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LUXAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR ARTICULAÇÃO ACRÔMIOCLAVICULAR União clavícula - escápula Resistente Aumenta amplitude movimento movimentos: glenoumeral e escapulotorácica ESTABILIDADE LIGAMENTOS Ligamentos capsulares: acromioclaviculares - Horizontal Ligamentos extracapsulares: coracoclaviculares - Vertical MÚSCULOS Deltóide e trapézio INCIDÊNCIA Uma das lesões mais comuns do ombro, responsável por 9% de todas as injúrias. Ocorre principalmente nas atividades esportivas que envolvem contato e nos acidentes de trânsito. Incidência de 1,8 por 10.000 habitantes por ano. Ocorre majoritariamente em indivíduos do sexo masculino entre 20 e 39 anos. MECANISMO DE LESÃO Mais frequente: traumatismo direto. Queda sobre o ombro em adução. Escápula e ombro sofrem um deslocamento distal enquanto que a extremidade externa da clavícula permanece imóvel, pela ação dos poderosos ligamentos esternoclaviculares. MECANISMO DE LESÃO Traumatismo indireto Traumatismos ascendentes (queda sobre a mão com cotovelo em extensão). Traumatismos descendentes (força de tração violenta ao longo do eixo do membro superior ou queda de um objeto sobre o ombro). CLASSIFICAÇÃO Rockwood classifica a luxação AC em 6 tipos, de acordo com a extensão do dano inflingido. Tipo VI: lesão muito rara, com luxação inferior da clavícula sob acrômio ou processo coracóide. Tipo I: ruptura parcial dos ligamentos acromioclaviculares. Tipo II: ruptura completa dos ligamentos acromioclaviculares com ruptura parcial dos ligamentos coracoclaviculares. Tipo III: ruptura ligamentar completa; por vezes, desinserção do trapézio e deltóide na extremidade distal da clavícula. Instabilidade vertical e horizontal, deslocamento superior da clavícula e espaço coracoclavicular aumentado em 25 a 100%. Tipo IV: luxação posterior através do músculo trapézio. Tipo V: idêntico ao tipo III, aumento do espaço coracoclavicular entre 100 a 300%. CLASSIFICAÇÃO QUADRO CLÍNICO Leve dor sentida ao longo do ombro após um estiramento do ligamento; Dor intensa quando há uma ruptura completa. Luxações grau II e III: podem causar edema (inchaço). Equimose, Escoriações; Luxações grau III: sensação de instabilidade do ombro e ser vísivel uma elevação. Sinal da Tecla. IMAGEAMENTO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO CONSERVADOR Tratamento das luxações dos tipos I e II é conservador. Uso de tipoias. Infiltrações com anestésico ou corticóides (reduzir desconforto). Exercícios de reabilitação assim que o paciente tolere. Lesões do tipo I: retornar suas atividades à 3 semanas Lesões do tipo II: retornar suas atividades entre 2 a 12 semanas TRATAMENTO CIRÚRGICO Lesões do tipo III, IV, V e VI: tratamento cirúrgico para reparação e estabilização da luxação. Redução da articulação. Promoção de uma boa cicatrização. Estabilização da clavícula distal. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Eletrotermofototerapia; Crioterapia, Laser, TENS Massoterapia; Mobilizações articulares; Exercícios de ADM (abaixo do nível dos ombros); Passivos; Ativos Alongamentos; Fortalecimentos; Isométrico, isotônico(manguito rotador, escapulares) Exercícios funcionais (atividades esportivas, trabalho e vida diária). LUXAÇÕES DA ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL INSTABILIDADE DO OMBRO Condição patológica, onde a translação na interface glenoumeral se torna excessiva, causando dor e desconforto, representando a quebra do equilíbrio entre os estabilizadores estáticos e dinâmicos ESTABILIDADE MECANISMOS PASSIVOS Labrum, cápsula articular, ligamentos glenoumerais superior, médio e inferior, ligamento coracoacromial, ligamento coracoumeral. Pressão negativa intra articular: ela traciona a cabeça do úmero contra a glenóide. MECANISMOS ATIVOS Manguito rotador. Cabeça longa do bíceps. Outros músculos da cintura escapular (deltóide, peitoral maior, trapézio , etc). GRAU DE INSTABILIDADE LUXAÇÃO Separação completa das superfícies articulares (não ocorre recolocação espontânea imediata SUBLUXAÇÃO Translação sintomática da cabeça umeral sobre a glenóide sem separação completa das superfícies articulares Obs: subluxações recorrentes podem coexistir ou ser iniciadas por luxação glenoumeral FATORES CONTRIBUTIVOS TRAUMÁTICA Ocorre na grande maioria, por força violenta, ocorrendo ruptura e desinserção do labrum, dos lig. Glenoumerais e da cápsula. ATRAUMÁTICA Não há ruptura das estruturas anatômicas, conjunto capsular hipermóvel permitindo movimento articular excessivo de translação(subluxação). CRONOLOGIA DAS INSTABILIDADES Congênita- ausência da articulação ou anormalidades da articulação, como a retroversão excessiva da cabeça do úmero Aguda- dentro do primeiro dia. Crônica : > que 1 dia Recorrente: em múltiplas ocasiões DIREÇÕES DAS INSTABILIDADES DIREÇÕES DE INSTABILIDADE LUXAÇÕES ANTERIORES: 95% dos casos; subglenóide, subclavicular e intratorácico. LUXAÇÕES POSTERIORES: Raras, contratura extrema dos rotadores externos; choque elétrico; crise convulsiva. LUXAÇÕES INFERIORES: Força violenta com o braço em abdução máxima, associada a lesões graves de tecidos moles. LUXAÇÕES SUPERIORES: Força extrema para frente e para cima sobre o braço aduzido, ocorrem fraturas associadas em: acrômio, clavícula, processo coracóide, sendo extremamente rara e lesão do manguito. DIREÇÕES DE INSTABILIDADE LUXAÇÕES ANTERIORES Mecanismo de lesão: Queda ao solo com o MS em abdução e rotação externa; Queda sobre o braço estendido (braço atrás do corpo); Impacto direto póstero-anterior. Características: Muito doloroso; Cabeça umeral palpável anteriormente; Sinal da dragona; Braço mantido em ligeira abdução e RE; Teste da gaveta anterior e apreensão anterior positivos. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Fase 1: Imobilização (3 semanas). Fase 2: Recuperação da ADM passiva e ativa (3 a 8 semanas). Fase 3: Fortalecimento e controle neuromuscular (6 a 12 semanas). Fase 4: Retorno às atividades (12 a 20 semanas). TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO APÓS CIRURGIA ESTABILIZADORA ANTERIOR Fase I: Fase de imobilização e proteção Repouso (tipóia); Eletrotermofoterapia: Crioterapia e TENS; Exercícios pendulares; Forlatcimentos isométricos submáximos na posição neutra; Exercícios posturais para coluna cervical. Fase 2: Fase intermediária (4 a 10 semanas) Exercícios ativos de ADM; Eletroterfototerapia: Ultrassom; Massagem manual; TENS e Crioterapia; Fortalecimento com theraband e halteres. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO APÓS CIRURGIA ESTABILIZADORA ANTERIOR Fase 3: Fase de fortalecimento e controle neuromuscular (10 a 54 semanas). Recuperação da ADM total de rotação externa (12 semanas); Exercícios isotônicos de forlatecimento progressivo (deltóide, manguito rotador, estabilizadores escapulares); Exercícios de controle neuromuscular. Fase 4: Fase de retorno às atividades (acima de 54 semanas). Exercíciosde condicionamento e preparo para retorno às atividades esportivas. DIREÇÕES DE INSTABILIDADE LUXAÇÕES POSTERIORES Mecanismo de lesão: Adução, flexão e rotação interna Impacto antero-posterior no ombro Queda sobre o braço fletido (braço a frente do corpo) Caracterísicas: Falta de deformidade notável; Rotação externa e abdução limitada; Proeminência posterior; Achatamento da face anterior do ombro; Teste da gaveta e apreensão posterior positivos. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PRECAUÇÕES: Evitar atividades em prono ou de joelhos; atividades de empurrar peso e de flexão de ombro. Evitar no início do tratamento: posturas de rotação interna, flexão e adução horizontal. Reforço muscular: rotadores externos, rotadores internos e de toda musculatura estabilizadora escapular. Oferecer suporte umeral posterior nos exercícios realizados em supino (coxim ou toalha). Posição de imobilização: mantém o ombro em discreta rotação externa e abdução. LESÕES ANATÔMICAS ASSOCIADAS Lesão de Bankart: Desinserção da porção anterior da cápsula articular anterior e do labrum junto ao reborda glenóide. Lesão de Hill-Sachs: Depressão cortical na cabeça do úmero posterolateral. É o resultado de impactação forte da cabeça umeral luxada contra a glenoide anterior quando o ombro é luxado anteriormente. Lesão de SLAP: Lesão anterior ou superior do labrum superior – desinserção da reborda superior do labrum, local de origem do cabo longo do bíceps braquial. LESÕES ANATÔMICAS ASSOCIADAS Lesão do Manguito Rotador: Tecidos musculares menos rígidos (>40 anos de idade). Lesão Neurovascular: Localização da artéria axilar e nervo axilar. FRATURAS PROXIMAIS DO ÚMERO FRATURA PROXIMAL DO ÚMERO 10% de todas as fraturas. 70% das fraturas do úmero. Ocorrem em 2 faixas etárias e estão relacionadas a dois mecanismos de trauma: Pacientes mais jovens: causadas por acidentes de alta energia, como acidentes de carro ou moto; Pacientes acima de 50 anos : como queda da própria altura e comumente estão relacionadas à osteoporose. MECANISMO DE TRAUMA Trauma Indireto: Queda com o braço estendido Mais frequente em mulheres nas mulheres idosas Trauma direto Geralmente em trauma de alta energia cinética Pacientes jovens Politraumatizados Choque elétrico Contração muscular violeta Fratura por avulsão, nos níveis das inserções musculares QUADRO CLÍNICO Dor; Edema; Equimose: mais evidente 24h após a fratura e tende a estender pelo tórax, braço e cotovelo. Crepitação; Deformidade Normalmente não é obsrvada devido à grande massa muscular que envolve a articulação É mais evidente quando a fratura esta associada a luxação genoumeral. Avaliação neurovascular periférica CLASSIFICAÇÃO DE NEER CLASSIFICAÇÃO DE NEER TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Fase I Ganho de ADM (3 semana em faturas com redução fechada e em torno de 7 a 10 dias naquelas tratadas com RAFI). Exercícios pendulares, elevação anterior e rotação externa passivas. Eletrotermofoterapia: TENS, Crioterapia. Massoterapia. Fortalecimento isométrico (rotação interna e externa e deltóides). TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Fase II Exercícios ativos e fortalecimento precoce (4 a 6 semanas nas RAFI/ 6 a 8 semanas nas reduções fechadas. Evitar elevação da escápula. Exercícios resistidos na posição supina com halteres, ou em pé com theraband (resistência graduada). Fase III Alongamentos e fortalecimentos (atividades funcionais); (8 semanas fraturas de reducação fechada/ 12 semanas nas com RAFI). OBRIGADA!
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