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Arquiteto Joan Villa aponta tendência da cerâmica
O arquiteto Joan Villà, de São Paulo, anuncia que algo está prestes a mudar. Junto da sócia, Silvia Chile, ele assina a reflexão a seguir.
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16/01/2012 ÀS 18:57
EM ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO
Presente na maior parte das culturas e hegemônica durante séculos, a construção com tijolos começou a ser substituída, a partir de meados do século 19, por materiais e técnicas que respondiam melhor às novas exigências – era o início dos edifícios com altura elevada ou grandes vãos, que precisavam resistir aos ventos e ao aumento dassobrecargas. Mas o cenário que parecia apontar para o ocaso da cerâmica mudou e conduziu ao momento atual, em que tecnologias e produtos colocam o material na ordem do dia. Uma primeira guinada começou nos anos 40, quando o arquiteto uruguaio Eladio Dieste (1917-2000) concebeu o que viria a ser conhecido como cerâmica armada: a colocação dos tijolos numa trama de barras de aço formando arcos, colunas e tetos. Uma solução desse gênero emprega fôrmas semelhantes às do concreto armado – e foi assim que o tijolo reproduziu o caminho dessa mistura plástica encontrada já na Roma antiga e reintroduzida durante o século 20, quando surgiu reforçada pela adição de barras de aço. No Brasil de 1992, a Construção com Pré-Fabricados Cerâmicos (CPC) foi aplicada nas 300 unidades residenciais da Moradia Estudantil da Universidade Estadual de Campinas(Unicamp). O sistema inédito une cerâmica armada a pré-fabricação, viabilizando painéis feitos com blocos para uso em parede, laje, escada e cobertura, que podem incorporar tubulação para a rede hidráulica e elétrica – e são montados antes da obra com o auxílio de gabaritos, o que facilita a execução.
Recentemente, expoentes da arquitetura globalizada experimentaram usar cerâmica num outro item atual, as fachadas ventiladas. Caso do italiano Renzo Piano e do japonês Toyo Ito, que trabalharam com a indústria no desenvolvimento dessas superfícies de alto desempenho.
Inovação promissora
O arquiteto espanhol Vicente Sarrablo elaborou com a Universidade Internacional da Catalunha uma solução chamada Flexbrick (detalhes emwww.flexbrick.es), que emprega tijolos na composição de “peles” próprias para pavimentação, paredes, coberturas, abóbodas, etc. De um lado, faz-se assim um resgate dacondição versátil do material, relembrando que ele se presta à realização de um todo homogêneo na construção. Do outro, recoloca a cerâmica no rol dos materiais que, nada arcaicos, agregam tecnologia e apontam para o futuro.
http://casa.abril.com.br/materia/nova-onda-da-ceramica
Tijolos aparentes: protagonistas da construção
Frequentemente associados a projetos rústicos, os tijolos aparentes deram forma a uma moradia despojada e atual
Dan Brunini
Em vez de se esconder sob camadas de reboco e tinta, os tijolos se tornaram o principal elemento desta casa em Brasília, assinada pelo escritório Bloco Arquitetos. “Projetamos considerando a medida exata das unidades, usadas inteiras”, fala o arquiteto Matheus Seco. A ideia foi inserir um dos materiais mais primitivos de nossa arquitetura num contexto contemporâneo, com variação de tipos e paginações. “Alternamos as lajotas com blocos de vidro num trecho, e assentamos as primeiras em pé nas duas fiadas superiores, além de adotar versões de canto”, completa, se referindo aos modelos maciços da Estrutura Center. Obra executada pela engenheira Daniella Malva e pelo mestre de obras Gilmar Guimarães
Todas as escolhas são importantes quando o assunto é construção, mas o tijolo é o material mais básico para a execução da obra. Geralmente, o primeiro que nos vem à cabeça é o cerâmico, que tem coloração alaranjada e é feito de argila queimada. No entanto, eles também podem ser feitos com saibro, cimento, terra e vidro. Antes de comprar o material, é necessário verificar qual deles é o mais adequado para o projeto considerando se serão utilizados para vedação ou como alvenaria estrutural.
