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3 Princípios Administrativos

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PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS 
PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS 
 
 Princípios administrativos são os postulados 
fundamentais que inspiram todo o modo de agir 
da Administração Pública. 
 Representam cânones pré-normativos, norteando 
a conduta do Estado quando no exercício de 
atividades administrativas. 
 Bem observa CRETELLA JÚNIOR que não se 
pode encontrar qualquer instituto do Direito 
Administrativo que não seja informado pelos 
respectivos princípios. 
 
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Os princípios 
administrativos 
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PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS 
 Por ter a Constituição Federal enunciado alguns 
princípios básicos para a Administração, vamos 
considerá-los expressos para distingui-los 
daqueles outros que, não o sendo, são aceitos 
pelos publicistas, e que denominaremos de 
reconhecidos. 
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Os princípios 
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PRINCÍPIOS EXPRESSOS 
 
 A Constituição destinou um capítulo à 
Administração Pública (Capítulo VII do Título 
III). 
 Art. 37, deixou expressos os princípios a serem 
observados por todas as pessoas administrativas 
de qualquer dos entes federativos. 
 Convencionamos denominá-los de princípios 
expressos exatamente pela menção 
constitucional. 
 
IMPORTANTE: 
 Os princípios revelam as diretrizes fundamentais da 
Administração, de modo que só se poderá considerar 
válida a conduta administrativa se estiver compatível 
com eles. 
 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
 O princípio da legalidade é certamente a diretriz 
básica da conduta dos agentes da Administração. 
 Significa que toda e qualquer atividade 
administrativa deve ser autorizada por lei. Não o 
sendo, a atividade é ilícita. 
 
 
 
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Lei 
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DESTAQUE: 
 
 
 
 
 Todos os agentes públicos, desde o que lhe ocupe 
a cúspide até o mais modesto deles, devem ser 
instrumentos de fiel e dócil realização das 
finalidades normativas". 
 
DOUTRINA: 
 
 
 Na clássica e feliz comparação de HELY LOPES 
MEIRELLES, enquanto os indivíduos no campo 
privado podem fazer tudo o que a lei não veda, o 
administrador público só pode atuar onde a lei 
autoriza. 
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE 
www.google.com.br 
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE 
 
 
 
 
 Impessoal é "o que não pertence a uma pessoa em 
especial", ou seja, aquilo que não pode ser voltado 
especialmente a determinadas pessoas. 
 
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE 
 
 
 NOTA: Assim, portanto, deve ser encarado o 
princípio da impessoalidade: a Administração há 
de ser impessoal, sem ter em mira este ou aquele 
indivíduo de forma especial. 
 
PRINCÍPIO DA MORALIDADE 
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PRINCÍPIO DA MORALIDADE 
 
 
 
 O princípio da moralidade impõe que o 
administrador público não dispense os preceitos 
éticos que devem estar presentes em sua conduta. 
Deve não só averiguar os critérios de 
conveniência, oportunidade e justiça em suas 
ações, mas também distinguir o que é honesto do 
que é desonesto. 
 
A FALTA DE MORALIDADE ADMINISTRATIVA PODE AFETAR 
VÁRIOS ASPECTOS DA ATIVIDADE DA ADMINISTRAÇÃO. 
 Instrumentos de proteção à moralidade 
administrativa: 
 
 Lei nº 8.429, de 2.6.1992; 
 
 Ação Popular, contemplada no art. 5º, LXXIII; 
 
 Ação Civil Pública promovida pelo Ministério 
Público; 
 
 Resolução nº 7 de 18 de outubro de 2005 CNJ. 
 
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Princípio 
www.google.com.br 
LEI Nº 8.429, DE 2.6.1992 
 Prevê as hipóteses configuradoras da falta de 
probidade na Administração; 
 Estabelece as sanções aplicáveis a agentes 
públicos e a terceiros, quando responsáveis por 
esse tipo ilegítimo de conduta; 
 Contempla os instrumentos processuais 
adequados à proteção dos cofres públicos, 
admitindo, entre outras: 
 Ações de natureza cautelar de seqüestro de bens; 
 bloqueio de contas bancárias e aplicações 
financeiras; 
 a ação principal de perdimento de bens. 
AÇÃO POPULAR 
 Contemplada no art. 5º, LXXIII, da CF. 
 Regulamentada pela Lei nº 4.717, de 29.6.1965. 
 
