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UNIP-BCAP-Licitações_contratos_administrativos slide (5 nov outro

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BCAP
Bases Constitucionais da 	 Administração Pública 
LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Professora: Nara Rejane Moraes da Rocha
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Entidades políticas
 São pessoas jurídicas de direito público interno, que no Brasil são: 
1) União;
2) Estados,
3) Distrito Federal;
4) e Municípios. 
As entidades políticas possuem a característica principal de gozarem de autonomia política (traduzida pela capacidade de auto-organização).
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Decreto 200/67.
Art. 4° A Administração Federal compreende:
         
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.  
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Entidades administrativas,
São as pessoas jurídicas que integram a administração pública sem dispor de autonomia política. Elas compõem a administração indireta.
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Art. 4° A Administração Federal compreende:
                 
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
        a) Autarquias;
        b) Emprêsas Públicas;
        c) Sociedades de Economia Mista.
        d) fundações públicas
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Entidades Paraestatais
São entes privados que não integram a administração direta ou indireta, mas que exercem atividades de interesse público sem finalidade lucrativa. Integram o chamado 3º setor.
* Paraestatal significa ao lado do Estado, paralelo ao Estado. Entidades paraestatais, portanto, seriam aquelas pessoas jurídicas que atuam ao lado do Estado, sem com ele se confundirem (Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo,).
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3º setor → iniciativa privada sem fins lucrativos
 
PARAESTATAL- Serviços Sociais Autônomos (SSA)
– são entes privados, instituídos por lei para o desempenho de atividades assistenciais a determinadas categorias profissionais. Ex.: 
SESC, 
SESI, 
SENAI (Sistema S).
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Importante
 Nem toda ONG é uma Paraestatal, salvo se se qualificar como O.S. ou O.S.C.I.P.
O Estado pode repassar dinheiro a qualquer pessoa sem fins lucrativos que cumpra determinados requisitos.
Existem duas espécies de contrato de gestão:
a)      aquele utilizado pela O.S. para receber recursos estatais
b)      aquele previsto no artigo 37, § 8º da CF.
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Organizações Sociais (OS) – são entes privados, instituídos pela vontade dos particulares.
As OS são um modelo de parceria entre o Estado e a sociedade. 
A organização social, entretanto, não é delegatária de serviço público (não atua sob concessão, permissão ou autorização de serviços públicos), ou seja, não estará exercendo atividades públicas em nome do Estado, mas atividades privadas, em seu próprio nome, com incentivo do Estado, manifestado na transferência de recursos públicos, permissão de uso de bens públicos etc. 
(Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo
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A O.S. é regulamentada pela Lei n. 9.637/98.
Poderá atuar nas áreas de: a) ensino; b) pesquisa científica; c) desenvolvimento tecnológico; d) meio ambiente; e) cultura; f) saúde
Não precisa de concurso publico
Seus empregados são regidos pela CLT
Devem prestar contas ao TCU
Aquelas que recebem dinheiro da União devem seguir a lei de licitação de acordo com o estabelecido em decreto do Presidente da República.
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Organização Social e Licitação
Quando a OS é a entidade contratante, e o contrato, relativo a obras, compras, serviços e alienações, envolver recursos ou bens repassados a ela pela União, previstos no contrato de gestão, deverá ser realizada, pela OS, licitação pública prévia, de acordo com o estabelecido na legislação federal pertinente. Caso se trate de aquisição de bens e serviços comuns, será obrigatório o emprego da modalidade pregão, preferencialmente o pregão eletrônico. (Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo,)
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 A Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (ato vinculado) é a qualificação jurídica dada a pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por iniciativa de particulares, para desempenhar serviços sociais não exclusivos do Estado com incentivo e fiscalização pelo Poder Público, mediante vínculo jurídico instituído por meio de termo de parceria. (Prof. Maria Sylvia Di Pietro).
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público OSCIP
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Compras, serviços e alienações, que envolvam recursos ou bens repassados à O.S.C.I.P. pela União, previstos no termo de parceria, devera ser realizada, pela O.S.C.I.P., licitação prévia, de acordo com o estabelecido na legislação federal pertinente. Caso se trate de aquisição de bens e serviços comuns, será obrigatório o emprego da modalidade pregão, preferencialmente o pregão eletrônico (Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo)
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Outorga é a transferência da própria titularidade do serviço da pessoa política para a pessoa administrativa, 
que o desenvolve em seu próprio nome e não no de quem transferiu. 
É sempre feita por lei e somente por outra lei pode ser mudada ou retirada. 
Na delegação, o Estado transfere unicamente a execução do serviço, para que o ente delegado o preste ao público em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização do Estado.
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DECRETO 200/1967
Art. 11. A delegação de competência será utilizada como instrumento de descentralização administrativa, com o objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, situando-as na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender.
Art . 12 . É facultado ao Presidente da República, aos Ministros de Estado e, em geral, às autoridades da Administração Federal delegar competência para a prática de atos administrativos, conforme se dispuser em regulamento. Parágrafo único. O ato de delegação indicará com precisão a autoridade delegante, a autoridade delegada e as atribuições objeto de delegação.
 
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A delegação é normalmente efetivada por prazo determinado. Há delegação, por exemplo, nos contratos de concessão ou nos atos de permissão, em que o Estado transfere aos concessionários e aos permissionários apenas a execução temporária de determinado serviço. Como também há delegação por atos, que é a chamada autorização, ato administrativo precário, discricionário e unilateral da administração pública.
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Lei n. 8.666/93
Lei de Licitações
Lei nº 8.666/93: estabelece as normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
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A licitação é o meio administrativo pelo qual o poder público adquire os bens, obras e serviços indispensáveis ao cumprimento de suas obrigações. 
Em linguagem bem simples: licitação é a forma do governo fazer suas compras para garantir o desenvolvimento econômico, social e cultural da sociedade. Em razão de seu gigantismo, o poder público, nas esferas federal, estaduais e municipais, é o maior comprador de bens, serviços e obras do país. É necessário rigoroso atendimento à legislação para que esse grande volume de recursos seja aplicado com eficiência e economicidade.
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O processo licitatório tem como objetivo escolher, dentre os vários concorrentes de cada setor, a proposta mais vantajosa para o poder público no que se refere aos aspectos de preço e qualidade. 
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Assim, é imprescindível a promoção de real competição entre as empresas licitantes, a fim de que a compra obtenha as condições mais vantajosas para a sociedade. Cada participante deve comprovar o cumprimento dos requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital de licitação. Ao poder público, cabe a escolha da melhor proposta, a fiscalização dos bens entregues pelo vencedor e sua correta utilização em favor da população
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PUBLICAÇÃO DO EDITAL RESUMIDO
“
Lei de Licitações:
Art. 21 - Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados
no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez:  
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I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais;
II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tratar, respectivamente, de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou do Distrito Federal;
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III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de competição.
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1)  Concorrência exige requisitos de habilitação (exigidos no edital), na fase inicial, comprovados documentalmente. 
Esta modalidade ocorre quando se trata de concessão de direito real de uso, de obras ou serviços públicos – de engenharia ou não -, na compra e venda de imóveis (bens públicos), licitações internacionais. A Lei 8666/93 em seu art. 23 define os limites de valores para esta modalidade: Acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) para obras e serviços de engenharia; e acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais) para compras e serviços de outras naturezas.
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2) A Tomada de preços é a espécie que necessita de um certificado do registro cadastral (CRC), ou seja, necessita comprovar os requisitos para participar da licitação até o terceiro dia anterior ao término do período de proposta.
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3) O Convite não requer publicação de edital. Trata-se de uma contratação mais célere. Os interessados sejam cadastrados ou não, são escolhidos e convidados em número mínimo de três licitantes. Os demais interessados que não forem convidados, poderão comparecer e demonstrar interesse com vinte e quatro horas de antecedência à apresentação das propostas.
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4) No Concurso, ocorrerá a escolha de trabalho científico, artístico, ou técnico com prêmio ou remuneração aos vencedores, conforme o edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de quarenta e cinco dias. A escolha do vencedor será feita por uma comissão julgadora especializada na área.
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5) Leilão: A modalidade de licitação denominada Leilão não se confunde com o leilão mencionado no Código de Processo Civil. Esta espécie licitatória versa sobre a venda de bens inservíveis para a Administração Pública, de mercadorias legalmente apreendidas, de bens penhorados (dados em penhor – direito real constituído ao bem) e de imóveis adquiridos pela Administração por dação em pagamento ou por medida judicial.
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6)  Pregão foi instituído pela lei 10520/02, e versa sobre a aquisição de bens e serviços comuns (serviços cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital).
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 Pregão
-
 Medida Provisória nº 2.026-3/2000: criou, somente para o âmbito federal, a modalidade licitatória denominada pregão.
- Decreto nº 3.555/00: regulamentou o procedimento do pregão federal.
- Lei nº 10.520/2002: estendeu a todas as esferas federativas a modalidade licitatório pregão, utilizada para contratação de bens e serviços comuns.
- Decreto nº 5.450/2005:  definiu o procedimento a ser adotado para o pregão eletrônico.
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7) Consulta
 é a modalidade específica da agência reguladora, com previsão exclusiva. Não obstante, não há regulamentação para a sua aplicação
. Lei 9986/00 – consulta, para agências reguladoras.
NÃO há valores pré-questionados.
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CONSULTA
o objeto da licitação são bens e serviços comuns, ou bens e serviços, a contrariu sensu, “não comuns”, o que é outro conceito jurídico indeterminado.
O diferencial nas agências reguladoras é a chamada consulta para bens não comuns, feita por um júri, que atribui nota. 
É totalmente diferente das demais modalidades. são também feita em no mínimo três pessoas de reputação ilibada, elevada qualificação para apreciar as propostas.
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Outra Modalidade para contratações
RDC
 
