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O labirinto da hipermídia – arquitetura e navegação no ciberespaço - Lucia Leao

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O labirinto da hipermídia: O labirinto da hipermídia: 
it t ãit t ãarquitetura e navegação no arquitetura e navegação no 
ciberespaçociberespaçociberespaçociberespaço
Lúcia LeãoLúcia Leão
Dissertação Dissertação 
Programa de Estudos PósPrograma de Estudos Pós--Graduados em Comunicação e SemióticaGraduados em Comunicação e Semiótica
P tifí i U i id d C tóli d Sã P lP tifí i U i id d C tóli d Sã P lPontifícia Universidade Católica de São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo
19971997
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Departamento de Ciência da Departamento de Ciência da 
Informação e DocumentaçãoInformação e Documentação
O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
EquipeEquipe
Ana Valéria Machado Mendonça 
valeriamendonca@unb brvaleriamendonca@unb.br
Capítulo 1 - Características da hipermídia 
Lillian Alvares
lillian@sct embrapa brlillian@sct.embrapa.br
Capítulo 2 - A complexidade da hipermídia
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Informação e DocumentaçãoInformação e Documentação
O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
Contextualização da DissertaçãoContextualização da Dissertação
Área de Concentração: Signo e Significação nas MídiasÁrea de Concentração: Signo e Significação nas Mídias
Linhas de Pesq isaLinhas de Pesquisa:
Fundamentos Conceituais da Semiótica e da Comunicação e Linguagens e Processos 
Psicossociais nas Mídias
Área de Concentração: Intersemiose na Literatura e nas ArtesÁrea de Concentração: Intersemiose na Literatura e nas Artes
Linhas de Pesquisa:
Literatura: Intertextualidade e Hipertextualidade e Linguagens da arte e artemídia
Área de Concentração: Tecnologias da InformaçãoÁrea de Concentração: Tecnologias da Informação
Linhas de Pesquisa:
Cognição e Informação e Tecnoculturas
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
OrigemOrigem
™™ Um trabalho poético em hipermídia. Durante a pesquisa surgiu a idéia Um trabalho poético em hipermídia. Durante a pesquisa surgiu a idéia 
de explorar a metáfora do labirinto. de explorar a metáfora do labirinto. 
™™ Ela pensou em como o “Ela pensou em como o “mito e a matemática do labirinto poderiam mito e a matemática do labirinto poderiam 
ili it d d d lid d ltidi i lili it d d d lid d ltidi i lauxiliar na empreitada de compreender a realidade multidimensional auxiliar na empreitada de compreender a realidade multidimensional 
que os sistemas de hipermídia nos oferecemque os sistemas de hipermídia nos oferecem”.”.
™™ O percurso intelectual ocorre em duas direções paradoxaisO percurso intelectual ocorre em duas direções paradoxais ee™™ O percurso intelectual ocorre em duas direções paradoxais O percurso intelectual ocorre em duas direções paradoxais ee
aparentemente contraditórias: aparentemente contraditórias: uma uma em direção aos processos em direção aos processos 
tecnológicos do futuro tecnológicos do futuro e outra e outra em direção às formas mitológicas do em direção às formas mitológicas do 
passadopassadopassado.passado.
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
™Lucia Leão é artista multidisciplinar e pesquisadora em novas 
tecnologias. Nascida em São Paulo em 1963, vem de uma sólida 
formação e carreira em Artes Plásticas tendo realizado váriasformação e carreira em Artes Plásticas, tendo realizado várias 
exposições individuais e coletivas. 
™Após a conclusão de seu Bacharelado em Artes Plásticas na™Após a conclusão de seu Bacharelado em Artes Plásticas na 
Faculdade Santa Marcelina, iniciou uma série de cursos na Pós 
Graduação da Escola de Comunicações e Arte da Universidade 
de São Paulo ECA/USP Realizou seu Mestrado e Doutorado emde São Paulo, ECA/USP. Realizou seu Mestrado e Doutorado em 
Comunicação e Semiótica na Pontifícia Universidade Católica de 
São Paulo, Brasil – PUC/SP. 
™Sua dissertação Labirinto 1. A arquitetura da hipermídia foi 
um trabalho interdisciplinar sobre a tecnologia hipermidiática e 
estruturas labirínticas Sua tese Labirinto 2 Hipermídia e Arteestruturas labirínticas. Sua tese, Labirinto 2. Hipermídia e Arte, 
é um mergulho teórico e prático em tópicos labirínticos dos 
antigos mitos, arquitetura, física, matemática e trabalhos artísticos 
na WWW e CD ROM
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na WWW e CD-ROM.
O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
Capítulo 1
Características da hipermídia
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
HipertextoHipertexto
O hipertexto diferencia-se do texto tradicional basicamente pelo uso de duas 
t testruturas: 
¾A não-linearidade;
¾A associação entre conteúdos relacionados. 
Em 1945, Bush já se preocupava com o 
hipertexto, que teve em Landow [1995], 
professor de inglês e história da arte na 
B U i it P idBrown University, em Providence, nos 
Estados Unidos, 50 anos depois, a 
reafirmação do conceito do termo, agora 
já inserido na realidade tecnológica dajá inserido na realidade tecnológica da 
Internet.
“ t t t f t d t i d l t tit ti (“o texto apresenta-se fragmentado, atomizado em seus elementos constitutivos (em 
lexias ou blocos de texto), e essas unidades legíveis passam a ter vida própria ao se 
tornarem menos dependentes do que vem antes ou depois na sucessão linear”. 
(Landow 1992: 52) p 29
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(Landow, 1992: 52). p. 29.
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Lexias e Links
Hipertexto – é composto por blocos de informações e por vínculosHipertexto é composto por blocos de informações e por vínculos 
eletrônicos (Links). Os blocos são denominados lexias.
Barthes foi quem primeiro designouq p g
o termo, usado depois por Landow.
Lexia – é o ponto onde se está antes de seguir um link. Pode ser 
formada por textos, imagens, vídeos, ícones, botões, sons, narrações, 
etc.
Variações da lexia:
¾ Quanto aos limites que a lexia pode adquirir;
¾ Presença ou não de diferentes graus de hierarquia na organização e 
concepção das lexias;
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¾ Os tipos de relacionamentos que podem ocorrer entre diferentes lexias.
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Lexias e Links
Sã li k ó ibilit l i t t l iSão os links ou nós que possibilitam o relacionamento entre as lexias.
Obs.:
¾ O excesso ou o extrapolar de páginas na Web faz com que haja uma 
série de links para outros links. Além da sensação de vazio, essa p ç
construção acaba por levar ao que se denomina “desmaterialização da 
lexia”.
¾ A presença da lexia impõe um tipo de construção textual sintética, na 
qual se pode começar a ler o texto de qualquer ponto do sistema.qual se pode começar a ler o texto de qualquer ponto do sistema.
