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Aula 01 - parte 1

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LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) 
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AULA 01 (2ª parte) 
ASSUNTO: 
Lei nº 9.784/99 (parte 1.2) – 60 questões 
61. (CESPE/MPE-SE/2010) O processo administrativo, como o judicial, 
somente se instaura por provocação do administrado, ainda que a 
administração possa, de ofício, adotar as medidas necessárias à sua adequada 
instrução. 
 
Comentários: 
 ERRADO. Em face do princípio da oficialidade, também chamado de 
princípio do impulso oficial do processo, o processo administrativo pode ser 
instaurado (iniciado, estabelecido) de ofício (pela própria Administração), 
independentemente de provocação do administrado. 
 Além disso, à Administração cabe impulsionar o processo. Isso 
significa que a Administração movimentará o processo administrativo mesmo 
que o administrado fique inerte, ainda que a instauração tenha sido provocada 
por particular. 
Deste modo, uma vez instaurado o processo, ele passa a pertencer à 
Administração Pública. A ela não é outorgada a discricionariedade de retardá-lo, 
sob pena de violar não só ao princípio da oficialidade, mas também ao princípio 
da eficiência. 
IMPORTANTE: 
De acordo com o princípio da oficialidade (ou princípio do impulso oficial 
do processo), o processo administrativo pode ser instaurado de ofício, 
independentemente de provocação do administrado. Ademais, à Administração 
cabe impulsionar o processo. 
 
62. (CESPE/MPE-SE/2010) Está impedido de atuar no processo 
administrativo o servidor ou autoridade que tenha interesse direto ou indireto 
na matéria ou que esteja litigando judicial ou administrativamente com o 
 
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interessado; entretanto, não constitui suspeição a relação de amizade íntima 
com os cônjuges, companheiros, parentes e afins com algum dos interessados. 
Comentários: 
ERRADO. Consoante o art. 18 da Lei, é impedido de atuar em processo 
administrativo o servidor ou autoridade que: 
• Tenha interesse direto ou indireto na matéria. 
• Tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou 
representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao Cônjuge, 
Companheiro ou Parente e Afins até o 3º grau. (CCPA3) 
• Esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado 
ou respectivo Cônjuge ou Companheiro. (CC) 
IMPORTANTE: 
IMPEDIMENTO: 
• Interesse direto ou indireto. 
• Perito, testemunha ou representante (CCPA3). 
• Litígio administrativo ou judicial (CC). 
• Presunção absoluta de incapacidade. 
• Deve ser comunicado. Se não, falta grave. 
Já o art. 20, ao tratar da suspeição estabelece que pode ser argüida a 
suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou 
inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos 
Cônjuges, Companheiros, Parentes e Afins até o 3º grau (CCPA3). 
IMPORTANTE: 
SUSPEIÇÃO: 
• Amizade íntima ou inimizade notória (CCPA3). 
• Presunção relativa de incapacidade 
• Pode ser argüida 
• Se indeferida, cabe recurso (sem efeito suspensivo) 
 
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(CESPE/TRE-MT/2010) Considerando a Lei n.º 9.784/1999, que regulamenta 
o processo administrativo, julgue os itens abaixo. 
63. (CESPE/TRE-MT/2010) Segundo previsão legal expressa, as normas 
básicas ali consignadas quanto ao processo administrativo aplicam-se no âmbito 
da União, dos estados e dos municípios, nas esferas dos distintos poderes. 
 
Comentários: 
 ERRADO. A Lei nº 9.784/99 estabelece normas básicas sobre o 
processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e 
indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados 
e ao melhor cumprimento dos fins da administração (art. 1º). 
Além disso, essa Lei também se aplica aos órgãos dos Poderes 
Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função 
administrativa. 
IMPORTANTE: 
A Lei nº 9.784/99 aplica-se: 
• À Administração Federal direta e indireta; e 
• Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando 
no desempenho de função administrativa. 
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de suas 
próprias leis, podem dispor sobre o processo administrativo aplicável à sua 
Administração. 
No âmbito da Administração Pública do Estado de São Paulo, por 
exemplo, o processo administrativo está regulamentado pela Lei Estadual nº 
10.177/98. 
IMPORTANTE: 
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de suas 
próprias leis, podem dispor sobre o processo Administrativo aplicável à sua 
Administração. Por isso, não se sujeitam à Lei nº 9.784/99. 
 
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64. (CESPE/TRE-MT/2010) Enquanto o ato de delegação é revogável a 
qualquer tempo pela autoridade delegante, a avocação da competência é 
permitida mediante justificativa e de modo excepcional. 
Comentários: 
 CERTO. Acerca da delegação, o art. 12 da Lei estabelece que um órgão 
administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, 
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que 
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for 
conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, 
econômica, jurídica ou territorial. Essas regras se aplicam à delegação de 
competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes. 
Em decorrência do princípio da publicidade, o ato de delegação e sua 
revogação deverão ser publicados no meio oficial (art. 14). O referido ato 
deverá especificar com clareza o que foi transferido, os limites da atuação do 
delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível (art. 14, 
§1º). Ademais, será revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante 
(art. 14, §2º). 
Nos termos do art. 15 da Lei, em caráter excepcional e por motivos 
relevantes devidamente justificados, será permitida a avocação
temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
Dito de forma mais simples, a avocação é a medida excepcional, 
temporária e justificada, mediante a qual o “superior” “pega para si” a 
competência originariamente atribuída ao “inferior”. Assim, a avocação de 
procedimentos administrativos decorre do poder hierárquico. 
 
65. (CESPE/TRE-MT/2010) Nem mesmo o comparecimento do administrado 
supre a falta ou irregularidade na intimação realizada para a prática de 
determinado ato, em razão da ofensa ao princípio da legalidade estrita. 
 
Comentários: 
 ERRADO. As intimações serão nulas quando feitas sem observância das 
prescrições legais. Porém, o comparecimento do administrado supre sua 
falta ou irregularidade (art. 26, §5º). 
Isso significa que a intimação feita em desacordo com a Lei é nula. Mas, 
se o administrado comparecer ao local indicado, não há que se falar em 
nulidade. 
 
 
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66. (CESPE/TRE-MT/2010) Havendo vários interessados no processo 
administrativo, a desistência ou a renúncia de um deles atinge os demais, razão 
pela qual fica prejudicado o prosseguimento do processo. 
 
 Comentários: 
 ERRADO. Segundo as regas previstas na Lei nº 9.784/99, mediante 
manifestação escrita, o interessado poderá desistir total ou parcialmente 
dopedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis (art. 51). 
Entretanto, tais institutos não prejudicam o prosseguimento do 
processo, caso a Administração considere que o interesse público assim o 
exige (art. 51, §2º). 
Outrossim, existindo vários interessados, a manifestação formulada 
por um deles não atinge os demais. Não se esqueçam disso! 
 