As características físicas devem ser avaliadas na hora da compra e no recebimento. “Procuramos saber se ele é proveniente de boas olarias e quando o recebemos analisamos a uniformidade de tamanho, peso, coloração e se está ou não farelento”, explica o arquiteto Gabriel Celligoi. Segundo ele, em uma parede em que os tijolos utilizados não têm uniformidade de tamanho se gasta mais argamassa e reboco, o que compromete o acabamento e encarece o custo final. A coloração está relacionada à boa queima do material.
Custo
Para calcular o valor final é preciso pensar em rendimento. “Usualmente, o tijolo é vendido em milheiro. Por isso, de acordo com suas dimensões, tijolos maiores rendem mais m² de alvenaria do que tijolos menores”, salienta a engenheira Allane Singer. No entanto, o mais importante é o levantamento do custo final da parede. Por exemplo, uma parede de tijolos baianos utiliza menos argamassa que uma de maciços, mas será rebocada e pintada dos dois lados e tem alto índice de quebra. O tijolo maciço é mais caro, utiliza mais argamassa, necessita de mão-de-obra específica e não precisa ser rebocado. Para ter certeza de que está fazendo a economia certa a dica é consultar um arquiteto ou um engenheiro.
PAREDES DE TIJOLO APARENTE
4 DE SETEMBRO DE 2014 FERNANDADG 28 COMENTÁRIOS
As paredes de tijolo aparente conferem rusticidade a qualquer ambiente, podendo ser úteis também para criar uma decoração mais despojada. (Ver também: “Sensação Causada pelos Materiais na Decoração“). Os tijolos podem ficar na cor natural ou então serem pintados de branco, para ficarem mais suaves embora ainda levemente diferenciados. Elas podem ser feitas de várias formas, todas com o resultado estético bem parecido mas com diferentes condições:
A maneira mais eficiente é erguer a parede com tijolos que possam ficar aparentes, como no sistema de tijolos ecológicos ou então com tijolos mais rústicos. É o modo mais prático porque dispensa a necessidade de revestir as paredes, bastando deixar os tijolos aparentes, e revestir com pintura somente onde por acaso não se queira deixá-los à mostra. Isso reduz gastos e  mão-de-obra, além de deixar as paredes mais finas, ocupando menos espaço.
O segundo método, para situações em que a parede já esteja pronta, é revestir a superfície com tijolos. Nesse caso, cada tijolo é cortado na metade, ficando com cerca de 5 cm de espessura. Essa solução é ideal para quem quer realismo, pois são tijolos de verdade, mas tem o inconveniente de aumentar muito a espessura da parede, perdendo assim um pouco de espaço e dificultando a execução no encontro com móveis e caixilhos, pois fica muito saltado para a frente.
A terceira opção, então, vem para resolver esse problema. São ascerâmicas que imitam tijolos. Solução também para paredes já prontas, as cerâmicas com aspecto de tijolo têm o efeito inverso do tijolo aparente, pois são mais finas, portanto mais fáceis de aplicar, mas um pouco menos realistas. Alguns modelos, no entanto, chegam a ser bem convincentes, como a linha “Brick HD” da Portinari.
[caption id="attachment_1230" align="alignleft" width="480"]Imagem: Cerâmica Portinari[/caption]
Existem também revestimentos de outros materiais que imitam tijolos, como as coleções “Brique” e “Rocca”, da marca Passeio, feitas com cimento em espessuras reduzidas e disponíveis em várias cores, para ficar muito convincente, parecendo tijolo de verdade, mas sem o inconveniente da grossura, ou então a linha Ecobrick, com todas essas vantagens porém feita a partir de isopor reciclado.
E por falar em paredes de tijolos feitos de isopor, é possível inclusive fazer o revestimento em casa mesmo, de maneira simples e econômica. Saiba mais aqui.