¾ Esse fato acarreta uma das características mais marcantes do 
hi d f d i d
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hipertexto, a de ser um texto fragmentado e atomizado.
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™“Na leitura através do monitor do computador, perdemos a percepção 
física e espacial e não temos como conceber a imagem do texto como um 
todo”. (Leão p. 29)
™Sobre isso, Steven Johnson atribui a facilidade desse
tipo de leitura graças a Interface, que se refere aos 
à ásoftwares que dão forma à interação entre usuário e 
computador.
™ “A i t f t é i d t d t ™ “A interface atua como uma espécie de um tradutor, 
mediando entre as duas partes, tornando acessível 
para a outra”. (Johnson p. 17) 
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Tipos de Links
Di i i l l it t é d t i d l tDirecionais – levam o leitor a um ponto pré-determinado pelo autor.
Disjuntivos – ao clicar sobre o termo, o usuário é levado para outro ponto 
do sistema.
Conjuntivos – traduzem o sentido de simultaneidade e possibilitam o leitor 
a continuar na página e, ao mesmo tempo, acessar uam informação 
adicional.
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Johnson também estuda as opções do “surfe” (lexias) da seguinte 
forma:
™ One-to-one (um-um) – cartas, telégrafo e telefone
™ One-to-many (um-muitos) – jornal, rádio, cinema e tv
™ Many-to-many (muitos-muitos) – Internet 
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HipermídiaHipermídia
A hipermídia é uma estrutura tecnológica e também uma linguagem, na qual se 
mesclam interfaces e interações. 
Interatividade
Ocorre num sistema onde há participação ativa do 
á i di i fl d úd
Conectividade
Velocidade e capacidade de conexão
usuário para direcionar o fluxo do conteúdo.
Velocidade e capacidade de conexão.
“No caso específico da hipermídia, podemos pontuar que a obra em si só se torna 
obra no momento em que ela é fruída pelo leitor Enfim a leitura é elemento
“O interesse pelos aspectos qualitativos pelos nós e corredores que se abrem e
obra no momento em que ela é fruída pelo leitor. Enfim, a leitura é elemento 
constitutivo na realização do trabalho”. (Leão p. 34)
O interesse pelos aspectos qualitativos, pelos nós e corredores que se abrem e 
desembocam, passa a ter um valor prioritário na investigação. Afinal, eles é que 
irão definir o potencial interativo e o nível de complexidade dos sistemas”. (Leão 
p 34)
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p. 34)
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Os Conceitos de Interatividade
A palavra "interação" é formada por derivação prefixal através da adição do 
prefixo latino "inter" à palavra "ação". Já “interagir" e “interatividade" são palavras 
formadas através da composição do prefixo "inter" às palavras "agir" e "atividade"formadas através da composição do prefixo "inter" às palavras "agir" e "atividade", 
respectivamente.
John December escritor e professor especializado na área deJohn December, escritor e professor especializado na área de 
publicações online, nas apresentações contidas em seu sítio 
define o termo "Interativo" como:
In – ter – ac - tive \-'rak-tiv\ adj 1: mutually or reciprocally active; 2: of, relating to, 
or being a two-way electronic communication system (as a telephone, cable 
television or a computer) that involves a user’s orders (as for information ortelevision or a computer) that involves a user s orders (as for information or 
merchandise) or responses (as to a poll).
Note-se que a presença marcante do prefixo "inter" nas palavras em questão traz q p ç p p q
consigo o "por em comum", o diálogo que é posto em jogo pelas palavras "ação"
e "atividade". Temos então uma "ação entre entes"; uma relação entre agentes; 
uma ação mútua. 
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
O caráter interativo é elemento constitutivo do processo hipertextual.
O leitor é um construtor de labirintosO leitor é um construtor de labirintos.
Enfim, o caráter interativo é elemento constitutivo do processo 
hipertextual. À medida que a hipermídia se corporificana interface entre os 
nós da rede e as escolhas do leitor este se transforma em uma outranós da rede e as escolhas do leitor, este se transforma em uma outra 
personagem. Dentro dessa perspectiva, minha tese é: o leitor é agora um 
construtor de labirintos. (Leão p. 41)( p )
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
As formas de se associar os conteúdos são categorizadas por George Landow como funções AssimAs formas de se associar os conteúdos são categorizadas por George Landow, como funções. Assim, 
de acordo com sua proposta, podemos categorizar 5 funções hipertextuais:
Intratextualidade: a possibilidade de um texto se complementar com outro dentro do mesmo sítioIntratextualidade: a possibilidade de um texto se complementar com outro, dentro do mesmo sítio, 
criando uma continuidade informativa a partir de textos diferentes, porém comuns segundo uma 
temática ou assunto. 
Intertextualidade: a possibilidade de um texto se complementar com outro só que desta vez em outroIntertextualidade: a possibilidade de um texto se complementar com outro, só que desta vez em outro 
sítio, criando também uma continuidade informativa a partir de textos diferentes, porém comuns 
segundo uma temática ou assunto. 
Multivocalidade: a possibilidade de um texto não ser elaborado por uma pessoa apenas mas daMultivocalidade: a possibilidade de um texto não ser elaborado por uma pessoa apenas, mas da 
complementaridade do trabalho de várias pessoas em função de um, ou vários, assuntos correlatos. 
Esta possibilidade irá permitir que o leitor tenha acesso aos vários lados e versões de um fato, 
enriquecendo seu acesso à leitura e fornecendo-lhe condições de, partindo desta multiplicidade, fazer 
sua própria interpretaçãosua própria interpretação. 
Descentralidade: a possibilidade de "recentralização" do foco de interesse do leitor, a medida que ele 
navega de um texto para outro, mudando o núcleo de ênfase da sua intenção em relação à informação 
que precisa ou desejaque precisa ou deseja. 
Navegabilidade: as várias possibilidades de utilização de recursos que facilitem a navegação e 
localização dos usuários dentro do sítio, como a permanência dos links para as páginas principais em 
todas as páginas mapas do sítio e outros recursos
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todas as páginas, mapas do sítio, e outros recursos. 
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A autoria e o leitor-ativo
Na hipermídia que se observa na Internet têm-se o exemplo de 
autoria com respeito a sítios específicos. 
Na interface entre o leitor autor é que o trabalho amadurece.
O leitor é um operador de multiplicidades e deve proceder de uma 
forma descontínua e multilinear.
Este leitor ativo que a hipermídia requisita é também um arquiteto de 
um labirinto.
O que é o Wiki?
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Os labirintos
Segundo Leão [p. 46-47] existem três tipos de labirintos:
¾ O primeiro seria a arquitetura propriamente dita;p q p p
¾ O segundo é esse espaço que se desdobra. Considera-se uma atualização 
do primeiro.
¾ O terceiro é aquele que surge após a experiência hipermidiática¾ O terceiro é aquele que surge após a experiência hipermidiática.
