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Português 2016 Estratégia Aula 9

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Aula 09
Português p/ Senado Federal - Todos os Cargos
Professor: Rafaela Freitas
Português p/ Senado Federal 
 Analista e Técnico Legislativo 
Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 09 
 
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AULA 09 
SINAIS DE PONTUAÇÃO 
 
 
 
 
 
Olá, alunos!! 
 
 
 
É um prazer tê-los aqui comigo em mais uma aula. Que tal estudarmos 
sobre PONTUAÇÃO? Conteúdo que com certeza estará na prova do certame! 
Vocês irão gostar! 
 
 
 
 
 
Temos muito trabalho pela frente! Vamos juntos! 
 
 
 
 
 
"O incentivo de viver é arriscar, deixe o medo para os fracos." 
Charlin Chaples 
 
 
 
40718706056
Português p/ Senado Federal 
 Analista e Técnico Legislativo 
Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 09 
 
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INTRODUÇÃO 
 
Queridos alunos, vamos iniciar agora o estudo de um conteúdo da Língua 
Portuguesa que é de extrema importância, sabem por quê? Vamos ver... 
 
- Saber pontuar com adequação um texto escrito fará com que você seja 
fiel não só às regras da gramática normativa (o que é bem importante para os 
concurseiros!), mas fará com que seu texto seja o mais fiel possível ao texto 
falado quando transcrito para a escrita! Isso se dá porque a pontuação são 
sinais gráficos empregados na língua escrita a fim de tentar recuperar 
recursos específicos da fala, tais como: entonação, jogo de silêncio, 
pausas, expressões faciais, hesitações, gestos etc. 
 
- Em concursos em que questões discursivas são cobradas, saber usar os 
sinais de pontuação é crucial! O texto deve ser coeso e coerente e um uso 
falho dos sinais de pontuação deixa a desejar nesse quesito e pode até 
arruinar o seu texto! 
 
- TODAS as bancas trazem questões sobre pontuação. 
 
- Nada como um texto bem pontuado para garantir ritmo e evitar 
ambiguidades (aquele duplo sentido indesejado que algumas frases assumem 
por conta de problemas de coesão, como má pontuação ou falta dela). 
 
Vejamos exemplos disso: 
 
Você viu o professor Jonas? 
Você viu o professor, Jonas? 
 
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 Analista e Técnico Legislativo 
Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 09 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 78 
Na segunda frase, a vírgula está isolando o vocativo Jonas, alterando 
completamente o sentido. Na primeira frase, o professor chama-se Jonas, na 
segunda, é para Jonas que o locutor pergunta onde está o professor. 
 O mesmo vai acontecer na segunda frase a seguir, com o vocativo minha 
mãe: 
Por favor, ouça minha mãe. 
Por favor, ouça, minha mãe. 
 
A vírgula tem o poder de mudar o sentido de uma frase! 
 
Relembrando... VOCATIVO: palavra ou expressão usada para 
invocar, chamar o interlocutor. 
 
O texto que segue é de um autor desconhecido. Trata, de forma bem 
humorada, o quanto uma pontuação diferente pode modificar o sentido de um 
mesmo texto. Leia: 
 
³8P�KRPHP�ULFR�HVWDYD�PXLWR�PDO��3HGLX�SDSHO�H�SHQD��(VFUHYHX�DVVLP� 
 
Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a 
conta do alfaiate nada dou aos pobres. 
 
Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna? Eram 
quatro os possíveis contemplados. 
 
1) O sobrinho fez a seguinte pontuação: 
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a 
conta do alfaiate. Nada dou aos pobres. 
 
2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito: 
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Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a 
conta do alfaiate. Nada dou aos pobres. 
 
3) O alfaiate pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele: 
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga 
a conta do alfaiate. Nada dou aos pobres. 
 
4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta 
interpretação: 
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga 
a conta do alfaiate? Nada! Dou aos pobres. 
 
$VVLP�p�D�YLGD��1yV�p�TXH�FRORFDPRV�D�SRQWXDomR��(�LVVR�ID]�D�GLIHUHQoD�´ 
 
 
 
 
Vamos seguir com os nossos estudos trabalhando cada um dos sinais de 
pontuação, como usá-los e como eles são cobrados nas provas. 
 