- Lei nº 12.462/2011: estabeleceu o Regime Diferenciado de Contratação (RDC) para obras de infraestrutura vinculadas à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016.
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O RDC foi instituído pela Lei nº 12.462, de 2011, regulamentado pelo Decreto nº 7.581 de 2011, sendo aplicável exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização:
1) dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016;
2)da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol Associação - Fifa 2013;
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3) da Copa do Mundo Fifa 2014;
4) de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos estados da federação distantes até 350 km das cidades sedes dos mundiais;
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5) das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC;
6) das obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS;
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7) às licitações e contratos necessários à realização de obras e serviços de engenharia no âmbito dos sistemas públicos de ensino;
8) das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma de estabelecimentos penais e unidades de atendimento socioeducativo
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Outras tantas legislações orientadoras de prestação de serviços pela AP :
Leis nº 9472/97- Dispõe sobre a organização dos serviços de telecomunicações, a criação e funcionamento de um órgão regulador e outros aspectos institucionais, nos termos da Emenda Constitucional nº 8, de 1995.
9.648/98; Altera dispositivos das Leis nº 3.890-A, de 25 de abril de 1961, nº 8.666, de 21 de junho de 1993, nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, nº 9.074, de 7 de julho de 1995, nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, autoriza o Poder Executivo a promover a reestruturação da Centrais Elétricas Brasileiras - ELETROBRÁS e de suas subsidiárias e dá outras providências.
 
 
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11.107/2005. Dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos e dá outras providências.
12.349/10Altera as Leis nos 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.958, de 20 de dezembro de 1994, e 10.973, de 2 de dezembro de 2004; e revoga o § 1o do art. 2o da Lei no11.273, de 6 de fevereiro de 2006. 
LEI Nº 9.074, DE 7 DE JULHO DE 1995.Estabelece normas para outorga e prorrogações das concessões e permissões de serviços públicos e dá outras providências.
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CONTRATO ADMINISTRATIVO
Definição legal - art. 2º , parágrafo único, da Lei nº 8.666/93:
 “considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgão ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada” 
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Decreto 200/67. 
Art. 4°. A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
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 II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, 
dotadas de personalidade jurídica própria:
        a) Autarquias;
        b) Empresas Públicas;
        c) Sociedades de Economia Mista.
        d) fundações públicas
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1) Autarquia
     - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada
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Contratos das Autarquias
Os ajustes firmados em autarquias se caracterizam como contratos administrativos, que favorecem o Poder Público. Tais contratos regem-se pela Lei nº. 8666/93 e alterações subseqüentes e devem ser obrigatoriamente
precedidos de licitação, como estabelece o Art. 2º da Lei, calcado no artigo 22, XXVII da CF, ressaltados os casos nela mesma excepcionados
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EXCEÇÃO a regra de Direito Público como regime jurídico dos contratos entre a AP e os particulares.
 Os contratos típicos de direito privado: compra e venda, permuta, doação etc. são regidos pelo direito privado.
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2) Empresa Pública
- entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito
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EMPRESAS PÚBLICAS
1) Caixa Econômica Federal - CEF
2) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT
3) Empresa Brasileira de Comunicação- EBC
4) Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA. 
5) Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária - Infraero
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EMPRESA PÚBLICAS
 * não atuam integralmente sob regência do direito privado, possuindo um regime jurídico determinado pela natureza de seu objeto e de suas atividades. Submetem-se apenas às normas do direito público quando a constituição determinar, ou quando tiver disposição legal específica. Estão sujeitas às normas e princípios do direito pelo princípio da continuidade dos serviços públicos.
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3) Sociedade de Economia Mista
 a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
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Exemplos de SEM: Banco do Brasil, Petrobrás, Banco do Nordeste e Eletrobrás.
Constituição do capital da Sociedade de Economia Mista: é constituída pela conjugação de recursos oriundos da administração direta, indireta e da iniciativa privada, detendo a entidade criadora a maioria do capital votante.
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A Lei do Petróleo (Lei nº 9.478, de 6.08.98) previu, no seu
art. 67, a definição, mediante decreto do Presidente da República, de
procedimento licitatório simplificado, aplicável aos contratos celebrados pela
Petrobras para aquisição de bens e serviços
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 SEM= Elas são instituídas mediante prévia autorização legislativa, revestem
a forma de sociedades anônimas, admitem o lucro e sujeitam-se às normas próprias
das sociedades mercantis, com eventuais derrogações estabelecidas pelo direito
público
. Sua disciplina jurídica é traçada por diversas disposições constitucionais e legais. 
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As sociedades de economia mista que exploram atividade econômica têm um regime diferenciado no âmbito da Administração Pública,
tendo em conta as necessidades de flexibilidade, agilidade, competitividade e
eficiência que se ligam de forma direta à razão de existência dessas entidades e ao
interesse público que devem realizar
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MANUAL DA PETROBRAS PARA CONTRATAÇÃO
(MPC)
Aprovado pela D.E. em 07.02.2013, vigência a partir de 08.05.2013.
Publicado no D.O.U. em 08.05.2013. 
1.1.2 - Os instrumentos jurídicos NEGOCIAIS firmados pela Petrobras são regidos pelas normas de direito privado, pelo princípio da autonomia das vontades, bem como pelas regras contidas no presente Manual.
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MPC
1.1.2.1 - Dentro de suas atividades contratuais deverão ser sempre analisadas as interfaces das contratações com as normas jurídicas atinentes ao direito empresarial (Lei das Sociedades Anônimas, Código do Consumidor, Lei de Propriedade Industrial,...).
1.1.3 - Ficam excluídos da abrangência deste Manual os contratos individuais de trabalho, ainda que de ordem técnica, que restarão subordinados às normas elaboradas por Recursos Humanos (RH)
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Petrobras
Resumindo: Os instrumentos jurídicos negociais firmados pela Petrobras serão regidos pelas normas de direito privado, pelo princípio da autonomia das vontades, bem como pelas regras procedimentais contidas no Manual. Consultar no site da Petrobrás, inclusive cadastramento de prestadoras de serviço. 
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CONCESSÃO
A exploração do petróleo e dos recursos minerais está vinculada aos objetivos fundamentais dos artigos 3º, 170 e 219 da Constituição de 1988, ou seja, o desenvolvimento, a redução das desigualdades e a garantia da soberania econômica nacional.
Estas concessões são atos administrativos constitutivos pelos quais o poder concedente (a União) delega poderes aos concessionários para utilizar ou explorar um bem público
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A existência de poderes exorbitantes no contrato de concessão de petróleo, não para a prática de atos de natureza política ou para obtenção de benefícios econômicos para a Administração, mas sim como instrumento de realização do bem público, visando principalmente à satisfação dos Princípios e Objetivos da Política Energética Nacional, previstos no art. 1º da Lei nº 9.478/97. 
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Regime Jurídico
As empresas públicas e sociedades de economia mista são entidades de natureza híbrida. Formalmente, são pessoas jurídicas de direito privado. Entretanto, nenhuma dessas entidades atua integralmente sob regência do Direito Privado. Como veremos, as empresas públicas e sociedades de economia mista têm seu rgime jurídico determinado, essencialmente, pela natureza de seu objeto, de suas atividades. 
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empresas públicas e Sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos,
As empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos, embora sejam, também, pessoas jurídicas de direito privado, estão sujeitas a diversas normas e princípios do Direito Público, especialmente em razão do princípio da continuidade dos serviços públicos.
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A] doutrina majoritária, partindo dessa dualidade de atividades desempenhadas pelas empresas públicas e pelas sociedades de economia mista (intervenção no domínio econômico ou prestação de serviços públicos), firmou entendimento segundo o qual, a depender da atividade desenvolvida pela entidade, terá ela regime jurídico distinto:
a
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A) aquelas que se dedicam à exploração de atividade econômica sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, previsto no art. 173 da Constituição Federal; 
b) aquelas que se dedicam à prestação de serviços públicos sujeitam-se ao regime administrativo, próprio das entidades públicas, nos termos do art. 175 da Constituição Federal.
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4) Fundação Pública
- a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes
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FUNDAÇÕES PÚBLICAS
Sujeitam-se ao regime de direito de direito privado
 Fundacentro (ligado ao Ministério do Trabalho) visa difundir conhecimento sobre segurança e saúde no trabalho e meio ambiente; 
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Fundações públicas
 Funai (Fundação Nacional do Índio) visa o amparo das populações indígenas, etc. Nenhuma delas objetiva dar lucro.
IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) visa compreender e apoiar o desenvolvimento do Brasil através da coleta de informações estatísticas
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LEI Nº 9.277, DE 10 DE MAIO DE 199 
Art. 1º Fica a União, por intermédio 
do Ministério dos Transportes, autorizada a delegar, pelo prazo de até vinte e cinco anos, prorrogáveis por até mais vinte e cinco, aos municípios, Estados da Federação ou ao Distrito Federal, ou a consórcio entre eles, a administração de rodovias e exploração de trechos de rodovias, ou obras rodoviárias federais.
         
