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* DIREITO ADMINISTRATIVO PALESTRANTE: DJAIR ARRUDA DE MENDONÇA JR., ADVOGADO. ESPECIALISTA EM DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO; ESPECIALISTA EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL; ESPECIALISTA EM GESTÃO DE QUALIDADE TOTAL NAS EMPRESAS; PROFESSOR UNIVERSITÁRIO * CONCEITO "Ramo do Direito Público que tem por objeto os órgãos e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública". Maria Sylvia Zanella * DIREITO ADMINISTRATIVO ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. * DIREITO ADMINISTRATIVO Conceito Estado – segundo ensina a doutrina tradicional, o Estado é uma associação humana (povo), radicada em base espacial (território), que vive sob o comando de uma autoridade (poder), não sujeita a qualquer outra. * DIREITO ADMINISTRATIVO Forma de Estado: SIMPLES CONFEDERAÇÃO FEDERAÇÃO UNITÁRIO COMPOSTO * UNIÃO ESTADOS DISTRITO FEDERAL MUNICÍPIOS FORMA DE ESTADO - FEDERAL * * DIREITO ADMINISTRATIVO Forma de Governo: República Monarquia * DIREITO ADMINISTRATIVO Sistema de Governo: Presidencialista Parlamentarista * DIREITO ADMINISTRATIVO Regime Político: Democracia Ditadura * DIREITO ADMINISTRATIVO Elementos do Estado Povo, Território; e Governo Soberano * DIREITO ADMINISTRATIVO Povo – corresponde a um conceito jurídico político. (São os natos + naturalizados). População (conceito numérico) número de pessoas existentes em determinado espaço territorial em certo tempo. Cidadão – povo no exercício do direito político. * DIREITO ADMINISTRATIVO Território corresponde a um conceito jurídico e, não meramente geográfico. Navios e aeronaves pertencentes ao Governo brasileiro, ou a seu serviço são considerados território nacional onde quer que se encontrem. * DIREITO ADMINISTRATIVO Executivo; Legislativo; Judiciário. Poderes * DIREITO ADMINISTRATIVO Organização – União; Estados; DF e Municípios – todos autônomos. Art 18 CF/88. * DIREITO ADMINISTRATIVO Conceito de Governo – na verdade, o governo ora se identifica com os Poderes e órgãos supremos do Estado, ora se apresenta nas funções originárias desses Poderes. * DIREITO ADMINISTRATIVO O governo atua mediante atos de soberania ou, pelo menos, de autonomia política na condução dos negócios públicos. É Poder político – temporal. * DIREITO ADMINISTRATIVO GOVERNO ADM * DIREITO ADMINISTRATIVO Conceito de Administração Pública - é todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização de serviços visando a satisfação das necessidades coletivas. Não pratica atos de governo, mas tão-somente atos de execução. (são os chamados atos administrativos). * DIREITO ADMINISTRATIVO Sentido Subjetivo e Objetivo A) Sentido Subjetivo (orgânico ou formal) – “Quem realiza”. Entes que exercem a atividade administrativa (atividade jurídica não contenciosa) => compreende pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos. * DIREITO ADMINISTRATIVO b) Sentido Objetivo (material ou funcional) – “O que realiza”. fomento; polícia administrativa; serviço público (prestação); intervenção na atividade econômica. * DIREITO ADMINISTRATIVO Fontes Lei – É a fonte primária. (sentido amplo Constituições, Leis ...) Doutrina; Jurisprudência; Costumes. * DIREITO ADMINISTRATIVO Princípios: “Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”. * DIREITO ADMINISTRATIVO Sua principal característica é serem de observância obrigatória a União, Estados, Distrito Federal e Municípios. São eles : L EGALIDADE I IMPESSOALIDADE M ORALIDADE P UBLICIDADE E FICIÊNCIA * DIREITO ADMINISTRATIVO PRINCÍPIOS PREVISTOS NA LEI DO PROCESSO ADMINISTRATIVO A Lei nº 9.784, de 29.01.1999, art. 2º, prevê que A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da : Supremacia do interesse público sobre o interesse particular, Indisponibilidade, Finalidade, * DIREITO ADMINISTRATIVO Motivação, Razoabilidade e proporcionalidade, Ampla defesa e contraditório, Segurança jurídica, Autotutela. * QUESTÕES PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADM (PFN-ESAF) O princípio de legalidade consiste em que: a) é possível fazer tudo aquilo que a lei não proíbe; b) é necessário indicar nos atos administrativos a sua fundamentação; c) só é permitido fazer o que a lei autoriza ou permite a disciplina depende de lei; d) presume-se legítimo todo ato administrativo, enquanto não for revogado ou declarado nulo. INISTRAÇÃO PÚBLICA * QUESTÕES PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADM (Analista Judiciário - execução de mandados - TRF/RS- FCC)Em relação aos princípios básicos da Administração Pública, é INCORRETO afirmar que o da: (A) razoabilidade significa que a Administração deve agir com bom senso e de modo proporcional. (B) autotutela significa que a Administração controla os seus próprios atos através da anulação e da revogação. (C) indisponibilidade consiste no poder da Administração de revogar ou anular seus atos irregulares, inoportunos ou ilegais. (D) impessoalidade significa que a Administração deve servir a todos, sem preferências ou aversões pessoais ou partidárias. * DIREITO ADMINISTRATIVO ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA * ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA A organização político-administrativa brasileira compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos nos termos da Constituição (CF/88, art. 18, caput). * ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA A administração Direta e Indireta de qualquer dos Poderes da União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.....”