IMPORTANTE: 
• Mediante manifestação escrita, o interessado poderá: 
9 Desistir total ou parcialmente do pedido formulado. 
9 Renunciar a direitos disponíveis. 
• Existindo vários interessados, a manifestação formulada por um 
deles não atinge os demais. 
• A renúncia e a desistência do interessado não prejudicam o 
prosseguimento do processo, caso a Administração considere que o 
interesse público assim o exige. 
67. (CESPE/TRE-MT/2010) A lei não prevê expressamente a possibilidade de 
a administração pública adotar providências acauteladoras sem a prévia 
manifestação do interessado, mesmo porque seria necessário buscar a tutela do 
Poder Judiciário. 
 
Comentários: 
 
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 ERRADO. Nos termos da Lei nº 9.784/99, em caso de risco iminente, a 
Administração Pública poderá motivadamente adotar providências 
acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado (art. 45). 
 
(CESPE/TRE-MT/2010) Acerca do processo administrativo, genericamente 
regulado pela Lei n.º 9.784/1999, julgue os itens subsequentes. 
 
68. (CESPE/TRE-MT/2010) Nos processos administrativos, busca-se a 
adequação entre meios e fins, até mesmo com a imposição de obrigações, 
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao 
atendimento do interesse público, visando à prevenção das irregularidades. 
Comentários: 
 ERRADO. Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade
limitam a atuação e a discricionariedade dos poderes públicos. Ou seja, 
vedam que a Administração Pública aja com excesso, praticando atos 
desproporcionais ou desarrazoados. 
Segundo esses princípios, nos processos administrativos serão 
observados, entre outros, os critérios de adequação entre meios e fins, 
sendo vedado à Administração impor obrigações, restrições e sanções 
em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento 
do interesse público (art. 2º, parágrafo único, VI). 
Esses princípios, portanto, são utilizados na aferição da legitimidade 
dos atos discricionários que limitam direitos dos administrados, impõem 
obrigações ou aplicam sanções administrativas. Em outras palavras, tais 
princípios atuam como limites à imposição de restrições aos 
administrados. 
 
69. (CESPE/TRE-MT/2010) O processo administrativo, na administração 
pública federal, visa à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor 
cumprimento dos fins da administração. 
 
Comentários: 
 CERTO. A Lei nº 9.784/99 estabelece normas básicas sobre o processo 
administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, 
visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao 
melhor cumprimento dos fins da administração (art. 1º). 
 
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70. (CESPE/DPU/2010) O princípio da gratuidade não se aplica ao processo 
administrativo, considerando-se a necessidade de cobertura das despesas 
decorrentes da tramitação. 
Comentários: 
 ERRADO. Segundo o princípio da gratuidade, a regra é a proibição 
de cobrança de despesas processuais (art. 2º, parágrafo único, IX). 
Todavia, a lei pode dispor de forma contrária. Com efeito, a administração 
não pode cobrar custas ou despesas processuais como condição para realização 
de determinado ato, visto que o que a move é o interesse público de esclarecer 
o fato. 
Contudo, deve ficar claro que esse princípio não impede que o 
administrado, por vontade própria, incorra em gastos pessoais. Assim, 
em decorrência do processo, o administrado pode ter que custear a 
contratação de advogado; o pagamento de peritos e consultores 
particulares; e fornecimento de cópia dos autos etc. 
Em suma, o significado do princípio é a ausência de custas e não a 
gratuidade propriamente dita. Pois, os gastos incidentais, decorrentes de 
pretensão do administrado, deverão ser por ele custeados, sem previsão legal 
de ressarcimento. 
71. (CESPE/DPU/2010) O princípio da obediência à forma e aos 
procedimentos tem aplicação absoluta no processo administrativo, razão pela 
qual os atos do referido processo sempre dependem de forma determinada. 
Comentários: 
 ERRADO. É simples o significado do princípio do informalismo: o 
processo administrativo não se sujeita a formas rígidas. Contudo, não se 
pode concluir que há ausência total de forma. Lembrem-se de que o processo 
é escrito. Logo, sempre há forma. Além disso, quando a lei expressamente 
exigir forma legal para a prática de determinado ato, está será cumprida. Caso 
contrário, o ato será nulo. 
Segundo esse princípio, no processo administrativo o formalismo 
somente existe quando é necessário à proteção do interesse público e à 
proteção dos direitos dos administrados. Nesse ponto o processo 
 
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administrativo difere do processo judicial. Pois, neste a regra é a formalidade de 
seus atos. 
IMPORTANTE: 
Em decorrência do princípio do informalismo, o processo administrativo, 
que não se sujeita a formas rígidas, deve observar as formalidades 
essenciais à garantia dos direitos dos administrados, bem como adotar 
formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, 
segurança e respeito aos direitos dos administrados. 
(CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Acerca do processo administrativo, julgue 
os itens a seguir à luz da Lei n.º 9.784/1999. 
 
72. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) A urbanidade é um dever legal do 
administrado perante a administração. 
Comentários: 
 CERTO. O art. 4º da Lei trata dos deveres dos administrados, no 
âmbito do processo administrativo, perante a Administração Pública. Segundo o 
dispositivo mencionado, são deveres dos administrados: 
• Expor os fatos conforme a verdade; 
• Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; 
• Não agir de modo temerário (ser prudente, ajuizado); 
• Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o 
esclarecimento dos fatos. 
73. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) A lei acima citada regula o processo 
administrativo no âmbito da administração pública de todos os entes da 
Federação. 
 
Comentários: 
 ERRADO. 
 
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IMPORTANTE: 
• A Lei nº 9.784/99 aplica-se: 
9 À Administração Federal direta e indireta; e 
9 Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, 
quando no desempenho de função administrativa. 
• Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de 
suas próprias leis, podem dispor sobre o processo Administrativo 
aplicável à sua Administração. Por isso, não se sujeitam à Lei nº 
9.784/99. 
 
74. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Pelo princípio da oficialidade, nos 
processos administrativos, a administração pode requerer diligências e solicitar 
pareceres e laudos. 
Comentários: 
 CERTO. De acordo com o princípio da oficialidade (ou princípio do 
impulso oficial do processo), o processo administrativo pode ser instaurado 
de ofício, independentementede provocação do administrado. Ademais, à 
Administração cabe impulsionar o processo, podendo, por isso, requerer 
diligências, bem como solicitar pareceres e laudos. 
75. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) É obrigatória a participação de 
advogado nos processos administrativos, para atuação em favor do acusado. 
Comentários: 
 ERRADO. O art. 3º da Lei da Lei 9.784/99 prevê os direitos dos 
administrados no curso do processo administrativo. São eles (rol não 
taxativo): 
• Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão 
facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; 
• Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha 
a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de 
documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; 
 
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• Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os 
quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; 
• Fazer-se assistir, FACULTATIVAMENTE, por advogado, salvo quando 
obrigatória a representação, por força de lei. 
Cabe-me cotar-lhes o seguinte, em relação a esse último direito: em 
setembro de 2007, o STJ aprovou a Súmula nº 343, cujo enunciado indicava 
ser obrigatória a presença de advogado em todas as fases do processo 
administrativo disciplinar. Para redigi-la, os Ministros tiveram por base a Lei nº 
8.112/90, além da jurisprudência da própria Corte. 
Não obstante, ao observarem trechos de alguns julgados do STF 
transcritos abaixo, vocês perceberão que o tema era deveras controverso. 
STF, Agravo de Instrumento nº 207.197: “Ementa: A extensão da 
garantia constitucional do contraditório (art. 5º, LV) aos procedimentos 
administrativos não tem o significado de subordinar a estes toda a 
normatividade referente aos feitos judiciais, onde é indispensável a atuação 
do advogado.” 
STF, Recurso Extraordinário nº 396.288: “Ementa: (...) 2. No processo 
administrativo, é admissível a defesa pelo próprio acusado ou por advogado 
regularmente constituído, de modo que a ausência do advogado no feito 
administrativo não tem o condão de fulminar de nulidade o procedimento e a 
decisão correspondente.” 
STF, Mandado de Segurança nº 22.962, Despacho: “(...) Outrossim, a 
alegada ofensa ao art. 156, da Lei nº 8.112/90 não ocorre. A Lei apenas 
faculta que o servidor acompanhe o processo pessoalmente ou por intermédio 
de procurador, inclusive na fase instrutória. Consoante se observa dos 
documentos constantes de fls. 64/70, o servidor foi cientificado de todos os 
procedimentos instrutórios promovidos pela Comissão. O princípio do devido 
processo legal foi observado, assim como a determinação do art. 156, da Lei 
nº 8.112/90. (...) O princípio do devido processo legal e os dispositivos da Lei 
nº 8.112/90 foram respeitados.” Idem: STF, Mandado de Segurança nº 
24.961 
Essa discussão sobre a obrigatoriedade da participação de advogado em 
todas as fases do processo administrativo disciplinar restou totalmente 
superada quando o STF aprovou a emissão da Súmula Vinculante nº 5, com 
o seguinte enunciado: “a falta de defesa técnica por advogado no 
processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.” 
 
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Pois, conforme os dispositivos do art. 103-A da CF, essa espécie de 
súmula do STF terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do 
Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas 
federal, estadual e municipal. 
IMPORTANTE: 
São direitos dos administrados (rol não taxativo): 
• Ser tratado com respeito. 
• Ter ciência da tramitação, ter vista dos autos, obter cópias e conhecer 
as decisões. 
• Formular alegações e apresentar provas. 
• Ser representado por advogado (facultativamente). 
JURISPRUDÊNCIA DO STF: 
“A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar 
não ofende a Constituição.” (Súmula Vinculante nº 5) 
76. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Como regra, é vedado aos interessados 
que tiverem pedido com conteúdo e fundamentos idênticos formularem 
requerimento único perante a administração. 
Comentários: 
 ERRADO. Quando os pedidos de diversos interessados tiverem 
conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único 
requerimento, exceto se houver previsão legal em contrário (art. 8º). 
 
77. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Quando uma autoridade administrativa 
delega determinado ato, ela poderá revogar essa delegação a qualquer tempo. 
 Comentários: 
 CERTO. O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela 
autoridade delegante (art. 14, §2º). 
 
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78. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Requerimento perante a administração 
deve conter o reconhecimento de firma do requerente. 
Comentários: 
 ERRADO. Nos termos da Lei nº 9.784/99, o processo administrativo 
deve observar as formalidades essenciais à garantia dos direitos dos 
administrados, bem como adotar formas simples, suficientes para propiciar 
adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos 
administrados (art. 2º, parágrafo único, VIII). Assim: 
• Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo 
(em português), com a data e o local de sua realização e a assinatura 
da autoridade responsável (art. 22, §1º). 
• Em regra, o reconhecimento de firma somente será exigido quando 
houver dúvida de autenticidade. A lei, porém, poderá estabelecer 
outras situações em que o reconhecimento de firma será necessário (art. 
22, §2º). 
• A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo 
órgão administrativo (art. 22, §3º). 
• O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e 
rubricadas (art. 22, §4º). 
79. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Pessoa jurídica pode figurar como 
interessada em processo administrativo. 
Comentários: 
 CERTO. A Lei nº 9.784/99, em seu art. 9º, define que, no processo 
administrativo, são legitimados como interessados: 
• Pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos 
ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação; 
• Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses 
que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; 
• As organizações e associações representativas, no tocante a direitos 
e interesses coletivos; 
• As pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a 
direitos ou interesses difusos. 
 
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80. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) O prazo para a administração decidir 
um processo administrativo, após a conclusão da instrução, é de trinta dias 
improrrogáveis. 
Comentários: 
 ERRADO. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão 
nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria 
de sua competência (art. 48). Em outras palavras, a Administração Pública tem 
o dever de decidir as questões que lhe são submetidas, mediante processo 
administrativo. 
Assim, concluída a instrução do processo administrativo, a Administração 
tem até 30 dias para decidir. Esse prazo pode ser prorrogado por igual 
período, desde haja motivação expressa (art. 49). 
81. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Quando se tratar de interesses 
coletivos, associações representativastêm legitimidade para interpor recurso 
administrativo. 
 
Comentários: 
 CERTO. Segundo a Lei nº 9.784/99, das decisões administrativas cabe 
recurso, em face de razões de legalidade e de mérito (art. 56). Têm 
legitimidade para interpor recurso administrativo (art. 58): 
• os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; 
• aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela 
decisão recorrida; 
• as organizações e associações representativas, no tocante a direitos 
e interesses coletivos; 
• os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos. 
82. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Recurso administrativo que for 
interposto perante órgão incompetente será arquivado, ocorrendo a preclusão 
administrativa. 
 