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Art. 2° Fica a União igualmente autorizada, nos termos desta Lei, a delegar a exploração de portos sob sua responsabilidade
ou sob a responsabilidade das empresas por ela direta ou indiretamente controladas.  (Regulamento)
Art. 3° A delegação será formalizada mediante convênio.
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Marçal (2009, p. 908) define convênio como sendo um acordo de vontades, em que pelo menos uma das partes integra 
a Administração Pública, 
por meio do qual são conjugados esforços e (ou) recursos, visando disciplinar a atuação harmônica e sem intuito lucrativo das partes, para o desempenho de competências administrativas.
 
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Art. 116 da Lei 8.666/1993, 
Art. 116.  Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.
§ 1o  A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades da Administração Pública depende de prévia aprovação de competente plano de trabalho proposto pela organização interessada, o qual deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:
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Art. 116.
I - identificação do objeto a ser executado;
II - metas a serem atingidas;
III - etapas ou fases de execução;
IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;
V - cronograma de desembolso;
VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão das etapas ou fases programadas;
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Da Formalização dos Contratos
Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.
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Art. 60, 
Parágrafo único.
  É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento.
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OBRIGATORIEDADE DO CONTRATO
Art. 62.  O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de:
1) concorrência
2) e de tomada de preços,
3) bem como nas dispensas
4) e nas inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação,
 
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Pregão
Contrato também é obrigatório
A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e observará as seguintes regras:
XXIII - se o licitante vencedor, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, aplicar-se-á o disposto no inciso XVI.
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XVI - se a oferta não for aceitável ou se o licitante desatender às exigências habilitatórias, o pregoeiro examinará as ofertas subseqüentes e a qualificação dos licitantes, na ordem de classificação, e assim sucessivamente, até a apuração de uma que atenda ao edital, sendo o respectivo licitante declarado vencedor;
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Limites de valor nas licitações
(modalidades em que os contratos são obrigatórios)
TOMADA DE PREÇO CONCORRÊNCIA
De 150 mil a 1.500.000,00 Acima de 1.500.000,00
(Para obras e serviços de engenharia). (Para obras e serviços de engenharia).
 
De 80 mil a 650 mil Acima de 650 mil reais
(para compras e serviços não referidos ( para compras e serviços não referidos no inciso anterior referidos no inciso anterior)
 
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CONTRATO FACULTATIVO
É facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como:
1) carta-contrato;
2) nota de empenho de despesa;
3) autorização de compra;
4) ou ordem de execução de serviço
*
IMPORTANTE:
A Administração também pode dispensar o termo de contrato nas compras com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, das quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica, independentemente do valor e da modalidade realizada
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CONVITE
 - para obras e serviços de engenharia: 
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais); 
- para compras e serviços não referidos no inciso anterior:
a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais)
*
Nessa seara, teríamos duas hipóteses de dispensa do termo de contrato:
a) aquelas nas quais o valor da obrigação não supera o limite para o uso da modalidade convite e; 
b) aquelas nas quais o valor da obrigação supera o limite para o uso da modalidade convite, mas o objeto do contrato consiste em compra com entrega imediata, da qual não resultam obrigações futuras.
Essa conclusão, note-se, parte de uma interpretação a qual classifica a previsão do § 4º, do art. 62, como uma exceção à regra prevista no caputdaquele mesmo dispositivo.
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Os CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
 são uma das formas nominadas de manifestação de vontades juridicamente relevantes pela Administração Pública, se inserindo dentro do gênero contrato (relação jurídica bilateral). 
De forma semelhante aos atos administrativos, se constituem de competência, finalidade, forma, motivo, objeto, capacidade e (consenso). 
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Contratos da Administração: Equivale a toda espécie de compromissos recíprocos celebrados pelo Estado com terceiros, incluindo: 
a) Contratos privados da Administração: Ajustes da Administração Pública com particulares, como por exemplo, compra e venda, permuta, doação, dentre outros, regidos em regra pelo direito privado; 
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b) Contratos administrativos: Ajustes da Administração Pública com terceiros regidos em regra pelo regime jurídico administrativo (direito público). 
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Contrato administrativo: Ajuste bilateral, consensual, formal, firmado entre a Administração Pública e um particular, regulado basicamente pelo direito público, e tendo por objeto uma atividade que, de alguma forma, traduza interesse público, por isso mesmo, regido pelo Direito Público e pelos princípios do Direito Administrativo, com objetivo de atingir o interesse público. 
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CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
1. presença da Administração Pública como poder público;
2 . finalidade pública;
3. obediência à forma prescrita em lei;
4. procedimento legal;
5. natureza de contrato de adesão;
6. natureza intuitu personae;
7. presença de cláusulas exorbitantes;
8. mutabilidade
*
Observação: contratos e licitações de pessoas administrativas que possuem atividade econômica serão regidas por lei específica (art. 173 par. 1º CF/88) - na ausência de lei podem ser regidas pela Lei 8 .6 6 6 / 9 3 ; Microempresas e EPP: Possuem tratamento diferenciado nas aquisições públicas, (Art. 170, IX da CF/88 e LC 123/2006, com possibilidade de licitações exclusiva para microempresas em licitações para contratos de até R$ 80.000,00, ou ainda a obrigatoriedade de sub-contratação de microempresas até 30 % valor contrato) (Deve ter previsão específica no edital).
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Sujeitos do contrato: Art. 6o  Para os fins desta Lei, considera-se:
Administração Pública (art. 6, XIV lei 8666/93) Contratante - é o órgão ou entidade signatária do instrumento contratual;
Pessoa física ou jurídica que firma o ajuste (art. 6º XV lei 8666/93).  Contratado - a pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a Administração Pública;
*
CONTRATOS DE DIREITO PRIVADO PACTUADOS PELA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 Art. 62, § 3º da Lei de Licitações, estabelece que o regime de direito público aplica-se inclusive àqueles contratos ditos “privados”, praticados pela Administração.
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Características 
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Características dos contratos administrativos: 
Imperatividade;
 Instabilidade (possibilidade alteração unilateral de cláusulas pela Administração Pública);
 Existência;
 Validade;
 Eficácia;
 formalismo (decorrente do princípio
da legalidade na Adm. Pública),
 Comutatividade;
 confiança recíproca;
 bilateralidade, sendo que o objeto do contrato busca traduzir um interesse público comum a toda a coletividade. 
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MODALIDADES DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
CONCESSÃO
A incumbência de um serviço público a uma pessoa de direito privado que os exerça em seu nome.
A transferência de poderes da Administração para o particular, com vistas à execução de serviços públicos
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MODALIDADES DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
Disciplinado pela Lei nº 8.987/95
A remuneração básica decorre da tarifa paga pelo usuário ou outra forma de remuneração decorrente da própria exploração do serviço
É o contrato administrativo pelo qual a Administração Pública delega a outrem a execução de um serviço público, para que o execute em seu próprio nome, por sua conta e risco, assegurando-lhe a remuneração mediante tarifa paga pelo usuário ou outra forma de remuneração decorrente da exploração do serviço.
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MODALIDADES DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
CONCESSÃO PATROCINADA
Disciplinada pela Lei nº 11.079/04
Forma de parceria público-privada
Nesta forma de concessão há a tarifa paga pelos usuários e a contraprestação pecuniária do concedente (poder público)
É o contrato administrativo pelo qual a Administração Pública delega a outrem a execução de um serviço público, precedida ou não de obra pública, para que o execute em seu próprio nome, assegurando-lhe a remuneração mediante tarifa paga pelo usuário acrescida de contraprestação pecuniária paga pelo parceiro público ao parceiro privado.
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MODALIDADES DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
CONCESSÃO ADMINISTRATIVA 
Disciplinada também pela Lei nº 11.079/04.
Forma de parceria público-privada
É o contrato administrativo de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta
Nesta modalidade a remuneração básica é constituída por contraprestação feita pelo parceiro público
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MODALIDADES DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
CONCESSÃO DE OBRA PÚBLICA
Nas modalidades disciplinadas pela Lei 8.987/95 ou pela Lei 11.079/95
É o contrato administrativo pelo qual o Poder Público transfere a outrem a execução de uma obra pública, para que a execute por sua conta e risco, mediante remuneração paga pelos beneficiários da obra ou obtida em decorrência da exploração dos serviços ou utilidades que a obra proporciona.
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MODALIDADES DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
CONCESSÃO DE USO DE BEM PÚBLICO
É o contrato administrativo pela qual a Administração Pública faculta a terceiros a utilização privativa de bem público, para que a exerça conforme a sua destinação.
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MODALIDADES DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
CONTRATO DE OBRA PÚBLICA
É contrato para a construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação.
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MODALIDADES DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
É contrato cujo objeto é a atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolições, consertos, montagem, conservação, manutenção, seguro, trabalhos técnicos, etc.
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MODALIDADES DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
CONTRATO DE FORNECIMENTO
É o contrato pelo qual a Administração Pública adquire bens móveis e semoventes necessários à execução de obras e serviços.
O conteúdo não se distingue do contrato de compra e venda, por isso alguns negam que exista como contrato administrativo 
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MODALIDADES DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
CONTRATO DE GESTÃO
É a forma de ajuste entre a Administração Pública Direta e as entidades da Administração Indireta ou entidades privadas que atuam paralelamente ao Estado, entidades parestatais.
O objetivo desse tipo de contrato é o de estabelecer determinadas metas a serem alcançadas pela entidade em troca de algum benefício outorgado pelo Poder Público.
Não é uma modalidade de contrato.
É uma forma de ajuste entre o Poder Público e entidades públicas ou privadas para a realização de objetivos de interesse comum, mediante mútua colaboração.
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CONVÊNIO
Celebrado entre as entidades federadas de natureza diversa (ex.: União e Estados, Estados e Municípios) ou 
Entre o Poder Público e entidades públicas ou privadas, para a realização de objetivos comuns, mediante mútua colaboração. 
Objetivos comuns e não divergentes
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OBSERVAÇÃO
Marçal Justen Filho, “a obrigatoriedade da observância do procedimento prévio aplica-se a todas as espécies de contratos administrativos. Mas isso não significa dizer que as regra são idênticas.”
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Retornando a Licitação:
LEGISLAÇÃO GERAL 
LEI Nº 8.666/1993
LEI COMPLEMENTAR Nº 101/2000
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
- LEI Nº 8.987/95
CONCESSÃO
LEI Nº 11.079/04
CONCESSÃO PATROCINADA
LEI Nº 11.079/04
CONCESSÃO ADMINISTRATIVA
- LEI Nº 10.520/02 – PREGÃO
- DECRETO Nº 3.555/2000
LC Nº 123/06 – ESTATUTO ME E EPP
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OBRIGATORIEDADE DE LICITAR
CF 37
 XXI – Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes.
LEI Nº 8.666/93
 Art. 1o  Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
 