.(CF/88, art. 37, caput) * ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Assim, em uma primeira classificação a Administração Pública compreende a : Administração Federal; Administração Estadual, Administração do Distrito Federal; e Administração Municipal. Cada uma destas Administrações se subdivide em : Administração Direta e Administração Indireta. * ÓRGÃOS PÚBLICOS Para Hely Meirelles órgãos públicos “são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem”. Por isso mesmo, os órgãos não têm personalidade jurídica nem vontade própria, que são atributos do corpo e não das partes". * Classificação dos órgãos públicos Hely Meirelles classifica os órgãos públicos quanto á posição estatal, ou seja, relativamente á posição ocupada pelos mesmos na escala governamental ou administrativa, em : independentes, autônomos, superiores e subalternos. * ÓRGÃOS PÚBLICOS ÓRGÃOS INDEPENDENTES : são os originários da Constituição, colocados no ápice da pirâmide governamental, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional, e só sujeitos aos controles constitucionais de um Poder pelo outro. São chamados de órgãos primários do Estado. Esses órgãos detêm e exercem as funções políticas, judiciais e quase-judiciais outorgadas diretamente pela Constituição, para serem desempenhadas diretamente pelos seus membros (agentes políticos, distintos de seus servidores, que são agentes administrativos). * ÓRGÃOS PÚBLICOS São exemplos : Casas legislativas - Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Assembléias Legislativas, Câmaras de Vereadores. Chefias do Executivos – Presidência da República, Governadorias, Prefeituras. Tribunais Judiciários e Juízes singulares; Ministério Público – da União e dos Estados; Tribunais de Contas – da União, dos Estados, dos Municípios * ÓRGÃOS PÚBLICOS ÓRGÃOS AUTÔNOMOS : são os localizados na cúpula da Administração, imediatamente abaixo dos órgãos independentes e diretamente subordinados a seus chefes. Têm ampla autonomia administrativa, financeira e técnica, caracterizando-se como órgãos diretivos com funções precípuas de planejamento, supervisão, coordenação e controle das atividades que constituem sua área de competência. São exemplos : Ministérios, Secretarias Estaduais, Secretarias Municipais. Advocacia-Geral da União, Procuradorias dos Estados e Municípios. * ÓRGÃOS PÚBLICOS ÓRGÃOS SUPERIORES : não gozam de autonomia administrativa nem financeira, que são atributos dos órgãos independentes e dos autônomos a que pertencem. Sua liberdade funcional restringe-se ao planejamento e soluções técnicas, dentro de sua área de competência, com responsabilidade pela execução, geralmente a cargo de seus órgãos subalternos. São exemplos: Gabinetes; Inspetorias-Gerais; Procuradorias Administrativas e Judiciais; Coordenadorias; Departamentos; Divisões. * ÓRGÃOS PÚBLICOS ÓRGÃOS SUBALTERNOS : destinam-se á realização de serviços de rotina, tarefas de formalização de atos administrativos, com reduzido poder decisório e predominância de atribuições de execução, a exemplo das atividades-meios e atendimento ao público. São exemplos: Portarias; Seções de expediente * QUESTÕES (TRF – 4º região) Os Tribunais Federais, a Advocacia-Geral da União e as Coordenadorias, quanto à posição estatal são considerados respectivamente, órgãos: a) Superiores, políticos e administrativos; b) Independentes, autônomos e superiores; c) Autônomos, independentes e superiores; d) Superiores, independentes e autônomos; e) Independentes, superiores e autônomos. * DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO CENTRALIZAÇÃO * Descentralização é a distribuição de competências entre Entidades de uma para outra pessoa, ou seja, pressupõe a existência de duas pessoas, entre as quais se repartem as competências. * Desconcentração é a distribuição de competências entre Órgãos dentro da mesma pessoa jurídica, para descongestionar, desconcentrar, um volume grande de atribuições, e permitir o seu mais adequado e racional desempenho. * DIREITO ADMINISTRATIVO ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA UNIÃO: Administração Direta e Indireta: A Administração direta é composta pelos órgãos integrantes da Presidência da República e pelos Ministérios. LEI Nº 10.683, DE 28 DE MAIO DE 2003 * Art. 25. Os Ministérios são os seguintes: I - da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; II - do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; (Redação dada pela Lei nº 10.869, de 2004) III - das Cidades; IV - da Ciência e Tecnologia; V - das Comunicações; VI - da Cultura; VII - da Defesa; VIII - do Desenvolvimento Agrário; IX - do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; * X - da Educação; XI - do Esporte; XII - da Fazenda; XIII - da Integração Nacional; XIV - da Justiça; XV - do Meio Ambiente; XVI - de Minas e Energia; XVII - do Planejamento, Orçamento e Gestão; XVIII - da Previdência Social; XIX - das Relações Exteriores; XX - da Saúde; XXI - do Trabalho e Emprego; XXII - dos Transportes; XXIII - do Turismo. * Parágrafo único. São Ministros de Estado: os titulares dos Ministérios, o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o Chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o Advogado-Geral da