Comentários: 
 
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 ERRADO. O recurso administrativo não será conhecido quando interposto 
(art. 63): 
• Fora do prazo; 
• Perante órgão incompetente. Nesse caso, será indicada ao 
recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo 
para recurso (art. 63, §1º); 
• Por quem não seja legitimado; 
• Após exaurida (esgotada) a esfera administrativa. 
83. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Para que um órgão delegue parte de 
sua competência a outro órgão, este deverá ser hierarquicamente subordinado 
àquele. 
Comentários: 
 ERRADO. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não 
houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros 
órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente 
subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole 
Técnica, Social, Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ) (art. 12). 
IMPORTANTE: 
• A delegação independe de subordinação hierárquica. 
• A delegação ocorrerá em razões de índole Técnica, Social, Econômica, 
Territorial ou Jurídica (TSE + TJ). 
84. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) A convalidação de ato administrativo 
dispensa motivação. 
Comentários: 
 ERRADO. Em respeito ao princípio da motivação, nos processos 
administrativos serão observados, entre outros, os critérios de indicação dos 
pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão (Lei nº 
9.784/99, art. 2º, parágrafo único, VII). 
 
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Nesse contexto, o art. 50 da Lei cita um rol mínimo de atos que 
necessariamente serão motivados. Esse artigo cai em quase todas as provas em 
que a Lei nº 9.784/99 é cobrada. Portanto, memorizem-no. 
Para facilitar essa tarefa, percebam que os atos que sempre serão 
motivados, em regra, apresentam uma das seguintes características: 
diminuem direitos; aumentam obrigações; decidem algo; contrariam 
opiniões anteriores; e geram risco de lesão aos cofres públicos. 
LEI Nº 9.784/99, ART. 50: 
Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e 
dos fundamentos jurídicos, quando: 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; 
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
V - decidam recursos administrativos; 
VI - decorram de reexame de ofício; 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem 
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato 
administrativo. 
85. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Se o sobrinho de determinado servidor 
participar como testemunha em processo administrativo, o servidor estará 
impedido de atuar no referido processo. 
 Comentários: 
CERTO. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou 
autoridade que (art. 18): 
• Tenha interesse direto ou indireto na matéria. 
• Tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou 
representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao Cônjuge, 
Companheiro ou Parente e Afins até o 3º grau. (CCPA3) 
• Esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado 
ou respectivo Cônjuge ou Companheiro. (CC) 
 
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86. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Se determinado servidor público estiver 
como interessado em processo administrativo, a ele será assegurado obter 
cópias de documentos do correspondente processo. 
Comentários: 
 CERTO. No curso do processo administrativo, sem prejuízo de outros que 
lhe sejam assegurados, são direitos dos administrados perante a 
Administração (art. 3º): 
• Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão 
facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; 
• Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha 
a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de 
documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; 
• Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os 
quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; 
• Fazer-se assistir, FACULTATIVAMENTE, por advogado, salvo quando 
obrigatória a representação, por força de lei. 
 
 
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87. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Ato de delegação de competência deve 
ser publicado em meio oficial. 
Comentários: 
 CERTO. Em decorrência do princípio da publicidade, o ato de delegação
e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial (art. 14). 
88. (CESPE/BACEN/2009) O parecer do órgão consultivo deverá ser emitido 
impreterivelmente no prazo máximo de quinze dias. 
 
 Comentários: 
 ERRADO. O art. 42 da Lei nº 9.784/99 regula a produção de pareceres 
obrigatórios por órgão consultivos. Essas regras são importantes, visto que 
constantemente são cobradas em provas de concursos públicos. São elas: 
• Em regra, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de 15 dias. 
A exceção fica por conta de previsão em norma especial ou de 
comprovada necessidade de maior prazo. 
• Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo 
fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação, 
responsabilizando-se quem der causa ao atraso. 
• Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no 
prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido 
com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu 
no atendimento. 
ATENÇÃO: 
Acerca desse tema, normalmente, as questão de provas são respondidas com 
o conhecimento da implicação, no trâmite do processo, da não emissão do 
parecer obrigatório. 
Por isso, não se esqueçam do seguinte: a não emissão de parecer 
vinculante paralisa o processo. Se o parecer não é vinculante, o 
processo prossegue. Em ambos os caso, quem causa a não emissão 
de parecer obrigatório é responsabilizado. 
 
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89. (CESPE/BACEN/2009) Os atos praticados sob o manto da delegação 
imputam-se ao delegante e ao delegado, de forma concorrente. 
 Comentários: 
 ERRADO. As decisões adotadas por delegação devem mencionar 
explicitamente esta qualidade, ou seja, o delegado deve registrar que praticou o 
ato em função de determinada competênciaque lhe foi transferida. Além disso, 
tais decisões serão consideradas editadas pelo delegado (e não pelo 
delegante) (art. 14, §3º). 
IMPORTANTE: 
As decisões adotadas por delegação serão consideradas editadas pelo 
delegado (e não pelo delegante). 
 
90. (CESPE/OAB/2009) Um agente administrativo que tenha competência 
para decidir determinado recurso administrativo pode delegar tal competência a 
subordinado seu. 
 Comentários: 
 ERRADO. Não podem ser objeto de delegação (art. 13): 
• A edição de atos de caráter normativo; 
• A decisão de recursos administrativos; 
• As matérias de competência exclusiva. 
SÃO INDELEGÁVEIS: 
ATOS NORMATIVOS 
DECISÃO DE RECURSOS 
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 
91. (Inédita) Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de 
manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazo for 
legalmente fixado. 
 
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Comentários: 
CERTO. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de 
manifestar-se no prazo máximo de 10 dias, salvo se outro prazo for 
legalmente fixado (art. 44). 
92. (Inédita) Após encerrada a fase instrutória, o interessado não mais poderá 
juntar documentos, requerer diligências, perícias, bem como aduzir alegações 
referentes à matéria objeto do processo, ainda que não tenha sido proferida a 
sentença. 
Comentários: 
ERRADO. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da 
tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer 
diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria 
objeto do processo (art. 38). 
93. (Inédita) Os interessados serão intimados de prova ou diligência 
ordenada, com antecedência mínima de três dias úteis, mencionando-se data, 
hora e local de realização. 
Comentários: 
CERTO. Os interessados serão intimados de prova ou diligência 
ordenada, com antecedência mínima de 3 dias úteis, mencionando-se data, 
hora e local de realização (art. 41). 
94. (Inédita) Não será permitida, em qualquer hipótese, a avocação de 
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior, ainda que temporária. 
Comentários: 
ERRADO. Em caráter excepcional e por motivos relevantes 
devidamente justificados, será permitida a avocação temporária de 
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior (art. 15). 
 