*
ETAPAS QUE ANTECEDEM A CONTRATAÇÃO
 FASE INTERNA
- IDENTIFICAR AS NECESSIDADES
- VERIFICAR A VIABILIDADE ECONÔMICA E JURIDICA DA CONTRATAÇÃO
- VERIFICAR SE HÁ COMPETIÇÃO ENTRE OS PROVÁVEIS FORNECEDORES/PRESTADORES DE SERVIÇOS
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ETAPAS QUE ANTECEDEM A CONTRATAÇÃO
- IDENTIFICAR AS NECESSIDADES
- VERIFICAR A VIABILIDADE ECONÔMICA E JURIDICA DA CONTRATAÇÃO
- VERIFICAR SE HÁ COMPETIÇÃO ENTRE OS PROVÁVEIS FORNECEDORES/PRESTADORES DE SERVIÇOS
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LICITAÇÃO
 
“A licitação é um procedimento administrativo disciplinado por lei e por um ato administrativo prévio, que determina critérios objetivos de seleção da proposta de contratação mais vantajosa, com observância do princípio da isonomia, conduzido por um órgão dotado de competência específica” (Marçal Justen Filho)
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PRESERVAR O INTERESSE PÚBLICO
ISONOMIA
PROBIDADE
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FINALIDADE DA LICITAÇÃO
PERMITIR A MELHOR CONTRATAÇÃO, SELECIONANDO A PROPOSTA MAIS VANTAJOSA
POSSIBILITAR QUE QUALQUER INTERESSADO POSSA PARTICIPAR DA DISPUTA PELA CONTRATAÇÃO
*
Objetos
De acordo com o artigo 1.º da Lei n. 8.666/93, constituem objeto possível para o certame licitatório obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, locações, concessões e permissões, quando contratadas pela Administração. 
*
COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR EM MATÉRIA DE LICITAÇÃO
UNIÃO – ART. 22, XXVII CF
DEMAIS ENTES, DESDE QUE NÃO EXTRAPOLEM OS LIMITES DAS NORMAS GERAIS
COMPETENCIA CONCORRENTE
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 LEI Nº 8.666/93
O artigo 1.º da Lei n. 8.666/93 dispõe que a lei estabelece normas gerais que se aplicam no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Ocorre que, a lei não contém apenas normas gerais e que são dirigidas a todos os Entes da Federação e aos Três Poderes da República. 
*
 Estados, Municípios e o Distrito-Federal devem legislar, adaptando suas normas às normas gerais previstas na Lei n. 8.666/93
*
 Importante- O Estado-membro não pode legislar para ampliar as hipóteses de contratações diretas, mas poderá legislar para restringi-las. 
*
PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO
Princípio da isonomia
Princípio da competitividade
Princípio da probidade administrativa
Princípio da impessoalidade
Princípio da moralidade
Princípio da publicidade
Princípio da vinculação ao instrumento convocatório
Princípio do julgamento objetivo
Princípio da legalidade
Princípio da adjudicação compulsória
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Princípios aplicados às Licitações: 
1. Princípio
do Formalismo. O procedimento administrativo da licitação é sempre um procedimento formal, especialmente em razão de que precederão contratações que implicarão a dispêndio de recursos públicos. 
2. Princípio da Publicidade dos atos. A licitação não poderá ser sigilosa, sendo pública e acessível ao público os atos do procedimento, salva quando ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura (art. 3, § 3, da Lei nº 8.666/93). 
*
3. Princípio da Igualdade entre os licitantes. A observância da igualdade entre os participantes no procedimento licitatório possui dupla vertente: 
a) devem ser tratados isonomicamente todos os que participam da disputa, o que significa vedação a discriminações injustificadas no julgamento das propostas e 
b) deve ser dada oportunidade de participação às licitações em geral a quaisquer interessados que tenham condições de assegurar o futuro cumprimento do contrato a ser celebrado
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4. Princípio da competitividade. É o princípio basilar do processo licitatório, tanto que outrora era chamado de concorrência, uma vez que, somente através dele, é possível que a Administração identifique qual licitante oferece mais vantagens, para que, então, firme com este a avença. É através deste princípio que se seleciona qual seja o melhor licitante, isto é, aquele que melhor atende às necessidades do contratante, visando sempre a plena realização do interesse público. 
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5. Princípio da legalidade. Tal princípio permeia todos os atos da Administração Pública, pois, seu agir deverá estar sempre amoldado aos ditames da lei.
 Administrar é aplicar a lei. A legalidade para Administração consiste em fazer somente aquilo que é permitido por lei, aquilo que não é expressamente permitido à Administração é proibido. A Administração adstringe-se ao cumprimento do ordenamento jurídico e nisso consiste toda a sua liberdade, isto é, liberdade na lei, liberdade ao agir dentro da lei. 
*
6. Princípio da impessoalidade. Decorre do princípio da impessoalidade a estipulação de critérios objetivos para a contratação dos licitantes, pois não pode a Administração eleger critérios discrepantes com a finalidade da licitação, nem tampouco tratar de maneira desigual os licitantes. A Administração permanece impessoal, equidistante dos licitantes. 
*
7. Princípio moralidade. Exige-se da Administração que se comporte de maneira lícita, mas somente isso não é o bastante, pois a Administração deve pautar-se de acordo com a moral vigente no País, com os bons costumes, com os princípios de justiça, boa administração e honestidade. 
*
8. Princípio da vinculação ao instrumento convocatório. 
Uma vez inserida no edital, a vontade da Administração, a ele a Administração e os licitantes estarão vinculados, pois, o edital fará lei entre o Estado e os licitantes. 
Este princípio está positivado no art. 41 da lei 8.666/93, ao estatuir que: "A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada". Hely Lopes Meirelles afirma que o edital (ou carta-convite) é a lei interna da licitação. 
*
9. Princípio do julgamento objetivo. 
A Administração não pode proceder com subjetivismo no julgamento das propostas, sob pena de ferir a possibilidade da proposta mais vantajosa ao Estado e, em última instância, ao próprio interesse público. 
Não pode escolher a proposta do deste ou daquele licitante, indiscriminadamente, mas deve escolher aquele que da maneira melhor e mais correta preenche os requisitos necessários à licitação e proceder segundo critérios previamente estipulados por lei ou pelo edital. 
*
É necessário o julgamento objetivo, que segue quatro regras ou critérios básicos, contidos no art. 45 da Lei de Licitações: 
a) menor preço (§ 1 , inc. I);
 b) melhor técnica (§ 1º , inc. II);
 c) menor preço e melhor técnica (§ 1º , inc. III); 
d) maior lance - critério válido para leilões (art. 22 § 5). 
*
10. Princípio fiscalização. 
O § 1º do art. 41 da lei 8.666/93 estabelece o princípio da fiscalização ao dizer que "Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta lei". 
É uma garantia ao pleno exercício da cidadania, pois serão os cidadãos os maiores afetados em casos de irregularidades nas licitações, vez que serão estes que arcarão tanto com o prejuízo financeiro, como com o prejuízo decorrente de não ter o serviço ou obra a sua disposição. 
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11. Princípio da adjudicação obrigatória ao vencedor. 
Significa atribuir o objeto do certame ao licitante vencedor. Tal princípio impede que a administração, concluído o procedimento licitatório, atribua seu objeto a outrem que não o legítimo vencedor. Esse princípio também veda que se abra nova licitação enquanto válida a adjudicação anterior. 
*
Não se deve confundir adjudicação com celebração do contrato. 
A adjudicação é um ato declaratório, que apenas garante ao vencedor que, quando a administração for celebrar o contrato relativo ao objeto da licitação, ela o fará com o vencedor. É possível que ocorra de o contrato não chegar a ser celebrado, em face de motivos como a anulação do procedimento, se houve ilegalidade ou revogação da licitação em decorrência de superveniente razões de interesse público.
*
Recordando: MODALIDADES DE LICITAÇÃO
Leilão 
Concurso
Convite
Tomada de Preços
Concorrência Pública
Pregão
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A escolha da modalidade de licitação é feita pelo valor estimado da licitação, com exceção do pregão, concurso e leilão.
Valores conforme o art. 22 da Lei de Licitações
*
FRACIONAMENTO
O fracionamento se caracteriza quando se segmenta a despesa a ser objetivada na licitação para utilizar a modalidade de licitação inferior àquela estipulada pela legislação para o total.
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CONTRATAÇÃO DIRETA
DISPENSA
ART. 17 E ART. 24
INEXIGIBILIDADE
ART. 25
INVIABILIDADE DE COMPETIÇÃO OU
IMPOSSIBILIDADE DE SEREM COMPARADOS
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CLÁUSULAS INDISPENSÁVEIS AOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
ART. 54 
 “OS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS DE QUE TRATA ESTA LEI REGULAM-SE PELAS SUAS CLÁUSULAS E PELOS PRECEITOS DE DIREITO PÚBLICO, APLICANDO-SE-LHES, SUPLETIVAMENTE, OS PRINCÍPIOS DA TEORIA GERAL DOS CONTRATOS E AS DISPOSIÇÕES DE DIREITO PRIVADO.”
*
CLÁUSULAS INDISPENSÁVEIS AOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Como ensina Hely Lopes Meirelles:
 Todo contrato administrativo possui cláusulas essenciais ou necessárias e cláusulas acessórias ou secundárias.
 (...) também as denominadas cláusulas implícitas
 