1. Ponto (.) 
Caracteriza-se por indicar uma pausa maior no discurso, pautando-se 
pelas seguintes finalidades: 
a) Indicar o final de uma frase declarativa. 
Exemplo: Fiz todo o trabalho. 
b) Separar períodos entre si. 
Exemplo: Levantei cedo. Fiz o café bem rápido. 
c) Nas abreviaturas. 
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Exemplo: Av. (avenida), V.Ex.ª (vossa exelência) obs. (observação), 
Rev.mo (reverendíssimo). 
 
 
Os símbolos referentes às unidades do sistema métrico decimal e aos 
elementos químicos não são acompanhados do ponto-final. 
Exemplos: Kg, m, cm, Hg, Au, K, Pb, dentre outros. 
 
2. Dois pontos (:) 
Usamos os dois pontos para: 
a) Iniciar a fala de um personagem. 
Exemplo: 
Então o homem respondeu: 
- Parta agora! 
 
b) Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações e sequência 
de palavras que explicam, resumem ideias anteriores. 
Exemplo: O material necessário é: lápis, borracha, caneta com corpo 
transparente. 
 
Relembrando... APOSTO é um termo ou expressão que se une a 
outro para explicá-lo ou especificá-lo. 
 
c) Antes de citação para reportar um discurso alheio. 
([HPSOR��&RPR�Mi�GL]LD�9LQLFLXV�GH�0RUDHV��³4XH�R�DPRU�QmR�VHMD�HWHUQR�
posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.´ 
d) Demarcar uma explicação ou sequência. 
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Exemplo: Eram muitos os requisitos para o pleito daquela vaga de 
emprego: possuir um ano de experiência no cargo, ter habilitação e 
disponibilidade de horário. 
 
 
O estudo da sintaxe e da morfologia da Língua Portuguesa é a base para 
se compreender de maneira completa e satisfatória a pontuação. Vale dar uma 
olhada novamente, alunos, para lembrar com mais detalhes certos conteúdos 
como, o que é um aposto, vocativo, orações coordenadas, orações 
subordinadas etc. 
PARA AJUDAR, no final desta aula, vocês podem encontrar um quadro 
com o resumo das orações coordenadas e subordinadas. Não deixem de 
consultar! 
 
 
3. Reticências (...) 
Usamos reticências para: 
 
a) Indicar dúvida ou hesitação do falante. 
Exemplo: Sabe... é... eu queria te dizer que... esquece. 
b) Interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta. 
Exemplo: Agora não posso te ajudar, quem sabe mais tarde... 
 
Nesse caso, é como se ficasse algo por dizer propositalmente, até mesmo 
para evitar a repetição. A frase ficaria completa se continuasse assim: eu 
possate ajudar. 
 
c) O fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de 
sugerir prolongamento de ideia. 
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([HPSOR�� ³6XD� WH]�� DOYD� H� SXUD� FRPR� XP� IRFR� GH� DOJRGmR�� WLQJLD-se na 
face duns longes cor-de-URVD���´�&HFtOLD�0HLUHOHV 
 
O prolongamento de ideia que se dá é poder-se imaginar a face rosada, 
por estar envergonhada. É deixar algo por imaginar ao invés de dizer! 
Assim: Estou tão nervosa que na hora que eu te encontrar.... (fica na 
imaginação!). 
 
d) Indicar supressão de palavra(s) numa frase transcrita. Este é um 
recurso comum, quando o texto transcrito é muito longo e deseja-se diminuí-
lo. 
([HPSOR��³4XDQGR�SHQVR�HP�YRFr�������PHQRV�D�IHOLFLGDGH.´��&DQWHLURV�± 
Raimundo Fagner) 
 
4. Ponto e vírgula ( ; ): 
Costumamos dizer que representa uma pausa maior que a vírgula e um 
pouco menor que o ponto-final, sem, contudo, encerrar o período. O ponto e 
vírgula é usado para: 
 
a) Separar orações em períodos muito extensos, principalmente se 
em uma delas já houver a presença da vírgula. 
Exemplo: Dos mais de cem funcionários daquela empresa, apenas uma 
pequena porcentagem não concordou com as recentes decisões; o restante, 
todos aderiram às novas ideias. 
 
b) Separar orações coordenadas assindéticas (que não são ligadas 
por conjunção) que exprimam relações de sentido entre si. 
Exemplo: As queimadas destruíram a vegetação; todos os animais 
silvestres foram mortos. 
 
