíduos Qualidade dos indivíduos Número de indivíduos selecionados Forma como os indivíduos foram selecionados Proporção em relação à população Proporção em relação às características principais da população Saúde Materno-Infantil no Ceará: 20 anos de acompanhamento Resultados preliminares da V Pesquisa sobre Saúde Materno-Infantil no Ceará (PESMIC V) Fortaleza, CE Abril, 2008 Universidade Federal do Ceará (UFC) Departamento de Saúde Comunitária (DSC/UFC) Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA) Escola de Saúde Pública do Ceará (ESPCE/SESA) Fundação Instituto Cearense de Saúde Reprodutiva (FICSARE) Instituto Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) • Pesquisadores: Dr. Luciano L. Correia Dra. Dirlene M. I. Silveira Dra. Jocileide S. Campos Dra. Anamaria Cavalcante e Silva Dra. Fca. Ma. Tati Andrade Introdução e objetivos • A principal motivação da PESMIC IV foi a de prosseguir no acompanhamento dos indicadores mais relevantes da saúde materno-infantil no Estado, um processo iniciado há 15 anos, em 1987. • Na presente pesquisa, além de indicadores tradicionais da saúde materno-infantil, foram também incluídos indicadores de interesse mais recente, que não haviam sido considerados nos três estudos de 1987, 1990 e 1994. • Para garantir a comparabilidade entre os quatro estudos, foi mantida a mesma metodologia, incluindo o tamanho da amostra de 8.000 domicílios. Métodos I • As PESMICs são estudos transversais delineados para serem representativos da população do Estado do Ceará. A amostra por conglomerados foi estratificada entre a Capital e o interior. • Na Capital, 100 setores censitários do IBGE foram selecionados aleatoriamente. No Interior 30 municípios foram escolhidos de forma sistemática, de acordo com seu peso populacional. Métodos II • Em cada município sorteou-se 10 setores censitários, incluindo os da sede e os dos distritos. Em cada um destes setores foi sorteado um ponto de partida, determinando-se o primeiro domicílio a ser visitado. • A partir deste domicílio 20 casas consecutivas foram pesquisadas. Cada grupo de 20 casas se constitui num conglomerado. • 100 set. Fortaleza + 300 set. Interior = 400 setores • 400 set. x 20 domicílios = 8.000 domicílios Métodos III • A equipe técnica do estudo incluiu uma coordenação (técnica, de campo e institucional) e três equipes de pesquisa de campo constituídas por supervisoras e entrevistadoras, todas de nível superior. A equipe de apoio foi constituída por secretária, auxiliares de pesquisa (revisão e codificação) e digitadores. • As informações foram coletadas de outubro de 2001 a janeiro de 2002, utilizando-se três questionários, sobre o domicílio, sobre a mulher em idade reprodutiva (10- 49 anos) e sobre a criança menor de três anos de idade. • Os questionários foram entrados e analisados em micro computador, utilizando-se dos programas Epi Info 6.04, Epinut e Stata plus. Municípios Setores Domicílios População Geral Mulheres 12 a 49 anos Crianças menores de 3 anos Capital Fortaleza 100 1851 8035 2022 353 Interior Alcântaras 10 200 939 305 50 Aracati 10 200 874 256 36 Araripe 10 200 941 250 44 Barro 10 200 960 221 38 Bela Cruz 10 187 928 258 48 Brejo Santo 10 200 887 236 43 Catarina 10 200 911 247 44 Caucaia 10 200 811 249 40 Crateús 10 199 824 244 36 Crato 10 200 902 239 40 Dep. I. Pinheiro 10 200 877 269 49 Icó 10 201 859 261 59 Ipú 10 200 914 271 50 Itatira 10 200 948 239 60 Juazeiro do Norte 10 200 944 240 43 Limoeiro do Norte 10 203 900 276 40 Maracanaú 10 200 947 266 27 Maranguape 10 199 976 264 31 Marco10 200 1034 282 58 Novo Oriente 10 200 823 221 57 Pindoretama 10 202 949 274 43 Quixadá 10 200 915 281 43 Quixelô 10 200 934 271 41 Redenção 10 200 988 297 52 Santana do Cariri 10 200 878 249 40 São Benedito 10 200 991 258 45 Santa Quitéria 10 200 935 256 46 Tabuleiro do Norte 10 201 845 257 39 Trairí 10 200 952 253 38 Uruburetama 10 200 944 249 48 SUBTOTAL 300 6002 27500 7746 1328 TOTAL 400 7853 35535 9768 1681 População da PESMIC IV. Setores, domicílios, população residente, mulheres e crianças pesquisadas, por município Amostra de municípios selecionados para a PESMIC III (1994) e PESMIC IV (2001) Macrorregiões Municípios da amostra
Compartilhar