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Os potenciais hipermidiáticos e a Comunicação Extensivap p ç
Muitos dos trabalhos apresentados na rede não foram 
criados especificamente para ela e, portanto, não 
utilizam os potenciais hipermidiáticos.
A rede tem suas carcterísticas próprias e isto em si pode 
ser visto como um território novo, aberto à exploração.
Quanto a isso Miranda e Simeão [p 20 21] iluminam o contexto ao explicarem aQuanto a isso, Miranda e Simeão [p. 20-21] iluminam o contexto ao explicarem a 
definção da Comunicação Extensiva de forma esclarecedora como:
¾Sistema aberto, cooperativo e de compartilhamento de dados.
¾Processo com fluxo horizontal que tem como objetivo a solução de um problema que atinge emissores 
e receptores de conteúdos.
¾É a comunicação sem regras pré-definidas, sem um padrão fixo, sem fronteiras técnicas ou controle 
que a limite. Há somente uma finalidade a ser cumprida, um designo a ser alcançado e instituído.
¾É a interação de emissores e receptores com uma lógica hipertextual, pontual e objetiva em suas 
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metas, mas efêmera, sem estoques e em constante mutação.
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Interatividade, hipertextualidade e hipermidiação
Para Simeão [2003], a Interatividade é conquistada através de linguagens mais 
abertas e flexíveis, com a disponibilidade de um conjunto de ferramentas, 
produtos e serviços que significarão um maior espaço de armazenagem em 
servidores e bases e uma maior habilidade de editores e autores. 
A Hipertextualidade, por sua vez, proporciona a flexibilidade para a navegação 
de um ponto a outro de uma estrutura na rede.
Finalmente, a Hipermidiação caracteriza-se basicamente pelo emprego de 
recursos de áudio e imagens em movimento (cinéticas) dentro das estruturas dos 
periódicos
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periódicos. 
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Capítulo 2 
A complexidade da hipermídia
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FundamentosFundamentos
™™ NãoNão--LinearidadeLinearidade
™™ Centrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo
T i G l d Si tT i G l d Si t™™ Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos Sistemas
™™ ComplexidadeComplexidade
™™ MultivocalidadeMultivocalidade
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
NãoNão--LinearidadeLinearidade
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
NãoNão--linearidadelinearidade
™™ NãoNão--linear referelinear refere--se a todas as estruturas que não apresentam um únicose a todas as estruturas que não apresentam um único™™ NãoNão linear referelinear refere se a todas as estruturas que não apresentam um único se a todas as estruturas que não apresentam um único 
sentido. Estruturas que apresentam multiplos caminhos e destinos, sentido. Estruturas que apresentam multiplos caminhos e destinos, 
desencadeando em multiplos finais. desencadeando em multiplos finais. 
™™ Em Teoria Geral dos Sistemas dizEm Teoria Geral dos Sistemas diz--se que a nãose que a não--linearidade é pressuposto linearidade é pressuposto 
de Sistemas Complexos e sua intricada rede leva a caminhos distintos ede Sistemas Complexos e sua intricada rede leva a caminhos distintos ede Sistemas Complexos e sua intricada rede leva a caminhos distintos e de Sistemas Complexos e sua intricada rede leva a caminhos distintos e 
inimagináveis até mesmo para os criadores do sistema. inimagináveis até mesmo para os criadores do sistema. 
™™ Em hipermídia, a nãoEm hipermídia, a não--linearidade é pressuposto fundamental do hipertexto. linearidade é pressuposto fundamental do hipertexto. 
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NãoNão--LinearidadeLinearidade
™™ O link é o elemento realmente inovador apresentado pelo hipertexto em O link é o elemento realmente inovador apresentado pelo hipertexto em 
suporte digital.suporte digital.
™™ Em primeiro lugar, mesmo sem utilizar o termo hipertexto e o suporte Em primeiro lugar, mesmo sem utilizar o termo hipertexto e o suporte 
digital, já haviam sido realizadas experimentações literárias, narrativas nãodigital, já haviam sido realizadas experimentações literárias, narrativas não--
lineares ou que utilizavam muito a intertextualidade. lineares ou que utilizavam muito a intertextualidade. 
™™ A novidade do hipertexto digital, então, não está na nãoA novidade do hipertexto digital, então, não está na não--linearidade ou nalinearidade ou na™™ A novidade do hipertexto digital, então, não está na nãoA novidade do hipertexto digital, então, não está na não linearidade ou na linearidade ou na 
intertextualidade em si mesmas, mas no link, o recurso técnico que vai intertextualidade em si mesmas, mas no link, o recurso técnico que vai 
potencializar a utilização de tais características.potencializar a utilização de tais características.
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NãoNão--linearidadelinearidade
George LandowGeorge Landow
™™ Reconhecia no hipertexto, como marca fundamental, uma natureza Reconhecia no hipertexto, como marca fundamental, uma natureza 
nãonão--linear que se contraporia, a seu ver, ao texto impresso. linear que se contraporia, a seu ver, ao texto impresso. 
™™ A ação de saltar por meio dos links entre uma unidade textual e outra A ação de saltar por meio dos links entre uma unidade textual e outra 
implicaria, para este autor, em um desempenho que destruiria a noção implicaria, para este autor, em um desempenho que destruiria a noção 
de seqüência, tornando esta noção prescindível.de seqüência, tornando esta noção prescindível.
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
NãoNão--LinearidadeLinearidade
George LandowGeorge Landow
O hipertexto põe em cheque: O hipertexto põe em cheque: 
™™ sequências fixas, começo e fim definidos, uma estória de certa sequências fixas, começo e fim definidos, uma estória de certa 
magnitude definida e a concepção de unidade e todo associada a magnitude definida e a concepção de unidade e todo associada a 
todos esses conceitos Na narrativa hipertextual o autor oferecetodos esses conceitos Na narrativa hipertextual o autor oferecetodos esses conceitos. Na narrativa hipertextual, o autor oferece todos esses conceitos. Na narrativa hipertextual, o autor oferece 
múltiplas possibilidades por meio das quais os próprios leitores múltiplas possibilidades por meio das quais os próprios leitores 
constroem sucessões temporais e escolhem personagens, constroem sucessões temporais e escolhem personagens, 
realizando saltos com base em informações referenciais.realizando saltos com base em informações referenciais.
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
NãoNão--LinearidadeLinearidade
George Landow George Landow 
Defende a liberação do leitor para estabelecer anarquicamente sua Defende a liberação do leitor para estabelecer anarquicamente sua 
própria trajetória de leitura. Por conseguinte, haveria uma “libertação” própria trajetória de leitura. Por conseguinte, haveria uma “libertação” 
d t l ã d hi á i d l it i td t l ã d hi á i d l it i tdeste em relação a uma ordem hierárquica de leitura imposta por um deste em relação a uma ordem hierárquica de leitura imposta por um 
autor. Aliás, advoga Landow, em face de tudo isto, a “morte” da própria autor. Aliás, advoga Landow, em face de tudo isto, a “morte” da própria 
função autoral:função autoral:
“Lo que entendemos por autor, incluida la idea de autoría única, “Lo que entendemos por autor, incluida la idea de autoría única, 
puede destruirse suprimiendo la autonomía del texto. También se puede destruirse suprimiendo la autonomía del texto. También se 
puede llegar al mismo fin descentrando el texto o convirtiéndolo en puede llegar al mismo fin descentrando el texto o convirtiéndolo en 
red.”red.”
