Buscar

cap52 - Materiais reciclados na construção civil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Salomon Mony Levy – Centro 
Universitário Nove de Julho-
UNNOVE
Materiais reciclados na construção civil
CAPÍTULO 52
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Introdução
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Introdução
• Forma de utilização de recursos naturais
• A produtividade, não é mais o aspecto fundamental?
• Aspectos como a redução da geração e o
reaproveitamento de resíduos se tornaram mais
relevantes (melhoria dos processo produtivos).
• Reciclagem e o reuso de resíduos oriundos da
construção civil e de outras industrias na construção
civil.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Introdução
• Exemplos
• Novas tecnologias têm possibilitado o reuso e a reciclagem
de resíduos como:
 carcaças de pneus inservíveis para uso veicular e para
processos de reforma, na produção de concreto,
 escória de alto forno é utilizada na fabricação de cimento,
 a sucata de aço é utilizada para produção de novos aços e
perfis metálicos,
 resíduos de vidros são utilizados no preparo de concreto,
 resíduos de madeira são utilizados como combustível ou
como matéria-prima para produção de painéis MDF.
 garrafas PETs na fabricação de elementos de vedação e para
construção de lajes.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Reutilização do material proveniente do lixo
Figura 1– Vaso e lustres decorativos, em exposição permanente organizada pelo 
Instituto T3 em Belo Horizonte. 
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
65%
14%
8%
13%
Inertes 
Madeira 
Plástico 
outros O resíduo de construção civil e sua 
composição
Figura 2 – Resíduos gerados na Cidade de São Paulo (ATESP, 2000).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
O resíduo de construção civil e sua 
composição
64%
1%
4%
11%
18%
2%
argamassas
tijolos maciço
telhas
concreto
pedras
outros
Figura 3– Composição média do entulho coletado no município de São Carlos
de acordo com levantamento realizado em 1985 (Pinto, 1986).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
O resíduo de construção civil e sua 
composição
2%
4%
14%
53%
5%
22%
concretos e argamassas
cerâmica 
solo e areia
outros
plástico
rochas naturais
Figura 4 – Composição do entulho de construção e demolição 
de Salvador (Carneiro, Brum e Costa, 2000).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Produtos reciclados provenientes da fração 
cerâmica dos resíduos da construção civil
Quadro 1 – Produtos produzidos a partir da fração cerâmica do resíduo de construção Civil.
Produto Características Principais usos
Areia D máx < 4,8 mm
Provém de blocos de 
concreto e concreto 
demolido
Argamassas assentamento
Contra-pisos
Blocos de vedação 
Pedrisco D máx < 6,3 mm
Provém de blocos de 
concreto e concreto 
demolido
Artefatos de concreto
Pisos inter-travados
Guias
Blocos de vedação
Brita 1 ou 2 D máx < 39,0 mm
Provém de blocos de 
concreto e concreto 
demolido
Concretos sem funções estruturais
Obras de drenagem
Bica Corrida[1] D máx < 63,0 mm
Provém de resíduos de 
Construção Civil 
Sub-base e base de pavimentos 
rodoviários
Regularização de vias não pavimentadas
Rachão D máx < 150,0 mm
Provém de resíduos de 
Construção Civil
Substituição de solo
Terraplenagens
Drenagens
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Resíduos obtidos de materiais cerâmicos
Quadro 2 – Propriedades de agregados reciclados obtidos a partir
de resíduos puros de concreto e de alvenaria.
Característic
as dos 
materias
Unid
Valores obtidos para os agregados graúdos e miúdos
Metodolo
gia de 
Ensaio
Agregados Naturais 
Agregados Alvenaria Agregados Concreto
Areia B1 B2 Areia B1 B2 Areia B1 B2
Módulo de 
finura * 2,60 6,40 7,70 3,13 6,64 7,65 3,54 7,68 6,94
NBR 
7217
Massa 
específica 
aparente
Kg/
dm³
1,375 1,430 1,410 1,317 0,984 0,987 1,340 1,208 1,285
NBR 
7251
Absorção
% * 0,8 0,8 7,9 13,0 12,4 10,35 5,6 3,7
NBR 
9937
Pulverulento
s
% 1,85 0,54 0,55 2,4 4,1 2,3 0,6 0,3 0,2
NBR 
7219
Impureza 
orgânica
ppm < 300 * * * * * * * *
NBR 
7220
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Resultados obtidos com aplicação de 
agregados reciclados
•
Figura 9– Blocos produzidos com os 
resíduos de demolição de um prédio 
que deu lugar à construção do edifício 
Torre Almirante. 
