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PATOLOGIAS DO JOELHO Prof. Me. Cíntia A. Garcia LUXAÇÃO DA PATELA ETIOLOGIA Fatores biomecânicos: Anteversão femoral, com o aumento da rotação interna; Joelho valgo; Aumento do ângulo Q; Sulco femoral superficial; Patela alta; Côndilos femorais laterais achatados; Enfraquecimento do VM em relação ao VL; Frouxidão ligamentar; Retináculo lateral retraído QUADRO CLÍNICO Dor aguda; Edema; Sensibilidade à palpação; Joelho fica bloqueado em flexão após lesão; Patela alta ou lateralizada; Diminuição da ADM. Teste da apressão patelar positivo. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Eletrotermofoterapia; (Crioterapia, ultrassom, laser) Alongamentos (quadríceps, isquiotibiais, tríceps sural); Fortalecimentos isométricos/isotônicos (cadeia cinética fechada – quadríceps, adutores, isquiotibiais; VMO); Orientações acerca das atividades e sobrecargas na patela; Programa de reeducação de movimentos, corridas e outros gestos esportivos. CONDROMALÁCIA PATELAR DEFINIÇÃO Pode ocorrer em consequência da síndrome da pressão femoropatelar ou devido a um impacto direto sobre a patela. É o amolecimento e a deterioração da cartilagem articular na parte posterior da patela, descritos em três estágios: Edema e amolecimento da cartilagem articular; Surgimento de fissuras na cartilagem amolecida; Deformação da superfície da cartilagem articular provocada pela fragmentação. ETIOLOGIA Não congruência e diminuição da área de contato da articulação patelofemural quando uma subluxação ou deslocamento patelar for causado por um relacionamento anatômico e/ ou biomecânico anormal Radiculopatia lombar e pinçamentos de nervos periféricos Esta patologia é classificada em quatro níveis distintos, de acordo com Outebridge (1961): Grau I: amolecimento da cartilagem e edemas. Grau II: fragmentação da cartilagem ou rachaduras com diâmetro inferior a 1,3 cm de diâmetro. CLASSIFICAÇÃO Grau III: fragmentação ou rachaduras com diâmetro superior a 1,3 cm de diâmetro. Grau IV: erosão ou perda total da cartilagem da articulação em questão, com exposição do osso subcondral. QUADRO CLÍNICO Dor na região anterior do joelho durante a marcha, corrida, a subida e descida de escadas ou agachamento. Edema recorrente ao redor da patela e sensação de esmagamento ao flexionar e extender o joelho. Crepitação. Durante a palpação, dor no bordo inferior da patela ou quanto ela é comprimida dentro do sulco femoral enquanto o joelho é flexionado e estendido passivamente. Sinal de Clark (Teste da Compressão Patelar) positivo. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Eletrotermofoterapia (Crioterapia, ultrassom, laser) Técnicas de liberação manual do tecido; Mobilizações articulares. Alongamentos (quadríceps, isquiotibiais, tríceps sural); Fortalecimentos (cadeia cinética fechada – quadríceps, adutores, isquiotibiais; VMO); Orientações acerca das atividades e sobrecargas na patela; Programa de reeducação de movimentos, corridas e outros gestos esportivos. TENDINITE PATELAR DEFINIÇÃO Conhecido como “joelho do saltador”, inflamação crônica do tendão patelar tanto no pólo superior da patela (tendinite do quadríceps), como na tuberosidade da tíbia, pólo inferior da patela (tendinite patelar). É causa frequente de dor anterior do joelho em atletas que praticam vôlei, basquete, futebol, corridas de longa distância e tênis. ETIOLOGIA Geralmente é ocasionada por excesso de treinamento ou inadequação do mesmo. Desvios angulares e rotacionais dos membros inferiores como fatores de risco. Fisiopatologia: Sobrecarga crônica sobre o tendão. Área de microlesões na face posterior do tendão, com degeneração tecidual e neovascularização, sem a presença de células inflamatórias – TENDINOSE. QUADRO CLÍNICO Dor anterior que se manifesta ou piora após algum tempo de atividade física; Início da dor é insidioso e coincide com o aumento da intensidade dessa atividade; Dor à palpação (abaixo da patela); Edema. Dificuldade em subir degraus. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Inflamação crônica Técnicas tradicionais (reduzir inflamação: repouso, antiiflamatórios, gelo, ultrassom) Técnicas agressivas (massagem friccional transversa) – exacerbar a inflamação aguda, de modo que o processo de recuperação não fique “estancado” na fase de resposta inflamatória e evolua para a fase de reparo fibroblástico. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Aquecimento completo antes da atividade. Alongamentos de quadríceps e isquiotibiais. Fortalecimento Excêntrico de quadríceps e dorsiflexores; Agachamento Crioterapia Bandagens Funcionais TENDINITE DA PATA DE GANSO DEFINIÇÃO Pata de ganso: Sartório Grácil Semitendinoso Esse complexo tem a função primária de flexionar o joelho e secundária de realizar a rotação medial, além disso protege a articulação contra o estresse em valgo e as forças rotatórias no joelho. Inflamação da inserção dos tendões da pata de ganso. Estresse excessivo do joelho em rotação e/ou em valgo; Sobrecarga no joelho, enquanto o mesmo gira ou se inclina para dentro; Pisada excessivamente pronada; Falha da musculatura lateral do quadril. ETIOLOGIA QUADRO CLÍNICO Dor ao deambular; Dor à palpação; Edema. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Eletrotermofoterapia (Crioterapia, laser, TENS, ultrassom); Alongamentos (semitendinoso, grácil e sartório); Fortalecimentos (glúteo médio); Exercícios funcionais/Propriocepção; Bandagens funcionais/ palmilhas específicas; BURSITE BURSITE Pode ser aguda, crônica ou recorrente. Bursas anteriores, maior incidência de irritação nos esportes. BURSITE Bursite pré-patelar Mais frequente. Pacientes que sofrem trauma na parte anterior do joelho causado em quedas sobre o joelho flexionado. Aqueles cuja ocupação requer longos períodos ajoelhados ou rastejamento. O diagnóstico é direto, com a dor e possível edema presentes na palpação da bolsa pré-patelar. BURSITE Bursite infrapatelar superficial e profunda Resulta de irritação mecânica durante atividades como ajoelhar (“joelho de freira”) ou trauma direto. Pressão repetitiva sobre o tendão patelar, joelho de saltador. Bursite suprapatelar Trauma agudo e microtraumas repetidos. Dor no joelho anterior acima da patela que pode irradiar superiormente na coxa anterior distal. BURSITE Bursite superficial da pata de ganso Comum em nadadores experientes e corredores de fundo. Trauma ou pressão repetitiva sobre o local. Os achados clínicos incluem dor medial no joelho distal à linha articular, tíbia externamente rodada comparada com o lado não envolvido. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Eletrotermofoterapia (Crioterapia, ultrassom); Mobilizações articulares; Alongamentos; Exercícios de ADM; Fortalecimentos; Bandagens funcionais. PLICA SINOVIAL DEFINIÇÃO Dobra na bainha sinovial do joelho. Prega da membranafibrosa que se projeta para a cavidade articular. Anormalidade congênita deriva de um remanescente de pregas formadas durante o estágio embriológico do desenvolvimento. Durante a maturação, essas pregas são absorvidas pela cápsula articular; mas em uma parcela da população isso não ocorre e deixa uma área espessada ou uma ruga no interior da membrana. PLICAS A plica sinovial é um tecido embrionário presente no joelho de mais de 70% da população e que geralmente não atrapalha a vida inteira. Suprapatelar Pré-patelar Infrapatelar ETIOLOGIA Resultado de microtraumas ou macrotraumas. Golpe direto à cápsula ou que tenha ficado inflamada secundariamente à fricção causada pelo retesamento da plica através do côndilo femoral durante a flexão. Irritação crônica (tecido torna-se uma banda fibrótica inelástica; quando a irritação é aguda, o tecido fica doloroso à palpação e quando é crônica a faixa da plica fica hipersensível) Qualquer alteração do joelho, ou esforço repetitivo, como do exercício físico (por impacto), pode levar ao quadro patológico da plica sinovial. MECANISMO DE LESÃO O paciente pode ou não ter história clínica de lesão no joelho. Força brusca, com queda sobre o joelho ou giro com o pé fixo no solo, o que pode provocar inflamação e hemorragia. A inflamação leva a fibrose e ao espessamento com perda da extensibilidade. QUADRO CLÍNICO Dor prinicipalmente na parte anterior do joelho. Piora a flexão do joelho, ou quando se permanece por períodos prolongados com o joelho flexionado e quando se sobe escadas. Crepitações; Derrames articulares; Descompensações musculares. Espessamento do tecido frouxo, perdendo sua elasticidade, consequentemente inicia-se o atrito entre estruturas vizinhas surgindo sinovite. Sintomas sendo piores pela manhã, diminuindo gradualmente em sua intensidade à medida que o dia avança. Teste da Plica de Hugston positivo. IMAGEAMENTO DIAGNÓSTICO Radiografia simples; Ressonância magnética. Tratamento cirúrgico: persistência dos sintomas após 2 meses de tratamento conservador, via artroscópica. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Repouso; Eletrotermofoterapia; (Ultrassom; laser; crioterapia) Alongamentos; Quadríceps, isquiotibiais, gastrocnêmio Fortalecimento isométrico/isotônico; Vasto medial oblíquo; quadríceps Exercícios de cadeia cinética fechada; Reduzir as forças de compressão patelofemorais Exercícios de propriocepção para restabelecer o controle neuromuscular. Obrigada!
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