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95. (Inédita) O desatendimento da intimação para o processo importa o 
reconhecimento da verdade dos fatos, bem como a renúncia a direito pelo 
administrado. 
Comentários: 
ERRADO. O desatendimento da intimação não importa o 
reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo 
administrado (art. 27). 
96. (Inédita) O interessado não poderá desistir total ou parcialmente do 
pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos. 
Comentários: 
ERRADO. Mediante manifestação escrita, o interessado poderá 
desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a 
direitos disponíveis (art. 51). 
Entretanto, tais institutos não prejudicam o prosseguimento do 
processo, caso a Administração considere que o interesse público assim o exige. 
Além disso, existindo vários interessados, a manifestação formulada por um 
deles não atinge os demais. Não se esqueçam disso! 
IMPORTANTE: 
• Mediante manifestação escrita, o interessado poderá: 
9 Desistir total ou parcialmente do pedido formulado. 
9 Renunciar a direitos disponíveis. 
• Existindo vários interessados, a manifestação formulada por um 
deles não atinge os demais. 
• A renúncia e a desistência do interessado não prejudicam o 
prosseguimento do processo, caso a Administração considere que o 
interesse público assim o exige. 
 
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97. (Inédita) As sanções a serem aplicadas por autoridade competente terão 
natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, 
assegurado sempre o direito de defesa. 
Comentários: 
 CERTO. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão 
natureza pecuniária (multa) ou consistirão em obrigação de fazer ou de 
não fazer (interdição de estabelecimento comercial, apreensão de 
mercadorias, etc.), assegurado sempre o direito de defesa (art. 68). 
98. (Inédita) Os processos administrativos específicos reger-se-ão pela Lei nº 
9.784, de 1999, que regula o processo administrativo no âmbito da 
Administração Pública Federal, com aplicação subsidiária ou costumeira das leis 
revogadas. 
Comentários: 
 ERRADO. Os processos administrativos específicos continuarão a 
reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os 
preceitos da Lei nº 9.784/99 (art. 69). 
Para melhor entendimento deste dispositivo, tomaremos como exemplo o 
Processo Administrativo Disciplinar, que é regido, na esfera federal, pela Lei nº 
8.112/90. Havendo previsão na Lei nº 8.112/90, esta deve prevalecer sobre a 
Lei nº 9.784/99, por ser mais específica. 
Com efeito, a Lei nº 9.784/99, estabelece normas e conceitos que são 
aplicados, subsidiariamente, no Processo Administrativo Disciplinar. A título 
de exemplo, cito os dispositivos sobre: 
• Direitos e deveres dos administrados (arts. 3º e 4º); 
• Impedimentos e suspeição (arts. 18 a 21); 
• Forma, tempo e lugar dos atos processuais (arts. 22 a 25); 
• Comunicação dos atos (arts. 26 a 28); 
• Instrução (arts. 29 a 47); motivação (art. 50); 
• Anulação, revogação e convalidação (arts. 53 a 55); 
• Recursos administrativos (arts. 56 a 65); e 
• Prazos (arts. 66 e 67). 
 
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IMPORTANTE: 
As regras da Lei nº 9.784/99 aplicam-se subsidiariamente aos 
processos administrativos específicos (processo disciplinar, processo 
administrativo tributário, processo licitatório etc.), regulados em leis 
próprias. 
99. (Inédita) Os interessados serão intimados de prova ou diligência 
ordenada, com antecedência mínima de três dias úteis, mencionado-se data, 
hora e local de sua realização. 
Comentários: 
 CERTO. Os interessados serão intimados de prova ou diligência 
ordenada, com antecedência mínima de 3 dias úteis, mencionando-se data, 
hora e local de realização (art. 41). 
100. (Inédita) Dentre outros casos, o recurso administrativo não será 
conhecido quando interposto perante órgão incompetente ou após exaurida a 
esfera administrativa. 
Comentários: 
 CERTO. O recurso não será conhecido quando interposto (art. 63): 
• Fora do prazo; 
• Perante órgão incompetente. Nesse caso, será indicada ao 
recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o 
prazo para recurso (art. 63, §1º); 
• Por quem não seja legitimado; 
• Após exaurida (esgotada) a esfera administrativa. 
ATENÇÃO: 
Esse artigo também tem “cara” de questão de prova. Percebam que o recurso 
não será conhecido em quatro situações. Com efeito, o examinador cria uma 
quinta possibilidade absurda e pergunta qual é a opção incorreta. Então, 
amigos(as), memorizem essas quatro possibilidades! 
 
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101. (Inédita) No processo administrativo, quando dados, atuações ou 
documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de 
pedido formulado, o não atendimento no prazofixado pela Administração para a 
respectiva apresentação dará ensejo a que a autoridade processante adote 
medidas judiciais para busca e apreensão dos dados ou documentos. 
Comentários: 
 ERRADO. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao 
interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não 
atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva 
apresentação implicará arquivamento do processo (art. 40). 
102. (Inédita) Naomi, na qualidade de uma das interessadas e mediante 
manifestação escrita, desistiu totalmente de seu pedido, objeto de processo 
administrativo perante a administração pública federal. Nesse caso, a 
desistência de Naomi atinge irremediavelmente o processo, que deverá ser 
extinto por motivo de conveniência ou oportunidade. 
Comentários: 
 ERRADO. 
IMPORTANTE: 
• Mediante manifestação escrita, o interessado poderá (art. 51): 
9 Desistir total ou parcialmente do pedido formulado. 
9 Renunciar a direitos disponíveis. 
• Existindo vários interessados, a manifestação formulada por um deles 
não atinge os demais (art. 51, §1º). 
• A renúncia e a desistência do interessado não prejudicam o 
prosseguimento do processo, caso a Administração considere que o 
interesse público assim o exige (art. 51, §2º). 
 
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103. (Inédita) No curso de processo administrativo a motivação dos atos é 
facultativa, principalmente se implicarem restrição de direitos. 
Comentários: 
 ERRADO. Os atos administrativos deverão ser motivados, com 
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando (art. 50): 
• neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
• imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
• decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; 
• dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
• decidam recursos administrativos; 
• decorram de reexame de ofício; 
• deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem 
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; 
• importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato 
administrativo. 
ATENÇÃO: 
Esse artigo cai em quase todas as provas em que a Lei nº 9.784/99 é 
cobrada. Portanto, memorizem-no. Para facilitar essa tarefa, percebam que os 
atos que sempre serão motivados, em regra, apresentam uma das 
seguintes características: diminuem direitos; aumentam obrigações; 
decidem algo; contrariam opiniões anteriores; e geram risco de lesão 
aos cofres públicos. 
104. (Inédita) A autoridade processante é livre para escolher a forma 
processual, com preferência para o princípio da oralidade. 
Comentários: 
 ERRADO. Os atos do processo administrativo não dependem de forma 
determinada senão quando a lei expressamente a exigir (art. 22). Contudo, 
tais atos devem ser produzidos por escrito, em vernáculo (em português), 
com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade 
responsável (art. 22, §1º). 
 
