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CENTRO TECNOLÓGICO DA ZONA LESTE 
FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE 
 
ALINE DA SILVA BERLOFA 
 
 
 
 
A VIABILIDADE DO USO DO POLIESTIRENO 
EXPANDIDO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 
CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2009 
 
 
 
 
CENTRO TECNOLÓGICO DA ZONA LESTE 
FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE 
 
ALINE DA SILVA BERLOFA 
 
 
 
 
A VIABILIDADE DO USO DO POLIESTIRENO 
EXPANDIDO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 
CIVIL 
 
 
 
 
Monografia apresentada no curso de 
Tecnologia em Produção com ênfase em 
Plástico na FATEC ZL como requerido 
parcial para obter o Título de Tecnólogo 
em Produção com ênfase em plástico 
 
Orientador: Prof. Marcos O. Gentil 
 
 
São Paulo 
2009 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Berlofa, Aline da Silva 
 A viabilidade do uso do poliestireno expandido na indústria da 
construção civil/ Aline da Silva Berlofa – São Paulo, SP : [s.n], 2009. 
 72f. 
 
 Orientador: Prof° Marcos Oliveira Gentil 
Trabalho de conclusão de curso (Graduação) Faculdade de 
Tecnologia da Zona leste. 
Bibliografia: f. 
 
 
 1. Poliestireno expandido. 2. Construção civil. I. Gentil, Marcos 
Oliveira. II. Faculdade de Tecnologia da Zona leste. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO TECNOLÓGICO DA ZONA LESTE 
FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE 
 
ALINE DA SILVA BERLOFA 
 
 
A VIABILIDADE DO USO DO POLIESTIRENO EXPANDIDO NA 
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
Monografia apresentada no curso de 
Tecnologia em Produção com ênfase em 
Plástico na FATEC ZL como requerido 
parcial para obter o Título de Tecnólogo 
em Produção com ênfase em Plástico. 
 
COMISSÃO EXAMINADORA 
 
 
______________________________________ 
Prof. Marcos Oliveira Gentil 
Faculdade de Tecnologia da Zona Leste 
 
______________________________________ 
Prof. Me. Givanildo Alves dos Santos 
Faculdade de Tecnologia da Zona Leste 
 
______________________________________ 
Prof. Ivan Marques Campos 
Faculdade de Tecnologia da Zona Leste 
 
 
São Paulo, ____ de________ de 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus, e a todos que me apoiaram 
nestes momentos conclusivos... 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Meu eterno agradecimento a minha família, principalmente ao amado filho 
Kawan, o qual me privei de seu tempo porém espero que um dia compreenda e 
orgulhe-se, aos meus queridos pais Ivete e Walter pela oportunidade de 
educação e em principal a vida. E ao meu companheiro Max pela paciência e 
motivação neste período. Amo vocês! 
Não posso deixar de citar os amigos que aqui conheci e que juntos passamos 
por todas as dificuldades e muitas alegrias. Com destaque para Ana Paula, 
Èrica, Bruno, Ivan e Mário... estarão sempre em minha memória. 
Minha sincera gratidão à todos os professores que por aqui passaram e em 
mim plantaram a semente do conhecimento, e em especial ao meu professor 
Orientador Marcos O. Gentil. 
Enfim, muito obrigado á Deus por nós permitir existir e um dia termos nós 
encontrado!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Já que você tem de pensar de qualquer forma, 
pense grande.” 
 
Donald John Trump 
 
 
 
RESUMO 
Com o conhecimento de novas tecnologias empregadas às várias necessidades 
cotidianas, e tendo em mãos materiais de todas as características faz com que a 
busca de alcançar a eficiência dos ambientes construídos deixe de ser utopia para 
torna-se realidade. 
Partindo deste sentido, a pesquisa relata as várias possibilidades de aplicação do 
EPS – Poliestireno Expandido na indústria da construção civil, tendo em vista as 
propícias propriedades desta matéria-prima para este fim, as quais duas 
características destacam-se e fortalecem a crescente participação do EPS no 
mercado, estas são; a sua baixa densidade o que resulta sua leveza e 
consequentemente redução de custo de obra por reduzir o peso de carga das 
fundações, e sua capacidade de isolamento termo-acústico o que permite melhores 
condições de conforto aliadas a economia com futuro gastos de energia elétrica. 
Diante desde contexto podemos analisar a viabilidade do uso do Poliestireno 
Expandido na Construção civil. 
 
Palavras – chave: Poliestireno Expandido, Construção civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
With the knowledge of new technologies used to the several daily needs, and tends 
in material hands of all the characteristics does with that the search of reaching the 
efficiency of the built atmospheres stops being Utopia for he/she becomes reality. 
In this sense, the study describes the various possibilities of application of EPS - 
Expanded Polystyrene in the construction industry, in view of the favorable properties 
of this material for this purpose, two features which stand out and strengthen the 
growing involvement of EPS in the market, they are, their low density which is its light 
weight and therefore reduce the cost of work to reduce the weight load of 
foundations, and their ability to thermo-acoustic insulation allowing better conditions 
of comfort combined with economy with future costs of electric energy. 
Forward since we can examine the feasibility of the use of Expanded Polystyrene in 
Construction. 
 
Key-words: Expanded Polystyrene, Civil Construction. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Divisão dos plásticos................................................................................16 
Figura 2 - Reação de polimerização do Poliestireno ................................................18 
Figura 3 - Gráfico de distribuição do consumo de Estireno por produto na América 
Latina – 2001............................................................................................................24 
Figura 4 - Gráfico de distribuição setorial do consumo de PS na América Latina – 
2001........................................................................................................25 
Figura 5 - Fluxos do plástico no mercado de reciclagem .........................................30 
Figura 6 - Processos que usam o EPS na reciclagem .............................................34 
Figura 7 - Nivelamento para pisos............................................................................39 
Figura 8 - Nivelamento em lajes...............................................................................39 
Figura 9 - Modelo de fôrma I .......................................................................................................40 
Figura 10 - Modelo de fôrma II ...................................................................................................40 
Figura 11 - Modelo de fôrma III .................................................................................................40 
Figura 12 - Laje treliçada unidirecional de EPS ....................................................................42 
Figura 13 - Laje treliçada bidirecional de EPS ......................................................................43 
Figura 14 - Flocos de EPS ..........................................................................................................44 
Figura 15 - Concreto leve de EPS.............................................................................................44 
Figura16 - Preparação do concreto leve de EPS ................................................................44 
Figura 17 - Aplicação do concreto leve de EPS....................................................................44 
Figura 18 - Cobertura I ..................................................................................................................49 
Figura 19 - Cobertura II .................................................................................................................49 
Figura 20 - Modelo de placa de EPS I ....................................................................................51 
Figura 21 - Modelo de placa de EPS II ....................................................................................51 
Figura 22 - Isolamento em paredes externas I .....................................................................53 
Figura 23 - Isolamento em paredes externas II ...................................................................53 
Figura 24 - Isolamento em dutos de ar condicionado ........................................................54 
Figura 25 - Tubulações e reservatórios ..................................................................................55 
Figura 26 - Construção de câmara frigorífica ........................................................................58 
Figura 27 - Construção de piso flutuante ................................................................................59 
Figura 28 - Construção de forro suspenso por tirantes ......................................................61 
Figura 29 - Modelo de forro ........................................................................................................61 
 
 
Figura 30 - Painel autoportante .................................................................................................61 
Figura 31 - Painel autoportante duplo ......................................................................................62 
Figura 32 - Painel divisório ..........................................................................................................63 
Figura 33 - Modelo de painel .....................................................................................................63 
Figura 34 - Juntas de dilatação ..................................................................................................66 
Figura 35 - Drenagem ...................................................................................................................67 
Figura 36 - Fundações de estradas I........................................................................................69 
Figura 37 - Fundações de estradas II ......................................................................................69 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADRO 
Quadro 1 - Apresentação da resina de Estireno na Europa Ocidental - 2001..........23 
Quadro 2 - Distribuição setorial do consumo de PS na Europa Ocidental – 2001 ...23 
Quadro 3 - Apresentação da resina de estireno na América do Norte – 2001 .........24 
Quadro 4 - Distribuição setorial do consumo de PS na América do Norte - 2001....24 
Quadro 5 - Desenvolvimento dos produtores de PS .............................................. 26 
Quadro 6 - Consumo aparente nacional das principais resinas termoplásticas - 2001
...............................................................................................................26 
Quadro 7 - Evolução do consumo aparente nacional de PS....................................27 
Quadro 8 - Desempenho de segmento de mercado I ..............................................28 
Quadro 9 - Desempenho de segmento de mercado II .............................................28 
Quadro 10 - Geração de lixo no Brasil .....................................................................29 
Quadro 11 - Composição do lixo ..............................................................................29 
Quadro 12 - Referências Normativas .......................................................................38 
Quadro 13 - Espessura recomendada de acordo com temperatura.........................55 
Quadro 14 - Características exigíveis para o EPS – NBR 11752.............................57 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .....................................................................................................13 
1.1. Objetivo .............................................................................................................14 
1.2. Metodologia.......................................................................................................14 
2. REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................15 
2.1. Definição de polímeros......................................................................................15 
2.2. Poliestireno........................................................................................................16 
2.3 Materiais plásticos expandidos ..........................................................................19 
2.4 Poliestireno Expandido ......................................................................................19 
2.5 Vantagens do EPS ............................................................................................21 
2.6. Poliestireno no mundo ......................................................................................22 
2.7. Poliestireno no Brasil ........................................................................................26 
2.8. Geração de lixo no Brasil .................................................................................28 
2.9. O EPS e o meio ambiente ................................................................................31 
2.10. A reutilização do EPS .....................................................................................32 
3. O EPS NA CONSTRUÇÃO CIVIL .......................................................................37 
3.1. Lajes ...............................................................................................................38 
3.2. O EPS para nivelamento de lajes e fôrma para concreto..................................39 
3.3. O EPS em lajes nervuradas ou industrializadas (pré-fabricadas) ....................41 
3.4. Concreto leve ...................................................................................................44 
3.5. O EPS para isolamento térmico e acústico ......................................................46 
3.6. O EPS como isolante térmico de lajes impermeabilizadas ...............................48 
3.7. O EPS como isolante térmico de telhados .......................................................50 
3.8. O EPS como isolante térmico de paredes externas .........................................52 
3.9. O EPS como isolante térmico para dutos de ar condicionado ..........................53 
 