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c) Substituir, de modo facultativo (ou seja, apenas se você 
quiser), a vírgula em orações coordenadas sindéticas adversativas. 
Exemplo: Não concordava com as opiniões dos colegas; contudo, 
respeitava-as. 
 
d) Separar orações coordenadas sindéticas conclusivas, sendo que as 
conjunções se encontram pospostas ao verbo. 
Exemplo: A família era responsável pela garota; precisava, portanto, de 
protegê-la em todas as circunstâncias. 
 
e) Separar itens de uma enumeração e artigos relacionados a decretos, 
sentenças, petições, dentre outros. 
Exemplo: 
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos 
desta Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão 
em virtude de lei; 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou 
degradante; 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
[...] 
 
Constituição Federal de 1988. 
 
5. Ponto de interrogação ( ? ) 
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Utilizado no final das frases interrogativas diretas, pode indicar também 
outros sentimentos por parte do emissor, tais como: surpresa, indignação ou 
revelando uma expectativa diante de um determinado contexto linguístico. 
Exemplos: 
O quê? Não trouxe a encomenda que lhe pedi? 
 
Aqui, não se espera uma resposta para a pergunta. Quem perguntou já 
sabe a resposta e se apresenta com indignação através da pergunta. 
 
Por que não compareceu à festa de aniversário? 
Aqui sim é uma pergunta direta e espera-se uma resposta. 
 
6. Ponto de exclamação ( ! ): 
Usado nas seguintes circunstâncias: 
 
a) Depois de frases que retratem ordem, indiquem espanto, admiração, 
surpresa, dentre outros sentimentos. 
Exemplos: 
Nossa! Não esperava vê-lo aqui. 
Tenha confiança! Obterás um ótimo resultado. 
 
b) Após interjeições e vocativos. 
Exemplos: 
Ah! Não me venha com este discurso fútil. (ah = vocativo) 
Já sei! Foi você, garotinho esperto! (garotinho esperto = vocativo) 
 
c) Diante de frases que exprimam desejo. 
Exemplos: 
Guarda-me, Senhor! 
Que Deus o abençoe! 
 
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- Quando o sentido proferido pelo discurso prescindir ao mesmo tempo de 
interrogação e exclamação, poderão ser utilizados ambos os sinais. 
 
Ex.: Eu, falar com ele?! Nem pensar. 
 
 d) Quando se desejar enfatizar ainda mais o sentimento expresso em 
alguma palavra do texto, haverá a possibilidade de repetir o ponto de 
exclamação. 
Exemplo: Não!!! Já disse que não irei. 
 
 
 
 
7. Travessão ( - ) 
Atribui-se a este sinal a função de: 
 
 a) Indicar a fala de um determinado personagem ou a mudança de 
interlocutor nos diálogos: 
Exemplo: 
- Quando voltarás para cá? 
Seu amigo respondeu: 
- Não sei, por enquanto prefiro ficar por aqui, pois estou investindo muito 
na minha vida profissional. 
 
b) Enfatizar uma palavra, frase ou expressão. 
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Exemplo: Era somente este o objetivo de Carlos ± concluir sua graduação 
e seguir carreira militar. 
 
c) Separar orações intercaladas em substituição à virgula ou aos 
parênteses. 
 Exemplo: São Paulo ± considerada a maior metrópole brasileira ± enfrenta 
problemas de naturezas distintas. 
 
���$VSDV���³���³� 
Hoje em dia, as aspas têm sido muito usadas. Veja em quais situações: 
 
a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma padrão, como 
gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões 
populares. 
Exemplos: 
e�XP�SUD]HU�RXYLU�RV�³FDXVRV´�PLQHiros. (variação regional da fala) 
&RQYHUVDQGR�FRP�R�PHX�VXSHULRU��GHL�D�HOH�XP�³IHHGEDFN´�GR�VHUYLoR�D�
mim requerido. (estrangeirismo) 
Ah, isso já é uma questão de ³TXHUrQFLD´���GLDOHWR�FDLSLUD� neologismo) 
 
b) Indicar uma citação textual. 
([HPSOR�� ³,D� YLDMDU! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, 
FRP�WRGR�VDQJXH�QD�IDFH��GHVIL]�H�UHIL]�D�PDOD´���2�SUD]HU�GH�YLDMDU�± Eça de 
Queirós) 
 