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoOlabirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
NãNã Li id dLi id dNãoNão--LinearidadeLinearidade
Michael Heim Michael Heim 
O hipertexto é um modo de interagir com textos e não só uma ferramenta O hipertexto é um modo de interagir com textos e não só uma ferramenta 
como os processadores de textos. Por sua característica, o usuário interliga como os processadores de textos. Por sua característica, o usuário interliga p , gp , g
informações intuitivamente, associativamente. Através de saltos informações intuitivamente, associativamente. Através de saltos -- que que 
marcam o movimento do hipertexto marcam o movimento do hipertexto -- o leitor assume um papel ativo, sendo o leitor assume um papel ativo, sendo 
ao mesmo tempo coao mesmo tempo co--autor.autor.
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
NãoNão LinearidadeLinearidadeNãoNão--LinearidadeLinearidade
Ted Nelson Ted Nelson 
O hipertexto possibilita novas formas de ler e escrever, um estilo não linear e O hipertexto possibilita novas formas de ler e escrever, um estilo não linear e 
associativo, onde a noção de texto primeiro, segundo, original e referência cai por associativo, onde a noção de texto primeiro, segundo, original e referência cai por 
terra Poderiamos adotar como noção de hipertexto assim o conjunto deterra Poderiamos adotar como noção de hipertexto assim o conjunto deterra. Poderiamos adotar como noção de hipertexto assim, o conjunto de terra. Poderiamos adotar como noção de hipertexto assim, o conjunto de 
informações textuais, podendo estar combinadas com imagens (animadas ou fixas) e informações textuais, podendo estar combinadas com imagens (animadas ou fixas) e 
sons, organizadas de forma a permitir uma leitura (ou navegação) não linear, sons, organizadas de forma a permitir uma leitura (ou navegação) não linear, 
baseada em indexações e associações de idéias e conceitos, sob a forma de links. baseada em indexações e associações de idéias e conceitos, sob a forma de links. 
Os links agem como portas virtuais que abrem caminhos para outras informações.Os links agem como portas virtuais que abrem caminhos para outras informações.
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
NãoNão LinearidadeLinearidadeNãoNão--LinearidadeLinearidade
Pierre Lévy Pierre Lévy 
O hipertexto é um conjunto de nós ligados por conexões. Os nós podem O hipertexto é um conjunto de nós ligados por conexões. Os nós podem 
ser palavras, páginas, imagens, gráficos, sequências sonoras, documentos ser palavras, páginas, imagens, gráficos, sequências sonoras, documentos 
complexos que podem eles mesmos ser hipertexto. complexos que podem eles mesmos ser hipertexto. 
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
Jacques DerridaJacques Derrida
A Escritura e a DiferençaA Escritura e a Diferença
NãoNão--LinearidadeLinearidade
Outros Pensadores e autoresOutros Pensadores e autores
J li C tJ li C tJulio CortazarJulio Cortazar
RayuelaRayuela
Michel FoucaultMichel Foucault
AArqueologia do Conhecimentorqueologia do Conhecimento
Roland BarthesRoland Barthes
A Morte do AutorA Morte do Autor
Jorge Luís BorgesJorge Luís Borges
A bibli t d B b lA bibli t d B b lJeanJean--François LyotardFrançois Lyotard A biblioteca de BabelA biblioteca de BabelJeanJean François LyotardFrançois LyotardA condição pósA condição pós--modernamoderna
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Centrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo
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Centrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo
A rede não tem centro, ou melhor, possui permanentemente diversos A rede não tem centro, ou melhor, possui permanentemente diversos 
centros que são como partes perpetuamente móveis, saltando de umcentros que são como partes perpetuamente móveis, saltando de umcentros que são como partes perpetuamente móveis, saltando de um centros que são como partes perpetuamente móveis, saltando de um 
nó a outro, trazendo ao redor de si uma ramificação infinita de nó a outro, trazendo ao redor de si uma ramificação infinita de 
pequenas raízes, rizomas, finas linhas brancas e depois correndo para pequenas raízes, rizomas, finas linhas brancas e depois correndo para p q , , p pp q , , p p
desenhar mais à frente outras paisagens de conteúdo.desenhar mais à frente outras paisagens de conteúdo.
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C t i A t i P li t iC t i A t i P li t iCentrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo
Pierre LévyPierre Lévy
O acentrismo é uma característica especialmente relevante da rede O acentrismo é uma característica especialmente relevante da rede 
hipertextual. Dentre as seis características da rede hipertextual hipertextual. Dentre as seis características da rede hipertextual p pp p
alinhavadas por Lévy, quais sejam a permanente metarmofose, a alinhavadas por Lévy, quais sejam a permanente metarmofose, a 
heterogeneidade das conexões, a fractalidade, o intrincamento heterogeneidade das conexões, a fractalidade, o intrincamento gg
interior/exterior, a proximidade topológica e o interior/exterior, a proximidade topológica e o acentrismoacentrismo constituiem a constituiem a 
teia básica a partir da qual a idéia de rede para a representação do teia básica a partir da qual a idéia de rede para a representação do 
conhecimento deva ser tecida.conhecimento deva ser tecida.
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C t i A t i P li t iC t i A t i P li t iCentrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo
Pierre LévyPierre Lévy
Seis características básicas ou “Princípios abstratos do hipertexto”Seis características básicas ou “Princípios abstratos do hipertexto”
1) 1) Princípio de metamorfosePrincípio de metamorfose, que se refere ao fato da rede hipertextual encontrar, que se refere ao fato da rede hipertextual encontrar--se em se em )) c p o de eta o osec p o de eta o ose, que se e e e ao ato da ede pe te tua e co t a, que se e e e ao ato da ede pe te tua e co t a se ese e
constante construção e renegociaçãoconstante construção e renegociação
2) 2)Princípio de heterogeneidadePrincípio de heterogeneidade, os nós de uma rede hipertextual podem ser compostos de , os nós de uma rede hipertextual podem ser compostos de 
imagens, sons, palavrasimagens, sons, palavras
3) 3) Princípio de multiplicidade e de encaixe das escalasPrincípio de multiplicidade e de encaixe das escalas, os nós ou conexões, podem ser eles , os nós ou conexões, podem ser eles 
mesmos uma rede de nós e conexões, sucessivamentemesmos uma rede de nós e conexões, sucessivamente
4) 4) Princípio de exterioridadePrincípio de exterioridade, o crescimento e diminuição da rede, bem como sua composição e , o crescimento e diminuição da rede, bem como sua composição e 
i ã d d d di ã bt ã t i d l t õi ã d d d di ã bt ã t i d l t õrecomposição, dependem da adição ou subtração exterior de elementos ou conexõesrecomposição, dependem da adição ou subtração exterior de elementos ou conexões
5) 5) Princípio de topologiaPrincípio de topologia, o funcionamento ocorre por proximidade, o funcionamento ocorre por proximidade
6)6) Princípio de mobilidade dos centrosPrincípio de mobilidade dos centros os vários centros da rede são móveis formando aoos vários centros da rede são móveis formando ao
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6) 6) Princípio de mobilidade dos centrosPrincípio de mobilidade dos centros, os vários centros da rede são móveis, formando ao , os vários centros da rede são móveis, formando ao 
redor de si uma ramificação em estrutura de rizoma.redor de si uma ramificação em estrutura de rizoma.