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105. (Inédita) As nulidades processuais acarretam a imediata anulação do 
processo, mesmo que não tenha havido prejuízo. 
Comentários: 
 ERRADO. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao 
interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem 
defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração (art. 
55). 
106. (Inédita) No prazo de até 30 (trinta) dias a contar do encerramento da 
instrução, a Administração tem o dever de emitir decisão. 
Comentários: 
 CERTO. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão 
nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria 
de sua competência (art. 48). 
Assim, concluída a instrução do processo administrativo, a Administração 
tem até 30 dias para decidir. Esse prazo pode ser prorrogado por igual 
período, desde haja motivação expressa (art. 49). 
107. (Inédita) No processo administrativo são admitidas provas de quaisquer 
naturezas, mesmo ilícitas, se conduzirem à elucidação da verdade material. 
Comentários: 
 ERRADO. São inadmissíveis no processo administrativo as provas 
obtidas por meios ilícitos (art. 30). 
108. (Inédita) Segundo a Lei nº 9.784, de 1999, será devolvido o prazo para 
recurso na hipótese de interposição perante órgão incompetente. 
Comentários: 
 
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 CERTO. O recurso não será conhecido quando interposto perante órgão 
incompetente (art. 63, II). Nesse caso, será indicada ao recorrente a 
autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso (art. 63, 
§1º). 
109. (Inédita) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos 
princípios da finalidade, da motivação, da razoabilidade e da segurança 
jurídica. 
 
Comentários: 
 CERTO. A Administração Pública obedecerá, dentre outros (ou seja, rol 
não taxativo), aos princípios de legalidade, finalidade, motivação, 
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, 
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência (art. 2º). 
Memorizem esses princípios! Muitas questões de concursos públicos 
exigem tão-somente o conhecimento deste rol. São apenas 11 princípios!
Memorizá-los, “SERá FÁCIL Pro MoMo”, e pra vocês também (perdoem-
me pelo trocadilho! Tudo em nome da aprovação de vocês, rs). 
Segurança Jurídica 
Eficiência 
Razoabilidade 
Finalidade 
Ampla defesa 
Contraditório 
Interesse Público 
Legalidade 
Proporcionalidade 
Moralidade 
Motivação 
110. (Inédita) Em relação à instrução do processo, conforme a Lei nº 
9.784/99, quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o 
 
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parecer deverá ser emitido, salvo norma especial ou comprovada necessidade 
de maior prazo, no prazo máximo de trinta dias. 
Comentários: 
 ERRADO. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão 
consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de 15 dias, 
salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo (art. 
42). 
111. (Inédita) No que tange à instrução do processo, conforme a Lei nº 
9.784/99, encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se, 
salvo se outro prazo for legalmente fixado, no prazo máximo de três dias úteis. 
Comentários: 
 ERRADO. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de 
manifestar-se no prazo máximo de 10 dias, salvo se outro prazo for 
legalmente fixado (art. 44). 
Para isso, os interessados têm direito à vista do processo e a obter 
certidões ou cópias reprográficas dos dados e documentos que o integram, 
ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo 
direito à privacidade, à honra e à imagem (art. 46). 
112. (Inédita) No âmbito da Administração Pública Federal, nas instruções dos 
processos administrativos, quando por disposição de ato normativo devam ser 
previamente obtidos laudos técnicos de órgãos administrativos e estes não 
cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão responsável pela referida 
instrução deverá suprir o laudo técnico com o depoimento de testemunhas 
especialistas que tenham conhecimento da matéria. 
Comentários: 
 ERRADO. Quando por disposição de ato normativo devam ser 
previamente obtidos laudos técnicos de órgãos administrativos e estes não 
cumpriremo encargo no prazo assinalado, o órgão responsável pela 
instrução deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de 
qualificação e capacidade técnica equivalentes (art. 43). 
 
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113. (Inédita) É direito do administrado fazer-se assistir, facultativamente, 
por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. 
Comentários: 
 CERTO. O administrado tem os seguintes direitos perante a 
Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados (art. 3º): 
• Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que 
deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas 
obrigações; 
• Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha 
a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de 
documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; 
• Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os 
quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; 
• Fazer-se assistir, FACULTATIVAMENTE, por advogado, salvo quando 
obrigatória a representação, por força de lei. 
114. (Inédita) A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta 
média, para efeitos disciplinares. 
Comentários: 
 ERRADO. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui 
falta grave, para efeitos disciplinares (art. 19, parágrafo único). 
115. (Inédita) Diante da relevância da questão, antes da tomada de decisão, 
a juízo da autoridade, poderá ser realizada audiência pública para debates 
sobre a matéria do processo. 
Comentários: 
 CERTO. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante 
da relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para 
debates sobre a matéria do processo (art. 32). 
 
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116. (Inédita) Na hipótese de o recorrente alegar violação de enunciado em 
súmula vinculante, o órgão competente para decidir o recurso explicitará as 
razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. 
Comentários: 
CERTO. Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula 
vinculante, o órgão competente para decidir o recurso explicitará as razões da 
aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso (art. 64-A). 
117. (Inédita) No que diz respeito aos prazos que devem ser observados no 
processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, aqueles 
fixados em dias contam-se de data a data, e sempre admitem suspensão. 
Comentários: 
ERRADO. Quanto à contagem dos prazos processuais, a Lei nº 9.784/99 
estabelece o seguinte: 
• Os prazos começam a correr a partir da data da ciência oficial, 
excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do 
vencimento. 
• Se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este for 
encerrado antes da hora normal, considera-se prorrogado o prazo até 
o primeiro dia útil seguinte. 
• Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. 
• Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no 
mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do 
prazo, tem-se como termo o último dia do mês. 
• Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos 
processuais não se suspendem. Ou seja, em regra, a contagem não é 
paralisada. 
118. (Inédita) A Administração encontra-se adstrita à verdade formal dos 
autos, restando dispensada de efetuar diligências que não tenham sido 
requeridas pelo particular interessado, para produção de provas que o 
beneficiem. 
 