Figura 10 – Modelo de residências 
construídas com os blocos produzidos a 
partir de agregados reciclados.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Resultados obtidos com aplicação de 
agregados reciclados
•Figura 11 – Demolição de 12.500 m² de 
piso de concreto, resíduo totalmente 
aproveitado para construção do Villagio 
Maia (Capello, 2006). 
•Figura 12 – Britagem dos resíduos da 
demolição de piso para utilização como 
agregados (Capello, 2006). 
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Resultados obtidos com aplicação de 
agregados reciclados
•Figura13 – Construção dos sobrados do Villagio Maia com blocos de 
concreto produzidos com RCD (Capello, 2006).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
O mercado de agregados reciclados se defronta com duas
questões fundamentais:
O que impede a iniciativa privada de produzir agregados reciclados
para serem utilizados largamente pela sociedade?
Homogeneidade da matéria prima
Estoques reguladores de matéria prima
Vantagens econômicas
A dificuldade para reciclar resíduos de construção civil em nosso
país pode ser atribuída às políticas adotadas pelos municípios ou
aos aspectos econômicos?
Como citado as vantagens econômicas não tem se apresentado com
fator atrativo, portanto por parte dos municípios se torna difícil nesta
situação adotar políticas capazes de incentivar a iniciativa privada.
O mercado de agregados reciclados na 
construção civil
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Custo da produção de concretos produzidos com agregados naturais e
com agregados reciclados:
• 300 kg de cimento* R$ 0,30 = 90,00
• 0,60 m³ de areia * R$ 30,00 = 18,00
• 0,80 m³ de brita * R$ 32,00 = 25,60 Total R$ 133,60/m.
• 300 kg de cimento * R$ 0,30 = 90,00
• 0,48 m³ de areia * R$ 30,00 = 18,00
• 0,12 m³ de RCD * R$ 15,00 = 1,80
• 0,64 m³ de brita * R$ 32,00 = 20,48
• 0,16 m³ de RCD * R$ 16,00 = 2,56 Total R$ 129,24/m³.
Economia 3,2%/m³ no total do concreto utilizado. Para produção de uma
estrutura, cujo valor representa 20% do empreendimento, a economia
seria de 0,64% do custo total de uma obra habitacional convencional,
compatível com números da Setin Engenharia para Villagio Maia, 1%.
Demonstrativo de vantagens econômicas
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
A solução não é tão simples, uma vez que só existem duas
alternativas:
• 1ª) diminuir a relação preço unitário do agregado reciclado / preço
unitário do agregado natural;
• 2ª) criar condições para incremento da taxa de substituição de naturais
(20%) aceita unanimemente no meio técnico e adotada neste trabalho.
• Para se incrementar a primeira solução, a iniciativa privada poderia
colaborar, procurando uma logística maisracional, aproveitando
instalações, frotas de veículos e áreas existentes.
• Afinal os equipamentos que existem no mercado já podem garantir uma
produção superior ao estoque de matéria-prima disponível nas
metrópoles, mas sim
Como reverter essa situação?
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Normalização vigente no país para produção 
de agregados reciclados
• NBR 15112/04 Resíduos de construção civil e resíduos volumosos:
 Áreas de transbordo e triagem;
 Diretrizes para projeto, implantação e operação.
• NBR 15113/04 Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes:
 Aterros;
 Diretrizes para projeto, implantação e operação.
• NBR 15114/04 Resíduos sólidos da construção civil:
 Áreas de reciclagem;
 Aterros;
 Diretrizes para projeto, implantação e operação.
• NBR 15115/04 Agregados reciclados e resíduos sólidos da construção civil:
 Execução de camadas de pavimentação;
 Procedimentos.
• NBR 15116/04 Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil:
 Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural;
 Requisitos.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
O que contemplam as normas nacionais?
• As normas nacionais não contemplam a substituição de
agregados naturais por reciclados para produção de
concretos estruturais.
• Todavia, como previsto pelas normas holandesas, a
substituição de 20% de agregados naturais por reciclados
não altera as propriedades físicas e mecânicas do
concreto.
• Isso posto, fica a questão: por que não normalizar a
substituição de agregados naturais por reciclados visando
à produção de concreto?
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Classificação dos resíduos da Construção 
Civil
Quadro 3 – Classificação e destinação de resíduos de construção (Carvalho, 2005).
Classificação Destinação
Classe A – são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis
como agregados, provenientes:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de
pavimentação e de outras obras de infra-estrutura,
inclusive solos provenientes de terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de
edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos,
telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e
concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças
pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.)
produzidas nos canteiros de obras.
Deverão ser reutilizados
ou reciclados na forma de
agregados, ou
encaminhados a áreas de
aterro de resíduos da
construção civil, sendo
dispostos de modo a
permitir a sua utilização
ou reciclagem futura.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Classe B – são os resíduos recicláveis para outras
destinações, tais como: plásticos,
papel/papelão, metais, vidros, madeiras e
outros.
