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CAPÍTULO 23 Mecanismos de Transporte de Massa no Concreto Turibio José Da Silva Universidade Federal de Uberlândia •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia I t d ãIntrodução • Durabilidade das estruturas deDurabilidade das estruturas de concreto tem relação direta com: • estrutura dos poros • microfissuras da pasta de cimentomicrofissuras da pasta de cimento • forma de ingresso e transporte dos agentes •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia I t d ã • Transporte das substâncias no concreto - Introdução p governado por mecanismos físico-químicos que dependem: • fluxo da substância • concentração local • condições ambientais • velocidade de renovação dos agentesç g • estrutura e dimensões dos poros • abertura das microfissuras • grau de saturação do sistema poroso • temperatura. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia p I t d ãIntrodução • Mecanismos mais importantes de transporte de massa no concreto :de massa no concreto : • permeabilidade • difusão• difusão • absorção capilar • migração• migração • combinação entre eles (mecanismos podem atuar simultaneamente)simultaneamente) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia I t d ã • Mecanismos de transporte de massa no concreto Introdução p • absorção capilar - mais comum, seguido pela difusão e pela permeabilidade • migração - após início do processo de corrosão - processo secundário de movimento de íons • Características do transporte - difícil definição – dependem:dependem: • composição do concreto • tipo de materiaistipo de materiais • idade e cura • umidade no concreto •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia I t d ãIntrodução • Critério para caracterizar os concretos em relação àconcretos em relação à durabilidade: resistência do concreto à penetração de agentes agressivosagentes agressivos •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E t t di õ d • Estrutura e dimensão dos poros: Estrutura e dimensões dos poros Estrutura e dimensão dos poros: • tipo, quantidade, distribuição por tamanhos • conectividade e tortuosidadeconectividade e tortuosidade • estrutura e seu preenchimento pela água - fatores determinantes da permeabilidade do concreto - controla a penetração de substâncias • macroporos e os poros capilares - mais relevantes em relação aos mecanismos de transporterelação aos mecanismos de transporte • estado de conexão entre eles e a tortuosidade: importantes para definição da estrutura dos porosimportantes para definição da estrutura dos poros • poros interconectados: participam no transporte das substâncias - parâmetro de porosidade fundamental •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E t t di õ dEstrutura e dimensões dos poros • Teoria do tubo na escala de microestruturaTeoria do tubo na escala de microestrutura • tubos com grandes diâmetros - maiores taxas de transporte que os menoresde transporte que os menores • tubos bloqueados - taxa de transporte nula • conectividade pela teoria da percolação - volume suficiente para conectar-se entre si - h á ti id d ti id dhaverá a continuidade – conectividade •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E t t di õ d • Influência da dimensão dos poros Estrutura e dimensões dos poros p cubo de dimensões LLL atravessado por um cilindro de raio R, no caso (a) e raio r no caso (b) Figura 1 – Esquema de um cubo de material sólido atravessado por poros retos e paralelos •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia de raio R (a) e raio r (b) (GARBOCZI, 1995) E t t di õ dEstrutura e dimensões dos poros • Caso (a) • porosidade = R2/L2po os dade / • coeficiente de permeabilidade: ka= R4/(8L2) • poro cheio com fluido com íons (íons com difusividade D )(íons com difusividade D0) D= D0R2/L2 •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E t t di õ dEstrutura e dimensões dos poros C (b)• Caso (b) - mais poros de raios menores r=R/N, N = nº de poros • porosidade = N(R2/L2) (substituindo r - mesma porosidade) • difusividade - a mesma D=D0N(r2/L2) = D0R2/L2 • Coeficiente de permeabilidade ( )• Coeficiente de permeabilidade (menor) kb= N[r4/(8L2)]=(1/N) [R4/(8L2)] •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P id d • Porosidade do concreto: Porosidade • determinada indiretamente em ensaios de permeabilidade, de difusão e de migraçãop g ç • considerando poros cilíndricos - três diferentes mecanismos de transporte: a) poros pequenos - difusão de Knudsen[1], coeficiente de difusão e de permeabilidade são os mesmos (Dk) b) grandes de poros – difusão normal (Dn) c) poros com dimensões intermediárias - atuam os dois mecanismos (coeficiente médio de difusão Dm) [1] Difusão de Knudsen é um meio de difusão que ocorre em um poro longo com pequeno diâmetro •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia [1] Difusão de Knudsen é um meio de difusão que ocorre em um poro longo com pequeno diâmetro (2 a 50 nm) porque as moléculas frequentemente colidem com a parede do poro. P id d • Porosidade do concreto: Porosidade a) poros pequenos - difusão de Knudsen coeficiente de difusão de Knudsen Dkcoeficiente de difusão de Knudsen Dk RT8r2 Equação 1 M RT8 3 r2Dk em que: r = raio do poro capilar; T = temperatura;T temperatura; R = constante do gás; M = massa molecular. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P id d • Porosidade do concreto: Porosidade b) grandes de poros – difusão normal pressão de entrada=pressão de saída Equação 2RTRT81Dn quação PdNM3 D 2n em que: T = temperatura; R = constante do gás;g ; M = massa molecular; N = número de Avogrado; d = diâmetro molecular; •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P = pressão. P id d • Porosidade do concreto: Porosidade = RT 2 define o caminho para o fluxo do gás PdN 2 define o caminho para o fluxo do gás p/ t = 23 ºC e P = 96 kPa O2 = 73 nmO2 3 CO2 = 45 nm Para dimensões de poros inferiores a esses, predomina a difusão de Knudsen e para valores 10 vezes superiores, a difusão normal. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P id d • Porosidade do concreto: Porosidade c) poros com dimensões intermediárias - dois mecanismos (coeficiente médio de difusão Dm)( m) Dn Equação 3 r2/1 DD nm em que: Dn = coeficiente normal de difusão; r = raio do poro capilar;r raio do poro capilar; = RT/Nd2P. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P id d • Porosidade do concreto: Porosidade amostras de pasta de cimento hidratada, umidade relativa = 55% relação porosidade / coeficiente de difusão - exponencial Figura 2 - Influência da porosidade no coeficiente de difusão na pasta endurecida de cimento •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia (HOUST & WITTMANN, 1994). P id dPorosidade • Porosidade do concreto:Porosidade do concreto: • pode ser determinada em ensaios de laboratório • determinação do volume de vazios pordeterminação do volume de vazios por picnometria por hélio • porosimetria por intrusão de mercúriop p • saturação de água • ensaios trabalhosos e os resultados de cada um dos tipos, nem sempre são próximos •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P id d • Porosidade do concreto: Porosidade • equação empírica para a estimativa da porosidade para pasta de cimento totalmente hidratada e carbonatada,p tendo como base arelação água/cimento. (Papadakis et al., 1992) E ã 4 3,0caac Equação 4 c a1 a c c em que: εc = porosidade do concreto endurecido; ρc, ρa= densidades do cimento e da água respectivamente (kg/m3); •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia a/c = relação água/cimento (kg/kg). P bilid d • P bilid d Permeabilidade • Permeabilidade: • aptidão de deixar-se atravessar por um fluido submetido a um gradiente de pressãosubmetido a um gradiente de pressão • Coeficiente de permeabilidade • característica intrínseca do concreto • representa a passagem de água ou gases através dos poros devido ao gradiente de pressão. • maior interesse para o concreto: • líquido: água CO O •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia • gases: CO2 e O2 P