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Centrismo Acentrismo e PolicentrismoCentrismo Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo
Princípios da OrganizaçãoPrincípios da Organização
™™ OOrganismos vivos podem combinar centrismo rganismos vivos podem combinar centrismo –– local com centro nevrálgico local com centro nevrálgico ––
com acentrismo e policentrismo e hierarquia com anarquia.com acentrismo e policentrismo e hierarquia com anarquia.
™™ A pertinência e eficácia de uma organização exige que sejam utilizados A pertinência e eficácia de uma organização exige que sejam utilizados 
conceitos de centralização, de hierarquia e de especialização. conceitos de centralização, de hierarquia e de especialização. 
™™ O ideal é que se desenvolvam modos que combinem centrismo, policentrismo e O ideal é que se desenvolvam modos que combinem centrismo, policentrismo e 
acentrismo.acentrismo.
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Centrismo Acentrismo e PolicentrismoCentrismo Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo
Ciências da complexidade e acentrismoCiências da complexidade e acentrismo
™™ A importância atribuída pelo movimento cibernético, em especial a concepção A importância atribuída pelo movimento cibernético, em especial a concepção 
de informação digital que começou a emergir nos anos cinquenta foi um dos de informação digital que começou a emergir nos anos cinquenta foi um dos 
motores para o surgimento ainda nessa década do projetos da inteligência motores para o surgimento ainda nessa década do projetos da inteligência 
artificialartificialartificial. artificial. 
™™ Essa passagem do conceito de informação para tecnologias capazes de simular Essa passagem do conceito de informação para tecnologias capazes de simular 
a inteligência humana também é uma característica distintiva do movimento da a inteligência humana também é uma característica distintiva do movimento da 
ciberculturaciberculturacibercultura. cibercultura. 
™™ Permitiram originar um novo tipo de tecnologias, o qual geraria novos tipos de Permitiram originar um novo tipo de tecnologias, o qual geraria novos tipos de 
inteligência artificial, novos tipos de organismos e que originariam ainda um inteligência artificial, novos tipos de organismos e que originariam ainda um 
j t d f d l f ô d i ãj t d f d l f ô d i ãconjunto de novas formas de pensar qualquer fenômeno de organização. conjunto de novas formas de pensar qualquer fenômeno de organização. 
™™ Surge o conceito de sistemas acentrados. Surge o conceito de sistemas acentrados. 
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Centrismo Acentrismo e PolicentrismoCentrismo Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo
Ciências da complexidade e acentrismo Ciências da complexidade e acentrismo –– Sistemas AcentradosSistemas Acentrados
Características: Características: 
A ê i d t l t lA ê i d t l t l™™ A ausência de controle centralA ausência de controle central
™™ A natureza autônoma das subunidadesA natureza autônoma das subunidades
™™ A conexidade densa das subunidadesA conexidade densa das subunidades
™™ A nãoA não--linearidade das unidadeslinearidade das unidades
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Centrismo Acentrismo e PolicentrismoCentrismo Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo
Ciências da complexidade e acentrismo Ciências da complexidade e acentrismo –– Sistemas AcentradosSistemas Acentrados
CaracterísticasCaracterísticasCaracterísticas: Características: 
™™ Interagem localmente com um certo número de unidades vizinhasInteragem localmente com um certo número de unidades vizinhas
™™ Cada unidade apenas tem o conhecimento do que se passa no seu raio de Cada unidade apenas tem o conhecimento do que se passa no seu raio de 
vizinhança e não possui qualquer representação global da rede em que está vizinhança e não possui qualquer representação global da rede em que está 
inserida. inserida. 
™™ A rede é composta por um grande número de unidades em interação não A rede é composta por um grande número de unidades em interação não 
linear, o que significa que é em geral impossível prever antecipadamente o linear, o que significa que é em geral impossível prever antecipadamente o 
estado final do sistema.estado final do sistema.
™™ Apesar da imprevisibilidade, é possível simular em computador o sistema e Apesar da imprevisibilidade, é possível simular em computador o sistema e 
ver que, em muitos casos, ele converge para um estado final invariante de ver que, em muitos casos, ele converge para um estado final invariante de 
ordem. ordem. 
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Centrismo Acentrismo e PolicentrismoCentrismo Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo
Ciências da complexidade e acentrismo Ciências da complexidade e acentrismo –– Sistemas AcentradosSistemas Acentrados
CaracterísticasCaracterísticasCaracterísticas: Características:™™ Cada unidade ou agente contribui para um estado global final que não se Cada unidade ou agente contribui para um estado global final que não se 
deduz da regra local que cada um segue Apesar disso constatadeduz da regra local que cada um segue Apesar disso constata--se que asse que asdeduz da regra local que cada um segue. Apesar disso, constatadeduz da regra local que cada um segue. Apesar disso, constata se que as se que as 
ações locais dos agentes geram um estado de ordem global.ações locais dos agentes geram um estado de ordem global.
™™ Comparando com nossa própria atividade cognitiva, podeComparando com nossa própria atividade cognitiva, pode--se afirmar que ela se afirmar que ela 
não trabalha de forma linear nossa mente trabalha com associações entrenão trabalha de forma linear nossa mente trabalha com associações entrenão trabalha de forma linear, nossa mente trabalha com associações entre não trabalha de forma linear, nossa mente trabalha com associações entre 
informações. informações. 
™™ Na rede, cada nó ou conexão por si só pode ser visto como composto por Na rede, cada nó ou conexão por si só pode ser visto como composto por 
toda uma rede Os nós e conexões da rede nos fazem ver a diversidade detoda uma rede Os nós e conexões da rede nos fazem ver a diversidade detoda uma rede. Os nós e conexões da rede nos fazem ver a diversidade de toda uma rede. Os nós e conexões da rede nos fazem ver a diversidade de 
ligações que se pode fazer entre objetos e/ou assuntos. ligações que se pode fazer entre objetos e/ou assuntos. 