Deverão ser reutilizados, reciclados
ou encaminhados a áreas de
armazenamento temporário, sendo
dispostos de modo a permitir a sua
utilização ou reciclagem futura.
Classe C – são os resíduos para os quais não
foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam a sua
reciclagem/recuperação, tais como os produtos
oriundos do gesso.
Deverão ser armazenados,
transportados e destinados em
conformidade com as normas técnicas
específicas.
Classe D – são os resíduos perigosos oriundos do
processo de construção, tais como: tintas,
solventes, óleos e outros, ou aqueles
contaminados oriundos de demolições,
reformas e reparos de clínicas radiológicas,
instalações industriais e outros.
Deverão ser armazenados,
transportados, reutilizados e
destinados em conformidade com as
normas técnicas específicas.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Produtos reciclados provenientes de 
resíduos de poliméricos
• Produtos reciclados 
provenientes de resíduos 
de poliméricos
• PET para produção de 
unidades habitacionais 
• A produção da madeira 
plástica
• A madeira-plástico
• Produtos reciclados 
provenientes de resíduos 
de pneus
• Produtos reciclados 
provenientes de resíduos 
de madeira
• Madeira reciclada para 
utilização como combustível
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
PET para produção de unidades 
habitacionais
• O sistema consiste na utilização de garrafas PET como material
de enchimento na construção de lajes com espessura acima de
15 cm. O sistema poderá ser executado com a utilização de
fôrmas auxiliares, como o sistema apresentado na Figura 15,
ou sem a utilização de fôrmas de madeira, apenas com pré-
lajes de concreto, como indicado na Figura 16.
•Figura 15 – Sistema construtivo para 
reutilização de garrafas PET, com auxílio de 
formas de madeira (Coelho, 2006).
•Figura 16 – Sistema construtivo para 
reaproveitamento de garrafas PET com 
elementos estruturais sem necessidade de 
formas de madeira (Coelho, 2006).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
PET para produção de unidades habitacionais
• No Laboratório de Sistemas Construtivos da Universidade Federal de
Santa Catarina (Labsisco/UFSC), projeto de uma habitação térrea
para a construção de um protótipo embrião de 50,70 m² habitações de
interesse social. As paredes constituídas de painéis modulares pré-
fabricados 14x65x265 cm e 14x85x265 cm, formadas por colunas
verticais com garrafas PET no interior de painéis, formando colunas
verticais que reduzem o consumo de argamassa e melhorem o
desempenho térmico das paredes.
• As garrafas são cortadas e encaixadas, reforçadas com treliça plana
de aço no perímetro e revestidas nas duas faces e laterais com
argamassa, como mostrado na Figura 17 e na Figura 18.
•Figura 17 – Treliça metálica na lateral 
do painel (Provenzano et al., 2006). 
•Figura18 – Concretagem do painel 
(Provezano et al., 2006) 
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
PET para produção de unidades habitacionais
• Em Manaus, incomodado com a quantidade de garrafas PET
jogada pelos igarapés de Manaus, o professor e físico Newton
Lima decidiu aproveitá-las em um projeto acadêmico. Ele e
quatro alunos do curso de engenharia civil da Universidade
Luterana do Brasil (ULBRA) fizeram do lixo o material base de
um trabalho de iniciação científica. O resultado foi o "tijolo-
PET", feito de areia quartzosa, cimento e garrafa PET.
•Figura 19 – O tijolo-PET cortado e colocado dentro do molde de madeira. 
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
A produção de madeira plástica
• Após a seleção dos materiais, os resíduos plásticos são
prensados e higienizados para se transformarem em resina,
possibilitando o processo de pultrusão.
•Figura 20 – Detalhe esquemático do processo de pultrusão (Fonte: Cogumelo, 2007).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Exemplos de aplicação de madeira plástica
Figura21 – Construção de deck com 
madeira plástica (Fonte: Cogumelo, 
2007).
Figura22 – Execução de cerca e deck em 
madeira plástica (Fonte: Cogumelo, 
2007). 
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
A madeira-plástico
• O composto madeira-plástico, diferentemente da madeira plástica, é
obtido a partir de PET e outros plásticos descartados e reciclados. É
produzida nos municípios de Guaratinguetá, Curitiba e Rio de Janeiro.
Embora cada usina tenha sua formulação própria, basicamente a
madeira-plástico é composta de partículas de madeira, poliestireno
(PS) e polietileno tereftalato (PET).
• O compostomadeira-plástico, é a composição de resíduos
descartáveis da atividade madeireira – como serragem – com o
polietileno de baixa densidade. O plástico funciona como aglutinante.