 
3.10. O EPS como isolante térmico de tubulações e reservatórios .........................54 
3.11. O EPS como isolante térmico em câmaras frigoríficas ..................................56 
3.12. O EPS como isolante acústico de impacto .....................................................59 
3.13. O EPS como forro isolante e decorativo .........................................................60 
3.14. O EPS como painéis autoportantes ...............................................................61 
3.15. O EPS como painéis divisórios ......................................................................63 
3.16. Blocos vazados de EPS ................................................................................64 
3.17. Juntas de dilatação com EPS .........................................................................653.18. Drenagem com EPS........................................................................................66 
3.19. Fundações de estradas com EPS ...................................................................68 
4. CONCLUSÃO ......................................................................................................70 
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................71 
 
 
 
 
 
13 
1. INTRODUÇÃO 
Desde os primórdios a humanidade desenvolve novas tecnologias 
para aprimorar sua forma de vida, entre elas muito foi direcionado para melhorar sua 
moradia, essas novas tecnologias vieram aliadas de novas idéias e matérias-prima, 
pois substitui os materiais usados tradicionalmente por outros materiais alternativos 
o que proporciona redução de custos e aumento do conforto. 
A indústria da construção civil avançou consideravelmente no século 
XXI, adentrou literalmente na era da tecnologia de ponta com o surgimento de novos 
materiais e sistemas que reduzem tanto o tempo de obra como o custo final da 
mesma. Desta maneira possibilitando com que um maior número de pessoas tenha 
acesso a moradias com melhores condições de habitabilidade e com baixo custo. 
Sendo ramo da construção civil um grande potencial consumidor 
destes recursos para o desenvolvimento e concepção de seus projetos, esta tem 
primordial necessidade de avaliar e considerar todas as características e 
propriedades destes materiais para obter como resultado a eficiência dos ambientes 
criados visando economia e redução de resíduos. 
Entre os materiais que estão ocupando espaço na construção civil 
encontra-se o EPS - Poliestireno Expandido, popularmente conhecido como 
Isopor®, o que na verdade é uma marca registrada. 
Sendo o EPS usado em diversas aplicações na atividade de 
construção civil, desde as fundações até o acabamento do projeto. Isto é possível 
devido sua versatilidade e duas de suas propriedades, as quais são o isolamento 
termo-acústico e a sua baixa densidade, ambas proporcionam economia. 
Onde a primeira citada além de atender a necessidade de conforto 
também faz relevante economia de gastos decorrentes do uso excessivo de energia 
 
 
14 
elétrica usada para a climatização adequada do ambiente. Já a segunda 
propriedade resulta na leveza do material, consequentemente ocasiona redução nos 
custos da construção devido aliviar as cargas das fundações. 
Além das propriedades apresentadas o EPS também é um material 
inerte e reciclável, o que não expõem riscos ao meio ambiente. E de fácil manuseio 
reduzindo o tempo de preparação e montagem e conseqüentemente ocasiona 
redução de mão de obra, de equipamentos e tempo de execução dos trabalhos. 
Com base ao exposto, a presente pesquisa destina-se a relatar as 
frenquentes aplicações do Poliestireno Expandido na Indústria da Construção Civil. 
 
1.1. Objetivo 
 
Relatar as possíveis utilizações do Poliestireno Expandido como 
material para Indústria da Construção Civil. 
 
1.2. Metodologia 
 
O método para desenvolvimento desta pesquisa baseia-se sob 
coleta, consulta e identificação de fontes como referencia bibliográfica, publicações 
científicas, teses e artigos relacionados à utilização do uso do Poliestireno 
Expandido – EPS na construção Civil. Para posterior análise da viabilidade deste 
material ao mercado. 
 
 
 
 
 
 
15 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Abordaremos no presente capítulo o histórico, conceito básico e 
características do Poliestireno Expandido – EPS. 
 
2.1. Definição de Polímeros 
 
Materiais poliméricos são provenientes de macromoléculas com 
massa molar de ordem 104 a 106 g/mol, formadas com muitas unidades de repetição 
conhecidas como meros, e podem ser de origem natural ou sintética. A partir disto o 
nome Polímero, que é derivado do grego onde Poly (muitos) e Mero (partes). 
Existem polímeros que são inorgânicos e orgânicos, sendo o último mais pesquisado 
e de maior valor industrial. (AKCELRUD,2007, p.01-02) 
Os Plásticos compreendem aos materiais poliméricos, e sendo sua 
maioria compostos orgânicos tem sua composição química baseada em átomos de 
carbono (C), hidrogênio (H) e outros elementos não-metálicos. (CALLISTER, W. D. 
JR., 2002, p.04). A palavra “Plástico” corresponde a diversos materiais com 
estruturas, qualidades e composição diferente, tal como a palavra “Metal”. São 
tantas características que estes materiais possuem que atualmente estão 
substituindo os materiais tradicionais como a madeira, metal e cerâmicos. 
A matéria-prima para produção de polímeros, é originada 
principalmente do petróleo e gás natural devido seu processo de fabricação ser 
barateado, com relação à extração a partir da madeira, carvão ou CO2, já que seu 
principal componente é o carbono (C). Os plásticos são divididos em três grandes 
grupos, os quais estão representados abaixo: 
 
 
16 
 
Figura 1: Divisão dos plásticos. 
Fonte: do autor (adaptado MICHAELI, W., 2005, 2° ed., p.07). 
 
Sendo o poliestireno um termoplástico (thermos =calor; plasso = 
formar), é válido ressaltar que esta classe de polímeros representa a maior parcela 
dos polímeros, e apresentam as seguintes características: 
• São fusíveis, e podem ser fundidos diversas vezes; 
• São solúveis, e podem ser solubilizados por vários solventes; 
• Variam a temperatura ambiente, de maleáveis a rígidos ou frágeis; 
• Podem ser subclassificados em termoplásticos amorfo, onde tem o estado de 
ordenação de suas moléculas semelhante a do vidro apresentando 
transparência. Ou semicristalino que apresenta uma aparência opaca. 
(MICHAELI, W., 2005, 2° ed., p.06 - 07), 
 
2.2. Poliestireno 
 
 O Poliestireno é uma resina termoplástica sintetizada do monômero 
de estireno, que pode ser obtido através do etilbenzeno, e este por sua vez é 
PLÁSTICO 
TERMOPLÁSTICO DUROPLÁSTICO ELASTÔMEROS 
SEMI-CRISTALINO AMORFO 
PP 
PE 
POM 
PA 
PC 
PVC 
PS 
PMMA 
UP 
PF 
MF 
EP 
PUR 
 
 
17 
derivado do eteno e benzeno, os quais são derivados do petróleo. 
Este processo é dividido em duas etapas de produção do monômero 
de estireno, estas são: 
• È realizada a reação do eteno com o benzeno para que haja a fabricação do 
etilbenzeno, depois em colunas de destilação o produto é purificado e então 
segue para tanques de estocagem; 
• Alimentam-se os reatores de Estireno com o etilbenzeno, onde é introduzido 
catalisador e vapor d’água sob altas temperaturas e baixas pressões, desta 
maneira é desidrogenado e enfim transformado em Estireno. 
Devido exigências do mercado é realizado a purificação do estireno 
e seus subprodutos, assim obtêm-se o Monômero de Estireno com concentração de 
99,8%. 
Como também o Estireno pode ser oriundo do processo de PO/SM 
onde obtê-se o óxido de estireno (PO) e seu subproduto (SM), sendo que há 
redução de custo quanto ao primeiro processo citado, no entanto somente 10% da 
oferta mundial provêm deste processo. 
A síntese do monômero de estireno ocorre através da polimerização 
por adição, sendo assim este é formado devido às sucessivas adições deste 
monômero, demonstrado na figura 2. Onde o n que se encontra no final da equação 
representa o grau de polimerização, o mesmo que o n° de vezes que está molécula 
repete-se para formação do polímero. (HIGGINS, R. A., 1982, p. 260-264) 
 
 
 
18 
 
Figura 2: Reação de polimerização do poliestireno. 
Fonte: Educar (USP). 
 