 
 Qualquer cidadão pode deduzir a pretensão de 
anular atos do Poder Público contaminados de 
imoralidade administrativa. 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
 Prevista no art. 129, III, da CF como uma das 
funções institucionais do Ministério Público. 
 Regulamentada pela Lei nº 7.347, de 24.7.1985, 
como outro dos instrumentos de proteção à 
moralidade administrativa. 
 A Lei Orgânica do Ministério Público (Lei nº 
8.625, de 12.2.1993) consagra: 
 A defesa da moralidade administrativa pela Ação 
Civil Pública promovida pelo Ministério Público. 
RESOLUÇÃO Nº 7, DE 18 DE OUTUBRO DE 
2005 CNJ 
 
 
 
 
 Vedação a prática do nepotismo 
 
RESOLUÇÃO Nº 7 
 
 
 Ficou proibida a nomeação para cargos em 
comissão ou funções gratificadas de cônjuge (ou 
companheiro) ou parente em linha direta ou por 
afinidade, até o terceiro grau inclusive, de 
membros de tribunais, juízes e servidores 
investidos em cargos de direção ou 
assessoramento, estendendo-se a vedação à 
ofensa por via oblíqua, concretizada pelo 
favorecimento recíproco, ou por cruzamento. 
 
RESOLUÇÃO Nº 7 
 
 
 Excetuam-se da vedação para tais hipóteses, é 
claro, os casos em que a nomeação recai sobre 
cônjuge ou parente que ocupam cargos efetivos 
por efeito de aprovação em concurso público. 
Ainda assim, porém, não podem exercer funções 
com subordinação direta ao juiz ou à autoridade 
administrativa aos quais estejam vinculados por 
matrimônio, união estável ou parentesco. 
RESOLUÇÃO Nº 7 
 A vedação atinge, da mesma forma, a contratação 
temporária por prazo determinado das mesmas 
pessoas; 
 Ficou vedada, ainda, a contratação de prestação 
de serviço com empresa que tenha entre seus 
empregados cônjuges ou parentes de juízes e de 
titulares de cargos de direção e assessoramento. 
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Diversas Faces 
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SÚMULA VINCULANTE Nº 13 
 Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, 
companheiro ou parente em linha reta, colateral 
ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da 
autoridade nomeante ou de servidor da mesma 
pessoa jurídica investido em cargo de direção, 
chefia ou assessoramento, para o exercício de 
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de 
função gratificada na administração pública 
direta e indireta em qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, compreendido o ajuste mediante 
designações recíprocas, viola a Constituição 
Federal. 
OBSERVAÇÃO: 
 
 Ficaram, porém, fora da proibição as nomeações 
de parente para cargos políticos, como os de 
Ministro ou Secretário Estadual ou Municipal, e 
isso em virtude de terem esses cargos natureza 
eminentemente política, diversa, portanto, da que 
caracteriza os cargos e funções de confiança em 
geral, os quais têm feição nitidamente 
administrativa. 
DOUTRINA: 
 
 “ Sendo assim, será lícito que Governador nomeie 
irmão para o cargo de Secretário de Estado, ou 
que Prefeito nomeie sua filha para o cargo de 
Secretária Municipal de Educação. De qualquer 
modo, devem ser evitadas tais nomeações, se 
possível: independentemente da natureza política 
dos cargos, sempre vai pairar uma suspeita de 
favorecimentoilegítimo”. 
 
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
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PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
 Indica que os atos da Administração devem 
merecer a mais ampla divulgação possível entre 
os administrados. 
 
 É para observar esse princípio que os atos 
administrativos são publicados em órgãos de 
imprensa ou afixados em determinado local das 
repartições administrativas, ou, ainda, mais 
modernamente, divulgados por outros 
mecanismos integrantes da tecnologia da 
informação, como é o caso da Internet. 
 
O PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE PODE SER CONCRETIZADO 
POR ALGUNS INSTRUMENTOS JURÍDICOS ESPECÍFICOS: 
 
 
 o direito de petição pelo qual os indivíduos podem 
dirigir-se aos órgãos administrativos para 
formular qualquer tipo de postulação (art. 5º, 
XXXIV, "a", CF); 
 
 as certidões (registram a verdade de fatos 
administrativos), (art. 5º, XXXIV, "b", CF); e 
 
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Transparência 
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LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO 
 Lei nº 12.527, de 18.11.2011. 
 