União, o Ministro de Estado do Controle e da Transparência e o Presidente do Banco Central do Brasil. (Redação dada pela Medida Provisória nº 419, de 2008) * DIREITO ADMINISTRATIVO Administração indireta: É composta por entidades que possuem personalidade jurídica própria, e são responsáveis pela execução de atividades de Governo que necessitam ser desenvolvidas de forma descentralizada. * LEI Nº 11.107 DE 2005 Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade jurídica: I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções; II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil. § 1o O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. * DIREITO ADMINISTRATIVO Autarquias Definição do art. 5º, I, do DL 200/67: "o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas de administração pública, que requeiram para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada". => Só podem ser criadas por lei específica (art. 37, XIX, CF) . * DIREITO ADMINISTRATIVO Fundações Públicas Fundações são pessoas de direito público de natureza autárquica. Lei complementar deve definir sua área de atuação. Criação autorizada por lei (art 37, XIX, CF), com registro em órgão competente; Regime de pessoal - Estatutário (L 8112/90) ou Celetista (L 9962/01). Exs.: ENAP; IBGE, FUNAI, IPEA (Inst de pesq. Econ. Aplicada). * DIREITO ADMINISTRATIVO Empresas Públicas. Capital – 100% público; Assume qq forma societária admitida em direito; => Justiça Federal é competente para julgar ações em que é parte empresa pública federal. => Deve-se entender que a supremacia acionária esteja na órbita Federal . Art. 173, § 1º - CF => Estabelece que lei criará um estatuto jurídico das SEM e EP. Criação e Extinção: art. 37, XIX exige-se lei específica para a autorização de sua instituição. Logo só por lei podem ser extintas. Exs.: ECT; CEF; EMBRAPA. * DIREITO ADMINISTRATIVO Sociedade de Economia Mista. capital 50% + 1 ação é pública; forma societária, S/A seus feitos são julgados na justiça estadual; Criação e Extinção: art. 37, XIX exige-se lei específica para a autorização de sua instituição. Logo só por lei podem ser extintas. SEM => prestadoras de serviço público não estão sujeitas à falência (art. 242 da lei nº 6.404). * As Diferenças entre EP x SEM a) EP => só recursos de pessoas jurídicas de direito público e entidades de administração indireta. SEM => recursos públicos e privados (>50% + uma na esfera federal) b) EP => podem adotar qualquer forma societária. SEM => sociedade anônima. c) EP (federal) => feitos perante a Justiça Federal (art. 109, CF) SEM => feitos perante a Justiça Estadual. * Pontos comuns das Entidades a) patrimônio próprio; b) personalidade jurídica; c) lei de licitações; d) supervisão Ministerial; e) controle pelo TCU; f) Art. 37, II - concurso público para ingresso. * DIREITO ADMINISTRATIVO AGENTES PÚBLICOS: espécies e classificação, poderes, deveres e prerrogativas; cargo, emprego e função pública. * DIREITO ADMINISTRATIVO AP Agente político; Servidor Público: Agente militar. Particular em colaboração com o poder público - requisição, nomeação, delegação ou designação estatutário. 8112 temporário. Lei no 8.745, de 9 de dezembro de 1993 Empregado público Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 * DIREITO ADMINISTRATIVO Poderes, deveres e prerrogativas dos Agentes Públicos. * DIREITO ADMINISTRATIVO Subdivide-se em: dever de eficiência; dever de probidade (L 8429/92); dever de prestar contas. * DIREITO ADMINISTRATIVO Cargo – são lugares criados, por lei nos órgãos, para serem providos por gentes que exercerão as suas funções na forma legal, podendo ser temporário ou efetivo. O cargo é do órgão e o agente é investido no cargo. * DIREITO ADMINISTRATIVO Função – é a atribuição ou conjunto de atribuições que a administração confere a cada categoria profissional ou comete individualmente a determinados servidores para a execução de serviços eventuais. Diferencia-se, basicamente, do cargo em comissão pelo fato de não titularizar cargo público. * DIREITO ADMINISTRATIVO Emprego Público: É o trabalho, o ofício, exercido por um servidor em caráter permanente, sob o regime da Consolidação das Leis do trabalho. * DIREITO ADMINISTRATIVO PODERES ADMINISTRATIVOS Trata-se de um instrumento que a ordem jurídica coloca a disposição do poder público, que tem por finalidade tornar efetiva sua atuação. * DIREITO ADMINISTRATIVO PODERES ADMINISTRATIVOS: Poder Vinculado; Poder discricionário; Poder Hierárquico; Poder Disciplinar; Poder Regulamentar; Poder de Polícia; Uso e Abuso do Poder. * DIREITO ADMINISTRATIVO Poder Vinculado: É aquela situação em que o agir do agente da administração pública está previsto em lei, ou seja, ele age pré-condicionado emitindo uma carga menor de valor. * DIREITO ADMINISTRATIVO Poder Discricionário: o que prepondera é um juízo de valor em termos de oportunidade e conveniência, ou seja, a ordem jurídica coloca à disposição do agente a possibilidade de opção. * DIREITO ADMINISTRATIVO Poder Hierárquico: é aquele que tem por finalidade ordenar os órgãos e cargos públicos em níveis gerando a atribuição de fiscalizar, avocar, controlar, supervisionar, etc. * DIREITO ADMINISTRATIVO Poder disciplinar: tem por finalidade a punição ou não do servidor, art. 5º inciso LIV, LV CF/88. O exercício do poder disciplinar pressupõe a existência de regular processo administrativo em que se