Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Cieˆncias Exatas e Biolo´gicas - Departamento de Matema´tica Introduc¸a˜o a` A´lgebra Linear - MTM112-73 1o. Semestre de 2013 – Soluc¸a˜o da Terceira Avaliac¸a˜o Questa˜o 1:(30 pts) Seja T : R4 → R4 o operador linear tal que T (1, 1, 1, 1) = (2, 2, 2, 2), T (1, 1, 1, 0) = (2, 2, 1, 1), T (1, 1, 0, 0) = (2, 2, 0, 0), T (1, 0, 0, 0) = (1, 1, 0, 0). Existiria uma base de R4 em que a matriz de T e´ diagonal? Caso afirmativo, qual e´ a expressa˜o de T nessa base? Soluc¸a˜o: Escrevendo (x, y, z, w) = a(1, 1, 1, 1) + b(1, 1, 1, 0) + c(1, 1, 0, 0) + d(1, 0, 0, 0) e resolvendo esta equac¸a˜o, teremos a = w, b = z − w, c = y − z e d = x− y e depois substuindo esses valores em T (x, y, z, w) = aT (1, 1, 1, 1) + bT (1, 1, 1, 0) + cT (1, 1, 0, 0) + dT (1, 0, 0, 0), obtemos T (x, y, z, w) = (x+ y, x+ y, z + w, z + w), cuja matriz na base canoˆnica e´ 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1 , e teremos p(λ) = [(1− λ)2 − 1]2 como polinoˆmio caracter´ıstico, obtendo os autovalores 0 e 2. Para λ = 0 resolvemos o sistema linear homogeˆneo que possui 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1 como matriz de coeficientes. Obtendos os seguintes autovetores LI, v1 = (1,−1, 0, 0) e v2 = (0, 0, 1,−1). Para λ = 1 resolvemos o sistema linear homogeˆneo que possui −1 1 0 0 1 −1 0 0 0 0 −1 1 0 0 1 −1 como matriz de coeficientes. Obtendos os seguintes autovetores LI, v3 = (1, 1, 0, 0) e v4 = (0, 0, 1, 1). Conclu´ımos que α = {v1, v2, v3, v4} e´ uma base de R4 formada por autovetores de T , logo T e´ diagonaliza´vel e [T ]αα = 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2 . Questa˜o 2:(15 pts por item) Os operadores lineares abaixo sa˜o diagonaliza´veis? Por queˆ? a) T (x, y, z) = (4x−√5z, 4y,−√5x− 2z) A matriz de T na base canoˆnica e´ 4 0 −√50 4 0 −√5 0 −2 que e´ sime´trica e portanto diagonaliza´vel. b) A(x, y, z, w) = (3x+ 2y, 3y + 2z, 2z + w, 2w) A matriz de A na base canoˆnica e´ 3 3 0 0 0 3 2 0 0 0 2 1 0 0 0 2 , o polinoˆmio caracter´ıstico de A e´ p(λ) = (3 − λ)2(2 − λ)2. Desse modo 2 e 3 sa˜o autovalores de A, entretanto, associado a cada autovalor teremos apenas um vetor LI o que na˜o nos fornece uma base de R4, portanto, A na˜o e´ diagonaliza´vel. Questa˜o 3: (30 pts) Determine uma transformac¸a˜o linear T : R4 → R4 tal que os autovetores associados ao au- tovalor 6 sejam da forma (3x, 0, 4x, 0) e (0, 4y, 0, 3y) e os autovetores associados ao autovalor -1 sejam da forma (0, 0, 0, x) e (0, 0,−y, 0). T e´ diagonaliza´vel? Soluc¸a˜o: Antes de encontrarmos T , podemos afirmar que a mesma e´ diagonaliza´vel, pois β = {(3, 0, 4, 0), (0, 4, 0, 3), (0, 0, 0, 1), (0, 0,−1, 0)} e´ uma base de autovetores para R4. Para encontrar a expressa˜o de T , inicialmente, escrevemos o vetor (x, y, z, w) como combinac¸a˜o linear dos vetores de β, de modo que (x, y, z, w) = a(3, 0, 4, 0) + b(0, 4, 0, 3) + c(0, 0, 0, 1) + d(0, 0,−1, 0). Donde obtemos a = x3 , b = y 4 , c = w − 3y4 e d = 4x3 − z, substituindo esses valores em T (x, y, z, w) = aT (3, 0, 4, 0) + bT (0, 4, 0, 3) + cT (0, 0, 0, 1) + dT (0, 0,−1, 0), obtemos T (x, y, z, w) = (6x, 8y, 20x 3 + z, 15y 4 + w). Questa˜o 4:(30 pts) Seja T : R3 → R3 o operador linear tal que a matriz de T na base canoˆnica de R3 seja 1 0 01 −1 0 1 1 1 Encontre uma base β = {v1, v2, v3} de R3 tal que a matriz de T na base β seja 1 0 0−1 −1 0 2 1 1 . Soluc¸a˜o:(esta e´ uma das poss´ıveis) Da matriz de T na base canoˆnica obtemos T (x, y, z) = (x, x−y, x+y+z). Pondo v1 = (a1, a2, a3), v2 = (b1, b2, b3) e v3 = (c1, c2, c3), como [T ]ββ = 1 0 0−1 −1 0 2 1 1 , conclu´ımos que [T (v1)]β = 1−1 2 , [T (v2)]β = 0−1 1 e [T (v3)]β = 00 1 , nos levando a T (v1) = 1 · v1 − 1 · v2 + 2 · v3; T (v2) = 0 · v1 − 1 · v2 + 1 · v3; T (v3) = 0 · v1 + 0 · v2 + 1 · v3. Abrindo T (v3) = 0 · v1 + 0 · v2 + 1 · v2, teremos (c1, c1 − c2, c1 + c2 + c3) = (c1, c2, c3) resolvendo a equac¸a˜o conclu´ımos que c1 = c2 = 0 e c3 e´ varia´vel livre. Escolhendo c3 = 1, teremos v3 = (0, 0, 1). Abrindo T (v2) = 0 · v1 − 1 · v2 + 1 · v2, teremos (b1, b1 − b2, b1 + b2 + b3) = (−b1,−b2,−b3 + 1) resolvendo a equac¸a˜o conclu´ımos que b1 = 0 e b3 = 1−b2 2 , sendo b2 uma varia´vel livre. Escolhendo b2 = 1, teremos v2 = (0, 1, 0). Abrindo T (v1) = 1 · v1 − 1 · v2 + 2 · v2, teremos (a1, a1 − a2, a1 + a2 + a3) = (a1, a2 − 1, a3 + 2) resolvendo a equac¸a˜o conclu´ımos que a1 = a2 = 1 e que a3 e´ varia´vel livre. Escolhendo a3 = 0, obtemos v1 = (1, 1, 0), conclu´ındo a questa˜o.
Compartilhar