 
Se, dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a 
utilização de novas aspas, estas serão simSOHV���µ��� 
 
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Em caso de redação: 
O uso mais comum das aspas em redação é em citações. As bancas de 
correção valorizam bastante esse recurso, pois mostra conhecimento de 
mundo por parte do candidato e capacidade de dialogar com outras áreas 
do conhecimento. Um texto que traz uma citação inteligente e coerente com 
o tema fica mais interessantee valorizado. 
Cuidado apenas com as gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, 
arcaísmos e expressões populares, não as utilizem em redações. Expressões 
assim não são bem-vindas em um texto dissertativo argumentativo. 
 
 
Deixei o mais legal e o que mais cai em provas de concurso para o 
final! Sim, as vírgulas, que tantos alunos temem! Vamos vencer esse 
desafio? 
 
 
 
 
9. Vírgula ( , ) 
 O sinal de pontuação com maior número de erros e também que vai te 
garantir a chance de ganhar aqueles pontinhos importantíssimos é a VÍRGULA. 
Sim, pois cai sempre nas provas! É usada para marcar uma pausa do 
enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, 
apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam 
uma unidade sintática. 
 
Por exemplo: Adelaide, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena. 
 
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A unidade sintática formada neste exemplo é Adelaide foi a ganhadora da 
Sena. O sintagma entre as vírgulas apenas adiciona informação à unidade 
sintática. 
 
 
Então... podemos concluir que, quando há uma relação sintática 
entre termos da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula! 
 
 
 
NÃO se separam por vírgula: 
a) predicado de sujeito; 
b) objeto de verbo; 
c) adjunto adnominal de nome; 
d) complemento nominal de nome; 
e) predicativo do objeto do objeto; 
f) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja 
apositiva nem apareça na ordem inversa). 
 
 
 
A vírgula no interior da oração 
 
É utilizada nas seguintes situações: 
a) Separar o vocativo. 
Exemplos: 
Maria, traga-me uma xícara de café. 
A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país. 
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b) Separar apostos. 
Exemplo: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem. 
 
c) Separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado. 
Exemplos: 
Chegando de viagem, procurarei por você. 
As pessoas, muitas vezes, são falsas. 
 
d) Separar elementos de uma enumeração. 
Exemplo: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras. 
 
e) Isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo. 
Exemplo: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã, podemos nos 
encontrar para acertar a viagem. 
 
f) Separar conjunções intercaladas. 
Exemplo: Não havia, porém, motivo para tanta raiva. 
 
g) Separar o complemento pleonástico antecipado. 
Exemplo: A mim, nada me importa. 
 
h) Isolar o nome de lugar na indicação de datas. 
Exemplo: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001. 
 
i) Separar termos coordenados assindéticos. 
Exemplo: "Lua, lua, lua, lua, por um momento meu canto contigo 
compactua..." (Caetano Veloso) 
 
j) Marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo). 
Exemplo: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir) 
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k) Termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem dispensam o 
uso da vírgula. 
Exemplos: 
Conversaram sobre futebol, religião e política. 
Não se falavam nem se olhavam. 
Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará. 
 
Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade 
de dar ênfase, o uso da vírgula passa a ser obrigatório. 
Exemplo: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo 
dia. 
 
A vírgula entre orações 
É utilizada nas seguintes situações: 
 
a) Separar as orações subordinadas adjetivas explicativas. 
Exemplo: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio 
de Janeiro. 
 
b) Separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto 
as iniciadas pela conjunção e). 
Exemplos: 
Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o trabalho. 
Estudou muito, mas não foi aprovado no exame. 
 
 
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ATENÇÃO! 
 
Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e: 
 
1) quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes. 
 Exemplo: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais 
pobres. (ricos é o sujeito de uma oração e pobres da outra). 
2) quando a conjunção e vier repetida com a finalidade de dar ênfase 
(polissíndeto). 
Exemplo: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria. 
3) quando a conjunção e assumir valores distintos da adição 
(adversidade, consequência, por exemplo). 
Exemplo: Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada. 
 
c) Separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou 
reduzidas), principalmente se estiverem antepostas à oração principal. 
Exemplo: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda 
mais; e fugindo com o corpo apresentou o gancho." (O selvagem - José de 
Alencar) 
 
d) Separar as orações intercaladas. 
Exemplo: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em 
estar plantando..." 
 
e) Separar as orações substantivas antepostas à principal. 
Exemplo: Quanto custa viver, realmente não sei. 
 