[caption id="attachment_1231" align="alignleft" width="480"]Imagem: Passeio Revestimentos[/caption]
Um aspecto a ser levado em conta também entre construir diretamente com tijolos e deixá-los aparentes ou então revesti-las depois é a quantidade de paredes que será de tijolos, pois no primeiro caso é possível que todas as paredes sejam assim,e nas outras situações dificilmente isso vai acontecer, já que os revestimentos não são assim tão baratos, e também dão trabalho para serem colocados.
E a diferença entre um ambiente com todas as paredes de tijolos e outro com apenas algumas partes é que na primeira situação ele fica mais homogêneo, e por isso mais discreto, embora crie um efeito bem marcante, e quando está em apenas algumas paredes fica mais destacado, valorizando e chamando atenção para um ponto específico. Nenhuma das opções está certa ou errada, dependendo apenas da intenção de projeto. 
Qual a melhor estrutura?
Antes de optar por tijolos de barro, blocos cerâmicos, de concreto, ou drywall conheça as características técnicas de cada um e as principais diferenças entre eles
Texto: Rafael Teixeira Fotos: Pedro Abbud
	
	
O material que será utilizado na estrutura e fechamento da construção deve ser definido ainda durante o projeto arquitetônico, pois um bom planejamento gera redução de custos, evita desperdício de materiais e ainda permite que o cálculo estrutural seja bem dimensionado.
Além disso, as especificações para casas estruturadas com a ajuda de vigas e pilares (de madeira, aço ou concreto) são totalmente diferentes dos modelos erguidos com paredes estruturais. No primeiro caso, o menor peso das paredes (os blocos vasados não são preenchidos com concreto) acarreta alívio de cargas nas fundações, que vão gerar considerável economia de materiais, como aço e concreto. Já o sistema construtivo que utiliza alvenaria estrutural exclui a necessidade dos pilares e vigas, tornando a obra mais rápida e mais econômica.
De qualquer forma, as paredes têm função primordial em qualquer projeto, já que proporcionam a proteção termoacústica dos ambientes, delimitam espaços e recebem as instalações elétricas e hidráulicas. Porém, cabe ao responsável pela obra (arquiteto ou engenheiro) optar pelo produto mais adequado para cada caso.
Atenção no momento da escolha
Antes de se tomar uma decisão, é importante avaliar a largura e o comprimento das paredes, as características e as funções de cada material e, principalmente, se ele é encontrado facilmente na região. As tradicionais paredes de alvenaria podem ser construídas com tijolos de barro, blocos cerâmicos ou de concreto. Há ainda as paredes de drywall e as placas delgadas de concreto, mas que tem apenas a função de vedação, pois não suportam as cargas da edificação.
Aplicações e material de fabricação não resumem as diferenças entre tijolos de barro, blocos cerâmicos e blocos de concreto. Cada produto, por exemplo, possui mais de um modelo com dimensões variadas, o que interfere ainda no cálculo do seu rendimento. Além disso, outros fatores como consumo de argamassa, materiais utilizados para revesti-los, custo e durabilidade podem variar bastante de uma escolha para outra. A durabilidade dependerá muito da qualidade de cada material, que varia de acordo com o fabricante escolhido. Existem blocos de concreto de alta qualidade cuja durabilidade é superior ao tijolo maciço e, por outro lado, há tijolos de barro com durabilidade superior aos blocos de concreto de baixa qualidade. Em geral, quando revestidos, ambos têm boa qualidade e resistência, pois quem as define é, praticamente, o revestimento.
Blocos cerâmicos
Fabricados com cerâmica vermelha cujas propriedades físicas são obtidas após a queima da argila em uma temperatura de 850ºC, devem seguir a NBR 15270, da ABNT, o que garante a utilização de peças de qualidade.