assegure contraditório e a ampla defesa. * DIREITO ADMINISTRATIVO Poder Regulamentar: ver art. 84 inciso IV CF/88. Art. 49 inciso V, CF/88. Tem por finalidade explicitar o conteúdo da Lei, possibilitando a sua efetivação, ou seja, dar condições a que se exercite o direito previsto na Lei. É de se notar que a CF/88, art. 84, inc VI; (acrescentado pela EC n. 32/2000) possibilitou a edição de decretos autônomos * DIREITO ADMINISTRATIVO Poder de Polícia: “Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando o disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público...” (Código Tributário Nacional, art. 78, primeira parte)” * DIREITO ADMINISTRATIVO PODER DE POLÍCIA: ADMINISTRATIVA DE PRESERVAÇÃO DA ORDEM PÚBLICA JUDICIÁRIA * DIREITO ADMINISTRATIVO Características ou Atributos do Poder de Polícia: Discricionariedade; auto-executoriedade; e coercibilidade . * DIREITO ADMINISTRATIVO Uso e Abuso do Poder O abuso do poder ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuições ou se desvia das finalidades administrativas. Excesso de poder; Desvio de finalidade. * DIREITO ADMINISTRATIVO O constituinte trouxe o mandado de segurança, cabível contra ato de qualquer autoridade (CF, art. 5º, LXIX, e Lei 1.533/51), e assegurou a toda pessoa o direito de representação contra abusos de autoridades (art. 5º XXXIV, e a Lei 4.898/65 ). * QUESTÕES (Analista Judiciário - execução de mandados TRF/RS - FCC) No que se refere aos poderes administrativos, é certo que: (A) não há hierarquia nos Poderes Judiciário e Legislativo, tanto nas funções constitucionais, como nas administrativas. (B) o termo polícia judiciária tem o mesmo significado de polícia administrativa. (C) o poder disciplinar confunde-se com o poder hierárquico. (D) o poder discricionário não se confunde com a arbitrariedade. (E) o poder será vinculado quando o Administrador pode optar dentro de um juízo de conveniência e oportunidade. * (AFTN/1990/ESAF) Poder vinculado é aquele que o direito : a) atribui ao Poder Público para aplicar penalidades às infrações funcionais de seus servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. b) confere ao Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores de seu quadro de pessoal. c) confere à Administração Pública de modo explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos, com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo. d) positivo confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formação incumbe às autoridades administrativas para explicitar a lei na sua correta execução. * ATO ADMINISTRATIVO Conceito, requisitos, perfeição, validade, eficácia, atributos, extinção, desfazimento e sanatória, classificação, espécies e exteriorização, vinculação e discricionariedade. * DIREITO ADMINISTRATIVO CONCEITO H.LM – “é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”. * Características do ato administrativo: a) declaração jurídica que produz efeitos jurídicos; b) provém do Estado ou de quem esteja investido em prerrogativas estatais; c) é exercido no uso de prerrogativas públicas, portanto, de autoridade, sob regência do Direito Público; d) providências jurídicas complementares da lei ou excepcionalmente da Constituição; e) sujeita-se a exame de legitimidade por órgão jurisdicional. * DIREITO ADMINISTRATIVO Perfeição, Validade e Eficácia Perfeição - ato produzido em absoluta conformidade - situação do ato cujo ciclo de formação está concluído; Validade - observadas as exigências do sistema normativo; Eficácia - disponível para produzir efeitos próprios, típicos (não depende de termo, condição). * DIREITO ADMINISTRATIVO Elementos ou requisitos do Ato Administrativo Competência (sujeito) - autor do ato; Finalidade - bem jurídico a que o ato deve atender Forma - revestimento externo do ato; Motivo - situação objetiva que autoriza ou exige a prática do ato(de fato e de direito); Objeto (conteúdo) - disposição jurídica expressada pelo ato; * DIREITO ADMINISTRATIVO Teorias dos Motivos Determinantes - enunciados os motivos pelo agente, estes aderem ao ato, devendo ser provado que ocorreram e que justificaram o ato. * DIREITO ADMINISTRATIVO Atributos dos Atos Administrativos a) presunção de legitimidade; b) imperatividade; c) exigibilidade; d) executoriedade ou auto-executoriedade; e) tipicidade. * DIREITO ADMINISTRATIVO Classificação dos Atos Administrativos * DIREITO ADMINISTRATIVO QUANTO AO DESTINATÁRIO: Atos Gerais ato abstrato - alcança um número indeterminado de pessoas e situações. Ex.: regulamento; edital de concurso público. Atos Individuais ato concreto - alcança um único caso. Ex.: exoneração de um servidor. * DIREITO ADMINISTRATIVO QUANTO AO ALCANCE: Atos internos e externos QUANTO À PRERROGATIVA: Atos de gestão, de império e de expediente * DIREITO ADMINISTRATIVO QUANTO AO REGRAMENTO: Discricionários há margem de liberdade para a Administração decidir. Ex.: porte de arma; Vinculados - não há liberdade para a Administração decidir. Ex.: aposentadoria, a pedido, por ter completado o tempo para aposentadoria * DIREITO ADMINISTRATIVO Quanto aos efeitos: Constitutivos. A administração reconhece o direito que não era comprovado. Ex.: tempo de serviço sem carteira. Declaratórios. O direito já existe, a administração atesta, certidão de tempo de serviço com carteira. * DIREITO ADMINISTRATIVO Quanto à composição da vontade produtora do ato: Ato simples - declaração