Este material apresenta as seguintes propriedades e características: 
• Denso, tenaz, duro e rígido; 
• Boa estabilidade dimensional; 
• Moldes com excelente brilho superficial; 
•Boa resistência; 
• Conserva suas propriedades a baixas temperaturas; 
• Pode ser atacado pelo petróleo e outros solventes; 
• Pode ser espumado para produção de material celular rígido, mas 
extremamente leve. (HIGGINS, R. A., 1982, p. 268) 
Segundo dados divulgados pelo BNDES – Banco de 
desenvolvimento econômico e social em 1997, o Poliestireno foi um dos 
primeiros termoplásticos a ser comercializado, por volta de 1930 nas seguintes 
formas: 
• Cristal ou Standard:(ou GP general purpose) geralmente aplicados, por 
exemplo, em embalagens para alimentos, copos descartáveis, caixas para 
CD’s e fitas cassetes. Por ser de fácil coloração, transparente e com alto 
brilho. 
• Poliestireno expandido (EPS): O poliestireno é expandido em sua 
polimerização com auxílio de um agente químico, também conhecido como 
agente expansor. O EPS é mais conhecido como o Isopor®; 
 
 
19 
• Poliestireno de alto impacto (HIPS): Modifica-se o Poliestireno acrescentando 
o elastômeros Butadieno, esta versão do poliestireno pode competir com 
alguns plásticos de engenharia como o ABS (acrilonitrila butadieno estireno), 
como exemplo quando é empregado em produtos como vídeo cassetes e 
componentes de refrigeradores e televisores. 
• Poliestireno Sindiotático (sPS): Apresenta-se como uma estrutura molecular 
mais cristalino, tendo também alguns tipos de propriedades bastante 
interessante para indústria de eletro-eletrônica. 
 
2.3. Materiais plásticos expandidos 
 
Polímeros termoplásticos, termorrígidos e elastômeros podem ser 
transformados em materiais expandidos, onde são submetidos ao processo de 
espumação onde ocorre a inclusão em sua batelada de um agente de insuflação que 
perante aquecimento se decompõe e libera um gás, que proporcionará formação de 
bolhas por toda a resina plástica fundida, posteriormente quando houver 
resfriamento estas bolhas ainda permaneceram aprisionadas em formas de poros, 
assemelhando-se a forma de uma esponja. O mesmo pode ser realizado com a 
introdução de borbulhas de algum gás inerte no material também fundido. 
(CALLISTER, W. D. JR., 2002, p.350) 
 
2.4. Poliestireno expandido – EPS 
 
O Poliestireno expandido corresponde a sigla internacional EPS, de 
acordo com a norma DIN ISO – 1043/78, amplamente conhecido no Brasil como 
 
 
20 
Isopor®, por ser marca registrada da Knauf. Este material foi descoberto em 1949 na 
Alemanha nos laboratórios da Basf através do trabalho dos químicos Fritz Stastny e 
karl Buchholz. 
Material que apresenta-se como plástico celular rígido, proveniente 
da polimerização do estireno (derivado do petróleo) em água. 
O processo de fabricação do EPS consiste em transformação física, 
porém esta não interfere nas propriedades químicas do material, esse processo é 
realizado através das seguintes etapas: 
Pré-expansão: nesta primeira fase o poliestireno recebe 
aquecimento por contato com vapores d’água em um pré-expansor. Com isto as 
pérolas com cerca de 3 milímetros passará a ter um volume de 50 vezes mais do 
que o atual, o que resulta em num granulado de partículas de poliestireno 
expandido; 
Armazenamento intermediário: Fase de estabilização do material, 
que se faz necessário para posterior transformação, é aonde acontece o 
resfriamento do EPS que propicia uma depressão no interior das células, o qual 
forma espaços que serão preenchidos por ar circulante; 
Moldagem: Após ser estabilizado o granulado é introduzido em 
moldes, na seqüência recebe novamente vapores d’água que provocam inchaço das 
pérolas comprimidas que assim soltam-se. Tentando evitar perdas do produto, este 
processo de expansão dentro da câmara de vapor pode ser interrompido 
bruscamente com jatos de água fria direcionados contra a parede do molde. 
Após ser expandidos as pérolas podem apresentar em seu volume 
até 98% de ar e 2% de poliestireno, por exemplo, em 1m3 de EPS pode existir de 3 a 
6 bilhões de células fechadas e cheias de ar. 
 
 
21 
O agente expansor empregado no Poliestireno é o hidrocarboneto 
Pentano (C5H12). Por este ser estruturado somente com átomos de carbono e 
hidrogênio deteriora-se facilmente no meio ambiente devido reação de fotoquímica 
realizada pelos raios solares, consequentemente não agredindo o mesmo. Outros 
aditivos também são acrescentados neste processo para que haja melhora das 
propriedades do EPS, como é o caso do retardantes de chama, permitindo assim 
que este material tenha resistência ao fogo. 
É produzido em duas versões: Classe P, não retardante à chama, e 
Classe F, retardante à chama. Como também três grupos de massa específica 
aparente: I - de 13 a 16 kg/m3, II - de 16 a 20 kg/m3, III - de 20 a 25 kg/m3. 
(ABRAPEX, 2006, p. 07) 
 
2.5. Vantagens do EPS 
 
O Poliestireno expandido obtém as seguintes vantagens, com 
relação a outros materiais: 
• Baixa condutividade térmica; 
• Baixo peso; 
• Resistência mecânica; 
• Baixa absorção de água; 
• Facilidade de manuseio; 
• Versatilidade; 
• Resistência ao envelhecimento; 
• Absorção de choques; 
• Resistência à compressão 
 
 
22 
Os produtos finais deste material são inodoros, não contaminam o 
solo, água e ar, são reaproveitados, reciclados, podendo voltar até voltar às 
condições de matéria-prima. 
São inúmeras as utilizações do EPS, no entanto há duas 
propriedades em especifico que têm fortalecido cada vez mais à presença deste no 
mercado consumidor, como a sua extrema leveza e isolamento termo-acustico, pois 
são propriedades estão diretamente ligadas a baixo custo. Atualmente o EPS 
apresenta-se bem empregado em embalagens industriais, artigos para consumo 
(caixas térmicas, pranchas, porta-gelo, etc.), na agricultura e até mesmo na 
construção civil. (ABRAPEX, 2006, p. 07 - 08) 
 
2.6. Poliestireno no mundo 
 
Convém elucidar que o Poliestireno tem relevante participação no 
cenário mundial, com base em pesquisa divulgadas pelo Banco de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES -2002) a participação mais ampla para o estireno 
oriundo do processo de fabricação do etilbenzeno, aproximadamente 80% dos 
fabricantes utiliza deste processo, enquanto o restante de 20% é proveniente do 
óxido de propeno. 
Na Europa Ocidental em 2001, a resina do monômero de Estireno, 
esteve presente com a seguinte distribuição: 
 
 
 
 
 
 
23 
Poliestireno Cristal ou Standard 40% 
Poliestireno de alto impacto (HIPS) 17% 
Poliestireno expandido (EPS) 16% 
Acrilonitrila Butadieno Estireno (ABS) 7% 
Quadro 1: Apresentação da resina de Estireno na Europa Ocidental - 2001. 
Fonte: do autor (Adaptado BNDES 2002). 
 
Quanto aos produtos de Poliestireno de consumo mais importantes, 
teve a seguinte distribuição setorial: 
 
 EPS PS alto impacto (HIPS) / PS Cristal 
Embalagens 67% 46% 
Construção civil 30% 6% 
Linha industrial 
(eletrodoméstico/eletrônico) 
 
12% 
Quadro 2: Distribuição setorial do consumo de PS na Europa Ocidental - 2001. 
Fonte: do autor (Adaptado BNDES 2002). 
 
O consumo de Poliestireno de alto impacto (HIPS) e Poliestireno 
Cristal ou Standard representou 74,5% enquanto o Poliestireno expandido (EPS) 
25,5% do mercado Europa Ocidental. 
No cenário Norte-americano, no mesmo ano, a resina de Estireno 
mostrou o seguinte consumo: 
 
 
 
 
 
 
24 
Poliestireno no geral (Cristal, HIPS e EPS) 56% 
Acrilonitrila Butadieno Estireno (ABS) 7% 
Borracha SBR (estireno-butadieno) 4% 
Quadro 3: Apresentação da resina de Estireno na América do Norte - 2001. 
Fonte: do autor (Adaptado BNDES 2002). 
 
E para distribuição setorial do consumo de Poliestireno no geral 
(Cristal, HIPS e EPS) para seus principais itens: 
 
Embalagens / Descartáveis39% 
Eletrodoméstico / Eletrônico 11% 
Brinquedos 6% 
Construção civil 4% 
Quadro 4: Distribuição setorial do consumo de PS na América do Norte - 2001. 
Fonte: do autor (Adaptado BNDES 2002). 
 
Já na América Latina distribuição do consumo do Estireno também 
em 2001, está representado: 
 
 
Figura 3: Gráfico de distribuição do consumo de Estireno por produto na América Latina – 2001. 
Fonte: BNDES (2002, p.129). 
 
 
25 
A distribuição setorial do consumo de Poliestireno na América Latina 
no ano de 2001, segue: 
 
 
Figura 4: Gráfico de distribuição setorial do consumo de PS na América Latina – 2001. 
Fonte: BNDES (2002, p.130). 
 