O item tem maior produtividade na mão-de-obra, menor consumo de argamassa de assentamento e revestimento se comparada ao tijolo. Consome cerca de 12,5 blocos por m² de parede, enquanto que para mesma dimensão de tijolos o consumo é bem maior, cerca de 70 unidades. Em relação aos blocos de concreto, a produtividade é também maior, pois as peças cerâmicas são 40% mais leves.
Elas oferecem ainda excelente conforto termoacústico e boa impermeabilização, pois seus coefi- cientes de absorção são menores do que os de concreto, ou seja, absorvem menos água.
Aplicação 
Quanto a aplicação, também podem ser utilizados para alvenaria estrutural e de vedação em qualquer tipo de obra.
O produto é fácil de aplicar, mas a mão-de-obra deve conhecer e dominar os princípios básicos de assentamento para evitar problemas futuros.
Apesar de não ser comumente utilizado dessa forma, os blocos cerâmicos também podem ficar aparentes. Porém, para se obter um trabalho com alto valor estético, é fundamental que os cuidados com o produto sejam aplicados desde o transporte até o momento do assentamento. Esse deve obedecer aos critérios básicos de prumo, planicidade e regularidade das fiadas assentadas. Para isso existem no mercado diversos equipamentos apropriados que auxiliam na boa execução, como escantilhões, colheres meia-cana e réguas de nível/ prumo, entre outros
O modelo cerâmico vertical para vedação é um dos mais utilizados, pois é mais econômico e tem qualidade superior aos demais produtos disponíveis no mercado. Os de vedação horizontal são mais usados em obras populares e, por isso, são fáceis de achar e podem ser comprados em pequenas quantidades.
	
OS BLOCOS CERÂMICOS têm maior produtividade na mão-deobra, menor consumo de argamassa de assentamento e revestimento se comparada ao tijolo. Consome cerca de 12,5 peças por m2, enquanto que para mesma dimensão de tijolos o consumo é bem maior, cerca de 70 unidades. Em relação aos blocos de concreto, as peças cerâmicas são 40% mais leves.
OS MODELOS CERÂMICOS, assim como os demais, possuem peças especiais, como os modelos vasados, craidos especialmente para passagem das instalações elétricas e hidráulicas. Peças com dimensões bastante precisas garantem uma construção mais uniforme.
Tijolos de barro
Fabricados em formas de ferro, com barro queimado, em fornos de alta temperatura, o produto proporciona bom isolamento acústico e térmico. Como tem mais densidade, oferece uma vedação térmica - demora mais para esquentar e, depois, para esfriar. Além disso, pelo fato de ser uma vedação maciça, suporta melhor qualquer esforço à tração, como a colocação de pregos e até mesmo estantes e armários. No entanto, tem custo de assentamento maior (por serem peças menores consomem mais tempo de mão-de-obra, além de consumir mais argamassa) e o peso, por ser mais elevado, exige uma superestrutura. O trabalho precisa ser executado por um profissional especializado afinal, o produto precisa ter bom alinhamento, nível e prumo.
	
O tijolo de barro tem aplicações diversas: pode ser usado na construção de paredes estruturais, de vedação ou ficar aparente, muitas vezes servindo até como revestimento de piso. Nestes dois últimos casos, deve-se optar por peças especiais, mais uniformes e um pouco mais caras, já que os tijolos comuns têm acabamento mais rústico.
Sua durabilidade depende da conservação, exposição à umidade e isolação, e as peças podem ser encontradas em mais de um formato. Basta especificar a funcionalidade e, muitas vezes, é possível até encomendar uma forma especial. A diferença entre os modelos está na finalidade e no acabamento que se pretende dar.
	
POR TER DIMENSÕES MENORES, os tijolos de barro têm custo de mão-de-obra e de assentamento maior, além de consumir mais argamassa. Por conta do peso final do volume ser mais elevado, exige uma estrutura mais forte, que consome mais material. O trabalho precisa ser executado por um profissional especializado afinal, o produto precisa ter bom alinhamento, nível e prumo.
Fonte
http://revistacasaeconstrucao.uol.com.br/escc/Edicoes/34/artigo92718-2.asp

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