 
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Agora vai um dica perigosa! Rsrs! 
Sempre que você tiver dúvida em uma questão discursiva, 
recomenda-se, como bom senso, não usar a vírgula, pois não usá-la 
caracteriza um pecado menor do que o uso indevido. Se você não usar 
a vírgula onde ela é necessária, pode ter ser considerado 
esquecimento, porém colocá-la a mais é considerado desvio das 
normas da gramática. 
 
A partir daqui, eu proponho uma lista de exercícios para fixar as regras, 
compreender e praticar o conteúdo dado. Antes disso, deixo um texto sobre 
vírgulas para demonstrar o tamanho da importância delas. Bons estudos! 
 
O USO BEM HUMORADO DA VÍRGULA 
 
Vírgula pode ser uma pausa... ou não. 
Não, espere. 
Não espere. 
Ela pode sumir com seu dinheiro. 
23,4. 
2,34. 
Pode ser autoritária. 
Aceito, obrigado. 
Aceito obrigado. 
Pode criar heróis. 
Isso só, ele resolve. 
Isso só ele resolve. 
E vilões. 
Esse, juiz, é corrupto. 
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Esse juiz é corrupto. 
Ela pode ser a solução. 
Vamos perder, nada foi resolvido. 
Vamos perder nada, foi resolvido. 
A vírgula muda uma opinião. 
Não queremos saber. 
Não, queremos saber. 
Uma vírgula muda tudo. 
 
 
 
 
 
TEXTO 3 ± A FAMÍLIAMUDOU 
Teresinha Saraiva 
 
Nasci e vivi minha infância numa família constituída por três gerações, 
vivendo sob o mesmo teto, harmoniosa e amorosamente: meus avós, meus 
pais, meus tios casados, minhas tias solteiras e nós, os oito netos. Éramos 20 
pessoas. Os homens trabalhavam e as mulheres dedicavam-se à gerência da 
casa e à educação das crianças. Na minha família só havia, inicialmente, uma 
mulher que trabalhava fora, minha mãe, que era professora. Muitos anos 
depois, três de minhas tias solteiras foram trabalhar fora. 
Lembro-me até hoje, embora muitas décadas tenham se passado, da 
enorme sala de jantar, com uma grande mesa retangular onde se sentavam 12 
adultos, para as refeições e para as prolongadas conversas, e uma mesa oval, 
onde se sentavam as oito crianças e adolescentes ± os netos. 
Vivi uma infância tranquila numa família nuclear unida. Minha 
adolescência e juventude já foi passada numa família constituída por meus 
pais, ambos trabalhando e contribuindo para o sustento da família, meu irmão 
e eu. Todos os domingos nos reuníamos à família inicial, na enorme casa da 
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Rua do Bispo, hoje integrando o espaço físico ocupado pela Universidade 
Estácio de Sá, em inesquecíveis almoços e ceias. 
A família brasileira mudou. 
 
01. (Pref. De Florianópolis ± 2014 ± Administrador ± FGV) ³1D�
minha família só havia, inicialmente, uma mulher que trabalhava fora, minha 
mãe, que era professora. Muitos anos depois, três de minhas tias solteiras 
IRUDP�WUDEDOKDU�IRUD´�� 
A regra para o emprego de vírgula devidamente exemplificada é: 
a) orDomR�DGYHUELDO�DQWHFLSDGD��³QD�PLQKD�IDPtOLD�Vy�KDYLD����´�� 
E��WHUPR�H[SOLFDWLYR��³��LQLFLDOPHQWH�´�� 
F��SUHVHQoD�GH�XP�DSRVWR��³��PLQKD�PmH�´�� 
G��RUDomR�DGMHWLYD�UHVWULWLYD��³��TXH�HUD�SURIHVVRUD´�� 
H��WHUPRV�GH�XPD�HQXPHUDomR��³0XLWRV�DQRV�GHSRLV����´� 
 