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Comentários: 
ERRADO. Apesar de não estar expressamente previsto na Lei nº 
9.784/99, o princípio da verdade material também orienta os processos 
administrativos em geral. A busca da verdade material caracteriza os 
processos administrativos, já que representa a principal diferença em relação 
aos processos judiciais. 
Enquanto no processo judicial o juiz limita-se somente às provas 
indicadas pelas partes, no processo administrativo importa saber com se deu o 
fato no mundo real, isto é, conhecer o fato efetivamente ocorrido. 
Portanto, no processo administrativo prevalece a verdade material 
sobre a verdade formal (ou verdade dos autos). 
IMPORTANTE: 
De acordo com o princípio da verdade material, o processo administrativo 
busca saber com se deu o fato no mundo real, isto é, conhecer o fato 
efetivamente ocorrido. 
Ademais, em face do princípio da oficialidade (ou princípio do 
impulso oficial do processo), cabe à Administração impulsionar o 
processo. Isso significa que a Administração movimentará o processo 
administrativo mesmo que o administrado fique inerte, ainda que a instauração 
tenha sido provocada por particular. 
119. (Inédita) Proferida e transitada em julgado uma decisão administrativa, 
a Administração Pública não poderá alterá-la se o particular interessado não 
houver interposto o recurso cabível, na forma prevista em lei. 
Comentários: 
ERRADO. Os processos administrativos de que resultem sanções 
poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando 
surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar 
a inadequação da sanção aplicada (art. 65). 
 
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120. (Inédita) O ato de delegação poderá conter ressalva de exercício da 
atribuição delegada, podendo ser revogado a qualquer tempo pela autoridade 
delegante. 
Comentários: 
CERTO. O ato de delegação especificará as matérias e poderes 
transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da 
delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da 
atribuição delegada (art. 14, §1º). Além disso, o ato de delegação é revogável a 
qualquer tempo pela autoridade delegante (art. 14, §2º). 
Amigos(as), 
Até a próxima aula! 
Bons estudos, 
Anderson Luiz (anderson@pontodosconcursos.com.br) 
 
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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
61. (CESPE/MPE-SE/2010) O processo administrativo, como o judicial, 
somente se instaura por provocação do administrado, ainda que a 
administração possa, de ofício, adotar as medidas necessárias à sua adequada 
instrução. 
 
62. (CESPE/MPE-SE/2010) Está impedido de atuar no processo 
administrativo o servidor ou autoridade que tenha interesse direto ou indireto 
na matéria ou que esteja litigando judicial ou administrativamente com o 
interessado; entretanto, não constitui suspeição a relação de amizade íntima 
com os cônjuges, companheiros, parentes e afins com algum dos interessados. 
(CESPE/TRE-MT/2010) Considerando a Lei n.º 9.784/1999, que regulamenta 
o processo administrativo, julgue os itens abaixo. 
63. (CESPE/TRE-MT/2010) Segundo previsão legal expressa, as normas 
básicas ali consignadas quanto ao processo administrativo aplicam-se no âmbito 
da União, dos estados e dos municípios, nas esferas dos distintos poderes. 
 
64. (CESPE/TRE-MT/2010) Enquanto o ato de delegação é revogável a 
qualquer tempo pela autoridade delegante, a avocação da competência é 
permitida mediante justificativa e de modo excepcional. 
65. (CESPE/TRE-MT/2010) Nem mesmo o comparecimento do administradosupre a falta ou irregularidade na intimação realizada para a prática de 
determinado ato, em razão da ofensa ao princípio da legalidade estrita. 
 
66. (CESPE/TRE-MT/2010) Havendo vários interessados no processo 
administrativo, a desistência ou a renúncia de um deles atinge os demais, razão 
pela qual fica prejudicado o prosseguimento do processo. 
 
67. (CESPE/TRE-MT/2010) A lei não prevê expressamente a possibilidade de 
a administração pública adotar providências acauteladoras sem a prévia 
manifestação do interessado, mesmo porque seria necessário buscar a tutela do 
Poder Judiciário. 
 
(CESPE/TRE-MT/2010) Acerca do processo administrativo, genericamente 
regulado pela Lei n.º 9.784/1999, julgue os itens subsequentes. 
 
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68. (CESPE/TRE-MT/2010) Nos processos administrativos, busca-se a 
adequação entre meios e fins, até mesmo com a imposição de obrigações, 
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao 
atendimento do interesse público, visando à prevenção das irregularidades. 
69. (CESPE/TRE-MT/2010) O processo administrativo, na administração 
pública federal, visa à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor 
cumprimento dos fins da administração. 
 
70. (CESPE/DPU/2010) O princípio da gratuidade não se aplica ao processo 
administrativo, considerando-se a necessidade de cobertura das despesas 
decorrentes da tramitação. 
71. (CESPE/DPU/2010) O princípio da obediência à forma e aos 
procedimentos tem aplicação absoluta no processo administrativo, razão pela 
qual os atos do referido processo sempre dependem de forma determinada. 
(CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Acerca do processo administrativo, julgue 
os itens a seguir à luz da Lei n.º 9.784/1999. 
 
72. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) A urbanidade é um dever legal do 
administrado perante a administração. 
73. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) A lei acima citada regula o processo 
administrativo no âmbito da administração pública de todos os entes da 
Federação. 
 
74. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Pelo princípio da oficialidade, nos 
processos administrativos, a administração pode requerer diligências e solicitar 
pareceres e laudos. 
75. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) É obrigatória a participação de 
advogado nos processos administrativos, para atuação em favor do acusado. 
76. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Como regra, é vedado aos interessados 
que tiverem pedido com conteúdo e fundamentos idênticos formularem 
requerimento único perante a administração. 
 
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77. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Quando uma autoridade administrativa 
delega determinado ato, ela poderá revogar essa delegação a qualquer tempo. 
78. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Requerimento perante a administração 
deve conter o reconhecimento de firma do requerente. 
79. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Pessoa jurídica pode figurar como 
interessada em processo administrativo. 
80. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) O prazo para a administração decidir 
um processo administrativo, após a conclusão da instrução, é de trinta dias 
improrrogáveis. 
81. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Quando se tratar de interesses 
coletivos, associações representativas têm legitimidade para interpor recurso 
administrativo. 
 
82. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Recurso administrativo que for 
interposto perante órgão incompetente será arquivado, ocorrendo a preclusão 
administrativa. 
 
83. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Para que um órgão delegue parte de 
sua competência a outro órgão, este deverá ser hierarquicamente subordinado 
àquele. 
84. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) A convalidação de ato administrativo 
dispensa motivação. 
85. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Se o sobrinho de determinado servidor 
participar como testemunha em processo administrativo, o servidor estará 
impedido de atuar no referido processo. 
86. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Se determinado servidor público estiver 
como interessado em processo administrativo, a ele será assegurado obter 
cópias de documentos do correspondente processo. 
87. (CESPE/MEC-UNIPAMPA/2009) Ato de delegação de competência deve 
ser publicado em meio oficial. 
 
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88. (CESPE/BACEN/2009) O parecer do órgão consultivo deverá ser emitido 
impreterivelmente no prazo máximo de quinze dias. 
 