Ainda segundo dados de pesquisas do BNDES (2002), relatou que 
se tratando dos produtos finais de PS, o movimento mundial de oferta e demanda 
encontra-se superofertado, chegando a apresentar em 2001 capacidade para 
produção de 12,2 milhões de toneladas, sendo que sua demanda cercava 10,5 
milhões de toneladas. 
A distribuição geográfica, por região da demanda mundial de 
Poliestireno no exercício de 2001, foi: 
• Ásia e Oceania: 40 (só o Japão representou uma fatia de 10%); 
• EUA/Canadá: 26%; 
• Europa: 28% e 
• América Latina: 6%. 
No que refere-se aos produtores mundiais de Poliestireno é possível 
detectar aumento significativo, como é observado a seguir: 
 
 
26 
Número de produtores de PS em nível mundial 
Pais/Região Número de Produtores 
 
1996 2001 
EUA 208 276 
Japão 132 149 
América Latina 23 37 
Total 363 462 
Quadro 5: Desenvolvimento dos produtores de PS. 
Fonte: BNDES (2002, p.130). 
 
As conclusões exposta na pesquisa divulgada pelo BNDES, 
demonstra que o Poliestireno destaca-se no cenário mundial conforme as seguintes 
tendências: 
• O custo do estireno interfere no preço do Poliestireno; 
• A oferta e demanda do estireno continuarão firme em nível global e regional 
consequentemente o mesmo ocorrerá para o Poliestireno; 
• O crescimento deste segmento proverá de novas tecnologias. 
 
2.7. Poliestireno no Brasil 
 
Baseando-se em levantamentos de pesquisa do BNDES (2002), o 
consumo aparente nacional do Poliestireno está como 5° colocada sendo 
ultrapassado pelas principais resinas termoplásticas, conforme quadro abaixo: 
 
Polietilenos (PEAD, PEBD e PEBDL) 42% 
Polipropileno (PP) 22% 
PVC 17% 
PET 10% 
Poliestireno 9% 
Quadro 6: Consumo aparente nacional das principais resinas termoplásticas - 2001. 
Fonte: do autor (Adaptado BNDES 2002). 
 
 
27 
Quanto à evolução nacional do consumo aparente de Poliestireno no 
período de 1997 a 2001 com base na mesma pesquisa, demonstrou que a produção 
no país aumentou com os anos, a importação demonstrou com variação no período, 
porém no último ano apresentou declínio no desempenho com relação aos anos 
anteriores. E a exportação e consumo aparente também variaram no período, no 
entanto no último ano estudado manteve-se com o maior desempenho de todo o 
período. Conforme quadro 7: 
 
Consumo Aparente Nacional de Poliestireno – 1997/2001 
Anos/Dados 1997 1998 1999 2000 2001 
Produção 148 148 193 198 256 
Importação 125 156 107 147 89 
Exportação 8 9 7 9 16 
Consumo 
Aparente 265 295 293 336 329 
Quadro 7: Evolução do consumo aparente nacional de PS. 
Fonte: BNDES (2002, p.133). 
 
Quanto ao processo de produção, no exercício de 2001, a 
distribuição de consumo demonstrou-se: com 62,4% de termoformagem, 18,5% de 
fibra, 9,2% de injeção e 7,8% outros. 
Quanto à segmentação de mercado também em 2001, o Poliestireno 
em forma de PS alto impacto e PS Cristal tiveram desempenho nos setores expostos 
no quadro 8: 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 PS alto impacto (HIPS) / PS Cristal ou Standard 
Embalagens 40,7% 
Descartáveis 23,8% 
Componentes Técnicos 18,5% 
Calçados 5,1% 
Utilidades domésticas 2,7% 
Outros 9,2% 
Quadro 8: Desempenho de segmento de mercado I. 
Fonte: do autor (Adaptado BNDES 2002). 
 
E o EPS apresentou-se com desenvolvimento nos segmentos de 
construção civil, embalagens, utilidades domésticas e outros. Veja o desempenho 
relacionados no quadro abaixo: 
 
 PS Expandido 
Construção civil 46,0% 
Embalagens 42,0% 
Utilidades domésticas 10,0% 
Outros 2,0% 
Quadro 9: Desempenho de segmento de mercado II. 
Fonte: do autor (Adaptado BNDES 2002). 
 
2.8. Geração de lixo no Brasil 
 
È fato que o Brasil ainda não sabe aproveitar das inúmeras 
possibilidades proveniente de seu lixo. Segundo dados da Abrapex, cerca de 3 
bilhões/ano é desperdiçado na não reciclagem do lixo. Onde até 35% destes 
 
 
29 
resíduos que poderiam ser reciclado e reutilizado vão para aterros. 
Veja no quadro abaixo, como é realizado o descarte nacional dos rejeitos: 
 
Geração de lixo: 
250 mil tons/dia = 0,60kg/dia/habitante 
76% São depositados a céu aberto em lixões. 
13% São depositados em aterros controlados. 
10% São depositados em aterros sanitários. 
0,9% São compostados em usinas. 
0,1% São incinerados. 
Quadro 10: Geração de Lixo no Brasil. 
Fonte: do autor (adaptado Abrapex). 
 
COMPOSIÇÃO MÉDIA DO LIXO 
65% matéria orgânica 
25% papel 
4% metal 
3% vidro 
+ 90 MILHÕES t/ano 
3% plástico 
15 % dos plásticos são reciclados (200 mil t/ano) 
Quadro 11: Composição de lixo. 
Fonte: do autor (adaptado Abrapex). 
 
Coma base em dados da ABIQUIM (Associação Brasileira da 
Indústria Química) demonstra que o consumo per capita de resinas termoplásticas, 
considerado um indicador de qualidade de vida, situa-se em um patamar ainda baixo 
no Brasil, o que sinaliza forte potencial de expansão, onde em 2008 atingiu 27,5 Kg 
por habitante/ano. As estimativas são de que nos Estados Unidos o consumo per 
capita gire em torno de 100 quilos, na França por volta de 60 quilos e na Argentina 
 
 
30 
em cerca de 30 quilos por habitante. O consumo per capita é calculado dividindo-se 
o consumo aparente de resinas pelo número estimado de habitantes. 
Sendo o plástico um material com seu uso em expansão e o que 
move a autoria deste trabalho, é válido ressaltar como funciona seu ciclo em meio à 
reciclagem: 
 
 
 
Figura 5: Fluxo do plástico no mercado de reciclagem. 
Fonte: do autor (adaptado Abrapex). 
 
Sendo necessário na reciclagem dos plásticos para seu 
reprocessamento gastar cerca de 2 MJ/KG de energia, o que é um aspecto benéfico 
quando comparado com a energia gasta para reciclagem de outros materiais, como 
o papel que consume 6,7 MJ/KG, o vidro 8MJ/KG, aço / F. Flandes 6 MJ/KG e o 
alumínio 30 MJ/KG e 60 MJ/KG quando virgem, segundo dados do Sindicato da 
Indústria de Material Plástico do Estado do Rio de Janeiro. 
 
 
FLUXO DO MERCADO DE 
RECICLAGEM DE PLÁSTICOS 
CATADORES DE 
RUA 
RECICLADORES 
SUCATEIROS 
RECLICAGEM 
DE PLÁSTICOS 
LIXEIROS INDÚSTRIAS 
PÓ
S-
CO
N
SU
M
O
 
R
ESÍDUO
S
 /
 APAR
AS
 /
 IN
DÚSTR
IAS
 
 
 
31 
2.9. O EPS e o meio ambiente 
 
Este material apresenta-se as seguintes características: 
• O EPS é 100% reciclável, ou seja, pode ser totalmente incorporado em um 
novo ciclo de processo de transformação; 
• O EPS é reaproveitável, sendo assim pode ser aproveitado em outras 
funções; 
• O EPS não destrói a camada de ozônio, pois não utiliza CFC’s e HCFC’s; 
• O EPS não contamina solo, ar ou água; 
• Fungos e bactérias não atacam o EPS; 
• A moldagem do EPS consome pouca energia e não gera resíduo; 
• O EPS não contamina alimentos e atende todas as legislações internacionais 
de saúde; 
• O uso do EPS como isolante térmico representa grande economia de energia 
no aquecimento ou resfriamento de ambientes; 
• EPS representa apenas0,1% do lixo. 
As propriedades do EPS mantêm-se as mesmas ao longo de sua 
vida, há estimativas que em meio à natureza demore cerca de 150 anos para se 
degradar. E quando empregada em uma construção também se faz tão longa 
quanto à obra em que faz parte, isto ocorre em função deste material não proliferar 
bolor, fungos e/ou bactérias, portanto exibi-se resistente ao envelhecimento. 
Durante seu processo de fabricação o EPS libera baixos valores de 
resíduos sólidos e líquidos, em fato pela sua leveza, neste contexto o presente 
material demonstra significativa preservação de recursos energéticos quando é 
utilizado como isolante térmico, onde a economia de energia proporcionada durante 
 
 
32 
a vida útil da construção pode ser diversas vezes superior à consumida para a 
produção do EPS. 
Um material de fácil re-uso e podendo ser reciclado das seguintes 
formas: 
• Mecânica: onde os descartes plásticos voltam a ser matéria-prima, na forma 
de grânulos para fabricação de outros produtos; 
• Energética: recuperar e gera energia, devido seu potencial de alto poder 
calorífico; 
• Químico: onde se obtêm óleo e gases, ou seja, componentes químicos para 
reaproveitá-los como matéria-prima de outros produtos. (INSTITUTO PVC) 
 