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ESSENCIAIS OU NECESSÁRIAS
definam o objeto e seus elementos característicos
estabeleçam o regime de execução da obra ou do serviço ou a modalidade do fornecimento
fixem o preço e as condições de pagamento, os critérios de reajustamento e de atualização monetária
marquem os prazos de início, execução, conclusão e entrega do objeto do contrato
indiquem o crédito pelo qual correrá a despesa
apontem as garantias oferecidas
especifiquem os direitos e as responsabilidades das partes
estabeleçam os casos de rescisão do contrato
*
ESSENCIAIS OU NECESSÁRIAS
discriminem o reconhecimento dos direitos da Administração em caso de rescisão administrativa
prescrevam as condições de importação
fixem a vinculação ao edital ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu e à proposta do licitante vencedor
indiquem a legislação aplicável à execução do contrato e aos casos omissos
estipulem a obrigação do contratado de manter, durante a execução, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação 
*
CLÁUSULAS INDISPENSÁVEIS AOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
É indispensável, igualmente, cláusula declarando competente o foro da sede da Administração, ressalvada a hipótese de licitação internacional, nos casos previstos no art. 32, § 6a, da Lei 8.666/93.
*
CLÁUSULAS INDISPENSÁVEIS AOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
 Outras
cláusulas poderão erigir-se em essenciais em face da peculiaridade de cada ajuste e do interesse dominante em cada negócio público
*
QUADRO DAS CLÁUSULAS INDISPENSÁVEIS NO CONTRATO ADMINISTRATIVO[1]
[1] MOTA, Carlos Pinto Coelho. Eficácia nas licitações e contratos.Belo Horizonte: Del Rey. 2002. p.55
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QUADRO DAS CLÁUSULAS INDISPENSÁVEIS NO CONTRATO ADMINISTRATIVO[1]
[1] MOTA, Carlos Pinto Coelho. Eficácia nas licitações e contratos.Belo Horizonte: Del Rey. 2002. p.55
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QUADRO DAS CLÁUSULAS INDISPENSÁVEIS NO CONTRATO ADMINISTRATIVO
] MOTA, Carlos Pinto Coelho. Eficácia nas licitações e contratos.Belo Horizonte: Del Rey. 2002. p.55
*
É POSSÍVEL A UTILIZAÇÃO DO JUÍZO ARBITRAL EM CONTRATOS PÚBLICOS
O TCU ENTENDE SER POSSÍVEL, DESDE QUE AUTORIZADO POR LEI A TRANSIGIR.
O STJ SE MANIFESTA FAVORAVELMENTE.
NOS CONTRATOS DE CONCESSÃO, ART. 23 DA LEI 8.987/95 DISPÕE:
 “SÃO CLÁUSULAS ESSENCIAIS DO CONTRATO DE CONCESSÃO AS RELATIVAS:
 (...)
 XV – AO FORO E AO MODO AMIGÁVEL DE SOLUÇÃO DAS DIVERGÊNCIAS CONTRATUAIS.”
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FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS E ADITAMENTOS
ART. 60 A 64 DA LEI Nº 8.666/93
Os contratos e aditamentos serão elaborados pela repartição interessada;
Deverão ser arquivados de forma cronológica e registrado o seu extrato;
Deverá ser escrito, com exceção:
 1) das pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a R$ 4.000,00 feitas em regime de adiantamento;
 2) a critério da Administração e independente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica; 
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FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS E ADITAMENTOS
É sempre obrigatório nos casos de tomada de preços e concorrência, e também nas dispensas e inexigibilidade cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades;
Nos demais casos a Administração poderá substituir o contrato pela nota de emprenho;
Art. 62 § 4o  É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo, a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica.
*
CONTRATO OBRIGATÓRIO
Art. 62.  O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, 
CONTRATO FACULTATIVO
 nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
*
§ 2o  Em "carta contrato", "nota de empenho de despesa", "autorização de compra", "ordem de execução de serviço" ou outros instrumentos hábeis aplica-se, no que couber, o disposto no art. 55 desta Lei.
*
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos característicos;
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;
*
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso;
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica;
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;
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Recordando: Exceção ao contrato escrito. 
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento.
Art. 23.  As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação.
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
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FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS E ADITAMENTOS
Todo contrato deve mencionar:
o nome das partes e os de seus representantes;
a finalidade da contratação;
o ato que autorizou a contratação;
o número do processo de licitação, da dispensa ou da inexigibilidade;
a sujeição dos contratantes às normas da Lei de Licitações e às cláusulas contratuais;
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FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS E ADITAMENTOS
A Administração deve dar publicidade ao contrato, ou seja, deve publicar o resumo/extrato do contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, até o 5º dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de 20 (vinte) dias daquela data, qualquer que seja seu valor, ainda que sem ônus.
*
CONVOCAÇÃO PARA ASSINAR O CONTRATO
Art. 64, § 2º
No prazo estabelecido no edital, sob pena de decair seu direito, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 da Lei de Licitações. 
Pode ser prorrogado por igual período se solicitado desde que justificado e aceito pela Administração 
*
O QUE FAZER SE A CONVOCADA NÃO ASSINAR O CONTRATO OU NÃO RETIRAR O DOCUMENTO EQUIVALENTE?
 Administração poderá convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, ou poderá revogar a licitação 
 OS TERCEIROS NÃO ESTÃO OBRIGADOS A ACEITAR
OBS: QUANDO HOUVER DESCLASSIFICAÇÃO
 - NOVA CLASSIFICAÇÃO
 - NOVA PROPOSTA
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ALTERAÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
ART. 65
UNILATERAL
a- quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos;
