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* Natália Gomes de Morais UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE MEDICINA TROPICAL * Vírus – Introdução Em 1884, Chamberland, trabalhando no laboratório de Pasteur, descobriu que ao passar um líquido contendo bactéria através de um filtro de porcelana, as bactérias ficavam completamente retidas e a solução ficava estéril. Em 1892, Iwanowski aplicou este teste a um filtrado de plantas que sofriam da doença do mosaico do tabaco e obteve resultados surpreendentes. O filtrado era capaz de produzir a doença original em novos hospedeiros. Quando repetido, as filtrações produziram os mesmos resultados e nada podia ser visto ao microscópio, nem podia ser cultivado a partir dos filtrados. Iwanowski e colaboradores concluiram que haviam descoberto uma nova forma patogênica de vida, que chamaram de “vírus”. * Vírus São organismos subcelulares, com um ciclo de replicação exclusivamente intracelular, sem nenhum metabolismo ativo fora da célula hospedeira. Basicamente, uma partícula viral completa, ou VIRION, é composta de uma molécula de ácido nucléico circundado por uma capa de proteína, podendo conter lipídios e açúcares. Capsômeros * Vírion A função básica do vírion é carrear o genoma viral para dentro da célula a fim de ser replicado e amplificado. Esse fato requer uma estrutura que contenha e proteja o acido nucléico, juntamente com alguma proteína necessária para sua replicação e ligantes na superfície viral que permitam sua entrada na célula hospedeira. A complexidade do vírus é proporcional ao tamanho do genoma viral; quanto mais informações o vírus codifica em seu genoma, mais proteínas poderão ser feitas. O tamanho e complexidade dos vírus variam de acordo com o tamanho do genoma e das proteínas e lipídeos que o envolvem * PROPRIEDADES GERAIS DOS VÍRUS 1- Os vírus são muito pequenos, menores que bactérias, não podem ser vistos em microscopia óptica. Esta qualidade não é exclusiva, pois algumas bactérias, como os micoplasmas, passam através das membranas esterilizantes. 2- Os vírus não podem ser cultivados em meio artificial, pois são hospedeiros intracelulares, que requerem metabolismo celular ativo para amplificação de seu material genético e progênie. Essa característica também não é exclusiva dos vírus, pois existem bactérias que não podem ser cultivadas em nenhum meio sintético, como o agente da sífilis, riquetsias e as clamídeas. 3- Os vírus contem somente um tipo de acido nucléico (DNA ou RNA) como código genético. O resto de sua composição é proteína ou glicoproteína ou, se o vírus possui envelope, glicolipídeos. * Tamanho dos Vírus * Acido nucléico: pode ser RNA ou DNA, fita simples ou dupla Capsídeo: cobertura protéica, suas unidades são os capsômeros. Envelope: combinação de lipídeos, proteínas e carboidratos. Espículas : quando presentes, são complexos carboidrato-proteína que se projetam da superfície do envelope. A estrutura viral elementar se baseia em ácidos nucléicos envoltos por uma cobertura protéica * Estrutura básica * * Estrutura Viral - Funções Ácido Nucléico: especificidade viral informação genética infecciosidade Capsídeo: proteção antogenicidade/imunogenicidade Envelope: proteção antigenicidade/imunogenicidade Espículas: H (hemaglutinina) – adsorção N (neuraminidase) – adsorção/penetração F (fusão) - fusão * Características Distintivas Tipo de material genético (DNA ou RNA) Tamanho e Forma Natureza do envoltório (com ou sem envelope) Genoma muito simples * Capsídeo Proteínas codificadas pelo genoma viral (protômeros); Proteção e rigidez; Simetria: Icosaédrica Helicoidal Complexa * * * Vírus Helicoidais Vírus Poliédricos Vírus Envelopados Vírus Complexos Viróides* Principais Grupos * Vírus Helicoidais: Podem ser rígidos ou flexíveis. Ex. vírus relacionados à febre hemorrágica. Vírus Helicoidais * Mastadenovirus; Aviadenovirus Não envelopados: maior resistência às condições ambientais Infectam animais, vegetais e bactérias Vírus Poliédricos * Vírus Envelopado (helicoidal) Envelope: é comum em vírus animais, incomum nos fitopatógenos. * Vírus Complexos Os poxvírus não têm capsídeo claramente identificável, tendo várias coberturas ao redor do ácido nucléico Bacteriófago T-pares * Segmentos de RNA extremamente diminutos, circulares, patogênicos para plantas; Similares aos vírus de RNA, mas desprovidos de capsídeo; Viróides * Viróides * Replicação Viral Dependente de organelas e enzimas do hospedeiro Geralmente promove a morte e lise da célula hospedeira → ciclo lítico Estágios do ciclo lítico Adsorção Penetração Direta – injeção do material genético Fusão com a membrana Endocitose Síntese Montagem Liberação * Replicação de Bacteriófagos * Penetração Direta * * Entrada e Desnudamento * * Ciclo Lítico - Bacteriófago * * * Ciclo Lisogênico * DNA do fago Cromossoma bacteriano profago divisão celular Bactéria lisogênica Lise Ciclo lisogênico profago lise Bactéria lisogênica Indução do ciclo lítico por excisão do DNA do fago do cromossoma bacteriano Lise Ciclo lítico * Replicação de Vírus - Animais Semelhante ao ciclo lítico de bacteriófagos Diferenças: presença de envelope em alguns vírus compartimentalização da célula hospedeira ausência de parede celular na célula hospedeira * Ciclo Viral * Síntese Várias estratégias, dependendo do material genético e da localização do vírus Montagem e liberação A maioria dos vírus de DNA faz a montagem no núcleo, sendo então liberada no citoplasma A maioria dos vírus de RNA se desenvolve no citoplasma A quantidade de partículas produzidas é variável Liberação com ou sem lise * Herpes Simplex Tipo I * Liberação de Vírus Envelopados por Brotamento * Brotamento * * Latência de Vírus de Animais Permanecem dormentes nas células hospedeiras por anos, sem atividade e sintomas ou sinais. Muitos não se incorporam ao cromossomo. * * Cultura de Células Preparação da amostra; Inoculação na cultura celular; Manutenção da cultura inoculada; Detecção do crescimento viral * * Detecção de Células Infectadas por Vírus Desenvolvimento de efeitos citopáticos; Aparecimento de uma proteína codificada pelo vírus; Adsorção de eritrócitos as células infectadas; Transformação morfológica por um vírus oncogênico. * * Efeito Citopático Alterações morfológicas nas células. Podendo ser: lise ou necrose celular formação de inclusões formação de células gigantes vacuolização citoplasmática * * Lise Celular Cultura não infectada Cultura infectada * * Cultura não-infectada Cultura infectada Fonte:http://i2.r7.com/data/files Fonte:http://i2.r7.com/data/files Lise Celular * * Fonte:http://i2.r7.com/data/files * * O efeito citopático é demonstrado nesta imagem, com a presença de uma célula gigante multinucleada, resultante da fusão de várias células infectadas por um vírus, denominado sincício. Célula Gigante - Multinucleada * * Célula Gigante - Multinucleada * * Células Arredondadas * * Núcleos Picnóticos * * Adsorção de eritrócitos as células infectadas Denominada hemodsorção, devido a presença de hemaglutinina codificada pelo vírus nas membranas celulares. Adição de meios de cultura de eritrócitos na pesquisa de glicoproteína do tipo hemaglutininas. * * Formação de Corpúsculos de Inclusão Durante a multiplicação dos vírus no interior das células, pode-se verificar a produção de estruturas especificas do vírus – corpúsculos de inclusão. Podem-se encontrar no núcleo, no citoplasma ou em ambos. * * Corpúsculos de Inclusão * * Lesão Cromossômica Uma das conseqüências da infecção de células por determinados vírus consiste na desorganização do cariótipo. As alterações observadas são randômicas. Fonte:http://i2.r7.com/data/files Podem ocorrer: ruptura, fragmentação rearranjos dos cromossomos cromossomos anormais alterações no numero de cromossomos. * * Referências Bibliográficas SANTOS, N.S.O.; ROMANOS, M.T.V.; WIGG, M.D.; Introdução à Virologia Humana; RJ: Editora: Guanabara Koogan, 2002. TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L.; Microbiologia; 6ª edicão; RS: Editora: ARTMED, 2000. TRABULSI, L.R., ALTERTHUM F, GOMPERTZ OF, CANDEIAS JA. Microbiologia. 4ª. ed., Ed. Atheneu, 2004. * * * * * * * * * * Figure: Figure 09-03 Caption: Comparison of naked and enveloped virus, two basic types of virus particles. * * * * * * * Figure: Figure 09-22a Caption: The shapes and relative sizes of vertebrate viruses of the major taxonomic groups. The hepadnavirus genome has one complete DNA strand and part of its complement. * * Figure: Figure 09-22b Caption: The shapes and relative sizes of vertebrate viruses of the major taxonomic groups. The hepadnavirus genome has one complete DNA strand and part of its complement. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * a completa desintegração da camada celular
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