2.10. A reutilização do EPS 
 
O EPS pode ser reaproveitado em várias formas, como sendo 
novamente moldados em forma de blocos, injetado como produtos para 
embalagens, usados como substratos para melhorar as condições do solo, para 
drenagem e jardineiras, na aeração de substâncias para melhoria da decomposição, 
utilizados na construção civil, gerador de energia elétrica ou calorífica por combustão 
direta e aplicada como complemento em moldes de peças injetadas ou fundição do 
ramo industrial. 
Com relação à geração de energia, 1 Kg. de material plástico 
equivale a 1 Kg. de óleo combustível. Em face disto15% da reciclagem realizada na 
Europa Ocidental é efetuada com a reciclagem energética, o que beneficia a 
redução do uso de combustíveis, deste modo a economia é dos recursos naturais. 
Em especifico, os produtos oriundos do EPS, quando usados para geração de 
 
 
33 
energia em usinas térmicas em sua combustão, realizada em cerca de 1000 °C, 
somente há liberação de vapores de água e gás carbônico. Enfim elementos que 
fazem parte da natureza abundantemente. 
Reciclados e voltando novamente a forma de matéria-prima, o EPS 
pode ser, por exemplo, moldado em forma de bloco, injetados como produtos para 
embalagens, aplicada como complemento em moldes de peças injetadas ou 
fundição do ramo industrial. E reaproveitado o EPS pode ser utilizado na construção 
civil como, por exemplo, concreto leve. 
Quando reaproveitados para aeração de solo o EPS é incorporado à 
argila facilita a penetração da água no solo, induzindo o adubo as raízes. Em 
conjunto com a brita o EPS na jardinagem age em função dos substratos para 
plantas, mas para os gramados e campos de futebol possibilita a drenagem das 
águas pluviais. (ABRAPEX) 
A figura 6 expõe um fluxo de processos onde foi implantada a 
reciclagem do EPS com sucesso: 
 
 
34 
. 
Figura 6: Processos que usam o EPS na reciclagem. 
Fonte: do autor (adaptado Abrapex). 
 
Apesar de tantas possibilidades de reciclagem e reaproveitamento 
 
 
35 
do EPS, este ainda é considerado um dos vilões quando descartados, em um país 
onde não existe uma política e educação adequada quanto ao lixo proveniente 
cotidianamente das ações humanas, fazendo com que a destinação do EPS gere 
transtornos, pois os produtos oriundos deste material ocupam muito espaço quando 
depositados geralmente em lixões ou aterros sanitários. Outra problemática quanto 
ao assunto é a realização do transporte do EPS, por exemplo, um caminhão baú 
somente consegue carregar 190 quilos, fazendo com que a reciclagem fique inviável, 
já que apenas 2% é correspondente ao Poliestireno e restante é constituído de ar, 
conforme dados da Associação Industrial do Poliestireno Expandido. 
“È de fundamental importância conscientizar a população de que o 
isopor não é um produto poluente se descartado corretamente e que existem 
soluções fáceis para seu reaproveitamento", segundo Albano Schmidt, diretor de 
Termotécnica e presidente Abrapex. Pensando como ele, e agindo como tal a 
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com a empresa 
Termotécnica desenvolve um projeto pioneiro para o reaproveitamento do EPS, onde 
resolveram as dificuldades para a reciclagem. 
Primeiramente em prol de encontrar uma maneira para reduzir o 
volume do resíduo, o grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa 
Catarina (UFSC) desenvolveu um equipamento que aglomeram o material, que 
facilita o transporte e reduz o custo, depois foi necessário ultrapassar a barreira de 
transformar o EPS já usado em novamente matéria-prima para conseqüentemente 
transforma-lo em um novo produto, já que este é um material inerte, ou seja, sofre 
poucas alterações com o decorrer do tempo, tornando-se possível de acordo com a 
formula de 20% de EPS velho e 80% de estireno. Apenas com a restrição para 
reutilização para embalagens de alimentos. 
 
 
36 
Após a este passo, o EPS está mostrando-se útil em outros setores 
produtivos, como em Curitiba, onde o material é acrescentado na produção do 
chamado concreto leve, onde este substitui a pedra britada. (SETOR RECICLAGEM) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
3. O EPS NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
Estima-se que o setor da construção civil movimenta cerca de R$ 
130 bilhões/ano, sendo que 10% são oriundos de produtos plásticos. Apresentando-
se como espuma rígida aliada com as propriedades e características já citadas faz 
com que há 35 anos este material tenha ganhado posição estável no mercado da 
construção civil. 
È fato que o EPS realmente é um dos melhor isolantes térmico, trabalhando na faixa 
de temperaturas de 70° a 80° Celsius, e como material também é o melhor para 
preenchimento de rebaixos e vazios necessários em vários processos construtivos, 
tais como laje e painéis pré-fabricados ou semi-industrializados por ser resistente, de 
fácil corte, leveza e durável. Tem excelente resistência compressão, seu peso está 
entre 13 a 25 Kg/m3 com resistência de 1 a 2 KG/cm2. (MANUAL DE UTILIZAÇÃO - 
EPS NA CONSTRUÇÃO CIVIL) 
Possuindo este material tantas propriedades propícias para 
aplicação na indústria da construção civil, além de também proporciona considerável 
economia quanto à corte, mão-de-obra, equipamento e tempo de execução. Com o 
uso do EPS, os países desenvolvidos conseguem projetar empreendimentos 
excelentes em termo de economia de energia, tendo resultados comprovados há 
décadas em países industrializados, da Europa a América do Norte e do Oriente à 
Oceania. (ABRAPEX, 2006, p. 08) 
O quadro abaixo, que traz referências normativas empregadas para 
o EPS no ramo da Construção civil: 
 
 
 
38 
NORMA REFERENTE 
NBR 11752 Materiais celulares de poliestireno para isolamento térmico na 
construção civil e câmaras frigoríficas. 
NBR 7973 Determinação de absorção d’água – Método de ensaio 
NBR 8081 Permeabilidade ao vapor d’água – Método de ensaio 
NBR 8082 Resistência à compressão – Método de ensaio 
NBR 10411 Inspeção e amostragem de isolantes térmicos - Procedimentos 
NBR 11948 Ensaio de flamabilidade - Método de ensaio 
NBR 11949 Determinação da massa específica aparente - Método de ensaio 
NBR 12094 Determinação da condutividade térmica - Método de ensaio 
ASTM C-203 Test method for breaking load and flexural properties of block-type 
thermal insulation 
Quadro 8:Referências Normativas. 
Fonte: do autor (adaptado Abrapex). 
 
3.1. Lajes 
 
Primeiramente para melhor entendimento sob o assunto exposto, se 
faz jus esclarecer a definição do que é uma laje. Este é um elemento estrutural de 
uma edificação responsável por transmitir as ações que nela chegam para as vigas 
que a sustentam, e destas para os pilares. Tendo forma retangular ou quadrada, 
com superfície plana, contínua na horizontal que constitui um pavimento ou teto do 
edifício. Recebe diretamente as cargas do edifício, transferindo-as para as vigas. 
Sendo assim, as lajes têm duas funções estruturais, as quais são: 
• Suportarem as cargas verticais aplicadas ao longo dos pisos, funcionando 
 
 
39 
como uma placa; 
• E funcionarem como placas, por constituírem diafragmas rígidos horizontais 
que nos distribuem diversos pilares da estrutura as forças horizontais 
atuantes. (ESTRUTURAS DE UMA EDIFICAÇÃO) 
 
3.2. O EPS para nivelamento de lajes e fôrmas para concreto 
 
Tendo o EPS características propícias para situações que seja 
necessário o nivelamento de laje, seja para reformas de construções existentes em 
que há desigualdade nos níveis dos ambientes, como também ser aplicado para 
regularizar contrapisos de laje. Enfim sendo o desnivelamento ocorrido por erros na 
construção ou ate mesmo planejado para obra, placas de EPS podem regularizar 
facilmente a situação. 
 
 Figura 7: Nivelamento para pisos. 
 Fonte: Construpor. 
 
Figura 8: Nivelamento em lajes. 
Fonte: Abrapex. 
 
A vantagem no uso do EPS está relacionada à sua leveza, que 
consequentemente proporciona alívio na estrutura, e sua resistência podendo ser 
EPS 
Argamassa 
Desnível 
 
 
40 
usado até 10 Kg/m3 e oferece até 50KPa nos materiais nos materiais produzidos 
dentro das normas da ABNT, classificação PI – NBR 11752, comportando-se como 
isolante térmico e têm baixa absorção de água (máximo 5% em volume na 
classificação PI) o que facilita e melhora a cura do concreto, o EPS não serve de 
alimento para nenhum microrganismo, portanto não atrai cupins e nem apodrece, e 
também há uma economia na substituição de parte de argamassa pelo EPS. 
Outra situação em que é desejável a aplicação do EPS em via de 
outro material, é na construção de molduras de concreto, onde é bastante utilizada a 
madeira como fôrma, porém este material requer de trabalho artesanal, gasta-se 
mais tempo e existem restrições quanto ao desenho a ser projetado na fôrma, com o 
uso do EPS é possível que o corte seja realizado por programação de 
computadores, onde será realizado qualquer tipo e tamanho de arquitetura não 
necessitando de ferramentas e nem de mão-de-obra especializada em sua 
montagem, podendo ser instalado em formas planas niveladas de madeiras ou de 
aço, racionalizando e gerando economia na obra. 
 