Comentário: a única alternativa com a justificativa correta para a vírgula é 
a C. Vou analisar todo o trecho justificando o uso das vírgulas: 
³1D� PLQKD� IDPtOLD� Vy� KDYLD�� inicialmente, (vírgula antes e depois de 
³LQLFLDOPHQWH´� XVDGDV� SDUD� LVRODU� DGMXQWR� Ddverbial isolado) uma 
mulher que trabalhava fora, minha mãe, (vírgulas isolando o aposto 
H[SOLFDWLYR�³PLQKD�PmH´��que era professora. Muitos anos depois, (vírgula 
para isolar adjunto adverbial) três de minhas tias solteiras foram trabalhar 
IRUD´�� 
Sendo assim, concluímos: 
D�� RUDomR� DGYHUELDO� DQWHFLSDGD�� ³QD� PLQKD� IDPtOLD� Vy� KDYLD����´�� - 
ERRADO. Trata-VH� GH� XP� SHUtRGR� FRPSRVWR� SRU� GXDV� RUDo}HV�� ³QD� PLQKD�
família só havia uma mulher que trabalhava IRUD´�� $V� YtUJXODV� Vy� IRUDP�
usadas para separar o adjunto advHUELDO� ³LQLFLDOPHQWH´� TXH� IRL� interposto ao 
período. 
E�� WHUPR� H[SOLFDWLYR�� ³�� LQLFLDOPHQWH�´�� - (55$'2�� ³,QLFLDOPHQWH´� p�
adjunto adverbial de tempo. 
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F��SUHVHQoD�GH�XP�DSRVWR��³��PLQKD�PmH�´��- CORRETO. Explica quem era 
a única mulher que trabalhava fora. 
G��RUDomR�DGMHWLYD�UHVWULWLYD��³��TXH�HUD�SURIHVVRUD´��ERRADO - as orações 
UHVWULWLYDV�QmR�DSDUHFHP�VHSDUDGDV�SRU�YtUJXODV��$�RUDomR�³TXH�HUD�SURIHVVRUD´�
é explicativa e a vírgula antes dela foi usada tanto para isolar o aposto 
explicativo quanto para isolar a oração. 
H�� WHUPRV� GH� XPD� HQXPHUDomR�� ³0XLWRV� DQRV� GHSRLV����´� ± ERRADO. 
³0XLWRV�DQRV�GHSRLV´�p�XP�DGMXQWR�DGYHUELDO�GH�WHPSR�� 
GABARITO: C 
 
Atenção! A charge a seguir se refere à questão. 
 
 
 
02. (PROCEMPA ± 2014 ± Analista em TI e Comunicação ± FGV) Na 
IUDVH�³Adão, nós somos unissex!", a vírgula se justifica 
a) pela antecipação de um adjunto adverbial. 
b) pela presença de um vocativo 
c) pelo destaque de um aposto. 
d) pela indicação de uma interjeição. 
e) pela inversão da ordem direta. 
 
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&RPHQWiULR�� FDURV� DOXQRV�� ³$GmR´� HVWi� LVRODGR� SRU� YtUJXODV� SRU� VHU� R�
vocativo da oração. É com ele que a Eva está falando. 
Relembrando... 
Vocativo é o termo da oração usado para interpelar, chamar, invocar o 
interlocutor. 
GABARITO: B 
 
ANTES QUE A FONTE SEQUE 
José Carlos Tórtima, O Globo, 04/10/2014 
 
Na deslumbrada primeira visão da nossa terra, Pero Vaz de Caminha, o 
empolgado escrivão da frota de Cabral, não conteria a euforia ao anunciar, em 
sua célebre epístola ao rei Dom Manuel, que as águas da nova colônia eram 
QmR�Vy�PXLWDV��PDV�³LQILQGDV´��6y�QmR� LPDJLQDYD�&DPLQKD�TXH�FRP�VXD�EHOD�
carta de apresentação da ambicionada Índia Ocidental aos nossos ancestrais 
lusitanos poderia estar lançando as sementes da arraigada e onipresente 
cultura de esbanjamento do precioso líquido e do mito de sua inesgotabilidade. 
Cultura esta que até hoje se faz presente nas cenas de desperdício explícito 
nas cidades e no campo. E também na timidez de políticas públicas 
direcionadas à preservação e ao bom uso das reservas do mineral. 
 