jurídica de um órgão; Atos complexos - conjugação da vontade de dois ou mais órgãos. Ex.:Decreto do Executivo referendado pelo Ministro de Estado. Ato composto – declaração jurídica de um órgão formando um ato, porém sem eficácia que depende da verificação por parte de outro para se tornar exeqüível. PGR - MSZD * DIREITO ADMINISTRATIVO ESPÉCIES DE ATO ADMINISTRATIVO * DIREITO ADMINISTRATIVO Normativos: São aqueles que contém um comando geral do executivo visando a correta aplicação da lei. Ex.: Decretos; Regulamentos; Regimentos e Resoluções. * Normativos Decretos Regulamentos Instruções normativas Regimentos Resoluções Deliberações * DIREITO ADMINISTRATIVO Atos Ordinatórios: são os que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes; emanam do poder hierárquico; só atuam no âmbito interno das repartições e só alcançam os servidores hierarquizados à chefia que os expediu; dentre os atos ordinatórios merecem exame: * Atos Ordinatórios Instruções Circulares Avisos Portarias Ordens de Serviço Ofícios Despachos * Atos Negociais: são todos aqueles que contêm uma declaração de vontade da Administração apta a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao particular, nas condições impostas ou consentidas pelo Poder Público; enquadram-se os seguintes atos administrativos: * Atos Negociais Licença Autorização Permissão Aprovação Admissão Visto Homologação * Atos Negociais Dispensa Renúncia Protocolo Administrativo * Atos enunciativos: são todos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou atestar um fato, ou emitir uma opinião sobre determinado assunto, sem se vincular ao seu enunciado; dentre os mais comuns estão os seguintes: * Atos Enunciativos Certidões Atestados Pareceres Apostilas * Certidões (Administrativas): são cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes no processo, livro ou documento que se encontre nas repartições públicas; o fornecimento de certidões é obrigação constitucional de toda repartição pública, desde que requerida pelo interessado; devem ser expedidas no prazo improrrogável de 15 dias, contados do registro do pedido. (Lei 9051/95) Atestados: são atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes. * Pareceres: são manifestações de órgão técnicos sobre assuntos submetidos à sua consideração; tem caráter meramente opinativo; Normativo: é aquele que, ao ser aprovado pela autoridade competente, é convertido em norma de procedimento interno; Técnico: é o que provém de órgão ou agente especializado na matéria, não podendo ser contrariado por leigo ou por superior hierárquico. Apostilas: são atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior criada por lei. * DIREITO ADMINISTRATIVO Atos Punitivos: são os que contêm uma sanção imposta pela Administração àqueles que infringem disposições legais, regulamentares ou ordinatórias dos bens e serviços públicos; visam a punir e reprimir as infrações administrativas ou a conduta irregular dos servidores ou dos particulares perante a Administração. * Atos Punitivos: Multa Interdição de Atividade Destruição de coisas * DIREITO ADMINISTRATIVO Extinção, desfazimento e sanatória. * Extinção do ato eficaz O ato eficaz é o que esta produzindo os efeitos para os quais foi preordenado. Essa espécie de ato extingue-se: pelo cumprimento de seus efeitos; pelo desaparecimento do sujeito da relação jurídica; pelo desaparecimento do objeto da relação jurídica; pela retirada do ato; e pela renúncia. * Retirada A edição de um ato administrativo cujo objeto é a retirada de outro do ordenamento jurídico impõe a esse ato a sua extinção. A retirada pode dar-se: por revogação, por invalidação, por cassação, por caducidade, e por contraposição. * Extinção: As formas mais usuais de extinção do ato administrativo são a revogação e anulação. A revogação é a supressão de um ato administrativo legítimo e eficaz, realizada pela Administração. A revogação opera efeitos “ex nunc”, ou seja, não retroage. Vale de sua decretação em diante. Anulação – pode ser decretada pela própria Administração ou pelo judiciário. Sua fundamentação sempre será a ilegalidade do ato. Opera efeitos “ex tunc”, ou seja, retroage à data da produção do ato. * DIREITO ADMINISTRATIVO Recusa A recusa não se confunde com a renúncia. Na recusa, rejeita-se o que ainda não se possui; na renúncia, rejeita-se o que já se possui. * DIREITO ADMINISTRATIVO Revogação da revogação e repristinação. O ato de revogação pode ser revogado? A resposta é não. O ato de revogação é um ato administrativo consumado, e como tal não existe mais. A ressalva é feita para o caso de no ato revogador constar a hipótese de restauração do ato revogado. * DIREITO ADMINISTRATIVO Sanatória – a sanatória do ato adm. é o seu conserto e aproveitamento, ou seja, a superação de seus defeitos, para que se alcance sua validade, eficácia e exeqüibilidade. * DIREITO ADMINISTRATIVO Convalidação – é o suprimento da invalidade de um ato com efeitos retroativos. Há de haver interesse público; Não prejudicar terceiros de boa-fé; É poder discricionário da Administração, art. 55, Lei Federal, 9.784/99 “regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal”. Somente os atos anuláveis podem ser convalidados. * ATO INEFICAZ ATO EFICAZ RECUSA. Retirada Desaparecimento do sujeito Cumprimento dos efeitos Desaparecimento do objeto Revogação. Invalidação. Cassação. Caducidade. Contraposição. Renúncia * QUESTÕES ATO ADMINISTRATIVO * 1-(Juiz de Direito DF)São requisitos de validade do ato administrativo: a) forma, competência, finalidade, oportunidade e objeto; b) imperatividade, competência, legitimidade, motivo e objeto; c) competência, conveniência, finalidade, motivo e objeto; d) forma, competência, finalidade, motivo e objeto. * 2-(AFC)Com relação ao ato administrativo, eivado de vício insanável que o torne ilegal, assinale a afirmativa correta: a) Pode ser anulado pela própria Administração; b) Só pode ser anulado pelo Poder Judiciário; c)Só gera os direitos para os quais foi produzido; d) Corretas as opções das letras “a” e “b”; e) Corretas as opções das letras “a”, e “b” e “c”. * 3-(Juiz de Direito DF) O ato de exoneração de servidor ocupante de cargo em comissão é: a) discricionário quanto à competência; b) discricionário quanto à forma; c) discricionário quanto ao motivo; d) totalmente vinculado. * Conceito, classificação, regulamentação e controle; formas, meios e requisitos; delegação; concessão, permissão e autorização. SERVIÇOS PÚBLICOS * DIREITO ADMINISTRATIVO Definição de HLM: “É todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniência do Estado”. * DIREITO ADMINISTRATIVO Nessa definição, três elementos são essenciais para configurar o serviço público, quais sejam: o elemento subjetivo, o formal e o material. O elemento subjetivo caracteriza a competência do Estado para definir o termo serviço público (artigo 175, da Constituição Federal). * DIREITO ADMINISTRATIVO Quanto ao aspecto formal, verifica-se que o serviço público é regido pelo regime jurídico de direito público, podendo, quando a lei permitir, utilizar-se de instituto de direito privado. * DIREITO ADMINISTRATIVO Por fim, o elemento material é aquele que considera o serviço público como uma atividade de interesse público, ou seja, tem por objetivo primordial o atendimento às necessidades públicas. * DIREITO ADMINISTRATIVO Serviços públicos – propriamente ditos, são os que a Administração presta diretamente à comunidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade para a sobrevivência do grupo social e do próprio Estado. * DIREITO ADMINISTRATIVO Serviços de utilidade pública – são os que a Administração, reconhecendo a sua conveniência (não essencialidade, nem necessidade) para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou aquiesce em que sejam prestados por terceiros (concessionários, permissionários ou autorizatários), nas condições regulamentadas e sob seu controle, mas por conta e risco dos prestadores, mediante remuneração dos usuários. Ex.: serviços de transporte coletivo, energia elétrica, gás, telefone. * DIREITO ADMINISTRATIVO Serviços próprios do Estado - são aqueles que se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público (segurança, polícia, higiene e saúde pública) e para a execução dos quais a Administração usa da sua supremacia sob os administrados. Por esta razão só podem ser prestados por órgãos ou entidades da Administração Pública, sem delegação a particulares. * DIREITO ADMINISTRATIVO Serviços impróprios do Estado – são os que não afetam substancialmente as necessidades da comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros, e, por isso, a Administração os presta remuneradamente por seus órgãos ou entidades descentralizadas (autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações governamentais), ou delega sua prestação a concessionários, permissionários ou autorizatários. * DIREITO ADMINISTRATIVO Serviços administrativos - são os que a Administração executa para atender a suas necessidades internas * DIREITO ADMINISTRATIVO Serviços industriais - são os que produzem renda para quem os presta, mediante a remuneração da utilidade usada ou consumida, remuneração,esta, que, tecnicamente se denomina tarifa ou preço público, por ser sempre fixada pelo Poder Público. * DIREITO ADMINISTRATIVO Serviço “uti universi” ou gerais – são aqueles que a administração presta sem ter usuários determinados, para atender a coletividade no seu todo. Ex.: de polícia, iluminação pública, calçamento e outros. * DIREITO ADMINISTRATIVO Serviço “uti singuli” ou individuais – são os que têm usuários determinados e utilização particular mensurável para cada destinatário. Ex.: telefone, água e energia elétrica domiciliares. * DIREITO ADMINISTRATIVO Requisitos do Serviço e Direitos do Usuário: Cortesia – (um bom tratamento); continuidade – (não pode sofre solução de continuidade); eficiência – (bom resultado, sem desperdiço, obter o máximo com o mínimo); * segurança – (não se deve colocar em risco o usuário. Peças impróprias devem ser removidas o renovar o equipamento); atualidade – (utilização de equipamentos modernos, oferecer o que há de melhor, dentro das possibilidades da outorga); regularidade – (ser segundo padrões de qualidade e quantidade impostos pela administração pública, tendo em vista o número e as exigências dos usuários); * modicidade – (taxas ou tarifas justas, pagas pelos usuários para remunerar o prestador); Mutabilidade do regime- pode alterar o regime de prestação sem consultar os agentes e os usuários; e generalidade – (ser igual para todos – art. 37, CF – impessoalidade e igualdade). * DIREITO ADMINISTRATIVO O controle do serviço público e sua devida regulamentação * DIREITO ADMINISTRATIVO Assim, qualquer irregularidade ou não cumprimento das condições