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Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos Sistemas
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Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos Sistemas
“ i t d d fi id j t d l t“um sistema pode ser definido como um conjunto de elementos 
em inter-relação entre si e com o ambiente”
Ludwig von BertalanffyLudwig von Bertalanffy, 1950 a 1968, 1950 a 1968
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Podem ser:
™ Fechados 
É o auto-contido. Não troca material, informação ou energia com o ambiente.
™ Abertos 
É o que troca informações, materiais e energia com o meio ambiente, ou seja, 
efetua trocas, portanto se comunica. Sistemas abertos tendem à adaptação, 
pois necessitam adaptar-se às mudanças ocorridas em seus ambientes de 
forma a procurar garantir a sua própria existência. Tais sistemas têm a 
característica da adaptabilidade. De uma maneira bastante genérica, os autores 
consideram que todo sistema vivo é um sistema eminentemente aberto.q
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Sistemas Abertos
1. Importação de energia 6. Estado estável e homeostase dinâmica
2. Transformação
3 Produto
7. Diferenciação
8 Eqüifinalidade3. Produto
4. Sistemas como ciclos de 
eventos
8. Eqüifinalidade
9. Insumo de informação, realimentação 
negativa e Processo de codificação
5. Entropia negativa
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Sistemas Abertos - Importação de energia
Os Sistemas Abertos precisam importar algum tipo de energia do 
ambiente Assim sendo as organizações sociais precisam tambémambiente. Assim sendo, as organizações sociais precisam também 
extrair energia, seja de outras organizações, pessoas ou do ambiente 
material/físico que as cerca – nenhuma estrutura social é auto-material/físico que as cerca nenhuma estrutura social é auto
suficiente e autônoma.
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Sistemas Abertos - Transformação
Para executar algum tipo de trabalho, sistemas abertos transformam a 
energia que têm à sua disposição. Organizações criam novos produtos, 
elaboram matérias-primas, treinam pessoas ou proporcionam serviços. 
Todas estas atividades acarretam reorganização de insumos.
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Sistemas Abertos – Produto
O produto dos sistemas abertos é exportado para o meio ambiente, seja j
ele tangível ou intangível. 
Entrada (Input) – Processamento – Saída (Output) e Realimanetação (Feedback)
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Sistemas Abertos - Sistemas como ciclos de eventos
As atividades geradas pelo intercâmbio de energia têm um padrão de caráter cíclico: 
o que é exportado para o ambiente proporciona energia para a repetição do ciclo de 
atividades. Surgem, assim, os chamados processos. São estes de caráter cíclico, ou 
seja a saída (output) representa o fim do processo o qual imediatamente se reinicia 
continuamente Para que estes processos ocorram é necessário que todos oscontinuamente. Para que estes processos ocorram é necessário que todos os 
elementos do sistema, ou seja os subsistemas, ajam de maneira sinérgica –
voltadas para um mesmo objetivo – de maneira coordenada (a organização das 
conexões).
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Sistemas Abertos - Entropia negativa
Para tentar opor-se ao processo entrópico, os sistemas devem adquirir entropia 
negativa. A entropia é uma lei universal da natureza que estabelece que todas as 
formas de organização tendem à desordem ou à morte. O sistemaaberto, por 
importar mais energia do ambiente do que necessita, pode, com este mecanismo, 
adquirir entropia negativa Há então nos sistemas abertos uma tendência geraladquirir entropia negativa. Há, então, nos sistemas abertos, uma tendência geral 
para tornar máxima a relação energia importada/energia exportada, visando à 
sobrevivência, mesmo em tempo de crise e, inclusive, para sobrevida maior que a 
prevista.
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Sistemas Abertos - Insumo de informação, realimentação e codificação 
Além dos insumos energéticos que se transformam ou se alteram para 
realizar um trabalho, sistemas incluem, também, insumos informativos que 
proporcionam à estrutura sinais acerca do ambiente e de seu próprio 
funcionamento. A realimentação negativa ( feedback / controle/ 
realimentação) é o tipo mais simples de insumo de informação encontrado 
em todos os sistemas. Tal realimentação ajuda o sistema a corrigir desvios 
de direção. 
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Sistemas Abertos - Estado estável e homeostase dinâmica
O mecanismo de importação de energia, para tentar fazer oposição à entropia, acarreta uma troca energética, 
caracterizando um estado estável nos sistemas abertos. Tal estado não significa imobilidade, nem equilíbrio 
verdadeiro. Há um fluxo contínuo de energia do ambiente externo para o sistema e uma exportação contínua de 
energia do sistema para o ambiente, estabelecendo, assim, uma proporção de trocas e relações que permanece 
igual, isto é, constante e equilibrada. Embora a tendência à estabilidade na sua forma mais simples seja 
h táti t ã d t t t t d i í i bá i é ã d áthomeostática, como a manutenção da temperatura constante do corpo, o princípio básico é a preservação do caráter 
do sistema. O estado estável, em um nível mais simples, é o da homeostase através do tempo. Em níveis mais 
complexos, converte-se em um estado de preservação do caráter do sistema, que cresce e se expande através da 
importação de maior quantidade de energia do que a necessária Sistemas abertos ou vivos têm então umaimportação de maior quantidade de energia do que a necessária. Sistemas abertos ou vivos têm, então, uma 
dinâmica de crescimento, através da qual levam ao limite máximo sua natureza básica. Eles reagem às mudanças ou 
as antecipam através do crescimento por assimilação de novos insumos energéticos.
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Sistemas Abertos – Diferenciação
Sistemas abertos tendem à diferenciação Padrões globais difusos sãoSistemas abertos tendem à diferenciação. Padrões globais difusos são 
substituídos por funções mais especializadas. (Principio da 
funcionalidade, em empresas por exemplo criam-se sub-sistemas com 
funções especificas, por exemplo, setores, departamentos, nos 
i i t l ó ã f õorganismos vivos encontraremos por exemplo os órgãos com funções 
específicas).
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T i G l d Si tT i G l d Si tTeoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos Sistemas
Sistemas Abertos – Eqüifinalidade
Von Bertalanffy sugeriu esse princípio como característico de y g p p
sistemas abertos e estabeleceu que “um sistema pode 
alcançar o mesmo estado final a partir de diferentes condições alcançar o mesmo estado final a partir de diferentes condições 
iniciais e por caminhos distintos”. Cabe ressaltar que o teor de 
eqüifinalidade pode reduzir-se à medida que os sistemas q p q
abertos desenvolvem mecanismos reguladores do controle de 
suas operações.
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos Sistemas
Visão Sistêmica
“... sistema é todo o conjunto de dois ou mais elementos que interagem. Ao 
imaginar-se o universo composto de galáxias que interagem, temos uma visão 
d i i t tí l A i i h t d lé ldo maior sistema perceptível. Ao imaginar-se o homem com todas as moléculas 
que o constituem e interagem, temos uma outra visão de sistema. Enfim, ao 
imaginarem-se o átomo e as partículas que o compõem e interagem, temosimaginarem se o átomo e as partículas que o compõem e interagem, temos 
uma visão de um sistema que, em relação ao homem, é microscópica. Quando 
se visualiza desde o Universo até uma partícula atômica, temos o que se 
chama uma visão sistêmica”.