 
Figura 9: Modelo de fôrma I. Figura 10: Modelo de fôrma II. Figura 11: Modelo de fôrma III. 
Fonte: Construpor. Fonte: Construpor. Fonte: Construpor. 
 
 
È utilizado a fôrma de EPS em lajes nervuradas, podendo ser em 
direção ou grelha, fazendo com que o acabamento em único plano interior seja mais 
econômico com relação ao cimbramento, mão - de - obra e fundações. 
 
 
41 
Já como fôrma simples, se faz do uso para auxiliar a retirada da 
fôrma tradicional depois da cura, isto quando a obra dificulta esta remoção. É usado 
como revestimento da madeira da fôrma e pela sua qualidade semi-elástica, permite 
a retirada da fôrma facilmente e sem perdas significativas. Para obter detalhes mais 
complexos como relevo ou recortes no concreto acabado, é possível a aplicação do 
EPS recortado e colocado dentro da fôrma de madeira, que ao serem retirados 
obtêm-se o aspecto desejado. (ABRAPEX) 
 
3.3. O EPS em lajes nervuradas ou industrializadas (pré-fabricadas) 
 
Para construção de edifícios de vários pisos, onde as lajes são 
responsáveis por elevado consumo de concreto, se faz imprescindível à análise para 
escolha do tipo de laje a ser empregada neste contexto, onde incorporem soluções 
técnicas e economicamente viáveis. A idealização para construções de lajes 
nervuradas está associada em adquirir alívio do peso próprio da estrutura e melhor 
aproveitamento do aço e concreto. 
Conforme a NBR-6118, "são consideradas lajes nervuradas aquelas 
cuja zona de tração é constituída por nervuras entre as quais pode ser colocado 
material inerte, de modo a tornar plana a superfície externa,...”. 
Apresentam nervuras, onde ficam concentradas as armações, entre 
as quais podem ser colocados materiais inertes com função de enchimento, o que 
simplifica a forma (plana) e deixa a superfície inferior lisa para receber o 
acabamento. Esse sistema é empregado em grandes vãos, onde é necessário 
trabalhar com espessuras elevadas a fim de atender as flechas e solicitações. A 
necessidade de espessuras elevadas inviabiliza o emprego de lajes maciças em 
 
 
42 
razão do consumo de concreto e do peso próprio elevado, o que não acontece nas 
nervuradas, pois parte do concreto é retirado ou substituído por um material mais 
leve, colocado entre as nervuras, ficando a armação concentrada em faixas. 
Considerada uma evolução das lajes maciça, a qual é responsável 
por dois terços do volume total do consumo de concreto na obra. A utilização de laje 
nervuradas ao invés da maciça permite redução na maior parte do concreto abaixo 
da linha neutra, consequentemente aumenta a economia da espessura total da laje, 
devido aos vazios em padrão rítmico de arranjo. Portanto formando um sistema 
estrutural eficaz, onde há nervuras espaçadas regularmente dispostas em uma ou 
duas direções, conhecidas como: 
• Laje nervurada pré-fabricada unidirecional: onde geralmente é utilizado para 
seu preenchimento dos vãos das nervuras, elementos como tijolos cerâmicos 
e blocos de concreto. Sendo que estes matérias influenciam no peso próprio 
da laje e geram perdas, por quebras destes e vazamento de concreto. Porém 
quando se faz do uso do EPS para substituir estes elementos de 
preenchimentos, há redução com relação à mão de obra, riscos e entulho 
durante a obra. 
 
 Figura 12: Laje treliçada unidirecional de EPS. 
 Fonte: Sahecc lajes. 
 
• Laje nervurada bidirecional: Está é uma concepção recente, onde usa-se o 
EPS para preencher os vãos das nervuras. Desta forma é possível realizar 
 
 
43 
grandes vãos em lajes delgadas, econômicas e bem estruturadas. Uma 
solução econômica já que o alívio do peso próprio da laje permite a redução 
de dimensionamento para toda estrutura. 
 
 Figura 13: Laje treliçada bidirecional de EPS. 
 Fonte: Sahecc lajes. 
 
É empregado o EPS para construção de lajes nervuradas, pois é 
visto que: é um material leve, proporciona conforto acústico e térmico, as perdas 
quase nulas, o transporte interno rápido, as juntas justas (não vasa a nata de 
cimento), o revestimento inferior é feito de modo tradicional, mas recomenda-se o 
uso de aditivo a base de resina acrílica, O EPS é fornecido como peça pronto de até 
um metro ou a seção necessária para laje desejada, tem fácil corte e sãos 
aproveitados os pedaços que sobram na própria laje. (ABRAPEX) 
As vantagens do uso destes tiposde lajes com EPS são: Aderência 
do revestimento inferior através da utilização de aditivo, aumento no isolamento 
térmico e acústico, a lajota cerâmica oferece total aderência do revestimento inferior, 
utilização residencial, utilização industrial, utilização comercial, reduz a quantidade 
de escoramento (cimbramento), vence pequenos e grandes vãos e suporta grandes 
cargas reduzindo a quantidade de vigas e colunas do sistema convencional de uma 
obra, permite distribuição de alvenarias sobre a laje, execução de hidráulica e 
elétrica embutidos na laje, reduzindo o custo na aquisição de forro falso e rebaixos. 
O EPS pode ser aplicado na utilização residencial, industrial e comercial. 
 
 
44 
 Enfim o prazo de execução e mão de obra é reduzido e 
consequentemente também é diminuído o custo final da obra. 
 
3.4. Concreto leve 
 
Concreto onde ao invés de usar a pedra britada comum, usa-se 
flocos de EPS reciclado em conjunto com cimento-areia, e quando estes últimos 
solidificam-se envolvem as partículas do material em estudo. Como o EPS 
apresenta-se com mais de 90% de ar proporciona um concreto de baixa densidade 
aparente. 
 
Figura 14: Flocos de EPS. Figura 15: Concreto leve de EPS. 
Fonte: Tecnocell. Fonte: Tecnocell. 
 
 
Figura 16: Preparação do concreto leve de EPS. Figura 17: Aplicação do concreto leve de EPS. 
Fonte: Tecnocell. Fonte: Tecnocell. 
 
Há diversas aplicações para este tipo de concreto devido as suas 
propriedades: de baixa densidade aparente, isolação térmoacústica e considerável 
resistência. Podendo ser de uso em qualquer ramo da construção convencional que 
 
 
45 
não exija grandes esforços. É válido ressaltar que mesmo em obras de pequeno ou 
grande porte há economia com o uso deste concreto no custo final da obra, sendo 
pelo dimensionamento estrutural adequado e facilidade no manuseio e transporte. 
Além de ser leve e ter um coeficiente de dilatação menor, ele 
também tem um custo menor que as argamassas e concretos usados 
tradicionalmente, pois são originários do lixo. Quando exposto de 0 a 20°C a 
dilatação linear do concreto leve de EPS é semelhante ao do concreto comum, já 
entre 20 a 40°C essa variável é de melhor desempenho para o de concreto leve 
devido este apresentar-se com menor dilatação e entre 40 a 80°C pode ser menor 
ainda, atingindo a 1,3 x 10(-6) mm/m. De fato o concreto leve apresenta-se com 
coeficiente de dilatação menor que os concretos convencionais. 
Quanto a sua densidade aparente é variado conforme a necessidade 
para sua aplicação, isto pode variar de 700 a 1.600 Kg/m3 , enquanto para o 
concreto convencional atinge a ordem de 2.400 Kg/m3. Enfim para cada uso pode 
ser feito um tipo de concreto que tem sua resistência mecânica proporcional à sua 
densidade aparente. Isto é, quanto mais leve menos resistente. 
Ao que se refere ao seu comportamento mediante ao fogo este 
material de construção é normalizado pelas disposições complementares da DIN 
4102, onde julga-se que o comportamento do concreto leve perante às chamas 
deve-se; 
• Fazer uma declaração sobre a resistência ao fogo das peças fabricadas deste 
material; 
 
 
46 
• Considerar que este material pode ser empregado para proteção contra ao 
fogo de peças de construção (não muito resistente) e como elemento de 
paredes divisórias e tetos; 
• Considerar que conforme ao ensaio de flamabilidade das disposições 
complementares da DIN 4102, onde classifica o concreto leve como material 
de construção B, ou seja não inflamável) podendo ser usado como concreto 
isolante de proteção de estruturas metálicas, contra incêndio. 
O concreto leve pode ser aplicado para: 
• Regularização de lajes em geral, como inclinação para escoamento; 
• Painéis para fechamento, como para prédios, casas pré-fabricadas e galpões; 
• Elementos pré-fabricados, como em lajotas, blocos vazados, pilares e placas 
para muros, elementos vazados, elementos decorativos para fachadas e 
jardins; 
• Pavimentos, como calçadas, regularização de áreas diversas e painéis para 
montagem de sofás, balcões e camas; 
• Áreas de lazer, como quadras de esportes e base de dispositivos para 
exercícios. 
 