impostas gerará a imediata intervenção do Poder Público. É o poder público quem tem a tarefa de controlar e regular os serviços públicos. Mesmo quando o Estado delega a terceiro a execução de determinada atividade, tem este o dever de regular e controlar o que irá ser exercido. * DIREITO ADMINISTRATIVO Da competência: Em relação á competência para realização do serviço público, esta se divide em competência: Executiva e Legislativa. * Administrativa Legislativa Exclusiva Privativa Comum concorrente privativa suplementar residual União – art. 21 União/Estado/DF/Município Art. 23 União – art. 22 União/Estado/DF-Art. 24 Município-Art. 30 Estado-Art. 25 * DIREITO ADMINISTRATIVO Forma de prestação dos serviços públicos: O serviço público pode ser realizado de forma centralizada, descentralizada, desconcentrada, de execução direta ou indireta. * DIREITO ADMINISTRATIVO A forma centralizada ocorre quando é de exclusiva responsabilidade do Poder Público a execução do serviço público, sendo que este o exerce com seus próprios órgãos. * DIREITO ADMINISTRATIVO A descentralização do serviço se dá quando o Poder Público transfere a outrem a titularidade ou execução do serviço, sendo esta caracterizada com a outorga ou delegação da execução á autarquias, entidades paraestatais, empresas privadas ou particulares individualmente. * DIREITO ADMINISTRATIVO A outorga é caracterizada pela transferência do serviço através de lei, enquanto a delegação configura a transferência mediante contrato (concessão) ou ato unilateral (permissão ou autorização). * DIREITO ADMINISTRATIVO O serviço desconcentrado é aquele onde a Administração Pública o executa de forma centralizada, no entanto, o distribui entre vários órgãos da mesma entidade, facilitando, dessa forma, sua obtenção pelos usuários. * DIREITO ADMINISTRATIVO A execução direta do serviço é aquela realizada pelos meios da pessoa responsável por sua prestação. Há a realização pr quem tem o dever direto de fazê-lo. Já a execução indireta é realizada por terceiros. * DIREITO ADMINISTRATIVO Há outorga quando o Estado cria uma entidade (autarquia, fundação pública ou estatais) e a ela transfere, por lei, determinado serviço público ou de utilidade pública. Há delegação quando o Estado transfere, por contrato (concessão) ou ato unilateral (permissão ou autorização), * DIREITO ADMINISTRATIVO Convênios administrativos a) Conceitos – “acordos firmados por entidades públicas de qualquer espécie, ou entre estas e organizações particulares, para realização de objetivos de interesse comum dos partícipes.” (Hely Lopes Meirelles). * DIREITO ADMINISTRATIVO Consórcios – LEI Nº 11.107, DE 6 DE ABRIL DE 2005. Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências. * DIREITO ADMINISTRATIVO Consórcios – LEI Nº 11.107, DE 6 DE ABRIL DE 2005. § 1o O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado. § 2o A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados. * DIREITO ADMINISTRATIVO Art. 5o O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante lei, do protocolo de intenções. Art. 6o O consórcio público adquirirá personalidade jurídica: I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções; II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil. * DIREITO ADMINISTRATIVO Art. 6o § 1o O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. § 2o No caso de se revestir de personalidade jurídica de direito privado, o consórcio público observará as normas de direito público no que concerne à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. * Art. 17. Os arts. 23, 24, 26 e 112 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 23. ......................................................... § 8o No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos valores mencionados no caput deste artigo quando formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por maior número." (NR) * "Art. 24. ................................................................ XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação. Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas." (NR) * DIREITO ADMINISTRATIVO CONCESSÃO E PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO Conceito e Noções Gerais O art. 175 da CF dispõe que “incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos”. * DIREITO ADMINISTRATIVO A concessão pode ser contratual ou legal. É contratual quando se concede a prestação de serviços públicos aos particulares. É legal quando a concessão é feita a entidades autárquicas e paraestatais. * DIREITO ADMINISTRATIVO Principais características da concessão de serviço público: a) exige licitação – art. 2o da Lei 8666/93 e art. 175, caput; b) natureza jurídica contratual sujeito ao regime jurídico de Direito Público. Possibilita alteração unilateral do ajuste pela Administração (são as cláusulas exorbitantes); c) é bilateral por enlaçar direitos e obrigações recíprocas; * DIREITO ADMINISTRATIVO d) delega-se apenas a execução do serviço, de tal sorte que a titularidade continua a pertencer ao Poder Público, que regulamenta e fiscaliza a forma como o particular executa o ajuste. O serviço é realizado em seu nome, por sua conta e risco, sendo remunerado por tarifas (pagas pelos usuários do serviço); e) o ajuste celebrado é intuitu personae ou “em razão da pessoa”, o que significa dizer que o particular não poderá transferir a responsabilidade pela