 Incidência sobre a União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios. 
 
 Passou a regular tanto o direito à informação, 
quanto o direito de acesso a registros e 
informações nos órgãos públicos. 
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA 
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PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA: 
 A EC nº 19/1998 (As regras relativas ao projeto 
de reforma do Estado); 
 
 Art. 37. 
 
 Denominado de "qualidade do serviço prestado” 
 
 
DESTAQUE: 
 
 
 O núcleo do princípio é a procura de 
produtividade e economicidade e, o que é mais 
importante, a exigência de reduzir os 
desperdícios de dinheiro público, o que impõe a 
execução dos serviços públicos com presteza, 
perfeição e rendimento funcional. 
 
2- PRINCÍPIOS RECONHECIDOS 
 
2- PRINCÍPIOS RECONHECIDOS 
 
 
 
 Além dos princípios expressos, a Administração 
Pública ainda se orienta por outras diretrizes que 
também se incluem em sua principiologia, e que 
por isso são da mesma relevância que aqueles. 
 
2.1- PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO 
INTERESSE PÚBLICO 
 
 As atividades administrativas são desenvolvidas 
pelo Estado para benefício da coletividade. 
Mesmo quando age em vista de algum interesse 
estatal imediato, o fim último de sua atuação 
deve ser voltado para o interesse público. E se, 
como visto, não estiver presente esse objetivo, a 
atuação estará inquinada de desvio de finalidade. 
 
IMPORTANTE: 
 Desse modo, não é o indivíduo em si o 
destinatário da atividade administrativa, mas 
sim o grupo social num todo. 
 
 O indivíduo tem que ser visto como integrante da 
sociedade, não podendo os seus direitos, em 
regra, ser equiparados aos direitos sociais. 
 
EXEMPLOS: 
 
 
 A aplicação do princípio da supremacia do 
interesse público, por exemplo, na 
desapropriação, em que o interesse público 
suplanta o do proprietário; ou no poder de polícia 
do Estado, por força do qual se estabelecem 
algumas restrições às atividades individuais. 
 
2.2- PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA 
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 PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA ! 
 
 A Administração Pública comete equívocos no 
exercício de sua atividade, o que não é nem um 
pouco estranhável em vista das múltiplas tarefas 
a seu cargo. 
 
 Defrontando-se com esses erros, no entanto, pode 
ela mesma revê-los para restaurar a situação de 
regularidade. 
DESTAQUE: 
 
 
 Restaurando a situação de regularidade a 
Administração observa o princípio da legalidade, 
do qual a autotutela é um dos mais importantes 
corolários. 
 
IMPORTANTE: 
 
 Não precisa, portanto, a Administração ser 
provocada para o fim de rever seus atos. Pode 
fazê-lo de ofício. Aliás, não lhe compete apenas 
sanar as irregularidades; é necessário que 
também as previna, evitando-se reflexos 
prejudiciais aos administrados ou ao próprio 
Estado. 
IMPORTANTE: 
 Registre-se, ainda, que a autotutela envolve 
dois aspectos quanto à atuação 
administrativa: 
 1. Aspectos de legalidade, em relação aos quais a 
Administração, de ofício, procede à revisão de 
atos ilegais; e 
 2. aspectos de mérito, em que reexamina atos 
anteriores quanto à conveniência e oportunidade 
de sua manutenção ou desfazimento. 
 
OBSERVAÇÃO: 
 A capacidade de autotutela está hoje consagrada, 
sendo, inclusive, objeto de firme orientação do 
Supremo Tribunal Federal, que a ela faz referência 
nas clássicas Súmulas 346 e 473. 
 
 
Súmula 346: A Administração Pública pode declarar a 
nulidade dos seus próprios atos. 
 
 Súmula 473: "A administração pode anular seus 
próprios atos quando eivados de vícios que os tornam 
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou 
revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e 
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial." 
2.3- PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE 
 
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2.3- PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE 
 
 
 
 Os bens e interesses públicos não pertencem à 
Administração nem a seus agentes. Cabe-lhes 
apenas geri-los, conservá-los e por eles velar em 
prol da coletividade, esta sim a verdadeira titular 
dos direitos e interesses públicos. 
 