89. (CESPE/BACEN/2009) Os atos praticados sob o manto da delegação 
imputam-se ao delegante e ao delegado, de forma concorrente. 
90. (CESPE/OAB/2009) Um agente administrativo que tenha competência 
para decidir determinado recurso administrativo pode delegar tal competência a 
subordinado seu. 
91. (Inédita) Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de 
manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazo for 
legalmente fixado. 
92. (Inédita) Após encerrada a fase instrutória, o interessado não mais poderá 
juntar documentos, requerer diligências, perícias, bem como aduzir alegações 
referentes à matéria objeto do processo, ainda que não tenha sido proferida a 
sentença. 
93. (Inédita) Os interessados serão intimados de prova ou diligência 
ordenada, com antecedência mínima de três dias úteis, mencionando-se data, 
hora e local de realização. 
94. (Inédita) Não será permitida, em qualquer hipótese, a avocação de 
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior, ainda que temporária. 
95. (Inédita) O desatendimento da intimação para o processo importa o 
reconhecimento da verdade dos fatos, bem como a renúncia a direito pelo 
administrado. 
96. (Inédita) O interessado não poderá desistir total ou parcialmente do 
pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos. 
97. (Inédita) As sanções a serem aplicadas por autoridade competente terão 
natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, 
assegurado sempre o direito de defesa. 
 
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98. (Inédita) Os processos administrativos específicos reger-se-ão pela Lei nº 
9.784, de 1999, que regula o processo administrativo no âmbito da 
Administração Pública Federal, com aplicação subsidiária ou costumeira das leis 
revogadas. 
99. (Inédita) Os interessados serão intimados de prova ou diligência 
ordenada, com antecedência mínima de três dias úteis, mencionado-se data, 
hora e local de sua realização. 
100. (Inédita) Dentre outros casos, o recurso administrativo não será 
conhecido quando interposto perante órgão incompetente ou após exaurida a 
esfera administrativa. 
101. (Inédita) No processo administrativo, quando dados, atuações ou 
documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de 
pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para a 
respectiva apresentação dará ensejo a que a autoridade processante adote 
medidas judiciais para busca e apreensão dos dados ou documentos. 
102. (Inédita) Naomi, na qualidade de uma das interessadas e mediante 
manifestação escrita, desistiu totalmente de seu pedido, objeto de processo 
administrativo perante a administração pública federal. Nesse caso, a 
desistência de Naomi atinge irremediavelmente o processo, que deverá ser 
extinto por motivo de conveniência ou oportunidade. 
103. (Inédita) No curso de processo administrativo a motivação dos atos é 
facultativa, principalmente se implicaremrestrição de direitos. 
104. (Inédita) A autoridade processante é livre para escolher a forma 
processual, com preferência para o princípio da oralidade. 
105. (Inédita) As nulidades processuais acarretam a imediata anulação do 
processo, mesmo que não tenha havido prejuízo. 
106. (Inédita) No prazo de até 30 (trinta) dias a contar do encerramento da 
instrução, a Administração tem o dever de emitir decisão. 
 
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107. (Inédita) No processo administrativo são admitidas provas de quaisquer 
naturezas, mesmo ilícitas, se conduzirem à elucidação da verdade material. 
108. (Inédita) Segundo a Lei nº 9.784, de 1999, será devolvido o prazo para 
recurso na hipótese de interposição perante órgão incompetente. 
109. (Inédita) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos 
princípios da finalidade, da motivação, da razoabilidade e da segurança 
jurídica. 
 
110. (Inédita) Em relação à instrução do processo, conforme a Lei nº 
9.784/99, quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o 
parecer deverá ser emitido, salvo norma especial ou comprovada necessidade 
de maior prazo, no prazo máximo de trinta dias. 
111. (Inédita) No que tange à instrução do processo, conforme a Lei nº 
9.784/99, encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se, 
salvo se outro prazo for legalmente fixado, no prazo máximo de três dias úteis. 
112. (Inédita) No âmbito da Administração Pública Federal, nas instruções dos 
processos administrativos, quando por disposição de ato normativo devam ser 
previamente obtidos laudos técnicos de órgãos administrativos e estes não 
cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão responsável pela referida 
instrução deverá suprir o laudo técnico com o depoimento de testemunhas 
especialistas que tenham conhecimento da matéria. 
113. (Inédita) É direito do administrado fazer-se assistir, facultativamente, 
por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. 
114. (Inédita) A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta 
média, para efeitos disciplinares. 
115. (Inédita) Diante da relevância da questão, antes da tomada de decisão, 
a juízo da autoridade, poderá ser realizada audiência pública para debates 
sobre a matéria do processo. 
 
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116. (Inédita) Na hipótese de o recorrente alegar violação de enunciado em 
súmula vinculante, o órgão competente para decidir o recurso explicitará as 
razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. 
117. (Inédita) No que diz respeito aos prazos que devem ser observados no 
processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, aqueles 
fixados em dias contam-se de data a data, e sempre admitem suspensão. 
118. (Inédita) A Administração encontra-se adstrita à verdade formal dos 
autos, restando dispensada de efetuar diligências que não tenham sido 
requeridas pelo particular interessado, para produção de provas que o 
beneficiem. 
119. (Inédita) Proferida e transitada em julgado uma decisão administrativa, 
a Administração Pública não poderá alterá-la se o particular interessado não 
houver interposto o recurso cabível, na forma prevista em lei. 
120. (Inédita) O ato de delegação poderá conter ressalva de exercício da 
atribuição delegada, podendo ser revogado a qualquer tempo pela autoridade 
delegante. 
GABARITO 
61-E 62-E 63-E 64-C 65-E 66-E 67-E 68-E 69-C 70-E 
71-E 72-C 73-E 74-C 75-E 76-E 77-C 78-E 79-C 80-E 
81-C 82-E 83-E 84-E 85-C 86-C 87-C 88-E 89-E 90-E 
91-C 92-E 93-C 94-E 95-E 96-E 97-C 98-E 99-C 100-C 
101-E 102-E 103-E 104-E 105-E 106-C 107-E 108-C 109-C 110-E 
111-E 112-E 113-C 114-E 115-C 116-C 117-E 118-E 119-E 120-C 
 
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BIBLIOGRAFIA 
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo 
Descomplicado. São Paulo: Método, 2009. 
BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio 
de Janeiro: Lumen Juris, 2010. 
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Processo Administrativo Federal: 
Comentários à Lei nº 9.784 de 29/1/1999. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 
2009. 
CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Administrativo. Salvador: 2008. 
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 
2008. 
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: 
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MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São 
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