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Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos Sistemas
Visão Sistêmica
A percepção sistêmica é sumarizada em três pontos:
a) a abordagem sistêmica começa quando pela primeira vez vê-se o mundoa) a abordagem sistêmica começa quando, pela primeira vez, vê-se o mundo 
por meio dos olhos de outrem
b) a abordagem sistêmica apercebe-se continuamente de que toda visão de 
mundo é terrivelmente restrita. Em outras palavras, cada visão de mundo 
enxerga apenas uma parte de um sistema maior
c) não existe ninguém que seja perito na abordagem sistêmica isto é oc) não existe ninguém que seja perito na abordagem sistêmica, isto é, o 
problema da abordagem sistêmica é captar o que todos sabem, algo fora 
do alcance da visão de qualquer especialista
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
ComplexidadeComplexidade
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
ComplexidadeComplexidade
Pensamento ComplexoPensamento Complexo
Da evolução do pensamento contemporâneo podeDa evolução do pensamento contemporâneo pode--se afirmar quese afirmar queDa evolução do pensamento contemporâneo, podeDa evolução do pensamento contemporâneo, pode--se afirmar que se afirmar que 
aconteceramduas revoluções:aconteceram duas revoluções:
™™A primeira introduziu o pensamento sistêmicoA primeira introduziu o pensamento sistêmico™™A primeira introduziu o pensamento sistêmico. A primeira introduziu o pensamento sistêmico. 
™™E a segunda introduziu o pensamento complexo.E a segunda introduziu o pensamento complexo.
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
ComplexidadeComplexidade
Pensamento ComplexoPensamento Complexo
É aquele que trata da incerteza.É aquele que trata da incerteza.
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
ComplexidadeComplexidade
Edgar MorinEdgar Morin
É ao mesmo tempo capaz de reunir, contextualizar e globalizar, mas ao É ao mesmo tempo capaz de reunir, contextualizar e globalizar, mas ao 
mesmo tempo é capaz de reconhecer a necessidade de atacar mesmo tempo é capaz de reconhecer a necessidade de atacar 
frontalmente as incertezas e as suas resultantes. frontalmente as incertezas e as suas resultantes. 
Não é aquele que troca a certeza pela incerteza, que elimina a Não é aquele que troca a certeza pela incerteza, que elimina a 
separação da inseparabilidade. Não trata de abandonar os princípios separação da inseparabilidade. Não trata de abandonar os princípios 
da ordem e da lógica; tratada ordem e da lógica; trata--se pois, de inseríse pois, de inserí--la num contexto mais rico la num contexto mais rico 
e mais real. e mais real. 
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Centrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo
Edgar MorinEdgar Morin
Há uma inadequação cada vez mais ampla, profunda e grave entre os saberes Há uma inadequação cada vez mais ampla, profunda e grave entre os saberes 
separados, fragmentados, compartimentados entre disciplinas e, por outro lado, separados, fragmentados, compartimentados entre disciplinas e, por outro lado, p g p p pp g p p p
realidades e problemas cada vez mais polidisciplinares, transversais, realidades e problemas cada vez mais polidisciplinares, transversais, 
multidimensionais, transnacionais, globais, planetários. (...) A multidimensionais, transnacionais, globais, planetários. (...) A 
hiperespecialização impede de ver o global ( que ela dilui). (...) O retalhamento hiperespecialização impede de ver o global ( que ela dilui). (...) O retalhamento 
das disciplinas (no ensino) torna impossível apreender "o que é tecido junto", das disciplinas (no ensino) torna impossível apreender "o que é tecido junto", 
isto é o complexo segundo o sentido original do termoisto é o complexo segundo o sentido original do termoisto é, o complexo, segundo o sentido original do termo. isto é, o complexo, segundo o sentido original do termo. 
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ComplexidadeComplexidadeComplexidadeComplexidade
Teoria do CaosTeoria do Caos
A teoria do caos estuda o comportamento aleatório e imprevisível dos A teoria do caos estuda o comportamento aleatório e imprevisível dos 
sistemas, mostrando uma faceta onde podem ocorrer irregularidades sistemas, mostrando uma faceta onde podem ocorrer irregularidades 
na uniformidade da natureza como um todo. Isto ocorre a partir de na uniformidade da natureza como um todo. Isto ocorre a partir de 
pequenas alterações que aparentemente nada tem a ver com o evento pequenas alterações que aparentemente nada tem a ver com o evento 
futuro, alterando toda uma previsão física dita precisa.futuro, alterando toda uma previsão física dita precisa.
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ComplexidadeComplexidadeComplexidadeComplexidade
Teoria do CaosTeoria do Caos
Uma das idéias centrais desta teoria, é que os comportamentos casuais Uma das idéias centrais desta teoria, é que os comportamentos casuais 
(aleatórios) também são governados por leis e que estas podem predizer dois (aleatórios) também são governados por leis e que estas podem predizer dois 
resultados para uma entrada de dadosresultados para uma entrada de dadosresultados para uma entrada de dados. resultados para uma entrada de dados. 
™™ O primeiro é uma resposta ordenada e esperada e cujo futuro dos eventos ocorre O primeiro é uma resposta ordenada e esperada e cujo futuro dos eventos ocorre 
dentro de margens estatísticas de erros previsíveisdentro de margens estatísticas de erros previsíveisdentro de margens estatísticas de erros previsíveis. dentro de margens estatísticas de erros previsíveis. 
™™ O segundo é uma resposta também ordenada, onde porém a resultante futura dos O segundo é uma resposta também ordenada, onde porém a resultante futura dos 
eventos é menos perceptível ou seja ocorre uma contradição neste ponto onde éeventos é menos perceptível ou seja ocorre uma contradição neste ponto onde éeventos é menos perceptível, ou seja, ocorre uma contradição neste ponto onde é eventos é menos perceptível, ou seja, ocorre uma contradição neste ponto onde é 
previsível que os resultados de um determinado sistema será caótico.previsível que os resultados de um determinado sistema será caótico.
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ComplexidadeComplexidade
Teoria do CaosTeoria do Caos
Em função deste efeito caótico, a previsibilidade comportamental Em função deste efeito caótico, a previsibilidade comportamental 
dos sistemas em geral, sejam climáticos de uma determinada dos sistemas em geral, sejam climáticos de uma determinada 
região, ou movimentos econômicos à exemplo das movimentações região, ou movimentos econômicos à exemplo das movimentações 
das bolsas de valores, ou populações de insetos de um das bolsas de valores, ou populações de insetos de um 
determinado ecossistema, tem uma margem de erro bastante determinado ecossistema, tem uma margem de erro bastante 
elástica quando comparada à margem convencional.elástica quando comparada à margem convencional.