 
 
2.4- PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
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DESTAQUE: 
 Os serviços públicos buscam atender aos 
reclamos dos indivíduos em determinados setores 
sociais. Tais reclamos constituem muitas vezes 
necessidades prementes e inadiáveis da 
sociedade. A consequência lógica desse fato é a de 
que não podem os serviços públicos ser 
interrompidos, devendo, ao contrário, ter normal 
continuidade. 
APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO 
 Direito de Greve 
 
 Mesmo no setor privado, o Constituinte, embora 
tenha reconhecido o direito de greve para os 
trabalhadores, ressalvou no art. 9º, § 1 º: “ A lei 
definirá os serviços ou atividades essenciais e 
disporá sobre o atendimento das necessidades 
inadiáveis da comunidade." Tudo isso mostra a 
preocupação de não ocasionar solução de 
continuidade nos serviços públicos. 
 
OBSERVAÇÃO: 
 
 É evidente que a continuidade dos serviços 
públicos não pode ter caráter absoluto, embora 
deva constituir a regra geral. Existem certas 
situações específicas que excepcionam o princípio, 
permitindo a paralisação temporária da 
atividade, como é o caso da necessidade de 
proceder a reparos técnicos ou de realizar obras 
para a expansão e melhoria dos serviços. 
2.5 - PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA 
(PROTEÇÃO À CONFIANÇA) 
 
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IMPORTANTE: 
 o princípio em tela comporta dois vetores básicos 
quanto às perspectivas do cidadão. De um lado, a 
perspectiva de certeza, que indica o conhecimento 
seguro das normas e atividades jurídicas, e, de 
outro, a perspectiva de estabilidade, mediante a 
qual se difunde a idéia de consolidação das ações 
administrativas e se oferece a criação de novos 
mecanismos de defesa por parte do administrado, 
inclusive alguns deles, como o direito adquirido e 
o ato jurídico perfeito, de uso mais constante no 
direito privado. 
 
IMPORTANTE: 
 Os princípios da segurança jurídica e da proteção 
à confiança passaram a constar de forma 
expressa no art. 54, da Lei nº 9.784, de 29.1.1999, 
nos seguintes termos: "O direito da 
Administração de anular os atos administrativos 
de que decorram efeitos favoráveis para os 
destinatários decai em 5 (cinco) anos, contados dadata em que foram praticados, salvo comprovada 
má-fé". A norma, como se pode observar, conjuga 
os aspectos de tempo e boa-fé, mas se dirige 
essencialmente a estabilizar relações jurídicas 
pela convalidação de atos administrativos 
inquinados de vício de legalidade. 
 
2.6- PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO 
 
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VISÃO GERAL 
 Consiste em evitar a catástrofe antes que 
ela ocorra. 
 
 Origem no âmbito do Direito Ambiental 
 
 Significa que, em caso de risco de danos 
graves e degradação ambientais, medidas 
preventivas devem ser adotadas de 
imediato, ainda que não haja certeza 
científica absoluta, fator este que não pode 
justificar eventual procrastinação das 
providências protetivas. 
3- O PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE 
 
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O QUE É RAZOABILIDADE ? 
 Razoabilidade é a qualidade do que é razoável, ou 
seja, aquilo que se situa dentro de limites 
aceitáveis, ainda que os juízos de valor que 
provocaram a conduta possam dispor-se de forma 
um pouco diversa. 
IMPORTANTE: 
 O princípio da razoabilidade tem que ser 
observado pela Administração à medida que sua 
conduta se apresente dentro dos padrões normais 
de aceitabilidade. Se atuar fora desses padrões, 
algum vício estará, sem dúvida, contaminando o 
comportamento estatal. Significa dizer, por fim, 
que não pode existir violação ao referido princípio 
quando a conduta administrativa é inteira- 
mente revestida de licitude. 
 
4- O PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE 
 
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O QUE SIGNIFICA ? 
 Significa que o Poder Público, quando intervém 
nas atividades sob seu controle, deve atuar 
porque a situação reclama realmente a 
intervenção, e esta deve processar-se com 
equilíbrio, sem excessos e proporcionalmente ao 
fim a ser atingido. 
 