b- quando necessária modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos pela lei de licitações;
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ALTERAÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
ART. 65, §§ 1º E 2º
acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras até 25% do valor inicial contratado ou 50% para reformas de edifício ou equipamento.
as supressões podem ser acima de 25%, se houver acordo entre as partes.
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ALTERAÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
O ADITAMENTO QUANTITATIVO GERA AUMENTO DO VALOR DO CONTRATO, PORTANTO, NÃO PODERÁ SER ADITADO SE ULTRAPASSAR O VALOR DA MODALIDADE LICITATÓRIA QUE DEU ORIGEM À CONTRATAÇÃO.
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ALTERAÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
 por acordo entre as partes
a- quando conveniente a substituição da garantia de execução
b- quando modificar a obra ou serviço se constar tecnicamente que os termos contratados são inaplicáveis.
c- quando modificar a forma de pagamento
d- para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro inicial
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ALTERAÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
 EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO
 Ensina o Professor Celso Antonio Bandeira de Mello que “equilíbrio econômico financeiro (ou equação econômica-financeira) é a relação de igualdade formada de um lado pelas obrigações assumidas pelo contratante no momento do ajuste e, de outro lado, pela compensação econômica que lhe corresponderá.”
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ALTERAÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
 EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO
 Ensina Marçal Justen Filho que “o restabelecimento da equação econômico-financeira depende da concretização de um evento posterior à formulação da proposta, identificável como causa do agravamento da posição do particular. Não basta a simples insuficiência da remuneração. Não se caracteriza
rompimento do equilíbrio quando a proposta era inexeqüível.”
*
ALTERAÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
 QUEM DEVE ARGUIR O EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO?
 aquele prejudicado -----o rompimento do equilíbrio econômico financeiro, o particular deve provocar a Administração para a adoção das providências adequadas. 
*
ALTERAÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
 A ADMINISTRAÇÃO PODE RECUSAR CONCEDER O REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO?
 ART. 37, XXI CF
 Inexiste discricionariedade. 
 A Administração pode recusar o reestabelecimento da equação apenas mediante invocação da ausência dos pressupostos necessários.
*
ALTERAÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
 QUAIS SÃO OS MOTIVOS PARA A RECUSA?
ausencia de elevação dos encargos do particular
ocorrência do evento antes da formulação das propostas
ausência de vínculo de causalidade entre o evento ocorrido e a majoração dos encargos do contratado
culpa do contratado pela majoração dos seus encargos, o que inclui a previsibilidade da ocorrência do evento
*
 A TEORIA DA IMPREVISÃO
APLICAÇÃO DA CLÁUSULA 
REBUS SIC STANTIBUS
 a exemplo do que ocorre nos ajustes privados, a fim de que sua execução se realize sem a ruína do contratado, na superveniência de fatos não cogitados pelas partes, criando ônus excessivo para urna delas, com vantagem desmedida para a outra 
*
 A TEORIA DA IMPREVISÃO
ÁLEA ECONÔMICA EXTRAORDINÁRIA E EXTRACONTRATUAL
FATO DO PRÍNCIPE
FATO DA ADMINISTRAÇÃO
FORÇA MAIOR E CASO FORTUITO
INTERFERÊNCIAS IMPRESVISTAS
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Álea Ordinária e Álea Extraordinária
Celso Antônio Bandeira de Melo, e seguindo doutrina do direito francês, os riscos que envolvem os contratos de concessão são divididos, doutrinariamente, em álea ordinária e álea extraordinária. 
A álea ordinária corresponde aos riscos normais de qualquer empreendimento e que devem ser suportados pelo concessionário. Não ensejam qualquer cobertura por parte do poder concedente.
*
Álea Administrativa
corresponde aos atos da Administração não como parte da relação contratual, mas sim como ente no exercício de seu poder extroverso (nos dizeres de Marçal Justen Filho), de imperium. A tais situações se aplica a teoria do fato do príncipe, o que acarreta integral indenização pelo poder concedente, uma vez que por ato da Administração, houve desequilíbrio na equação econômico-financeira, gerando indevido ônus ao concessionário, o qual não deve ser por ele suportado.
*
 ÁLEA ECONÔMICA
corresponde a fatos globalmente considerados, conjunturais, naturais, cuja etiologia acaba por ser desconhecida, tais como as crises econômicas, desastres naturais e oscilações de câmbio. 
A tais situações se aplica a teoria da imprevisão, ensejando a partilha entre o concedente e o concessionário dos prejuízos decorrentes de tais fatos. São situações às quais os contraentes não hajam dado causa e que provocam profundo desequilíbrio da equação econômico-financeira, acabando por tornar extremamente onerosa a prestação do serviço pelo concessionário.
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REVISÃO # REAJUSTE
NÃO poderá haver reajuste antes de 12 meses, considerando a data da proposta
A REVISÃO INDEPENDE DE PRAZO
Quando for rompido o equilíbrio econômico financeiro deve ser restabelecido, através de mecanismos como o reajuste e a revisão, dispostos na Lei de Licitações e Contratos – Lei 8.666/93.
*
Obs:
o REAJUSTE e a recomposição no mesmo contrato administrativo não se trata de incorrer em bis in idem já que dizem respeito a institutos diferentes, não obstante tenham o mesmo objetivo que é o de assegurar a manutenção do multicitado equilíbrio econômico financeiro, conforme será explicado nas linhas seguintes.
 
*
Periodicidade do reajustamento do preço é anual,
sendo inclusive nula de pleno direito a aplicação do instituto por tempo menor.
A prorrogação contratual é condição sine qua non para que haja reajustamento do contrato e o termo inicial do cômputo anual será o da apresentação da proposta, segundo dispõe o inciso XI do art. 40 da Lei de Licitações e Contratos. 
 