execução do serviço a outrem, sem autorização expressa da Administração Pública”. * PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. Segundo as lições de Celso Antonio Bandeira de Mello, “é o ato unilateral e precário, intuito personae, através do qual o Poder Público transfere a alguém o desempenho de serviço de sua alçada, proporcionando, à moda do que faz a concessão,a possibilidade de cobrança de tarifas dos usuários.” * DIREITO ADMINISTRATIVO Principais características da permissão de serviço público: a) exige licitação – art. 175 CF/88 e art. 2o da Lei 8666/93. b) celebrado por meio de contrato de adesão que, apesar desse nome, permite a revogação e alteração unilateral do ajuste pela Administração; * DIREITO ADMINISTRATIVO c) é unilateral, discricionário e precário: podendo, dessa forma, ser alterado unilateralmente pela Administração Pública, inclusive revogando-o por motivo de conveniência e oportunidade, sem que o permissionário nada possa fazer; d) tal qual a concessão, delega-se apenas a execução do serviço, de tal sorte que a titularidade continua a pertencer ao Poder Público, que regulamenta e fiscaliza a forma como o particular executa o ajuste; e) o ajuste celebrado é intuitu personae ou “em razão da pessoa”, idêntico à concessão. * DIREITO ADMINISTRATIVO Autorização de Serviço Público “A autorização de serviço público é ato unilateral pelo qual a Administração, discricionariamente, faculta o exercício de atividade material, tendo, como regra, caráter precário. * CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA * Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios: l egalidade, I mpessoalidade, m oralidade, p ublicidade, e e ficiência e, também, ao seguinte: * PODERES ADMINISTRATIVOS: Poder Vinculado; Poder discricionário; Poder Hierárquico; Poder Disciplinar; Poder Regulamentar; Poder de Polícia; Uso e Abuso do Poder. * DIREITO ADMINISTRATIVO Poder Hierárquico: é aquele que tem por finalidade ordenar os órgãos e cargos públicos em níveis gerando a atribuição de fiscalizar, avocar, controlar, supervisionar, etc. * ATO INEFICAZ ATO EFICAZ RECUSA. retirada Desaparecimento do sujeito Cumprimento dos efeitos Desaparecimento do objeto Revogação. Invalidação. Cassação. Caducidade. Contraposição. Renúncia * O controle administrativo deriva do poder-dever de autotutela que a Administração tem sobre seus próprios atos e agentes. * Controle interno – é todo aquele realizado pela entidade ou órgão responsável pela atividade controlada, no âmbito da própria Administração. * Controle externo é o que se realiza por órgão estranho à Administração responsável pelo ato controlado, como p. ex.: a apreciação das contas do Executivo e do Judiciário pelo Legislativo; a auditoria do Tribunal de Contas sobre a efetivação de determinada despesa do Executivo; anulação de um ato do Executivo por determinação do Judiciário; a sustação de ato normativo do Executivo pelo Legislativo (CF, art. 49, V). * Meios de Controle Administrativo Os meios de controle administrativo, de um modo geral dividem-se em: fiscalização hierárquica; supervisão ministerial; e recursos administrativos. * Controle do Judiciário ART. 5º XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; É o exercido privativamente pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os atos administrativos do Executivo, do Legislativo e do próprio Judiciário, quando realiza atividades administrativas. * Controle do Judiciário É um controle a posteriori, unicamente de legalidade, por restrito à verificação da conformidade do ato com a norma legal que o rege. Não pode o Judiciário pronunciar-se sobre conveniência e oportunidade ou eficiência do ato em exame, ou seja, sobre o mérito administrativo. * * * * * Controle Legislativo É o exercido pelos órgãos legislativos (Congresso Nacional, Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores) inclusive suas comissões parlamentares sobre determinados atos do Executivo na dupla linha da legalidade e da conveniência pública, pelo quê caracteriza-se como um controle eminentemente político, objetivando os superiores interesses do Estado e da comunidade. * Controle Legislativo Segundo Caio Tácito “ o controle do Legislativo sobre a Administração Pública, especialmente nos governos presidencialistas, é caracteristicamente de efeito indireto. Não pode o Congresso Nacional anular atos administrativos ilegais, nem exercer sobre as autoridades executivas poderes de hierarquia ou de tutela”. * Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas; * V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta; * Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. * § 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados ou a qualquer de suas comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério. § 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de informação a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas. * Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; * Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. * § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições; * IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas; V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. * § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. * FIM! * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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