PARA QUE A CONDUTA ESTATAL OBSERVE O PRINCÍPIO DA 
PROPORCIONALIDADE, HÁ DE REVESTIR-SE DE TRÍPLICE FUNDAMENTO: 
 1) adequação - o meio empregado na atuação 
deve ser compatível com o fim colimado; 
 2) exigibilidade - o meio escolhido é o que causa o 
menor prejuízo possível para os indivíduos; 
 3) proporcionalidade em sentido estrito - quando 
as vantagens a serem conquistadas superarem as 
desvantagens. 
NOTA: 
 
 
 “Examinada, conquanto em síntese, a fisionomia 
dos princípios da razoabilidade e da 
proporcionalidade, chega-se à conclusão de que 
ambos constituem instrumentos de controle dos 
atos estatais abusivos, seja qual for a sua 
natureza. ” 
PRINCÍPIOS IMPORTANTES 
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PRINCÍPIO DA CELERIDADE PROCESSUAL 
 
 
 
 
 (art. 5º, LXXVIII, da CF): assegura a todos, nos 
âmbitos judicial e administrativo, a razoável 
duração do processo e os meios que garantam 
celeridade na sua tramitação; 
 
PRINCÍPIO DA OBRIGATÓRIA MOTIVAÇÃO 
 
 O princípio da obrigatória motivação impõe à 
Administração Pública o dever de indicação dos 
pressupostos de fato e de direito que 
determinaram a prática do ato (art. 2º, parágrafo 
único, VII, da Lei n. 9.784/99). Assim, a validade 
do ato administrativo está condicionada à 
apresentação por escrito dos fundamentos fáticos 
e jurídicos justificadores da decisão adotada. 
 Trata-se de um mecanismo de controle sobre a 
legalidade e legitimidade das decisões da 
Administração Pública. 
 
PRINCÍPIO DA FINALIDADE 
 
 O princípio da finalidade está definido no art. 2º, 
parágrafo único, II, da Lei n. 9.784/99, como o 
dever de “atendimento a fins de interesse geral, 
vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou 
competências, salvo autorização em lei”. 
 Seu conteúdo obriga a Administração Pública a 
sempre agir, visando a defesa do interesse 
público primário. Em outras palavras, o princípio 
da finalidade proíbe o manejo das prerrogativas 
da função administrativa para alcançar objetivo 
diferente daquele definido na legislação. 
 
PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE 
 
 
 Estabelece o art. 37, § 6º, da Constituição 
Federal: “As pessoas jurídicas de direito público e 
as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus 
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa”. 
IMPORTANTE: 
 O referido dispositivo enuncia o princípio da 
responsabilidade, estabelecendo para o Estado o 
dever de indenizar particulares por ações e 
omissões de agentes públicos que acarretam 
danos aos administrados. No exercício da função 
administrativa, a atuação dos agentes públicos é 
imputada à pessoa jurídica estatal a que estão 
ligados, razão pela qual, em princípio, cabe ao 
Estado reparar os prejuízos decorrentes do 
comportamento de seus agentes. Somente em 
sede de ação regressiva é que o agente poderá ser 
responsabilizado. 
 
PRINCÍPIO DA BOA ADMINISTRAÇÃO 
 
 O princípio da boa administração impõe o dever 
de, diante das diversas opções de ação definidas 
pela lei para prática de atos discricionários, a 
Administração Pública adotar a melhor solução 
para a defesa do interesse público. De acordo com 
Celso Antônio Bandeira de Mello, o princípio da 
eficiência é um desdobramento do dever maior de 
boa administração. 
 
PRINCÍPIO DO CONTROLE JUDICIAL OU DA 
SINDICABILIDADE 
 
 Preceitua que o Poder Judiciário detém ampla 
competência para investigar a legitimidade dos 
atos praticados pela Administração Pública, 
anulando-os em caso de ilegalidade (art. 5º, 
XXXV, da CF: “a lei não excluirá da apreciação do 
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”). 
 