bilid dPermeabilidade • Coeficiente de permeabilidade: • Influenciam no fluxo de água no concreto:• Influenciam no fluxo de água no concreto: • poros capilares da pasta • microfissuras• microfissuras • interface entre a matriz e os agregados graúdos • na pasta de cimento hidratada:na pasta de cimento hidratada: • fluxo de água pelos poros capilares interconectados • depende da relação água/cimento e do grau de hidratação do cimento •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C fi i t d bilid d Coeficiente de permeabilidade à água Coeficiente de permeabilidade p g • pode ser determinado com base na lei de Darcy Equação 51VKw q çHAtKw em que: Kw = coeficiente de permeabilidade da água (m/s); V = volume de água (m3) que flui durante o tempo t;g ( ) q p t = tempo (s); l = espessura (m); A = área penetrada (m2); ∆H = pressão hidrostática (m) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia ∆H = pressão hidrostática (m). C fi i t d bilid d Coeficiente de permeabilidade à água Coeficiente de permeabilidade p g • Para concreto endurecido, pode ser estimado em função da resistência média à compressão d (Códi M d l fib 2010)do concreto (Código Modelo fib 2010) Equação 6 60ww f 1KK em que: cmf Kw = coeficiente de permeabilidade à água (m/s); fcm = resistência média à compressão do concreto (MPa); Kw0 = 410-3 m/s. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C fi i t d bilid d Coeficiente de permeabilidade aos gases Coeficiente de permeabilidade p g • utiliza a lei de Hagen-Poiseuille que considera a compressibilidade e a viscosidade dos gases • válida somente para fluxo laminar. Equação 7p2Q q ç em que: 2221g pp p2AtQK em que: Kg = coeficiente de permeabilidade ao gás (m2); η = viscosidade do gás (Ns/m2); Q = volume de gás (m3) que flui durante o tempo t; t = tempo (s);t tempo (s); l = espessura da seção penetrada(m); A = área de penetração (m2); p = pressão local, à que se mede Q (N/m2); p = pressão de entrada do gás (N/m2); •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia p1 = pressão de entrada do gás (N/m ); p2 = pressão de saída do gás (N/m2). C fi i t d bilid d Coeficiente de permeabilidade aos gases Coeficiente de permeabilidade p g • valor aproximado do coeficiente de permeabilidade ao ar, oxigênio ou nitrogênio (Código Modelo fib 2010)2010) Equação 8540gg 1KK Equação 8 em que: Kg = coeficiente de permeabilidade à água (m2); 5,4 cm 0gg f g fcm = resistência média à compressão do concreto (MPa); Kg0 = 210-10 m2. • válida para UR nos poros do concreto menores que 65% • maiores UR - Kg pode ser reduzido por um fator até 10-3 • amostras secas ao forno antes do ensaio, Kg uma magnitude superior •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia magnitude superior Dif ã • Difusão: Difusão • transferência de massa por movimento aleatório de moléculas ou íons na solução dos poros das regiões com altas concentrações para regiões de baixas concentrações daco ce ações pa a eg ões de ba as co ce ações da substância que difunde • taxa de transferência de massa através da unidade de área de uma seção:uma seção: Eq ação 9 1dmF Equação 9 em que: F fl d ( / 2 ) Adt F = fluxo de massa (g/m2s); m = massa de substância que flui (g); t = tempo (s); A = área (m2) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia A = área (m2). Dif ã • Taxa de transferência: Difusão • proporcional ao gradiente de concentração dc/dx e ao coeficiente de difusão “D” • relação pode ser e pressa por meio da primeira lei de• relação pode ser expressa por meio da primeira lei de difusão de Fick para processo estacionário Equação 10 dx dcDF em que: D = coeficiente de difusão (m2/s); c = concentração (g /m3); x = distancia (m). Obs.: Um processo em estado estacionário, também chamado regime permanente, indica que o processo é inalterável no tempo. Isso implica que, para qualquer parâmetro, a derivada parcial em relação ao tempo é zero. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Dif ãDifusão • Difusão da água: • transporte da água na fase de vapor pode ser descritatransporte da água na fase de vapor pode ser descrita pela 1ª lei de difusão de Fick considerando um gradiente relativo à umidade relativa dos poros como f d t ã (FIB 2010)força de penetração (FIB, 2010). • coeficiente de difusão é uma função não linear da umidade relativa dos porosumidade relativa dos poros • para condições isotérmicas, o coeficiente pode ser determinado pela Equação 11, considerando que a umidade relativa dos poros está entre 0 e 1. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C fi i t d dif ã • Coeficiente de difusão da água: Coeficiente de difusão g 1 Equação11 n c 1 H1/H11 1D)H(D em que: D1 = máximo D(H) para H=1 (m2/s); D0 = mínimo D(H) para H=0 (m2/s); D /D = D0/D1; Hc = umidade relativa dos poros para D(H) = 0,5 D1; n = expoente; H = umidade relativa dos poros.H umidade relativa dos poros. Os seguintes valores podem ser adotados: = 0,05; Hc = 0,80; n = 15 •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia , ; c , ; C fi i t d dif ã • Coeficiente de difusão da água: Coeficiente de difusão g estimativa de D1 da Equação 11 D D 0,1 Equação 128f D cm 0,1 1 em que: D 10 8 ( 2/ )D1,0 = 10-8 (m2/s); fcm = resistência média à compressão do concreto (MPa). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C fi i t d dif ã • Coeficiente de difusão para os sólidos: Coeficiente de difusão p • propriedade característica do material • descreve a capacidade de transferência de uma particular substância • está associado à cinética da difusão • t t t l t hid t d D d d d• concretos totalmente hidratados: D depende do tempo e em alguns casos da temperatura. • normalmente em casos reais o processo de difusãonormalmente em casos reais o processo de difusão não é estacionário Obs.: Um processo em estado não estacionário indica que o processo altera com o tempo. Isso implica que, para qualquer parâmetro, a derivada parcial em relação ao tempo não é nula. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia p , p ç p C fi i t d dif ã • Coeficiente de difusão para os sólidos: Coeficiente de difusão p • considerando o fluxo unidirecional • equação descreve a mudança de concentração paraequação descreve a mudança de concentração para um elemento com o tempo t. Equação 132 2 x cD t c 2xt • equação derivada se denomina segunda lei de difusão de Fick •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C fi i t d difã • Coeficiente de difusão para os sólidos: Coeficiente de difusão p • substância imobilizada parcialmente devido à interação química ou adsorção física por forças deç q ç p ç massa: considerar imobilização “s” Equação 14s x x cD t c • C fi i t f ti d dif ã xt • Coeficiente efetivo de difusão: • determinado experimentalmente •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia • considera somente os íons livres Dif ã d l t • Penetração de cloretos no concreto: Difusão de cloretos ç • assumindo que o concreto é homogêneo e isótropo • não ocorram reações entre o concreto e os cloretosnão ocorram reações entre o concreto e os cloretos • processo unicamente de difusão Equação 15 tD2 xerf1CC 0 em que: C = concentração de cloretos na profundidade x no tempo t; C0 = concentração inicial de cloretos no concreto;0 ç ; erf( )= função de erro de Gauss; x = profundidade na qual se realiza a medição de cloretos; D = coeficiente de difusão dos cloretos no concreto; •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia t = tempo de exposição. Dif ã d l tDifusão de cloretos • Utilização da Equação 15: • obtenção das concentrações em algumasobtenção das concentrações em algumas profundidades xi, por meio de amostras em pó ou testemunhos cilíndricos obtidos na inspeçãop ç • estimar o coeficiente de difusão com as profundidades xi • valores de erf( ) são dados em tabelas estatísticas • determina-se a concentração de cloretos na profundidade “x” desejada •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Dif ã d l tDifusão de cloretos • Imprecisões no modelo da Equação 13: • na equação somente se considera o fenômenona equação somente se considera o fenômeno de difusão apesar de que a absorção e a migração também podem estar atuando, principalmente no meio marinho; • a concentração de cloretos na superfície não t t i ipermanece constante, e sim que varia com o tempo; • o coeficiente de difusão também é função do• o coeficiente de difusão também é função do tempo. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C fi i t d dif ãCoeficiente de difusão • Coeficiente de difusão do CO2 depende: • da umidade do concreto (condições ambientais) d i t d á i t i d• do movimento da água no interior dos poros (penetração da água por absorção capilar) • da perda de água por difusão do vapor de água noda perda de água por difusão do vapor de água no processo de secagem • Para conteúdos médios de umidade e temperatura, de aproximadamente 65% e 20ºC, o coeficiente de f O CO 7 2/difusão do O2 ou CO2 no concreto varia entre 10-7 m2/s e 10-10 m2/s (Código Modelo fib 2010) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C fi i t d dif ã • Coeficiente de difusão do CO2 (FIB, 2010). Coeficiente de difusão 2 ( , ) Equação 16CO f050 D log 2 Equação 16 em que: D = coeficiente de difusão do CO no concreto (m2/s); cm 0,CO f05,0 D log 2 DCO2 = coeficiente de difusão do CO2 no concreto (m2/s); DCO2,0= 10-6,1 (m2/s); fcm = resistência média à compressão do concreto (MPa). • Substituindo os valores na Equação 16 e explicitando o coeficiente de difusão, obtém-se a Equação:q ç Equação 17 20 f 1,6 CO cm 10D •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia CO2 10D C fi i t d dif ã • Coeficiente de difusão do CO2 - equação empírica Coeficiente de difusão 2 para o concreto carbonatado (Papadakis et al.,1992) 81 Equação 18 2,2 100 UR1 8,1 3,0c a 61064,1D a c e 2CO q ç em que: 100 c a1 a c2CO em que: De,CO2 = coeficiente de difusão do CO2 no concreto endurecido (m2/s); UR = umidade relativa (%); ρ ρ = densidades do cimento e da água respectivamente (kg/m3);ρc, ρa = densidades do cimento e da água respectivamente (kg/m ); a/c = relação água/cimento (kg/kg). Ob id d d t d id d fi id E ã 4 •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Obs.: porosidade do concreto endurecido definida na Equação 4. C fi i t d dif ã • Coeficiente de difusão dos cloretos - equação semi- Coeficiente de difusão empírica para o concreto hidratado e saturado (Papadakis et al.,1996) Equação 19OH,Cl 3 c c cc c e 2Cl D c w1 85,0c w c ag c w1 c w1 15,0D q ç em que: De Cl- = coeficiente de difusão do Cl- no concreto endurecido (m2/s); ac ccc e,Cl- ( ); ρc, ρa = densidades do cimento e do agregado, respectivamente (g/cm3); ω/c e ag/c = relações água/cimento e agregado/cimento (kg/kg), respectivamente; DCl-,H2O = coeficiente de difusão de cloretos em solução infinita. (pode ser adotado como 1,6x10-9 m2/s para o NaCl e 1,3x10-9 m2/s para o CaCl2 a 25ºC). Obs.:Para concretos parcialmente saturados a potência 3 pode •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia variar entre 1 e 3. C fi i t d dif ã • Coeficiente de difusão dos cloretos (FIB, 2010). Coeficiente de difusão ( , ) Equação 20 5,10,ClCl f 1DD em que: DCl- = coeficiente efetivo de difusão do Cl- no concreto (m2/s); D = 510-9 (m2/s); cmf DCl-,0 = 510 9 (m2/s); fcm = resistência média à compressão do concreto (MPa). • P t t t d d i t• Para concretos corretamente dosados com cimentos de escórias de alto forno (add): Equação 215,2 cm 0,ClCl f 1DD addadd •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia DCl-,0,add = 510-8 (m2/s) Ab ã il •Absorção ou sucção capilar: Absorção capilar ç ç p processo pelo qual os líquidos, particularmente a água, podem ser transportados no concreto através dos poros capilares devido à tensão superficial •mecanismo de transporte de água comum no concreto emecanismo de transporte de água comum no concreto e em argamassas de revestimento •Transporte é influenciado: • pela viscosidade • a densidade e a tensão superficial do líquido • pela estrutura dos poros • energia superficial característica do sólido •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia • energia superficial característica do sólido Ab ã il •Na sucção capilar em estado estacionário, o fluxo de Absorção capilar ç p , água F em um sistema poroso é dado pela lei de Darcy, modificada para fluxo não saturado de água (KROPP et al., 1995)1995). dpk Equação 22 dx dpk F wp em que: F = fluxo de água (kg/m2s); f ( / )kp = coeficiente de permeabilidade de vapor (kg/m); = viscosidade da água (Ns/m2); dpw/dx = gradiente de pressão da água no poro pw (N/m2). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Ab ã il •Pressão da água no poro (Equação de Laplace - Absorção capilar g p ( q ç p KROPP et al., 1995): Equação 23 wa 2pp em que: m wa r pp q pa = pressão do ar; rm = raio do menisco de água; = tensão superficialp Obs.: A tensão superficial da água pode ser considerada 7,210-2 N/m a 25ºC (BERTOLINI, 2010). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia a 25 C (BERTOLINI, 2010). Ab ã il •Considerações sobre absorção: Absorção capilar ç ç •poros muitos pequenos cheios de água: a pressão é baixa - haverá sucção capilar nestas áreas, desdeç p que haja um caminho contínuo de líquido. •poros maiores, efeito da força da gravidade deverá ser introduzida na Equação 22 Equação 24 dx xhgpdk F wp dx •Livro Concreto:Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Ab ã il •Equação para velocidade do fluxo capilar: Absorção capilar q ç p p • para situação ideal de capilaridade • condições reais - sistema poroso é irregular lt d dif d btid l ã 24• resultados diferem dos obtidos pela equação 24 • equação empírica ajustada: cos21 Equação 25 em que: 2rg x cos2r 8 1 em que: = velocidade do fluxo capilar (m/s); = viscosidade da água (10-3Ns/m2 a 25ºC); R = raio do capilar (m); t ã fi i l d á (N/ ) = tensão superficial da água (N/m); = ângulo de contato da água com as paredes do poro; G = gravidade (m/s2); = densidade da água (kg/m3); •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia densidade da água (kg/m ); X = comprimento do capilar. Ab ã il •Absorção em estado estacionário (FIB, 2010). Absorção capilar ç ( , ) Equação 26nw n 1 1 tMt tww em que: w = absorção de água por unidade de área no tempo t (m3/m2); w1 = absorção de água para um tempo dado t1; t = tempo de duração da absorção de água (s); n = 0,5; Mw = coeficiente de absorção de água (m/s0,5), determinado por w1 / t1n. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Ab ã il •Influência da umidade do concreto na sucção Absorção capilar ç capilar: •o aumento da umidade nos poros - aumenta op gradiente de absorção de água - diminui o coeficiente de absorção •Coeficiente de absorção do concreto com umidade uniforme nos poros de 65% (FIB, 2010) Equação 27 0k ck 0 w f f 2,0 M Mlog em que: M 0 = 10-4 (m/s0,5); 0,ck0,w fM •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Mw,0 10 (m/s ); fck,0 = 10 MPa. Mi ã • Migração: transporte de íons no eletrólito devido à Migração g ação t a spo te de o s o e et ó to de do à ação de campo elétrico que atua como força motriz. • pode gerar uma diferença de concentração em umap g ç ç solução homogênea • pode provocar um fluxo na direção do gradiente de concentraçãoconcentração • ensaio para determinação do coeficiente de difusão: • em condições normais tempo excessivo• em condições normais - tempo excessivo • mecanismo da migração pode ser simulado de forma aceleradaacelerada • acelerar a difusão de íons por um campo elétrico • processo se transforma em migração associada com •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia p g ç difusão Mi ã • Figura 3a - primeira etapa do processo – produção Migração g p p p p ç da hidroxila OH- • Figura 3b - campo elétrico foi aplicado e além dos g p p cloretos, todos os íons se movimentam • Figura 3c - difusão e migração ocorrem g g ç simultaneamente Figura 3 Processo de transporte de massa no concreto (ANDRADE 1993) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Figura 3 – Processo de transporte de massa no concreto (ANDRADE,1993). Mi ã • Movimentação de íons no concreto sob a ação Migração ç ç de campo elétrico (Figura 