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01_Aula - Formação dos Contratos (1)

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DIREITO CIVIL II – CONTRATOS 
Me. Thiago Alves – thiago@itpac.br 
1 
A FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 
1. Negociações preliminares ou fase de puntuação. 
Manifestação de vontade: Momento subjetivo. 
O contrato resulta de duas manifestações de vontade: a proposta e a 
aceitação. 
A proposta dá início ao contrato independentemente de forma. Pode ser 
antecedida das negociações preliminares caracterizada por sondagens, 
conversações, estudos e debates, também denominada de fase de puntuação. 
Não há vinculação ao negócio, mesmo com minuta, entretanto se ocorrer a 
deliberada intenção, com falsa manifestação de interesse, de causar dano 
a outro contratante, levando-o a perder o negócio ou realizando despesas 
responderá por perdas e danos. 
Culpa aquiliana [é aquela que provém da lei, chamada também de extracontratual. 
Aquiliana por que vem lá do direito Romano da "Lex Aquiliana". Este tipo de responsabilidade 
está em oposição a responsabilidade contratual, que é aquela derivada, logicamente, do 
contrato]. (art. 186,CC) x Culpa contratual 
Gera efeito não na culpa contratual, mas na aquiliana, quando faltar a 
boa-fé, com os deveres de lealdade e correlação, de informação, de 
proteção e cuidado e sigilo. 
2. A Proposta (Oferta, policitação): A oferta ou proposta é uma vontade 
definitiva de contratar nas bases oferecidas não estando mais sujeitas 
a estudos ou discussões, mas dirigindo-se a outra parte que a aceite ou 
não. 
2.1. Conceito: É uma declaração receptícia de vontade dirigida por uma 
pessoa a outra, por força da qual a primeira manifesta sua intenção de 
se considerar vinculada, se a outra parte aceitar. 
2.2. Características: 
A proposta deverá conter os elementos essenciais do negócio: Preço; 
quantidade; tempo de entrega; forma de pagamento etc... 
(Art 427): Deve ser séria, consciente, clara, completa e inequívoca. 
É um negócio jurídico receptivo, pois sua eficácia depende da declaração 
do oblato. 
DICA: Não se equivale ao contrato, não tem força absoluta. 
2.3. Força vinculante: Vincula o policitante, que responde por todas as 
consequências, se injustificadamente retirar-se do negócio. 
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Me. Thiago Alves – thiago@itpac.br 
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Exceção: Morte ou interdição do policitante. 
2.4. A oferta ao público: Art. 429,CC. 
Neste caso, feita p. Ex., via on-line em sites ou em anúncios de 
televisão, rádio oi jornal, o aceitante não é identificado. ATENÇÃO: a 
oferta ao público é uma verdadeira proposta e não um simples convite. 
2.5. Hipóteses de não obrigatoriedade da oferta e prazo de validade. 
Art.429. 
1º. Se contiver cláusula expressa a respeito. Ex. “Proposta sujeita a 
confirmação” ou “Não vale como proposta”. 
2º. Em razão da natureza do negócio. Ex. Propostas abertas ao público, 
que se considerem limitadas ao estoque existente e encontram-se reguladas 
no art. 429, CC. 
3º.Art 428,CC Em razão das circunstâncias do caso.. A lei assim o 
considera. 
I - (...). Quando o solicitado responde que irá estudar a proposta feita pelo seu 
interlocutor, poderá este retirá-la. Vale também para telefone ou por meio de comunicação 
semelhante, valendo para internet, não sendo aplicável por e-mail, vez que não encontram-
se simultaneamente conectados. 
II - (...). Feita por corretor ou correspondência, a pessoa ausente. Troca de 
correspondência ou intercâmbio de documentos. 
Prazo Moral: varia conforme as circunstâncias. 
III - (...). O preponente terá que esperar pelo prazo dado, sem resposta estará liberado. 
IV - (...). A lei permite ao proponente a faculdade retratar-se, ainda que não haja feito 
ressalva nesse sentido, porém terá que chegar ao conhecimento do aceitante, antes do 
conhecimento da proposta ou simultaneamente, para que uma anule a outra. 
2.6. A morte ou interdição do proponente 
Responderá, respectivamente, os herdeiros e o curador do incapaz pelas 
consequências jurídicas do ato. 
A morte intercorrente não desfaz a promessa, que se insere como elemento 
passivo da herança, a proposta se transmite aos herdeiros como qualquer 
outra obrigação, que somente poderão retratar-se na forma do 428, IV, 
CC. 
Prestação personalíssima. 
3. Aceitação ou Oblação: 
3.1.Conceito: É a concordância com os termos da proposta. É a 
manifestação de vontade imprescindível para que se repute concluído 
contrato. 
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Deve ser pura e simples. 
Obs: Fora do prazo: Nova Proposta: art. 431,CC. Mas se feita 
intempestivamente ou com alterações (restritivas ou ampliativas), 
converter-se-á em contraproposta, nos termos do art. 431 do Código Civil. 
3.2. Espécies: Expressa ou tácita: art. 432,CC. 
3.3. Hipóteses de não obrigatoriedade da aceitação: 
1ª. Se a aceitação, embora expedida a tempo, por motivos imprevistos, 
chegar tarde ao conhecimento do proponente (CC, art. 430, primeira 
parte). 
Deverá comunicar ao aceitante (segunda parte do art. 430,CC). 
2ª. Se antes da aceitação, ou com ela, chegar ao proponente a retratação 
do aceitante. (Art. 433, CC). O Proponente não pode tomar qualquer 
deliberação no sentido de conclusão do contrato, eis que a aceitação se 
desfez. 
4. Momento de consumação dos contratos: 
4.1. Contratos entre presentes: (inter praesentes) No contrato entre 
presente fica bem mais fácil verificar o momento de consumação do 
contrato, visto que o mesmo se dá no momento da própria aceitação se for 
estipular prazo ou de imediato em caso da não estipulação. 
A proposta poderá estipular ou não o prazo para aceitação. 
4.2. Contratos entre ausentes: (inter absentes) 
4.2.1. Teoria da informação ou da cognição: É o da chegada da resposta 
a conhecimento do policitante, que se intera de seu teor. 
4.2.2. Teoria da Declaração ou agnição: Subdivide-se em três: 
4.2.2.1. Da declaração propriamente dita: Bastando apenas a declaração 
da aceitação, sem, contudo, sequer ter sido enviada ao policitante. Não 
sai do âmbito do oblato, não podendo ser aceita em nosso ordenamento, 
até mesmo porque, se o aceitante, após declarar sua vontade destruir a 
correspondência, por esta teoria estaria consumado o contrato. 
4.2.2.2. Da expedição: Além da declaração da resposta, mister se faz a 
necessidade de que tenha sido expedida, saindo do alcance e controle do 
oblato. 
4.2.2.3. Da recepção: Exige mais, além de ter sido escrita e enviada, 
necessita que a resposta tenha sido entregue ao seu destinatário 
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Obs: O Art. 434, CC aconselhou expressamente a teoria da expedição como 
momento da consumação. Entretanto, devido suas exceções, alguns autores 
entendem que o Código Civil consagra a teoria da recepção. 
5. Lugar de formação dos contratos. Art. 435, CC. 
 
 
Fontes: 
Gagliano, Pablo Stolze. Filho, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito 
Civil, Vol. IV, tomo 1: teoria geral. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2007. 
Gonçalves, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Vol. III. Contratos 
e atos unilaterais. 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

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