•Figura 23 – Amostras de madeira-plástico (Fotos: Victor Soares).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Produtos reciclados provenientes de resíduos 
de pneus
• Concretos e asfaltos preparados com resíduos de pneus
• Em concretos de cimento Portland, os resíduos têm a função exclusiva de
agregados, contribuindo para redução do módulo de elasticidade,
tornando, assim, o material mais flexível e com maior capacidade de
absorver a energia de deformações decorrentes de impactos causados
por colisões de veículos. Com esse material têm sido construídas muretas
as quais, normalmente, são erguidas no centro ou nas laterais de pistas
rodoviárias
Figura24 – Aspectos das barreiras construídas na marginal Tietê em São Paulo, 
em 2004 e 2005 (Bina e Schwark, 2006).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Produtos reciclados provenientes de resíduos 
de pneus
• O pneu pode se transformar em combustível alternativo, com poder
calorífico de 12.000 a 16.000 BTU/kg, o que equivale a 4.000 kcal/kg.
Mesmo sendo inferior ao poder calorífico do carvão vegetal, torna-se
vantajoso seu uso, pois o custo para obtenção da matéria-prima
provém do trabalho de coleta e picotamento dos pneus.
• Os principais usuários de pneus em caldeiras são as indústrias de
papel e celulose a de produtos alimentícios; e em fornos rotativos das
as fábricas de cimento, que podem usar até a carcaça inteira e
aproveitam alguns óxidos contidos nos metais dos pneus radiais.
• No território nacional, a utilização de pneus como combustível
promoveu, no período de 1999 a 2004, o consumo de 150 mil
toneladas de pneus, equivalente a 30 milhões de pneus de automóvel
usados, proporcionando economia de 720 mil toneladas de óleo.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Produtos reciclados provenientes de resíduos de 
madeira
Quadro 5 – Dados utilizados para a Comparação (Silva, 
Medeiros e Levy, 2006).
Fonte de Energia Unid Preço/unid Preço/kg
Carvão Mineral Ton U$ 69,20 U$0,07
Cavaco de Madeira m³ U$ 15,02 U$ 0,03
Petróleo Barril U$ 58,46 U$ 0,44
¹ O barril de petróleo tem 159 litros e 7,5 barris de petróleo contêm 1 tonelada. 
² Foi utilizado o peso específico de madeiras leves, que é, em média, 500 kg/m³.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Produtos reciclados provenientes de 
resíduos de madeira
Quadro 6 – Comparação de preço para obtenção de 10.000kcal / 1kg de combustível 
em dólares (Silva, Medeiros e Levy , 2006).
Fonte de Energia Poder 
Calorífico 
Kcal/kg
Preço para obtenção de 
10.000kcal/kg de 
combustível
Carvão Mineral 7000 U$ 0,10
Cavaco de Madeira 4200 U$ 0,07
Petróleo 10800 U$ 0,41
A comparação do Quadro 6 mostra que a reciclagem das sobras
madeira para transformação em cavaco, visando à conversão em energia
em fornos e caldeiras, é viável economicamente,
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Considerações finais
• O Brasil é um dos poucos países na América Latina que
dispõe de normas técnicas para utilização dos resíduos na
produção de agregados reciclados. Mas, infelizmente,
ainda não existe no território nacional uma norma técnica
para gerenciamento, manejo e utilização de agregados
reciclados para produção de concretos com função
estrutural, que poderia propiciar a substituição de 20% de
agregados naturais por agregados reciclados, que é a
proposta deste capítulo.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Considerações finais
• Além do entulho de construção civil, existem outros
resíduos, como as garrafas PETS e pneus inservíveis, que
são reutilizados ou reciclados para produção de painéis ou
blocos utilizados como elementos de vedação e para
execução de concretos deformáveis e isolantes.
• Foram abordadas as tecnologias para produção de
compostos a base de resíduos de madeira e plástico, fato
que já ocorre em nível industrial em três municípios
brasileiros: Guaratinguetá, Curitiba e Rio de Janeiro.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Considerações finais
• Também foi mostrado que a madeira pode perfeitamente
ser utilizada como fonte alternativa de combustível. Sua
utilização apresenta vantagem econômica de 30% em
relação ao carvão mineral e de 83% em relação ao
petróleo, uma vez que o carvão mineral e o petróleo, além
de mais caros, só tendem a aumentar de preço devido à
disponibilidade cada vez menor e demanda cada vez
maior, além dos danos causados ao meio ambiente e ao
homem.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Agradecimentos
• O autor deseja externar seus sinceros agradecimentos
aos colaboradores que auxiliaram a elaboração deste
capitulo de livro:
Nivaldo Venâncio da Silva Junior
Jorge da Silva Medeiros
Daniel Ornelas

Outros materiais