4): • dissolução do metal junto aodissolução do metal junto ao eletrodo positivo • eletrólise da água nos dois eletrodos, produzindo O2 e H2 • oxidação do Cl- quando a voltagem é altavoltagem é alta • redução do oxigênio • movimentação de íons cloreto Figura 4 – Processos em uma célula dedifusão com campo elétricomovimentação de íons cloreto no eletrólito, bem como outros íons difusão com campo elétrico (ANDRADE,1993) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C fi i t d dif ã i ã • Coeficiente de difusão de íons no concreto com Coeficiente de difusão com migração migração: • baseado na equação de Nernst-Planckq ç • totaliza a difusão, migração e a convecção F)(C Equação 28xVCx ExCD RT Fz x )x(C Dj)x(J jjjj jj j em que: Jj(x) = fluxo unidirecional do íon j (mol/cm2s); F = constante de Faraday (calvolt-1eq-1); Dj = coeficiente de difusão do íon j (cm2/s); T = temperatura absoluta (ºK); C = variação de concentração (mol/cm3); C = concentração inicial do íon j (mol/cm3);C = variação de concentração (mol/cm3); Cj = concentração inicial do íon j (mol/cm3); x = variação de distância (cm); E = variação de potencial (v); Zj = carga elétrica do íon j; V = velocidade artificial ou forçada do íon (cm/s) R = constante dos gases (calmol-1ºK-1); •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia g ( ); C fi i t d dif ã i ã • Aplicação da Equação 28: Coeficiente de difusão com migração • necessária a condição de fluxo estacionário • fluxo não estacionário: levar em conta a variação de concentração do íon com a distância (Figura 5) - inclusãoconcentração do íon com a distância (Figura 5) - inclusão de derivadas parciais de segunda ordem Figura 5 – Fluxo estacionário e não-estacionário em função da espessura do espécime e do tempo de ensaio (ANDRADE,1993) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C fi i t d dif ã i ã • Outros aspectos que devem ser considerados na li ã d E ã 28 Coeficiente de difusão com migração aplicação da Equação 28: • íon cloreto reage com o C3A • alta resistência iônica na solução do poro do concreto• alta resistência iônica na solução do poro do concreto • potencial adequado para evitar o efeito Joule[2]. • deve ser usada quando os valores do fluxo do íon naq célula de migração ao longo do tempo são medidos com precisão, fornecendo uma condição de estado estacionárioestacionário [2] Efeito Joule é uma lei física que expressa a relação entre o calor gerado e a corrente elétrica que percorre um condutor em determinado tempo. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C fi i t d dif ã i ã • Se for possível ajustar as condições de ensaio: Coeficiente de difusão com migração • convecção e a difusão possam ser desprezadas - baixos valores em relação à migração • concentração do íon de uma câmara seja bem superior àconcentração do íon de uma câmara seja bem superior à outra • equação do coeficiente efetivo de difusão: simplificada Equação 29 ECFz lTRJD Cl ef em que: Def = coeficiente efetivo de difusão do cloreto (cm2/s); z = carga elétrica do cloreto;ef ( ); g ; J = fluxo total de cloretos; F = constante de Faraday (calvolt-1eq-1); R = constante dos gases (calmol-1ºK-1); CCl = atividade do cloreto; T = temperatura absoluta (ºK); E = variação de potencial (v). L d di •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia L = espessura do disco; C fi i t d dif ã i ã • Outra forma de determinar Def: equação de N Ei i Coeficiente de difusão com migração Nernst-Einstein • função da intensidade do fluxo • determinação poderá ser feita com medição• determinação poderá ser feita com medição • fluxo da migração é proporcional à intensidade total, dado pela Equação 30 Equação 30 Fn ti J j em que: Fn J = fluxo total do íon; I = intensidade de corrente; tj = número de transferência do íon; F = constante de Faraday •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia F constante de Faraday. C fi i t d dif ã i ã • Equação de Nernst-Einstein - obtida pela substituição d “J” d E ã 30 E ã 29 lt d Coeficiente de difusão com migração de “J” da Equação 30 na Equação 29, resultando na Equação 31 Equação 31ZC 1 A x E ti Fn TRD j j 2j em que: Dj = coeficiente de difusão do íon; ZCAEFn j j R = constante dos gases; T = temperatura absoluta; F = constante de Faraday; i = intensidade de corrente tj = número de transferência do íon;E = variação de potencial; A = área da seção transversal do disco de concreto;Z = carga elétrica; •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Cj = atividade do íon; Ad ãAdsorção • Adsorção: • pode ser definida como a fixação de moléculas empode ser definida como a fixação de moléculas em superfícies sólidas devido a forças de massa em camadas mono ou multimoleculares • Parâmetros mais influentes:Parâmetros mais influentes: • concentração de moléculas na fase líquida ou gasosa • TemperaturaTemperatura •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Parâmetros que influenciam o transporte de t • Fatores que influenciam nos mecanismos de massa no concreto q transporte de substâncias no concreto: • Intrínsecos (característica geral do concreto) • composição do cimento: estrutura e dimensões dos poros • composição do concreto: zona de transição • execução• execução • concreto executado: os fatores ficam definidos exceto grau de hidratação do cimento • composição do cimento • adições minerais na fabrica • incorporadas na execução do concretoincorporadas na execução do concreto • composição do concreto • relação água/cimento - porosidade •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia • dimensão máxima característica do agregado - zona de transição Parâmetros que influenciam o transporte de t • Fatores que influenciam nos mecanismos de t t d b tâ i t massa no concreto transporte de substâncias no concreto: • Extrínsecos: • tipo e concentração da substância agressiva• tipo e concentração da substância agressiva • condições ambientais • condições de uso • microfissuras • tipo e concentração das substâncias - grande interesse para o estudo da durabilidadep • concentração de CO2 na atmosfera • concentração de cloretos • condições ambientaisç • temperatura • umidade relativa e o grau de saturação dos poros • interação do concreto com o ambiente - alteração •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia interação do concreto com o ambiente alteração dos poros afeta os mecanismos de transporte. Parâmetros que influenciam o transporte de t • Influência da relação água/cimento massa no concreto ç g • fator de grande importância para as propriedades do concreto • relação com a porosidade - considerada nos coeficientes de difusão e permeabilidade. • diferença da permeabilidade entre baixa e alta relação água/cimento pode ser da ordem de 10 t i tê i à ãvezes enquanto que a resistência à compressão pode variar em 4 vezes • redução dos poros capilares e dos poros abertos• redução dos poros capilares e dos poros abertos quando a relação água/cimento é reduzida. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Parâmetros que influenciam o transporte de t • Influência da relação água/cimento massa no concreto ç g Figura 6 – Influência da relação água/cimento no coeficiente de difusão do oxigênio no concreto (TUUTTI, 1982) • amostras com espessura de 20 mm e dimensão máxima característica dos agregados de 16 mm (TUUTTI, 1982) - relação não é linear •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia relação não é linear Parâmetros que influenciam o transporte de t • Influência da relação água/cimento massa no concreto ç g • na permeabilidade à água - mesma tendência g da difusão - valores com ordem de grandeza fdistintos do coeficiente de difusão • fi i t d• coeficiente de permeabilidade à água aumenta em torno de 103 •Figura 7 Influência da relação água/cimento noaumenta em torno de 10 quando a relação a/c vai de 0,4 a 0,8 •Figura 7 – Influência da relação água/cimento no coeficiente de permeabilidade à água (FURNAS, 1997) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Parâmetros que influenciam o transporte de tmassa no concreto • Influência dos agregados • agregados usuais: porosidade inferior ao da pastag g p p • porosidade capilar da pasta está em torno de 30%, os agregados apresentam valores inferiores a 10% • permeabilidade dos agregados: mesma ordem de grandeza dos concretos devido ao tamanho dos poros • pasta: a dimensão dos poros se situa entre 10 nm a 100 nm100 nm • agregados: a media está próxima de 10 m •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Parâmetros que influenciam o transporte de t • Influência dos agregados massa no concreto • permeabilidade do concreto: influência indireta da dimensão máxima do agregado • agregado + pasta: mesmo com menor permeabilidade• agregado + pasta: mesmo com menor permeabilidade, leva ao aparecimento de outros fatores que induzem ao aumento desta. • motivo de o concreto apresentar permeabilidade maior do que a pasta de cimento: microfissuras e a zona de transiçãoç • fissuras geradas na região de interface entre o agregado e a pasta são maiores que os poros capilares da pasta de cimentocimento • com o tempo o concreto sofre variações devido a esforços e temperatura, as microfissuras se conectam •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia aumentando a rede de poros Parâmetros que influenciam o transporte de tmassa no concreto • Influência da idade do concreto • idade do concreto: relacionada com o grau deidade do concreto: relacionada com o grau de hidratação do cimento e, na camada de cobrimento, em interação com o meio ambiente • porosidade capilar diminui com o aumento da hidratação • hidratação é um processo contínuo - a permeabilidade do concreto diminui com o tempotempo •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Parâmetros que influenciam o transporte de t • Influência da idade do concreto massa no concreto Figura 8 – Redução da permeabilidade na pasta de cimento em função da hidratação (POWERS et al., 1954) • variação da permeabilidade da pasta não é proporcional à hidratação •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia proporcional à hidratação Parâmetros que influenciam o transporte de t • Influência da idade do concreto massa no concreto • efeito da hidratação é duplo: reduz os vazios e produz uma segmentação dos poros maiores, d i d id d d i t ã dreduzindo a capacidade de movimentação dos fluidos • tendência verificada na redução datendência verificada na redução da permeabilidade com o tempo é mantida para as relações água/cimento usuais entre 0,35 e 0,7 • as curvas da permeabilidade com o tempo para uma dada relação água/cimento inferior apresentam valores menores deapresentam valores menores de permeabilidade, quando comparadas com outras com maiores relação água/cimento •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Parâmetros que influenciam o transporte de t • Influência da idade do concreto massa no concreto • para cada relação a/c existe um grau de hidratação g ç requerido para promover a descontinuidade dos poros • para relações menores, a quantidade de poros f d é t t Figura 9 – Idade para segmentação dos formada é menor, portanto, necessitam de menor tempo para que o grau de poros capilares na pasta de cimento em função de a/c (OLLIVIER et al., 1995) para que o grau de hidratação seja suficiente para segmentar os poros •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia capilares Parâmetros que influenciam o transporte de t • Influência da cura do concreto massa no concreto • camada superficial da peça de concreto: responsável por parte da durabilidadep p • qualidade frente ao ingresso de agentes deletérios: depende do tratamento dado nas primeiras idades, principalmente a cura • cura das camadas internas do concreto tem i di ti t d fí i ( t dmecanismos distintos da cura na superfície (estudos recentes)• permeabilidade ao ar diminui quando o período de• permeabilidade ao ar diminui quando o período de cura inicial aumenta •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Parâmetros que influenciam o transporte de t • Influência da cura do concreto - tipo de cura massa no concreto p • permeabilidade tem uma grande redução para a cura úmida quando comparada com a cura ao ar, em todos os períodos de cura e para qualquer a/c • para um mesmo tipo de cimento, i fl ê i d ti í d da influência do tipo e período de cura é maior para maiores valores de a/cvalores de a/c • concreto com a/c de 0,4 requer um período de cura menor queum período de cura menor que a/c de 0,7 •Figura 10a – Efeito do tipo de cura na permeabilidade ao ar •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •(adaptado de DHIR et al., 1987). Parâmetros que influenciam o transporte de t • Influência da cura do concreto - tempo de cura massa no concreto p • para um tipo de cimento e cura úmida: • períodos reduzidos de cura:p • permitem a formação de um sistema poroso através do qual o fluido pode permear com grande facilidade para concretos com a/c alta e menorconcretos com a/c alta e menor facilidade para concretos com a/c baixa •Figura 10b – Efeito do tempo de cura na permeabilidade ao ar •(adaptado de DHIR et al., 1987) • grandes períodos de cura úmida: • acima de 21 dias, a influência •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia da a/c é reduzida Parâmetros que influenciam o transporte de t • Influência da cura do concreto - ciclos de cura massa no concreto • ensaios de absorção por capilaridade em concretos com a/c de 0,30, 0,45 e 0,65 e ciclos de cura variados: • concretos com a/c de 0,45 e 0,30 o ciclo de cura influencia pouco • concretos com a/c deconcretos com a/c de 0,65, a absorção aumenta quando se •Figura 11 – Influência dos ciclos de cura na absorção de água por capilaridade dos concretos (BATTAGIN et al reduz o tempo que o concreto permanece •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia água por capilaridade dos concretos (BATTAGIN et al., 2002).em cura úmida Parâmetros que influenciam o transporte de tmassa no concreto • Influência da espessura do cobrimento • cobrimento mais espesso pode permitir umap p p melhor cura na parte mais - um maior grau de hidratação • a quantidade de poros abertos pode diminuir quando o grau de hidratação aumenta e a espessura aumentaespessura aumenta • cobrimento mais fino também tem possibilidade de fissurar-se particularmente na zona dede fissurar-se, particularmente na zona de transição entre agregado e pasta. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Parâmetros que influenciam o transporte de tmassa no concreto • Influência da espessura do cobrimento • camadas superficiais do concreto: • são mais suscetíveis a uma porosidade mais acentuadaacentuada • rede porosa pode ser formada precocemente Fi 12 I fl ê i d d formada precocemente • camadas mais profundas alcançam uma melhor Figura 12 – Influência da espessura do cobrimento no coeficiente de difusão do oxigênio no concreto (TUUTTI, 1982) ç cura, devido à retenção da água •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Parâmetros que influenciam o transporte de tmassa no concreto • Influência da umidade relativa • umidade relativa do ambiente e a porosidade têm relação com a quantidade de água nos poros • grau de saturação dos poros com água: • é um parâmetro importante para avaliar a difusão de gases no concreto adifusão de gases no concreto - a durabilidade • indica a fração do volume dos porosindica a fração do volume dos poros disponível para a difusão do CO2 para carbonatação e do O2 para a corrosão. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Parâmetros que influenciam o transporte de tmassa no concreto • Influência da umidade relativa • quantidade de água nos poros e a umidade relativa não Influência da umidade relativa mantêm uma relação linear • maiores variações ocorrem para umidades relativaspara umidades relativas acima de 70% • relação água/cimento afeta Figura 13 – Influência da umidade relativa pouco a quantidade de água nos poros • mantém o princípio de que, g na quantidade de água nos poros do concreto (HOUST & WITTMANN, 1994) mantém o princípio de que, para menor a/c, menor será a quantidade de água nos poros •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Parâmetros que influenciam o transporte de t • Influência da temperatura massa no concreto p • Temperatura: • grande influência na maioria dos processosg p • teoricamente pode ser verificada mediante a equação de Arrhenius para o caso do coeficiente de difusão Equação 32 TR U Equação 32 em que: D = coeficiente de difusão; TReAD D coeficiente de difusão; A = fator de frequência; U = energia de ativação; R = constante do gás; •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia T = temperatura. Parâmetros que influenciam o transporte de tmassa no concreto • Influência da temperatura • taxa de aumento dos coeficientes efetivos de difusão Influência da temperatura coeficientes efetivos de difusão das pastas foram próximas nas três relações de a/c (0,4, 0,5, e 0 6)0,6). • Exemplo: a/c de 0,5, o coeficiente efetivo de difusão dos cloretos variou de 0 20710- Figura 14 – Influência da temperatura no dos cloretos variou de 0,20710- 7 cm2/s a 1,8410-7 cm2/s para uma variação de temperatura de 7ºC a 45ºC. g p coeficiente efetivo de difusão de cloretos em pastas de cimento •(PAGE et al, 1981) 7 C a 45 C. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Parâmetros que influenciam o transporte de t • Influência da carbonatação massa no concreto ç • carbonatação: • devido a fator extrínseco (condição ambiental)( ç ) • reações modificam a estrutura dos poros da pasta de cimento produzindo diminuição da permeabilidade das camadas externas do concreto (cobrimento das armaduras) • modifica os poros promovendo uma diminuição da• modifica os poros promovendo uma diminuição da quantidade de água • a influência da a/c passa a ser muito pequena -p p q quantidade de água nas pastas é próxima, independente da a/c •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Parâmetros que influenciam o transporte de tmassa no concreto • Influência da carbonatação • nos gráficos das Figuras 13 e 15, para a/c de 0,4 e 0,8 e Influência da carbonatação umidade relativa de 78%: • para pastas não carbonatadas, a quantidade de água variou dea quantidade de água variou de 10% a 13% • para pastas carbonatadas, a variação foi de 4% a 4 5% Figura 15 – Influência da carbonatação na variação foi de 4% a 4,5% • pastas de cimento carbonatadas e umidade relativa de 80%: a/c de 0 4 e g ç quantidade de água nos poros •(HOUST & WITTMANN, 1994). relativa de 80%: a/c de 0,4 e 0,8, a variação da quantidade de água foi somente de 4,5% a 5,5% •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia 5,5% E i l b tó i • Ensaios de permeabilidade à água Ensaios em laboratório Ensaios de permeabilidade à água • métodos para ensaios de “permeabilidade” à água em laboratório: • permeação com fluxo estacionário • penetração com fluxo não estacionário • para a água sucção capilarpara a água, sucção capilar • métodos para fluxo estacionário: • bastante utilizados • ensaio de longa duração - fluxo deverá estabilizar-se • dependendo da conectividade e dimensão dos poros (a/c)o ensaio poderá durar de 2 dias até 2 semanas quando a/censaio poderá durar de 2 dias até 2 semanas quando a/c varia de 0,75 a 0,35 • equipamentos ajustados para determinação de coeficiente de permeabilidade até 3 10-11m/s e outros até de 10-16 m/s •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia de permeabilidade até 3 10 m/s e outros até de 10 m/s E i l b tó i • Ensaios de permeabilidade à água Ensaios em laboratório p g • métodos para ensaio em estado não estacionário: • empregados com o propósito de verificação oup g p p ç comparação entre concretos • são mais rápidos que os em estado estacionário • duas categorias dependendo da propriedade medida: profundidade de penetração ou a massa por áreapor área • valores calculados para a permeabilidade com dados obtidos antes de saturação inicial da amostraç não podem ser interpretados como coeficientes reais de permeabilidade, pois o pressuposto de fluxo saturado é inválido •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia fluxo saturado é inválido E i l b tó iEnsaios em laboratório • Ensaios de permeabilidade à água • sucção capilar: • pressão aplicada é pequena, portanto pode ser desprezada • os métodos de sucção capilar podem ser por ganho• os métodos de sucção capilar podem ser por ganho de peso ou massa por área • configuração com aplicação da água horizontal -configuração com aplicação da água horizontal independe da gravidade • por infiltração - ação do fluxo e da gravidade • por ascensão capilar em que o efeito da capilaridade é contrário à gravidade •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i l b tó i •Determinação do coeficiente de permeabilidade à água Ensaios em laboratório • método para a determinação do coeficiente de permeabilidade do concreto endurecido, através de percolação de água sob pressão (ABNT NBR 10786:1989):p ç g p ( ) • após iniciado, o ensaio deve ser contínuo e por período, de aproximadamente, 500 horas • pressão deve ser fornecida por cilindros de ar comprimido oup p p nitrogênio gasoso • pressão da linha principal deve ser de 4 MPa e ligada ao reservatório pelos reguladores individuais capazes de transmitir õ d 0 ( ) 3 5 MP li h d d b jãpressões de 0 (zero) a 3,5 MPa, para a linha de cada bujão • amostras com relação altura/diâmetro igual a 1 • concretos com Dmáx até 38 mm - corpos-de-prova ou t t h d 150testemunhos de 150 mm • valores de Dmáx acima de 38 mm somente é permitido corpos- de-prova. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i l b tó i • Determinação do coeficiente de permeabilidade à água Ensaios em laboratório ç p g • equipamento para determinação da permeabilidade à água: • fonte de pressão ó ti d t t ã• pórtico de sustentação • mangueiras resistentes à pressão para conexão • reguladores de pressão • manômetros • reservatório de águag • bujões de aço (seis) diâmetros: 15 cm, 20 cm, 25 cm 30 cm e 40 cm25 cm, 30 cm e 40 cm • tubo de vidro que permita a visualizar o nível de água, com escala acoplada na Figura 16 – Equipamento para determinação da permeabilidade à água •(Laboratório MATECO/UFU-Turibio J Da Silva) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia com escala acoplada na parte traseira (Laboratório MATECO/UFU Turibio J. Da Silva) E i l b tó i •Coeficiente de permeabilidade à água Ensaios em laboratório Coeficiente de permeabilidade à água • calculado pela equação baseada na Lei de Darcyy Equação 33 LQK em que: HA em que: K = coeficiente de permeabilidade (cm/s); Q = vazão de entrada (cm3/s); L = altura do corpo-de-prova (cm);p p ( ); A = área da seção transversal do CP (cm2); H = altura da coluna de água correspondente à pressão utilizada (cm) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i l b tó i • Medidas da penetração de água em estado não Ensaios em laboratório p ç g estacionário • arranjo recomendado pela RILEM - ISO/DIS 7032 - teste j p tem duração de 96 horas Figura 17 – Esquema para determinação da penetração da água ISO/DIS 7032da penetração da água ISO/DIS 7032 (adaptado de GEIKER et al., 1995 por Turibio J. Da Silva) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i l b tó i • Penetração da água sob pressão Ensaios em laboratório ç g p • ABNT NBR 10787:1994 (em revisão) prescreve o método para d t i ã d t ã da determinação da penetração de água sob pressão em corpos-de- prova prismáticos de concreto d idendurecido • agregados de dimensão máxima igual ou inferior a 38 mmg • recomendada a realização de ensaios com corpos-de-prova medindo 250 mm x 250 mm x 125 Figura 18 – Esquema para determinação da penetração da água sob pressão medindo 250 mm x 250 mm x 125 mm, previamente secos ao ar, por um período de 24 horas antes do início do ensaio •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia penetração da água sob pressão (extraído da ABNT NBR 10787:1994) início do ensaio E i l b tó i P t ã d á b ã Ensaios em laboratório • Penetração da água sob pressão • descrição do ensaio: • fixar o corpo-de-prova entre dois perfis metálicos, mantendo-se a superfície inferior em contacto com água sob pressõesem contacto com água sob pressões