*
Art. 40.  O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte: 
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela;
*
REVISÃO # REAJUSTE
CONFORME Art. 3º, § 1º, da Lei nº 10.192/01), somente poderá ser efetivado reajuste depois de decorrido um ano, a contar da data da apresentação da proposta ou do orçamento a que esta se referir, devendo os instrumentos convocatório e contratual indicar qual desses marcos será aplicado em cada caso.
NO MESMO SENTIDO 
 Orientação Normativa nº 24, de 1º de abril de 2009, da AGU:
O EDITAL E O CONTRATO PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO CONTINUADO DEVEM CONTER APENAS UM EVENTO COMO MARCO INICIAL PARA A CONTAGEM DO INTERREGNO DE UM ANO PARA O PRIMEIRO REAJUSTE OU REPACTUAÇÃO: OU A DATA DA PROPOSTA OU A DATA DO ORÇAMENTO A QUE A PROPOSTA SE REFERIR.
*
REVISÃO # REAJUSTE
Decorre de evento imprevisível, ou previsível, mas de consequências incalculáveis, entende-se não haver lapso temporal mínimo para a concessão de revisão, podendo ocorrer a qualquer tempo, desde que evidenciada a quebra da equação econômico-financeira do contrato. 
Trata-se de aplicação da inteligência da teoria da imprevisão.
Orientação Normativa nº 22, de 1º de abril de 2009, da AGU:
 O REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO PODE SER CONCEDIDO A QUALQUER TEMPO, INDEPENDENTEMENTE DE PREVISÃO CONTRATUAL, DESDE QUE VERIFICADAS AS CIRCUNSTÂNCIAS ELENCADAS NA LETRA "D" DO INC. II DO ART. 65, DA LEI Nº 8.666, DE 1993.
*
Revisão Contratual
também chamada de recomposição por doutrinadores renomados como Marçal Justen Filho, tem por fim restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da Administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, no intuito de manter o equilíbrio econômico-financeiro, quando sobrevierem fatos imprevisíveis ou previsíveis, mas de conseqüências incalculáveis na execução contratual, assim como em caso de força maior, fato do príncipe, fato da administração.
*
A revisão é aplicada 
Àqueles casos em que a alteração do preço decorre de uma alteração extraordinária dos preços, desvinculada da inflação. 
Trata-se de uma área econômica e extracontratual, estatuído pelo art;. 65, inciso II, “d” da Lei 8.666/93.
*
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas
II - por acordo das partes:
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual. 
*
PRAZO DE VIGÊNCIA E PRAZO DE EXECUÇÃO
Prazo de vigência é o período de tempo de existência do contrato.
O prazo de execução é aquele consignado para o contratado executar o objeto contratado, que poderá ser em período menor que o prazo de vigência.
Lembrando que o contrato administrativo não pode ser firmado por prazo indeterminado.
*
RELEVÂNCIA DO PRAZO DE VIGÊNCIA E DE EXECUÇÃO
EXECUÇÃO INSTANTÂNEA
EXECUÇÃO CONTINUADA
APLICAÇÃO PRÁTICA
*
VIGÊNCIA DOS CONTRATOS
A regra geral para os contratos administrativos, disposta no art. 57, é que não podem ultrapassar os limites de vigência dos créditos orçamentários correspondentes. 
exceção à regra:
 - projetos de longo prazo previstos no Plano Plurianual
 - serviços de prestação continuada
*
VIGÊNCIA DOS CONTRATOS
PRAZO MÁXIMO DA CONTRATAÇÃO
Total de até 60 meses
Para equipamentos e programas de informática Total de até 48 meses
CUIDADO
 prazos exíguos X competitividade
 prorrogação do prazo de execução 
 X 
prazo superior ao avençado inicialmente
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 ADITAMENTOS CONTRATUAIS 
FORMALIZAÇÃO
HIPÓTESES 
Alterações, desde que não excedam os limites da licitação; ex: substituir o carro, alterar o local da limpeza
Para reestabelecer o equilíbrio econômico-financeiro;
aumento ou supressão de quantitativo;
prorrogação do prazo de execução;
prorrogação do prazo de vigência.
*
PRORROGAÇÃO X RENOVAÇÃO
Prorrogação é manter as condições do contrato por um novo período
Renovação é a extinção do primeiro contrato e a substituição pelo outro.
*
PRORROGAÇÃO X RENOVAÇÃO
renovação não pode ocorrer nos contratos administrativos
Posso prorrogar a vigência de qualquer contrato?
Art. 57
Observações importantes:
Depende de expressa previsão legal, exceto no caso do §4º
Deve manter a condição vantajosa
Deve ser justificada por escrito
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PRORROGAÇÃO 
art. 42 Lei Complementar 101/2000 (Responsabilidade Fiscal)
É vedado ao agente público, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser paga integralmente dentro dele. 
Momento que se pode considerar consumado o ato de contrair obrigação de despesa.
*
Espécies de Contratos administrativos: 
A) Contratos de obras públicas: 
Contratos onde o objeto pactuado consiste numa construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação de bem público. 
B) Contratos de prestação de serviços: Visam a atividade destinada a obter determinada utilidade concreta de interesse para a Administração (facere) 
.Comuns e técnico profissionais, sendo estes últimos que necessitam de habilitação legal. (art. 13 lei 8666/93).
*
 C) Contratos de fornecimento: Se destinam a aquisição de bens móveis necessários à consecução dos serviços administrativos. 
D) Contratos de concessão: Ideia da transferência de titularidade do Estado para os particulares. 
*
Espécies de concessões públicas: 
a) concessões de serviços públicos, que tem por finalidade a delegação da execução de serviço público a pessoa privada; 
b) concessões de uso de bem público, que tem por finalidade consentir que pessoa privada se utilize de bem permanente do Estado. 
*
E) Contratos de permissão de serviços públicos: Também possui finalidade de transferir ao particular a execução de serviço público, possuindo natureza mais precária (para serviços mais simples). 
*
VÍCIOS NA LICITAÇÃO E 
VÍCIOS NA CONTRATAÇÃO
ESPÉCIES DE VÍCIOS NA CONTRATÃÇÃO
inexistência do contrato Como pagar se não existe contrato?
nulidade do contrato – art.59
 Trata de um regime jurídico especial que difere da configuração tradicional do direito privado.
O ato ainda que viciado vincula a Administração Pública.
O terceiro, desde que de boa fé não pode ser prejudicado.
A Administração se obriga a indenizar as perdas e danos derivados.
A Administração ao receber a prestação e se recusar a pagar por conta da nulidade, caracteriza locupletamento indevido.
*
VÍCIOS NA LICITAÇÃO E 
VÍCIOS NA CONTRATAÇÃO
Responsabilidade civil do Estado
 A nulidade absoluta da licitação ou do contrato não podem ser opostas ao particular de boa-fé, devendo a Administração arcar com os efeitos dos atos viciados que praticou.
Vedação ao enriquecimento sem causa
 Invocar o vício do contrato apenas depois de receber a prestação configura desvio de poder e conduta incompatível com o padrão exigido aos governantes.
*
AS CAUSAS DE RESCISÃO DO CONTRATO –
 Art.. 78 Lei 8.666/93.
IMPUTÁVEIS AO CONTRATADO
 I A XI E XVIII
IMPUTÁVEIS À ADMINISTRAÇÃO
 XII A XVI
*
A FORMALIZAÇÃO DA EXTINÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO 
ART. 79 Lei de Licitações.
ADMINISTRATIVAMENTE
INTERVENÇÃO DO JUDICIÁRIO
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A FORMALIZAÇÃO DA EXTINÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO 
QUANDO A EXTINÇÃO FOR ADMINISTRATIVA
DA ANULAÇÃO
 Na extinção a Administração também necessita de procedimentos.
 Mesmo na anulação do contrato administrativo depende da observância do devido processo legal e do pagamento da indenização devida.
 A declaração de nulidade e da indenização estão submetidas ao princípio do contraditório. 
DA RESCISÃO
 Deve ser observado o devido processo administrativo e garantido o contraditório.
*
QUANDO A RESCISÃO FOR POR INADIMPLEMENTO DO PARTICULAR 
ART. 80
A Administração pode assumir a posse do objeto contratado
A Administração poderá ser indenizada pelas perdas e danos
A Administração poderá exigir o pagamento da multa prevista contratualmente
A Administração pode reter os créditos do particular pela execução das correspondentes prestações. Trata-se de modalidade de compensação, nos termos do inciso IV.
*
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS 
A INEXECUÇÃO TOTAL OU PARCIAL ACARRETA
Advertência
Multa
Suspensão temporária
Declaração de inidoneidade
*
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS 
É POSSÍVEL CUMULAR AS SANÇÕES?
A IMPOSIÇÃO DE QUALQUER SANÇÃO ADMINISTRATIVA DEVE SER PRECEDIDA DE PROCESSO ADMINISTRATIVO
*
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Nos termos do art. 86 e 87 cada pena a ser aplicada deve facultar ao contratado a defesa prévia.
A legislação não trata das formalidades do processo administrativo, apenas consigna prazos para apresentação da defesa prévia:
5 dias ou 10 dias 
Lei nº 9.784 de 29 de janeiro de 1999.
*
PROCESSO ADMINISTRATIVO
As sanções devem ser aplicadas de forma gradativa, obedecidos os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, nos termos do art. 2, VI e § único da Lei 9784/99
*
PROCESSO ADMINISTRATIVO
 Configurado o descumprimento de obrigação contratual:
1) Notificar a contratada
NA NOTIFICAÇÃO DEVE CONTER:
	- informações essenciais do contrato
	- quais as irregularidades apontadas (fatos)
	- se são reincidentes
	- da infração, quais os itens descumpridos do edital ou contrato
 - informar a penalidade correspondente
	-informa o prazo de cinco dias úteis (ou 10 dias) para apresentar defesa
*
PROCESSO ADMINISTRATIVO
2) Recebida a defesa, a Autoridade competente deverá se manifestar, motivadamente, sobre o acolhimento ou rejeição das razões apresentadas, concluindo pela imposição ou não de penalidades.
3) Dar ciência à contratada da decisão