3.5. O EPS para isolamento térmico e acústico 
 
A preocupação em arquitetar um ambiente que tenha conforto 
térmico tem como função saciar três finalidades, que são; 
• Conforto: Pois em um ambiente em que mantém a temperatura estável, onde 
quando está verão reduz o aquecimento e quando inverno diminui a sensação 
de frio no mesmo, o homem tem melhores condições de vida e de saúde 
 
 
47 
devido seu organismo poder funcionar sem ser submetido à fadiga e estresse 
de origem do desconforto térmico. 
• Economia: Possibilita a economia com a diminuição do tamanho de 
equipamentos de ar condicionado, portanto em conseqüência a redução do 
consumo de energia elétrica; 
• Estabilidade das estruturas: com a variação de temperatura as estruturas 
sofrem dilatação e contração, a variação dimensional do material corresponde 
ao seu coeficiente de dilatação térmica como também a proporção da 
temperatura ambiente. 
Para diminuir a transmissão de calor de um corpo para o outro 
através de seu contato, é intercalado entre eles uma camada de material que seja 
mau condutor de calor, porém é fato que não há material isolante que seje 
totalmente eficaz na transferência de calor, em face disto é considerado um bom 
isolante o material que possuir baixa condutividade térmica em, relação aos usuais. 
 Em razão dos sólidos serem bons condutores de calor e ao contrário disto, os gases 
estagnados serem maus condutores, faz com que os isolantes são materiais 
celulares ou laminares, onde em sua composição são formados de células de gás ou 
ar. Como é de fato caso do EPS abordado nesta pesquisa. (MANUAL DE 
UTILIZAÇÃO - EPS NA CONSTRUÇÃO CIVIL) 
È relevante citar que o EPS também se mostra como uma boa 
solução para evitar a transmissão de ruído, no entanto este material por si só não é 
isolante acústico apesar de ser excelente isolante térmico. (TÉCHNE) 
Um bom exemplo de onde pode-se usar o EPS para isolamento 
acústico é no chamado piso flutuante, geralmente usado em edificações de vários 
pavimentos para aliviar possíveis ruídos audíveis em outros ambientes. Como está 
 
 
48 
exposto no texto da página 59. 
 
3.6. O EPS como isolante térmico de lajes impermeabilizadas 
 
Lajes impermeabilizadas são as quais se realiza técnica que 
consiste na aplicação de produtos específicos com o objetivo de proteger as 
diversas áreas do imóvel contra ação de águas que podem ser de chuvas, de 
lavagem, de banho ou outras origens. 
Com a tecnologia abrangente atualmente no mercado, é não é 
aceito construções de lajes com a cobertura expostos ao sol sem proteção como o 
isolamento térmico, pois a sua ausência ocasionará danos quanto à dilatação que 
comprometem a impermeabilização como também há desconforto térmico ambiental. 
Mais uma vez o EPS mostra-se como um material de bom desempenho, já que 
como mencionado anteriormente este é um excelente isolante térmico. Além de ser 
um material barato, eficientes e disponibiliza um processo de fixação fácil e com 
espessura bem delgada, onde para os climas do Brasil cerca de 30 mm de 
espessura de placa (15Kg/m3) são suficiente para isolar este tipo de laje. 
Quando se trata a respeito de isolamento para lajesimpermeabilizadas, muitos fatores podem estar associados a melhor escolha que se 
propõem o projeto, como; acessibilidade, isolamento térmico, inércia térmica, 
ventilação, controle de difusão do vapor e proteção ao elemento que estanqueia 
(material que impermeabiliza e também é responsável pela vedação da laje, como: 
manta asfáltica, borracha liquida...). Porém é o projetista que verifica entre os fatores 
citados acima qual é a melhor opção que atenda o seu objetivo e seja viavelmente 
econômico. 
 
 
49 
Tendo em vista conforto térmico ambiental em conjunto com 
economia de energia, existem dois tipos de lajes que beneficia tais objetivos, estas 
são demonstradas a seguir: 
 
 
Figura 18: Cobertura I. Figura 19: Cobertura II. 
Fonte: Abrapex. Fonte: Abrapex. 
 
A primeira cobertura demonstrada na figura 18, há o elemento 
isolante térmico EPS, porém sem ventilação, já o segundo modelo conforme figura 
19, há a passagem de ar possibilitando a ventilação em conjunto com o elemento 
isolante térmico EPS, recomenda-se deixar espaço de no mínimo 20 cm entre o 
sombreamento e a impermeabilização. 
Quanto à implantação do projeto deve-se estar atento à inclinação 
da cobertura, que geralmente é de 1,5% a 3%, evitando que haja possíveis 
empoçamento de água. Quando houver a necessidade em colocar barreiras de 
vapor o ideal é que estenda o processo para as bordas da cobertura. 
A densidade aparente do EPS tem que resistir às cargas que são 
permanentes e móveis sem que haja deformação plástica, de acordo com o critério 
de cargas que não ultrapassam 1/5 da solicitação e que provoca 10% de 
deformação prevista na NBR8082. 
Estar também atento aos outros elementos usados para 
 
 
50 
impermeabilização, verificando se realmente é compatível com os outros materiais 
estarão em contato, em específico como o EPS. 
Os métodos mais comuns para isolar as lajes impermeabilizadas 
são; Isolamento térmico sobre a impermeabilização (ISO n° 06) e o Isolamento 
térmico sob a impermeabilização (ISO n° 05,07,08 e 09). 
Onde o primeiro as placas de EPS são fixadas após a 
impermeabilização com o material de fixação impermeabilizante, se este não 
contiver solventes orgânicos que dissolvem o EPS, ou até mesmo asfalto de baixo 
ponto de fusão poderá fixar as placas de EPS. Um filme poliéster é colocado sobre 
as placas, em seguida coloca-se argamassa desempenada para proteção mecânica. 
Para lajes transitáveis usa-se o contrapiso e depois é aplicado o piso de 
acabamento, e quando a laje tiver que suportar trânsito de veículos o contrapiso 
deve ser armado, deixando juntas de dilatação desde o contrapiso. 
No segundo método de isolamento, é aplicado na laje uma camada 
impermeável ao vapor de água, depois seguindo as especificações do isolamento 
mencionado anteriormente colam as placas de EPS. A impermeabilização final e 
definitiva é realizada em cima das placas já fixadas, levando em consideração as 
especificações do fabricante, as limitações desde material a altas temperaturas e a 
solventes orgânicos. Após a impermeabilização também é aceito o aplicação de 
proteção mecânica, contrapiso e piso de acabamento. 
 
3.7. O EPS como isolante térmico de telhados 
 
Visando construir e obter conforto e economia, em um país de 
grande extensão territorial que consequentemente há predominância de diferentes 
 
 
51 
climas é necessário que haja proteção nas edificações através do isolamento 
térmico para as paredes e coberturas. Já que as coberturas é o maior responsável 
pelas trocas de calor nos edifícios de um ou dois pavimentos, de acordo com dados 
de publicações da Abrapex, cerca de 70% de troca de calor é realizada pelos 
telhados de edificações térreas que ficam expostas ao frio ou calor, sendo para 
sobrados está média é de 50%. 
O EPS utilizado para tal finalidade de isolamento para telhados pode 
ser encontrado com espessuras adequadas para um isolamento eficaz, cortado em 
placas, estampados, etc. No Brasil o dimensionamento das placas é de acordo com 
calculo e tendo como base a irradiação e o aquecimento proveniente do sol. 
È possível encontrar no mercado placas de EPS recortadas 
conforme a ondulação das telhas metálicas ou de fibrocimento, portanto o 
isolamento é feito em conjunto com a colocação das telhas. Há também placas 
moldadas que são postas nos caibros do telhado que posteriormente são cobertas 
por telhas de cerâmica ou de cimento. Existem diversas possibilidades de placas 
que facilitam a colocação, manuseio, rapidez, quase ausência de materiais 
acessórios, enfim proporcionando menor custo à obra. 
 
 
Figura 20: Modelo de placas de EPS I. Figura 21: Modelo de placas de EPS II. 
Fonte: Construpor. Fonte: Styroplast. 
 
O isolamento para telhados pode ser realizado durante a construção 
ou até mesmo na recuperação de edifícios, ou seja, na reforma. O primeiro caso é 
 
 
52 
de maior facilidade pois o EPS será aplicado junto com os outros materiais da 
cobertura, enquanto que na reforma terá que ser adicionado com a cobertura já 
pronta. 
Deve-se estar atendo quanto à classificação das placas de EPS, que 
devem atender a classe – F, portanto é retardante a chamas, conforme a norma 
NBR11948. Assim apresenta-se como um material que resiste à inflamabilidade 
devido à presença de aditivos retardadores de chama, os quais funcionam pela 
interferência no processo de combustão através da fase gasosa ou pela iniciação de 
uma química que cause um resfriamento da região da combustão e um 
encerramento da queima. (CALLISTER, W. D. JR.,) 
 
3.8. O EPS como isolante térmico de paredes externas 
 
Por apresentar a característica de ser hidrófobo, portanto sua 
absorção de água é mínima, o EPS deste ponto de vista é um material qualificado 
para o isolamento de paredes. Apresentando-se mais eficiente no isolamento 
térmico em paredes externas por suprir pontos térmicos, reduz os movimentos 
decorrentes do diferencial de temperatura na estrutura e acrescenta a inércia 
térmica, que mantêm a temperatura interna da casa. 
A classe das placas de EPS devem ser F – como já citado 
retardante a chamas, e estas são fixadas na alvenaria, depois sobre elas é aplicado 
uma tela de arame galvanizado tipo galinheiro, que irá receber o acabamento em 
argamassa. Para finalizar a acabamento deverá ser pintada com tinta resistente à 
água, para impedir a infiltração das águas da chuva, e de preferência de cor clara 
para que absorva menos calor, pois estes dois fenômenos prejudicam o 
 
 
53 
revestimento e o isolamento. 
 