crescentes e consecutivas durante 96 horas • medição é feita no corpo-de-prova partido ao meio, ortogonalmente à face onde foi exercida a pressão • mede se a profundidade máxima de• mede-se a profundidade máxima de penetração de água, em milímetros, e o perfil de distribuição da água penetrada •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i l b tó i • Determinação da absorção capilar em laboratório: Ensaios em laboratório ç ç p • Métodos podem ser derivados dos métodos ISA e de Figg • Ensaio por ascensão capilar:p p • posicionar os corpos-de-prova sobre suportes dentro de um recipiente h á d d í l d’á• preencher com água de modo que o nível d’água permaneça constante em altura definida, acima de sua face inferior • medidas da massa nos corpos-de-prova são realizadas em períodosp p p a partir da colocação destes em contato com a água Figura 19 – Esquema para determinação da absorção de água por ascensão capilar (Turibio J. Da Silva) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i l b tó i • Método para determinação da absorção de Ensaios em laboratório • Método para determinação da absorção de água da ABNT NBR 9779:1995: • através da ascensão capilar• através da ascensão capilar • amostra deverá ser seca em estufa à temperatura de (1055)ºC até constância de massa (poderáde (1055) C até constância de massa (poderá produzir alterações nos poros, inclusive microfissuras)) • medições feitas em períodos até atingir 72 horas • resultado do ensaio é a absorção de água porç g p capilaridade e o perfil da altura da ascensão capilar •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i l b tó i • Absorção de água (ABNT NBR 9779:1995) Ensaios em laboratório ç g ( ) • gráficos obtidos com resultados de ensaios em testemunhos de edifícios: maior absorção capilar atingiu 1,75 g/cm2 e a 1 2 1,6 2,0 a r ( g / c m ² ) menor 1,11 g/cm2, ambos em média, após 0,4 0,8 1,2 b s o r ç ã o c a p i l a 72 horas de ensaio 0,0 0 12 24 36 48 60 72 Tempo (hrs) A b AC CK FA FS NC EM Figura 20 – Absorção por capilaridade em testemunhos extraídos de edifícios •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia • (FIGUEIREDO, 2004) E i l b tó i • Coeficiente de permeabilidade aos gases: Ensaios emlaboratório p g • depende da estrutura dos poros • bastante sensível ao estado de saturação dos porosç p • poros saturados - concreto torna-se impermeável para o gás • amostra deve ser pré-condicionada para se obter resultados comparáveis • amostra deve ter dimensões que representem o concreto it d úd t t• evitar que os agregados graúdos atravessem a amostra • ensaios de permeabilidade aos gases são rápidos, normalmente inferior a uma horanormalmente inferior a uma hora • gases normalmente utilizados nos ensaios são o O2 e o N2 por não reagirem com os compostos do cimento •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia g E i l b tó iEnsaios em laboratório • Coeficiente de permeabilidade aos gases • Ensaio em estado estacionário: • utiliza um cilindro de metal no qual é introduzida a amostra do concreto • amostra normalmente é um disco com faces paralelas • amostra fica no centro do cilindro ficando um espaço entre a face superior e inferior da amostra e o cilindroentre a face superior e inferior da amostra e o cilindro • gás é aplicado sob pressão em um orifício na parte superior do cilindro e, após passar pela amostra, saip , p p p , por outro orifício na parte inferior •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i l b tó i •Coeficiente de permeabilidade aos gases Ensaios em laboratório p g •Método utilizado para ensaio em regime não estacionário: • amostra é fixada em um anel de polimerop • na parte superior do anel é fixada uma tampa cônica com um tubo acoplado conectadoum tubo acoplado, conectado a um manômetro, uma válvula e a uma bomba de vácuo • produzir um vácuo na parte superior e, após fechar a válvula, determinar o aumento á u a, dete a o au e to de pressão, em função do tempo, produzido pela passagem do ar pela amostra Figura 21 – Esquema do aparelho para permeabilidade aos gases com fluxo não estacionário (adaptado GEIKER et al 1995) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia passagem do ar pela amostra estacionário (adaptado GEIKER et al., 1995) E i l b tó i • Coeficiente de permeabilidade aos gases Ensaios em laboratório p g • Método desenvolvido por Kollek para o oxigênio - Método Cembureau - padronizado pela RILEMp p • disco de concreto normalmente de 150 mm • coeficiente de permeabilidade: aplicar a Equação 7 • valores esperados: de 10-19 m2 a 10-14 m2• valores esperados: de 10 19 m2 a 10 14 m2 Figura 22 – Permeâmetro Cembureau (à direita a célula fechada e aberta à esquerda) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia (ALARCON-RUIZ et al. 2010). E i l b tó i • Determinação do coeficiente de difusão Ensaios em laboratório ç • ensaios para determinação do coeficiente de difusão de íons no concreto: baseados na imersão de corpos-de- prova de concreto na solução que contêm os íonsprova de concreto na solução que contêm os íons • determina-se o perfil de penetração dos íons durante um determinado tempo de exposição • estima-se o coeficiente de difusão com base na 2ª lei de difusão de Fick • coeficiente de difusão determinado é variável com ocoeficiente de difusão determinado é variável com o tempo de duração do ensaio devido à combinação dos íons com a pasta ti d l ã d i fl i fi i t• o tipo de solução empregada influi no coeficiente • inconveniente: elevado tempo de duração - meses ou de anos dependendo das propriedades da amostra •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia anos dependendo das propriedades da amostra E i l b tó i • Determinação do coeficiente de difusão Ensaios em laboratório • determinação do coeficiente de difusão dos cloretos é complexa visto que os cloretos podem ser transportados por múltiplos mecanismos tais como atransportados por múltiplos mecanismos tais como a difusão e a sucção capilar, ou então podem decantar devido à combinação ou a adsorção física defasada - determina-se um coeficiente efetivo de difusãodetermina se um coeficiente efetivo de difusão • arranjo para a determinação do coeficiente de difusão dos cloretos: • tili ã d d i áti i f• utilização de corpos-de-prova prismáticos, com cinco faces vedadas deixando a face superior exposta • coloca-se uma solução que contenha cloretos em contato com esta superfíciecom esta superfície • verifica-se a profundidade de penetração dos cloretos em função do tempo • com os valores determina se o coeficiente de difusão •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia • com os valores determina-se o coeficiente de difusão E i l b tó i • Determinação do coeficiente de difusão Ensaios em laboratório ç • Método empregado na medida do coeficiente de difusão para estado estacionário:p • baseado no método da célula de difusão desenvolvida por Page et al. (1981) d i d fi i• determinação do coeficiente é feita com o emprego da 1ª lei de difusão de Fick. Figura 23 – Esquema da célula de difusão (PAGE et al., 1981) lei de difusão de Fick. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i l b tó i • Determinação do coeficiente de difusão com Ensaios em laboratório ç migração • três possibilidades para se determinar op p coeficiente efetivo de difusão em regime estacionário: • (a) usando um arranjo similar à célula de difusão com aplicação de voltagem constante e medir a variação de cloretos com o tempo;variação de cloretos com o tempo; • (b) usando o mesmo arranjo mas medir a corrente na célula; • (c) usando valores de resistividade do concreto. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i l b tó i • Determinação do coeficiente de difusão com Ensaios em laboratório ç migração • Esquema de célula de migração (ASTM 1202:2010)q g ç ( ) Figura 24 – Esquema de uma célula de migração •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i l b tó i • Determinação do coeficiente de difusão com Ensaios em laboratório ç migração • Esquema de célula de migração (ASTM 1202:2010): • possibilidade (a): • pode-se usar esta célula e a equação de Nernst-Plank • espessura do disco deve estar entre 5 e 10 mmespessura do disco deve estar entre 5 e 10 mm • na câmara catódica usar NaCl concentração 0,5 M • na câmara anódica usar água destilada • eletrodos podem ser de aço ou outro metal corrosível• eletrodos podem ser de aço ou outro metal corrosível • voltagem deve estar entre 12 e 15 V • valor encontrado para Def de 1,4910-8 cm2/s • possibilidade (b): • a equação deve ser a de Nernst-Einstein • o valor encontrado de 3 4410-8 cm2/s •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia o valor encontrado de 3,4410 cm /s E i l b tó i • Determinação do coeficiente de difusão com Ensaios em laboratório ç migração • Coulomb test adotado como Rapid Chloride P bilit T t l AASHTO T 277Permeability Test pela AASHTO T 277: • ensaio acelerado utilizado para o processo de migração de cloretos com campo elétricop • disco de 5 cm entre dois eletrodos em um arranjo similar à célula de difusão • solução de NaCl (3% em peso) em uma câmarasolução de NaCl (3% em peso) em uma câmara • solução de NaOH (0,1 M) na outra câmara • campo elétrico de 60 volts é aplicado entre os eletrodos • medir o total de Coulombs no período de 6 horas de ensaio • em função da quantidade de Coulombs se define a permeabilidade do concreto ao cloreto, em que maior •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia quantidade indica maior permeabilidade E i • Ensaios em campo de permeabilidade à água são Ensaios em campo p p g praticamente ensaios de absorção capilar pois as pressões aplicadas são muito baixas • Absorção capilar e penetração deágua • ensaio de concreto em campo baseado no ensaio p desenvolvido por Levitt (1969): permite a medida da absorção de água pela superfície i d t b d i• ensaio de concreto em campo baseado no ensaio desenvolvido por Figg (1973): a absorção ocorre em uma camada de maior espessura abaixo da superfície acessível porcamada de maior espessura abaixo da superfície, acessível por um buraco perfurado • nos dois casos o valor obtido é o volume de água absorvida l d t d b ã d á f ã d t •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia acumulado ou a taxa de absorção de água em função do tempo E i • ISA (initial surface absorption) – absorção Ensaios em campo ( p ) ç superficial inicial • Desenvolvido por Levitt (1969) e padronizado pela BS 1881 208norma BS 1881-208 •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Figura 25 – Esquema do ensaio de absorção superficial - ISAT (adaptado de MEHTA & MONTEIRO, 2008) E i • ISA (initial surface absorption) – absorção Ensaios em campo ( p ) ç superficial inicial (Figura 25) • aparelho contém uma tampa que está em contato selado p p q com o concreto • a água é colocada no reservatório e produz uma pressão de 200 mm de coluna d’água • a leitura do consumo de água é obtida pela retração do menisco da água no tubo capilar graduado após 10 30 60menisco da água no tubo capilar graduado, após 10, 30, 60 e 120 minutos depois de fechada a torneira • a velocidade da retração do menisco e convertida ema velocidade da retração do menisco e convertida em ml/cm2s • valor obtido no ensaio é com fluxo não estacionário e •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia tridimensional E i •Ensaio desenvolvido por Ensaios em campo p Figg (1973): • consiste em efetuar o contado da água com o concreto em um furo perpendicular à superfície de 5,5 mm de diâmetro e profundidade de 30 mmp • na parte superficial do furo é colocada borracha de vedação e uma agulha hipodérmica é inserida para ahipodérmica é inserida para a colocação da água com uma coluna de 100 mm Figura 26 – Esquema do aparelho de Figg para determinação da sucção capilar • um tubo capilar graduado de vidro ligado ao sistema permite a medição do volume de água absorvido •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia (adaptado de MEHTA e MONTEIRO, 2008) g E i • Métodos para permeabilidade aos gases: Ensaios em campo p p g • métodos de permeabilidade aos gases • são para medidas na superfície, preferencialmentesão para medidas na superfície, preferencialmente porque não são destrutivos, ou em furos • gases de maior interesse são o CO2 e o O2g 2 2 • importante o controle da umidade do concreto • a cura do concreto tem uma grande influênciag • reprodução do ensaio em laboratório gera menores variações do que em campo • ar é bastante utilizado nos métodos e pode ser utilizada a pressão ou o vácuo nos ensaios, ambos •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia com baixos valores E i • Determinação da permeabilidade aos gases: Ensaios em campo ç p g • aparelho de Figg (Figura 26) com algumas adaptações, é bastante utilizado • o furo no concreto é feito com 10 mm de diâmetro e 40 mm de profundidade • a vedação é feita com um tampão e silicone• a vedação é feita com um tampão e silicone • microfissura deve ser selada • na agulha hipodérmica é acoplada uma bomba dena agulha hipodérmica é acoplada uma bomba de vácuo • inicialmente é aplicada uma sucção no furo de -55 kPa • a medição do tempo é feita quando a pressão atinge 50 kPa •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia atinge -50 kPa E i • Permeabilidade aos gases Ensaios em campo g •Método de Torrent (1999): • apresenta duas câmaras eapresenta duas câmaras e um regulador que equilibra a pressão entre a câmara i t â tinterna a câmara externa delimitada por um anel • o dispositivo faz com que o Figura 27 – Esquema do aparelho de Torrent para o dispositivo faz com que o fluxo de ar se torne unidirecional Figura 27 Esquema do aparelho de Torrent para permeabilidade ao ar (TORRENT, 1999). • o aparelho pode ser usado em laboratório e em campo •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i •Coeficiente de difusão de cloretos Ensaios em campo •determinação do coeficiente de difusão de cloretos no concreto em campo:p • similar ao de laboratório • bastante complexa porque os cloretos podem ser transportados por múltiplos mecanismos tais como a difusão e a sucção capilar, ou podem se fixar devido à combinação ou à adsorção físicadevido à combinação ou à adsorção física • o valor encontrado com as medidas das concentrações em diversas profundidades e a utilização da segunda lei de Fick resultará em um dado referencial para aquela idade do concreto. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia E i •Coeficiente de difusão de cloretos em campo Ensaios em campo p • extrair testemunhos, em pó ou cilíndricos t id tifi ã d• manter a identificação da profundidade da camada do concreto em que a amostra foi extraída • determinar o percentual de cloretos possibilitando-secloretos possibilitando se traçar o perfil de cloretos • considerando que a idade do t é h idconcreto é conhecida, calcula-se o coeficiente de difusão por meio da equação Figura 28 – Perfis dos íons cloretos nas estacas pranchas (GUIMARÃES, 2000) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia da 2ª lei de Fick C tá i fi i • Abordagem realizada: apresentar um pouco de cada tópico sobre i d t t d t Comentários finais mecanismos de transporte de massa no concreto • Tema: amplo, várias pesquisas gerando dissertações, teses, boletins técnicos e outras publicações - conhecimento para gerar um livro parap ç p g p cada mecanismo • Concreto e cimento: alterações nos últimos anos - adições minerais afetam os mecanismos de transporte - alterações na estrutura porosaafetam os mecanismos de transporte alterações na estrutura porosa • Agregados reciclados: geradores de modificações nos mecanismos • Novos aparelhos: medidas mais confiáveis e maior facilidade de manuseio • Durabilidade: classificação frente aos agentes agressivos - característica de especificação do concretocaracterística de especificação do concreto • Inovações recentes: utilização de adições minerais com alta finura • Próxima inovação: nanotubos - mais uma alteração na estrutura dos •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia poros e nos mecanismos de transporte de massa no concreto
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