Da decisão caberá recurso no prazo de cinco dias úteis, contados da intimação.
*
SE NÃO HOUVER RECURSO:
Encaminha-se para ratificação do gestor.
SE HOUVER RECURSO
Se a autoridade não reconsiderar, deverá encaminhar para a autoridade superior
SE MANTIDA A DECISÃO OU REFORMADA A DECISÃO DAR CIÊNCIA A RECORRENTE
*
PROCESSO ADMINISTRATIVO
4) Informar ao cadastro sobre a penalidade imposta
O fiscal deverá registrar a penalidade
5) Se a penalidade for multa, diligenciar a cobrança
 Em caso de rescisão dar a devida publicidade
*
SANÇÕES AOS AGENTES ADMINISTRATIVOS
 ART. 84
A Lei de Licitações estabelece sanções aos agentes administrativos que praticarem atos em desacordo com os preceitos da lei ou frustrarem os objetivos da licitação.
Além destas sanções também são responsabilizados civil e criminalmente.
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SUSPENSÃO
A suspensão ao direito de licitar, instituída no Art. 87, III da Lei de Licitações, é uma penalidade imposta pela Administração contratante, após regular processo administrativo de apuração, ao particular que deixa de cumprir total ou parcialmente contrato
administrativo de forma imotivada, cuja duração é de no máximo 2 anos.
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A declaração de inidoneidade, 
 Art. 87, IV da Lei nº 8.666/1993, constitui punição mais severa do que a suspensão;
a inidoneidade é sanção que não possui limitação temporal e perdura enquanto permanecerem os motivos pelos quais foi aplicada.
 somente poderá ser revista após realizada a reabilitação do particular perante o próprio órgão/ente administrativo sancionador, transcorridos 2 anos da aplicação da sanção, o ressarcimento da Administração pelos prejuízos sofridos
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CRIMES E PENAS ART. 89 A 99
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CRIMES E PENAS ART. 89 A 99
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CRIMES E PENAS ART. 89 A 99
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CRIMES E PENAS
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AS CAUTELAS NA FASE DE EXECUÇÃO DOS CONTRATOS
Todo ato da Administração Pública deve preponderar o interesse público, ou seja, todo contratação objetiva a obtenção de lucros por parte da contratada e o atendimento ao interesse público por parte da Administração.
Assim, a execução inadequada do contrato administrativo é passível de responsabilização tanto na esfera civil quanto na criminal.
*
 GESTÃO CONTRATUAL
ART. 66 A 76 DA LEI DE LICITAÇÕES
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A FISCALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
 “A execução do contrato deve ser acompanhada pela Administração, mediante a fiscalização de um representante. Agora a lei admite a contratação de terceiros para assistir e subsidiar as informações.
A gestão contratual exige eficácia por parte do administrador.
Assim, é inaceitável o contratado omisso e relapso, e a atitude do contratante que, por tolerância ou negligência, deixe aplicar sanções devidas.
A Administração contratante não poderá renunciar aos deveres-poderes que a Lei impõe.” 
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A FISCALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
ART. 67
foco na execução das obrigações contratuais
 O planejamento e a administração das relações com terceiros são inerentes à gestão de contratos.
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A FISCALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
A nomeação do Fiscal de Contratos
formal
será designado entre profissionais que detenham, potencialmente ou já desenvolvidas as seguintes qualidades: 
 - gozar de boa reputação éticoprofissional; 
	- possuir conhecimentos específicos do objeto do contrato a ser fiscalizado; senso crítico; 
	- conhecimentos jurídicos nas áreas: administrativa, trabalhista, previdenciária, fiscal/tributária, de medicina, higiene e segurança do trabalho; conhecimento documental, especialmente os referentes à constituição societária e certidões; disponibilidade para o encargo; capacidade de negociação; pró-atividade; bom senso e discernimento
*
A FISCALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
NÃO PODE SER FISCAL
 DE CONTRATO
	a) estiver respondendo a processo de sindicância ou processo administrativo disciplinar;
	b) possuir em seus registros funcionais punições em decorrência da prática de atos lesivos ao patrimônio público, em qualquer esfera do governo;
	c) houver sido responsabilizado por irregularidades junto a Tribunais de Contas;
	d) possuir condenação em processo criminal por crimes contra a Administração Pública; 
*
A FISCALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
O Fiscal de Contratos tem responsabilidade administrativa/funcional, civil e penal sobre os atos que praticar. 
Responde por seus atos nas esferas administrativa e judicial, sem prejuízo de outras responsabilidades cabíveis.
Em decorrência, inclusive por improbidade administrativa e com possíveis efeitos diretos sobre o cargo exercido.
Também poderá o Fiscal de Contratos ser responsabilizado pela indenização ao Estado por prejuízos causados, com ou sem intenção, abrangendo as hipóteses de imperícia, imprudência e negligência.
*
A FISCALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
A responsabilidade penal do Fiscal de Contratos não se limita aos crimes previstos em na Lei de licitações e contratos administrativos, mas também aos crimes típicos do servidor público e os gerais imputáveis ao cidadão comum.
Para evitar eventuais responsabilizações indevidas, deverá o Fiscal de Contratos cumprir a Lei, respeitar as normas procedimentais aplicáveis e o teor do contrato.
 Deve protocolizar, à autoridade superior, qualquer registro de dificuldade ou impossibilidade para o cumprimento de suas obrigações, com identificação dos elementos impeditivos do exercício da atividade, além das providências e sugestões que porventura entender cabíveis.
*
Já existem jurisprudências do TCU, como o Acórdão 634/2007–Plenário – rel. Ministro Augusto Nardes, que admitem, para atendimento ao interesse público, a manutenção de contratados cujos contratados tenham passado por processo de fusão, incorporação ou cisão. 
*
 Pressupostos: 
a) manutenção das demais cláusulas e condições contratuais; 
b) observação pela nova pessoa jurídica de todos requisitos de habilitação exigidos no processo; 
c) ausência de prejuízo à execução do objeto pactuado;
d) anuência expressa da Administração à continuidade do contrato. 
*
Além dos contratos acima citados tem-se:
os Acordos Administrativos, ou seja, pactos sem natureza contratual, como o contrato de gestão, termo de parceria (OSCIP), parceria público privada, 
consórcio público;
 contrato de credenciamento, convênios. 
Exemplo: Enquanto que nos convênios as partes possuem interesses públicos comuns e paralelos, nos contratos administrativos os interesses são contrapostos, isto é, uma das partes visa uma atividade econômica e a administração interesse público. 
*
SOCIEDADES CIVIS
Organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP), que é uma qualificação atribuída a vários tipos de instituições. 
É o poder público federal quem certifica instituições como OSCIP, desde que cumpram certos requisitos.
*
SOCIEDADES CIVIS
 Sociedades civis, sem fins lucrativos, de direito privado e interesse público, ou atuam em áreas associadas ao setor público. 
Um entre diversos tipos de empreendimentos coletivos, a qualificação como OSCIP é opcional, requer conhecimento e pode trazer benefícios, assim como deveres.
*
Organização Social
Exemplo: Hospital Brigadeiro, agora denominado Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo Dr. Euryclides de Jesus Zerbini, cuja OSS responsável pelo seu gerenciamento é a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). Segundo dados, foram investidos R$ 37 milhões para que este hospital se tornasse uma referência de transplantes
*
Outros exemplos de Sociedade Civil: 
1) Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE); 
2) o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA); 
3) o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM);
4) com a Associação Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP); 
5) e com a Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron, que gere o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS). 
*
Como exemplo de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público temos:
 1) o Fome zero;
2) e a TV Brasil
*
Parceria Público-Privada -(Exemplo)
1) Porto de Santos, gestão antes controlada de forma monopolizada por uma empresa privada chamada Companhia Docas de Santos. Findo o período de concessão, em 1982, iniciou-se a fase de monopólio estatal, por meio da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), controlada pela União.
*
2) Outro exemplo de PPP 
 é a parceria firmada entre a Microsoft, o Instituto Stefanini e a Secretaria de Educação e Cultura do município de Salvador, capacitando alunos dentro do programa Aluno Monitor. Recentemente foi assinada a primeira parceria público-privada na área ambiental, no encerramento da IX Semana do Meio Ambiente em Barreiras, selando o compromisso de plantio de 3.700 mudas nativas do cerrado, tendo como parceiros a Prefeitura Municipal, 4º BEC e Viveiro Taquara
*
CONSÓRCIO PÚBLICO (exemplos)
1) AGÊNCIA GOIANA DE TRANSPORTE E OBRAS PÚBLICAS (AGETOP), consórcio intermunicipal de obras e serviços;
 2) CODAP - Consórcio Público para o Desenvolvimento do Alto Paraopeba, pioneiro

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