Figura 22: Isolamento em parede externa I. Figura 23: Isolamento em parede externa II. 
Fonte: Abrapex. Fonte: Weber. 
 
Em casos em que se deseja adaptar o isolamento térmico nas 
paredes de uma construção já existente, a reforma deve acontecer na parede 
interna, ou seja, a aplicação do EPS é internamente do ambiente. Com este 
processo há perda da inércia térmica, no entanto o EPS ainda proporciona uma 
rápida adaptação de temperatura do ambiente. 
O acabamento nestes casos pode ser realizado colocando placas de 
gesso sobre o isolamento, a vantagem é a realização de uma reforma seca, limpa e 
econômica. (ABRAPEX) 
 
3.9. O EPS como isolante térmico para dutos de ar condicionado 
 
Para manter a temperatura e umidade do ar adequada até o seu 
destino, os dutos de chapas galvanizadas que conduzem a passagem de ar 
condicionado até a saída pelos difusores, estes devemser revestidos como material 
 
 
54 
isolante térmico, sendo este material escolhido de acordo com suas qualidades e 
custo final. Mais uma vez o EPS de classificação F (retardante a chamas) mostra-se 
como um material em potencial, em face à sua resistência, por ser impermeável, de 
fácil aplicação, fácil corte e baixo coeficiente de condutividade térmica. 
È importante citar que a presença do isolamento nos dutos de ar 
condicionado evita a oxidação do mesmo devido ao gotejamento, que se faz 
possível devido a condensação dos vapores de água na face externa, oriundo da 
diferença de temperatura presente nos ambientes. 
As placas de EPS apresentam-se com espessuras que variam de 13 
a 50 mm, o que depende da posição do duto em relação ao edifício. E a aplicação 
deve ser bem justa sobre os dutos, não deixando ressaltos e/ou vazios, sendo as 
juntas bem vedadas com asfalto frio. E deve ter proteção nas arestas por 
cantoneiras de chapa galvanizada e fixada com fitas plásticas usadas para 
embalagens. (ABRAPEX) 
 
 
 Figura 24: Isolamento em dutos de ar condicionado. 
 Fonte: Abrapex. 
 
 
3.10. O EPS como isolante térmico de tubulações e reservatórios 
 
O EPS pode ser usado tranquilamente entre as temperaturas de -70° 
 
 
55 
a +70°C podendo ser utilizado, por exemplo, em instalações de água gelada para ar 
condicionado como até em salmoura com temperaturas de sub zero. 
Nestes projetos os cuidados devem estar direcionados para uma 
impermeabilização de qualidade com barreiras de vapor para evitar a infiltração de 
umidade que possa prejudicar o isolamento. 
 
 Figura 25: Tubulação e reservatório. 
 Fonte: Abrapex. 
 
O dimensionamento das placas ou canaletas é calculado de acordo 
com a temperatura, sendo mais densa sua espessura quanto mais frio o conteúdo. A 
tabela abaixo, demonstra a relação temperatura X espessura. 
 
TEMPERATURA DE 
FUNCIONAMENTO (°C) 
ESPESSURA RECOMENDADA 
(em mm) 
0° C 75 
-20° C 150 
4° C 50 
16° C 25 
Quadro 13: Espessura recomendada de acordo com temperatura. 
Fonte: do autor (adaptado Abrapex). 
 
 
56 
3.11. O EPS como isolante térmico em câmaras frigoríficas 
 
È vital aos centros urbanos garantir o abastecimento de alimentos no 
mercado interno ou até para exportações, fazendo com que as câmaras frias ou 
frigoríficas tenham maior importância para a preservação dos alimentos. 
A construção destas câmaras exige grandes cuidados com a 
isolação térmica e impermeabilização que deve ser realizada com bons materiais e 
que seja durável, o EPS tem se mostrado excelente para este tipo de serviço. 
Usando-o como elemento isolante e construindo dentro dos padrões das normas é 
garantido preservação da temperatura desejada e custos menores no consumo de 
energia. 
Atualmente as câmaras podem ser construídas como “in loco” ou 
pré-fabricadas em painéis, revestidos de chapa galvanizada e pintada. A NBR 11572 
é a que rege as especificações Materiais Celulares de Poliestireno para isolamento 
térmico na Construção Civil e em Câmaras Frigoríficas (Julho 1993), no quadro 12 
seguem exigidas para o EPS – NBR 11572: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
Propriedades 
Método 
de 
Ensaio 
Unidade Classe P Classe F 
Tipo de Material 
 
 I II III I II III 
Massa 
específica 
aparente 
NBR 
11949 
Kgm3 13 -16 16 - 20 21 - 25 13 -16 16 - 20 21 - 25 
Resistência à 
compreensão 
com 10% de 
deformação 
NBR 
8082 
KPa ≥ 60 ≥ 70 ≥ 100 ≥ 60 ≥ 70 ≥ 100 
Resistência à 
flexão 
ASTM C-
203 
KPa ≥ 150 ≥ 190 ≥ 240 ≥ 150 ≥ 190 ≥ 240 
Absorção de 
água 
Imersão em 
água 
NBR 
7973 
g/cm3 x 
100 
≤ 1 ≤ 1 ≤ 1 ≤ 1 ≤ 1 ≤ 1 
Permeabilidade 
ao vapor d’ água 
NBR 
8081 
 
ng/Pa.s.m ≤ 7 ≤ 5 ≤ 5 ≤ 7 ≤ 5 ≤ 5 
Coeficiente de 
condutiv. térmica 
a 23°C 
NBR 
12904 
X/(m.k) 0,042 0,039 0,037 0,042 0,039 0,037 
Flamabilidade 
NBR 
1948 
 MATERIAL NÃO 
RETARDANTE À 
CHAMA. 
MATERIAL 
RETARDANTE À 
CHAMA. 
Quadro 14: Características exigíveis para o EPS – NBR 11752 
Fonte: do autor (adaptado Abrapex). 
 
As câmaras construídas no local são fabricadas convencionalmente, 
 
 
58 
ou seja, com piso, alvenarias e laje de cobertura. E para o isolamento térmico é 
aplicado chapa de EPS sempre em duas camadas com as juntas desencontradas, e 
a espessura varia de acordo com a temperatura de uso e classificações dos 
materiais. Recomenda-se o uso da classe F III, pois esta classe obtém melhor 
desempenho para temperaturas abaixo de zero. A impermeabilização deve ser 
executada com extremo cuidado e com presença de barreiras de vapor de água, 
para evitar a infiltração, o que prejudica o isolamento térmico. 
Para a montagem de câmaras pré-fabricados, são usados painéis 
revestidos com chapas metálicas, a execução é mais rápida e as barreiras de vapor 
são mais eficientes, além de ocupar menos área para o mesmo volume de câmara 
pois as paredes são mais delgadas. 
O núcleo de EPS e o revestimento são unidos pôr colagem e 
prensagem formando um elemento rígido e de resistência mecânica muito boa. O 
fechamento do teto da câmara com painéis suspensos dispensa lajes e permite 
grandes vãos sem colunas. 
 
 
 Figura 26: Construção de câmara frigorífica. 
 Fonte: Abrapex. 
 
 
 
 
59 
3.12. O EPS como isolante acústico de impacto 
 
A solução para um problema nas edificações, e que cada vez mais é 
freqüente devido ao aumento de construções em edificações de vários pavimentos, 
é a utilização do piso flutuante. Está é uma solução de baixo custo e que sana a 
transmissão de ruídos provocados por impacto nos pisos, impedindo a 
ultrapassagem, para o ambiente no andar de baixo. 
È revestida a laje regularizada, ou seja, limpa e sem desníveis, com 
placas de EPS com cerca de 20 mm de espessura de classificação P I. Após a 
colocação das placas uma junto a outra, cobre-se as mesmas com filme de 
polietileno (PE) ou papel kraft betumado, para que após aplicado o contra-piso, que 
geralmente é feita de argamassa mista com dosagem de 1:3 em cimento e areia. 
Finalmente é colocado o piso de acabamento e fixados o rodapés de nas paredes. 
Com este método os possíveis impactos que provoquem ruídos não 
chegam ao ambiente a baixo, ou pelo menos de modo amenizado, não 
incomodando este ambiente. 
 
 Figura 27: Construção de piso flutuante. 
 Fonte: Abrapex. 
 
 
 
 
60 
3.13. O EPS como forro isolante e decorativo 
 
Para obter um teto liso ou até decorado sob um telhado, laje ou 
ainda para esconder tubulações e instalações, o ideal é fazer uso de forros. Há 
várias possibilidades para forros, entretanto as placas de EPS atendem as 
expectativas pois é de baixo custo, rápida colocação, adaptável, eficiente como 
isolante térmico, permite relevo decorativo, é impermeável à condensação, não 
mancha e recebe pintura com tintas à base de PVA e acrílico, além de ser anti-
alérgico e não são atacados por cupins. 
 A estrutura pode ser simples tarugamento de madeira, onde é 
aplicados sarrafos de 10 cm na menor largura do no alto do ambiente a ser forrado, 
em cada metro. Para formar uma grelha, no mesmo nivelamento com os sarrafos já 
colocados prega-se sarrafos de 5 cm no sentido oposto e a cada 50 cm. Assim é 
colocado as placas de EPS que podem

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