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE 
LEGITIMIDADE 
 
 Como são praticados exclusivamente com a 
finalidade de aplicação da lei, os atos 
administrativos beneficiam-se da legitimação 
democrática conferida pelo processo legislativo. 
Assim, os atos administrativos são protegidos por 
uma presunção relativa (juris tantum) de que 
foram praticados em conformidade com o 
ordenamento jurídico. Por isso, até prova em 
contrário, os atos administrativos são 
considerados válidos para o Direito, cabendo ao 
particular o ônus de provar eventual ilegalidade 
na sua prática. 
 
PRINCÍPIO DA ISONOMIA 
 
 O princípio da isonomia é preceito fundamental 
do ordenamento jurídico que impõe ao legislador 
e à Administração Pública o dever de dispensar 
tratamento igual a administrados que se 
encontram em situação equivalente. Exige, desse 
modo, uma igualdade na lei e perante a lei. Atos 
administrativos e leis não podem desatender a 
esse imperativo de tratamento uniforme. 
 
IMPORTANTE: 
 Seu fundamento constitucional é o art. 5º, caput, 
da Constituição Federal: “Todos são iguais 
perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade. 
PRINCÍPIO DA HIERARQUIA 
 
 Estabelece as relações de coordenação e 
subordinação entre órgãos da Administração 
Pública Direta. 
 
 A hierarquia é princípio imprescindível para a 
organização administrativa. De acordo com Maria 
Sylvia Zanella Di Pietro, “a subordinação 
hierárquica só existe relativamente às funções 
administrativas, não em relação às legislativas e 
judiciais”. 
 
OUTROS PRINCÍPIOS 
 
 Republicano (art. 1º, caput, da CF): reforça a 
idéia da Administração como simples gestora, e 
não titular, dos interesses públicos, assim 
considerados aqueles que transcendem os 
interessesindividuais e coletivos. 
 
 Democrático (art. 1º, caput, da CF): as decisões 
tomadas pelo Poder Público devem sempre estar 
legitimadas pelo consentimento popular, 
considerando a vontade política primária; 
 
 
 
CONTINUAÇÃO 
 Dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF): 
afirma o postulado da supremacia do homem 
sobre tudo aquilo por ele criado e enfatiza a 
obrigatoriedade de observância, nas atividades 
da Administração Pública, dos direitos 
fundamentais; 
 
 Realidade: os atos praticados pela Administração 
Pública devem ter sujeito, motivo, objeto e 
resultado reais; 
 
CONTINUAÇÃO 
 Responsividade: a Administração deve reagir 
adequadamente às demandas da sociedade; 
 Sindicabilidade: todas as lesões ou ameaças a 
direito, no exercício da função administrativa, 
estão sujeitas a algum mecanismo de controle; 
 
 Sancionabilidade: o Direito Administrativo 
reforça o cumprimento de comandos jurídicos por 
meio da previsão de sanções para encorajar ou 
desencorajar determinadas condutas, utilizando 
sanções premiais (benefícios) ou sanções aflitivas 
(punitivas) em resposta à violação das normas; 
CONTINUAÇÃO 
 Ponderação: é o método para solução de conflitos 
entre princípios administrativos por meio de um 
processo de harmonização entre os respectivos 
conteúdos valorativos; 
 
 Subsidiariedade: prescreve o escalonamento de 
atribuições entre os indivíduos e órgãos político- 
sociais. Em princípio, cabe aos indivíduos decidir 
e agir na defesa de seus interesses pessoais, 
restando ao Estado a proteção precípua dos 
interesses coletivos; 
 
CONTINUAÇÃO 
 Consensualidade: favorece a utilização da 
conciliação, mediação e arbitragem como meios 
alternativos de tomada de decisão na esfera 
administrativa; 
 
 Monocrático: fundamenta as decisões unipessoais 
da Administração, mais apropriadas, devido à 
sua rapidez, para soluções in concreto. As 
decisões monocráticas são maioria no Direito 
Administrativo brasileiro; 
 
CONTINUAÇÃO 
 Colegiado: é o fundamento das decisões tomadas 
por órgãos coletivos da Administração Pública, 
como os tribunais de impostos e taxas; 
 Coerência: impõe ao poder central o dever de 
harmonizar divergências entre órgãos de uma 
mesma pessoa administrativa quanto ao modo de 
interpretar ou aplicar disposições normativas a 
casos similares.

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