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Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica envolvendo a compreensão necessária de que o direito, para ser entendido e estudado enquanto fenômeno cultural e humano, precisa ser tomado enquanto sistema disciplinador de relações de poder, a partir da metodologia utilizada em sala com a aplicação dos casos concretos, a saber:
 
Caso Concreto 1
Classificação dos direitos subjetivos.
 
Seu LEONELIO LIMA CASTRO JR. e sua mulher, Dona SINHÁ, domiciliados no Distrito rural de Chapéu D’Uvas, em Juiz de Fora/MG, adquiriram, há dez anos, um terreno com 40.000 m², com uma casa construída, no bairro de Benfica, na mesma cidade, pertencente ao coronel JOSÉ CARÍSSIMO, primo distante de Delmiro Gouveia, que lá vivera por mais de 30 anos, e adquirira a titularidade do imóvel por usucapião. 
O referido imóvel foi alugado para JOAQUIM ONORINO e sua irmã Tereza, pelo valor mensal de R$11.000,00 (onze mil reais), mas encontra-se vazio há seis meses.  Há cerca de quinze dias, um vizinho do imóvel telefonou para LEONELIO, noticiando que o terreno fora parcialmente invadido por JOSÉ CARVALHO SÓLON, que ali construiu um campo de futebol, um vestiário e um pequeno bar, ocupando aproximadamente 3.000 m².  Convencido de que o imóvel pertence à Prefeitura, SÓLON se recusa a desocupá-lo. 
 
Em vista das informações apresentadas, responda o que se pede.
 
Aponte e identifique as formas de aquisição da propriedade encontradas no caso acima;
As formas de aquisição da propriedade encontradas no caso acima são: compra de imóvel e usucapião
b)   Se o terreno fosse mesmo de propriedade da Prefeitura de Juiz de Fora, poderia Sólon usucapir ao final de 15 anos? Justifique fundamentando na Constituição Federal sua resposta.
 Não, o usucapião só é permitido àqueles que ocupam particulares e sendo o imóvel da prefeitura é de propriedade municipal e de acordo com o Art. 183, § 3º, CF/88 um imóvel público não pode ser adquirido por usucapião.
Art. 183 - Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Usucapião vem do do latim “uso capio” que significa adquirir pelo uso, ou pela posse.
Caso Concreto 2
Direitos subjetivos transmissíveis e intransmissíveis.
LÚCIA participa de um concurso de fotografia patrocinado pelo BANCO SQUARE BANK ASSOCIATED. É premiada com a terceira colocação e receberá dois mil reais. Após a assinatura de cessão de seus direitos sobre a fotografia, através de contrato, o banco torna-se o proprietário dos direitos à fotografia, oponível inclusive à LÚCIA.
 
É correto afirmarmos que, tanto o BANCO, quanto LÚCIA, conforme as relações jurídicas evidenciadas, possuem direito absoluto, como titulares do direito subjetivo à fotografia premiada? 
R: Sim, porém este direito absoluto sobre a fotografia não ocorre simultaneamente. Num primeiro momento somente Lúcia possui direito absoluto de propriedade em relação a fotografia premiada, porém num segundo momento, quando Lúcia cede, transfere o seu direito absoluto de propriedade da fotografia ao assinar de cessão de seus direitos de propriedade sobre a fotografia, através de contrato, o Banco passa a ter o direito absoluto de propriedade da fotografia.
b)   Podemos também classificar esse mesmo direito como direito subjetivo relativo, a partir de outra relação jurídica configurada no caso apresentado?
 Sim, podemos classificar este mesmo direito absoluto de propriedade da fotografia como sendo relativo, pois o Banco somente pode aceitar que Lucia ceda, transfira o seu direito de propriedade para este, pois este direito é de Lúcia, relativo a foto de Lúcia e não de todos, pois a fotografia é somente de Lúcia e somente ela pode relativizar este direito.
O direito relativo contempla as pessoas que participam da relação jurídica.
A relação jurídica deverá ser estabelecida entre Lúcia e o Banco, através da assinatura do contrato de cessão de direitos, pois só Lúcia tem o direito absoluto de propriedade da fotografia
Caso Concreto 3
Distinção entre expectativa de direito e direito adquirido. A tutela constitucional do direito adquirido.
 
Para existir o direito adquirido, deve haver um fato aquisitivo e um direito em sentido objetivo, devendo ter tal fato aquisitivo todos os elementos exigidos pela lei antiga, pois, senão, deixa de haver direito adquirido para caracterizar-se a existência de simples expectativa, isto é, esperança de aquisição do direito.
A legislação em vigor prevê que o direito à aposentadoria voluntária do servidor público se dá após 35 anos de contribuição e 60 anos de idade. O Sr. Hilário ingressou no serviço público no dia 17 de novembro de 1972 e nasceu no dia 01 de abril de 1947. 
Com base na situação descrita, considerando a data atual, desenvolva:
O Sr. Hilário tem direito adquirido à aposentadoria? Justifique;
R: O Sr. Hilário atualmente tem 65 anos de idade e 40 anos de contribuição, portando o Sr. Hilário já preencheu todos os requisitos legais exigidos para se aposentar e portando tem direito subjetivo a aposentaria, podendo ou não requerê-la de imediato, assim sendo não pode nenhuma lei posterior lhe usurpar este direito pois este já foi adquirido.
b)   Diferencie direito adquirido de expectativa de direito.
 