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço
MultivocalidadeMultivocalidade
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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegaçãono ciberespaço
MultivocalidadeMultivocalidade
George LandowGeorge Landow
Características do hipertextoCaracterísticas do hipertextopp
™™ IntertextualidadeIntertextualidade
™™ Multivocalidade Multivocalidade 
™™ DescentralizaçãoDescentralização
™™ Rizoma Rizoma 
™™ IntratextualidadeIntratextualidade
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M lti lid dM lti lid dMultivocalidadeMultivocalidade
Michel BakhtinMichel Bakhtin
Características do hipertexto: Multivocalidade Características do hipertexto: Multivocalidade 
Está relacionada ao conceito de “Polifonia de Bakhtin”: a possibilidade da Está relacionada ao conceito de “Polifonia de Bakhtin”: a possibilidade da 
i tê i d di ti lit á i A f t ã d t ti tê i d di ti lit á i A f t ã d t texistência de diversas vozes na narrativa literária. A fragmentação do texto existência de diversas vozes na narrativa literária. A fragmentação do texto 
em léxias favoreceria a multivocalidade, pois como explica Landow, “a voz em léxias favoreceria a multivocalidade, pois como explica Landow, “a voz 
é sempre aquela destilada pela experiência combinada do foco é sempre aquela destilada pela experiência combinada do foco 
momentâneo, a lexia que se está lendo, e da narrativa em contínua momentâneo, a lexia que se está lendo, e da narrativa em contínua 
formação a partir da linha de leitura que o leitor segue”formação a partir da linha de leitura que o leitor segue”
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M lti lid dM lti lid dMultivocalidadeMultivocalidade
Michel BakhtinMichel Bakhtin
Características do hipertexto: Multivocalidade Características do hipertexto: Multivocalidade 
™™ Ocasionalmente, ocorre uma certa confusão no conceito de multivocalidade Ocasionalmente, ocorre uma certa confusão no conceito de multivocalidade 
devido à facilidade de elaboração de textos colaborativos no meio digital, devido à facilidade de elaboração de textos colaborativos no meio digital, 
podendo ser interpretado também como a possibilidade de copodendo ser interpretado também como a possibilidade de co--autoria na autoria na 
redação dos textosredação dos textosredação dos textos. redação dos textos. 
™™ O conceito de multivocalidade pode ser compreendido em relação a duas O conceito de multivocalidade pode ser compreendido em relação a duas 
questões: a primeira, no sentido de múltiplas vozes, relativo à construção de questões: a primeira, no sentido de múltiplas vozes, relativo à construção de 
uma narrativa literária e em segundo num sentido mais operacionaluma narrativa literária e em segundo num sentido mais operacionaluma narrativa literária e, em segundo, num sentido mais operacional, uma narrativa literária e, em segundo, num sentido mais operacional, 
relacionado com a cooperação de vários autores para a criação de um relacionado com a cooperação de vários autores para a criação de um 
mesmo texto ou narrativa.mesmo texto ou narrativa.
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MultivocalidadeMultivocalidadeMultivocalidadeMultivocalidade
George LandowGeorge Landow
™™ A ibilid d d l itA ibilid d d l it i d d d l iti d d d l it ii™™ A possibilidade do leitor A possibilidade do leitor -- gerindo a ordem de leitura gerindo a ordem de leitura -- incorporar ao seu incorporar ao seu 
desempenho a função do autor.desempenho a função do autor.
™™ Entretanto, parece lhe escapar o fato de que a conceituação de um texto literário Entretanto, parece lhe escapar o fato de que a conceituação de um texto literário p p q çp p q ç
passa antes pela compreensão e verificação de uma escritura singular, ou seja, passa antes pela compreensão e verificação de uma escritura singular, ou seja, 
de um gesto textual dotado de uma assinatura, de uma particularidade que a de um gesto textual dotado de uma assinatura, de uma particularidade que a 
individualiza em relação ao discurso cotidiano, comum. individualiza em relação ao discurso cotidiano, comum. 
™™ Sob este prisma, a ação desempenhada pelo leitor de Landow, produzindo Sob este prisma, a ação desempenhada pelo leitor de Landow, produzindo 
intervenções na concepção textual através dos links representaria não a sua intervenções na concepção textual através dos links representaria não a sua 
reconfiguração para imbuirreconfiguração para imbuir--se da função autoral, mas a sua reconfiguração se da função autoral, mas a sua reconfiguração 
ainda como leitor, sendo certo que a sua intervenção representa de fato a ainda como leitor, sendo certo que a sua intervenção representa de fato a 
colocação de ma contracolocação de ma contra assinat ra q e aceitando os trajetos dados pelo a torassinat ra q e aceitando os trajetos dados pelo a torcolocação de uma contracolocação de uma contra--assinatura que, aceitando os trajetos dados pelo autor, assinatura que, aceitando os trajetos dados pelo autor, 
longe de negar a assinatura deste tão somente a ratifica.longe de negar a assinatura deste tão somente a ratifica.
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M lti lid dM lti lid dMultivocalidadeMultivocalidade
George LandowGeorge Landow
Características do hipertexto: Características do hipertexto: 
™™ IntertextualidadeIntertextualidade -- O hipertexto seria essencialmente um sistema intertextualO hipertexto seria essencialmente um sistema intertextual™™ IntertextualidadeIntertextualidade -- O hipertexto seria, essencialmente, um sistema intertextual, O hipertexto seria, essencialmente, um sistema intertextual, 
enfatizando uma intertextualidade que ficaria limitada nos textos em livros. As enfatizando uma intertextualidade que ficaria limitada nos textos em livros. As 
referências feitas a outros textos é potencializada no hipertexto através do referências feitas a outros textos é potencializada no hipertexto através do 
recurso do link, que realiza as conexões entres os blocos de textos. recurso do link, que realiza as conexões entres os blocos de textos. 
™™ DescentralizaçãoDescentralização -- Esta característica refereEsta característica refere--se ao fato de que, ao contrário dos se ao fato de que, ao contrário dos 
textos impressos que propõem um centro, oferecem uma ordem para a leitura textos impressos que propõem um centro, oferecem uma ordem para a leitura 
(que pode ou não ser obedecida pelo leitor) o hipertexto enquanto uma malha(que pode ou não ser obedecida pelo leitor) o hipertexto enquanto uma malha(que pode ou não ser obedecida pelo leitor), o hipertexto enquanto uma malha (que pode ou não ser obedecida pelo leitor), o hipertexto enquanto uma malha 
de blocos de textos interconectados oferece a possibilidade de movimentos de de blocos de textos interconectados oferece a possibilidade de movimentos de 
descentramento e recentramento contínuos. É o leitor, através dos seus descentramento e recentramento contínuos. É o leitor, através dos seus 
caminhos de leitura, que vai elegendo temporariamente os sucessivos centros. caminhos

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