A expectativa de direito constitui-se por uma sequência de elementos constitutivos, cuja aquisição faz-se gradativamente; portando, não se trata de um fato jurídico que provoca instantaneamente a aquisição de um direito.   O direito está em formação e constitui-se quando o último elemento advém.   Há, por conseguinte, expectativa de direito quando ainda não se perfizerem os requisitos adequados ao seu advento, sendo possível sua futura aquisição.
Já no Direito adquirido todos os requisitos necessários para usufruir do direito já foram alcançados pelo titular do direito, porém o mesmo, por falta vontade ou interesse próprio ou alguém por ele, ainda não o requereu.
Direito adquirido é quando a pessoa já tem o direito de fato, isto é, quando ela já pode usufruir do direito adquirido. Expectativa de direito é quando se espera concluir algum fato   para que possa ter o direito.
Caso Concreto 4
Expectativa de direito, direito adquirido e abuso de direito
 Clóvis Beviláqua dizia que "no exercício do nosso direito, desde que não transponhamos o círculo de ação que ele nos traça, devemos ser garantidos pela ordem jurídica. Há, entretanto, limitações, que essa mesma ordem impõe ao exercício do nosso direito, como sejam, por exemplo, as que são estabelecidas para o direito de propriedade imóvel em atenção às necessidades públicas, ou ao interesse dos vizinhos".  
Assim, supondo que depois de anos aguardando a morte do “velho”, JOÃO GILBERTO NONATO NETO herda de seu único tio, VINÍCIUS DE MORAES NONATO, um imóvel na rua Nascimento Silva, n°107, casa 1. Dona ELIZETE TELLES CARDOSO mora no mesmo endereço, casa 2, fundos, sendo certo que dona ELIZETE se utiliza de um corredor que passa no terreno de João como único acesso possível a rua, e ele resolve fechar esse corredor. Eis, assim, que teremos, então, segundo o mestre Clóvis, no trecho acima citado, um tipo especial de conflito decorrente do exercício de direitos. 
Dona ELIZETE entra com uma ação na justiça em face de JOÃO para que possa voltar a utilizar-se daquela servidão de passagem e logra êxito, tendo a sentença transitado em julgado.
Com base nas informações acima responda:
No trecho citado, ocorreu um tipo especial de conflito decorrente do exercício de direitos. Qual? Por quê?
Sim, no trecho acima ocorreu um abuso do poder do direitode propriedade, quando João Gilberto fechou a única passagem que dava acesso a residência de Dona Elizete, embora este acesso fosse no terreno de João Gilberto.
Dona Elizete tem o direito potestativo, tendo João que se sujeitar sobre esse direito.
b)   Se JOÃO é o titular do direito de propriedade de seu imóvel, porque teve que permitir que dona ELIZETE também o usasse? Existe alguma previsão legal específica neste sentido?
 Mesmo João sendo o titular do direito de propriedade de seu imóvel, ele não pode utilizar deste direito para impedir que outro morador tenha acesso a residência onde mora, pois isto caracteriza-se como abuso de poder, pois no exercício de nosso direito, devemos ser garantidos pela norma jurídica, desde que não transponhamos ou exorbitemos o círculo de ação que ele nos traça, sendo assim há limitações ao exercício de nosso direito, isto é não pode o meu direito de propriedade impedir ou ferir o direito de outro a sua propriedade. Dona Elizete tem o direito, de passagem e usando a servidão, uma previsão legal e específica de direito potestativo, não importando se o Sr João vai permitir ou não.
Questão Objetiva
Prof.ª Silvia
Escolha a alternativa CORRETA, JUSTIFIQUE E FUNDAMENTE 
Reinaldo e Ana casaram-se em 1976. A bela casa onde vivia o casal fora herança, deixada pelos pais de Reinaldo.  Até esta época, o regime legal de bens no casamento, no Brasil, era o da comunhão universal. Após 1977, com a Lei do Divórcio, o regime legal passou a ser o da comunhão parcial de bens. Em 2002, Reinaldo separou-se de Ana. Na partilha, fundamentado na lei em vigor, o advogado de Reinaldo não incluiu a casa herdada de seus pais. Por sua vez, o advogado de Ana incluiu a casa herdada por Reinaldo alegando:    
b)   Direito adquirido e princípio da retroatividade da lei;

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