03. (TJ-RJ ± 2014 ± Técnico de Atividade Judiciária ± FGV) Quanto 
ao emprego ou omissão da vírgula, houve afastamento da orientação 
gramatical em: 
D��³QD�GHVOXPEUDGD�SULPHLUD�YLVmR�GD�QRVVD�WHUUD��3HUR�9D]�GH�&DPLQKD��
R�HPSROJDGR�HVFULYmR�GD�IURWD�GH�&DEUDO����´�� 
E��³QmR�FRQWHULD�D�HXIRULD�DR�DQXQFLDU��HP�VXD�FpOHEUH�HStVWROD�DR�UHL�'RP�
Manuel, que as águas da nova colônia eram não Vy�PXLWDV��PDV�³LQILQGDV´�� 
F��³Vy�QmR�LPDJLQDYD�&DPLQKD�TXH�FRP�VXD�EHOD�FDUWD�GH�DSUHVHQWDomR�GD�
ambicionada Índia Ocidental aos nossos ancestrais lusitanos poderia estar 
ODQoDQGR�DV�VHPHQWHV�GD�DUUDLJDGD�H�RQLSUHVHQWH�FXOWXUD�GH�HVEDQMDPHQWR���´�� 
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G�� ³cultura esta que até hoje se faz presente nas cenas de desperdício 
H[SOtFLWR�QDV�FLGDGHV�H�QR�FDPSR´�� 
H��³H�WDPEpP�QD�WLPLGH]�GH�SROtWLFDV�S~EOLFDV�GLUHFLRQDGDV�j�SUHVHUYDomR�
H�DR�ERP�XVR�GDV�UHVHUYDV�GR�PLQHUDO´�� 
 
Comentário: vamos analisar as alternativas: 
D��³na deslumbrada primeira visão da nossa terra, (vírgula que separa o 
adjunto adverbial longo anterior) Pero Vaz de Caminha, o empolgado 
escrivão da frota de Cabral,´���YtUJXODV� LVRODQGR�R�DSRVWR�³R�HPSROJDGR�
HVFULYmR�GD�IURWD�GH�&DEUDO´� - CORRETA. 
E��³QmR�FRQWHULD�D�HXIRULD�DR�DQXQFLDU��em sua célebre epístola ao rei Dom 
Manuel, (termo entre vírgulas: adjunto adverbial) que as águas da nova 
colônia eram não só muitas, mas (vírgula antes da conjunção 
adversativa) ³LQILQGDV´��- CORRETA. 
c) ³Vy�QmR�imaginava Caminha que com sua bela carta de apresentação da 
ambicionada Índia Ocidental aos nossos ancestrais lusitanos (longo termo 
intercalado entre sujeito ± Caminha ± e o verbo ± poderia - deveria 
estar obrigatoriamente entre vírgulas) poderia estar lançando as 
VHPHQWHV�GD�DUUDLJDGD�H�RQLSUHVHQWH�FXOWXUD�GH�HVEDQMDPHQWR���´��- ERRADA. 
$�PDQHLUD�FRUUHWD�GH�SRQWXDU�p�D�VHJXLQWH��³Vy�QmR� LPDJLQDYD�&DPLQKD�TXH��
com sua bela carta de apresentaçãoda ambicionada Índia Ocidental aos 
nossos ancestrais lusitanos, poderia estar lançando as sementes da arraigada 
H�RQLSUHVHQWH�FXOWXUD�GH�HVEDQMDPHQWR���´�� 
G�� ³FXOWXUD� HVWD� TXH� DWp� KRMH� VH� ID]� SUHVHQWH� QDV� FHQDV� GH� GHVSHUGtFLR�
H[SOtFLWR� QDV� FLGDGHV� H� QR� FDPSR´�� - CORRETA. Não justificaria o uso de 
virgulas entre os termos desse período. O adjunto adverbial de lugar veio no 
final da oração, o que dispensa o uso da vírgula. 
H��³H�WDPEpP�QD�WLPLGH]�GH�SROtWLFDV�S~EOLFDV�GLUHFLRQDGDV�j�SUHVHUYDomR�
H� DR� ERP� XVR� GDV� UHVHUYDV� GR� PLQHUDO´�� &255(7$�� $� FRQMXQomR� ³H´� ID]� D�
ligação entre os termos coordenados, não havendo necessidade de uso da 
vírgula. 
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GABARITO: C 
 
Brasileiro, Homem do Amanhã 
(Paulo Mendes Campos) 
 
Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o 
Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas 
da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a 
capacidade de adiar. 
A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no 
Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, 
direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso. 
Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo 
(nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no 
Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é 
mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto 
inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira. 
Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, 
reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada). 
Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do 
mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente 
um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto 
qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo 
à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que 
vem. 
Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, 
mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o 
almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o 
pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de 
vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o 
concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, 
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as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são 
mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a 
promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição 
sacrossanta no Brasil. 
Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do 
Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir 
que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem 
DTXHOH� IDPRVR� SRHPD� FXMR� UHIUmR� p� VLQWRPDWLFDPHQWH� EUDVLOHLUR�� ³6H� HX�
PRUUHVVH�DPDQKm�´��&RPR�VH�Yr��QHP�RV�URPkQWLFRV�DFHLWDYDP�PRUUHU�KRMH��
postulando a Deus prazos mais confortáveis. 
Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo 
que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o 
português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o 
espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o 
americano escolhe sempre a gravata mais colorida. 
O brasileiro adia, logo existe. 
A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga 
transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. 
Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção 
quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações 
essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de 
embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou 
o seguinte tópico: 
Palavras 
Hier: ontem 
$XMRXUG¶KXL��KRMH� 
Demain: amanhã 
A única SDODYUD�LPSRUWDQWH�p�³DPDQKm´�� 
Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a 
semana que vem. 
 
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04. (FUNARTE ± 2014 ± Contador ± FGV) O emprego dos dois pontos 
(:) mostra uma finalidade diferente das demais no seguinte segmento do 
texto: 
D��³$GLDPRV�WXGR��R�EHP�H�R�PDO��R�ERP�H�R�PDX��TXH�QmR�VH�FRQIXQGHP��
PDV�WDQWDV�YH]HV�VH�GHVHPSDUHOKDP´�� 
E�� ³0HVPR assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou 
WULPHVWUDO�GD�UHIRUPD��XPD�LQVWLWXLomR�VDFURVVDQWD�QR�%UDVLO´�� 
F��³1mR��p�PDLV��p�EHP�PDLV�IRUWH�GR�TXH�TXDOTXHU�SULQFtSLR�GD�YRQWDGH��p�
um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente 
raça brasileira; 
G�� ³-i� ÈOYDUHV� GH� $]HYHGR� WHP� DTXHOH� IDPRVR� SRHPD� FXMR� UHIUmR� p�
VLQWRPDWLFDPHQWH�EUDVLOHLUR��³6H�HX�PRUUHVVH�DPDQKm�´�� 
H�� ³$� FRLVD�GHX�HP� UHIOH[R� FRQGLFLRQDGR��SURSRVWR�TXDOTXHU� SUREOHPD�D�
um brasileiro, ele reage de pronto..�´�� 
 
Comentário: vamos analisar a finalidade do uso dos dois pontos (:) nas 
alternativas para encontrar aquela que traz um uso diferente das demais: 
D��³$GLDPRV�WXGR��R�EHP�H�R�PDO��R�ERP�H�R�PDX��TXH�QmR�VH�FRQIXQGHP��
PDV�WDQWDV�YH]HV�VH�GHVHPSDUHOKDP´��- ACRÉSCIMO DE INFORMAÇÃO. 
E�� ³0HVPR� DVVLP�� Ki� UHPpGLR� SDUD� D� SURPLVVyULD�� R� DGLDPHQWR� EL� RX�
WULPHVWUDO� GD� UHIRUPD�� XPD� LQVWLWXLomR� VDFURVVDQWD� QR� %UDVLO´�� - 
EXPLICAÇÃO/EXPLICITAÇÃO/ESCLARECIMENTO de um texto anterior. 
F��³1mR��p�PDLV��p�EHP�PDLV�IRUWH�Go que qualquer princípio da vontade: é 
um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente 
raça brasileira; - EXPLICAÇÃO/EXPLICITAÇÃO/ESCLARECIMENTO de um texto 
anterior. 
G�� ³-i� ÈOYDUHV� GH� $]HYHGR� WHP� DTXHOH� IDPRVR� SRHPD� FXMR� UHIUmR� p�
VLQWRPDWLFDPHQWH� EUDVLOHLUR�� ³6H� HX� PRUUHVVH� DPDQKm�´�� - 
EXPLICAÇÃO/EXPLICITAÇÃO/ESCLARECIMENTO de um texto anterior. 
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H�� ³$� FRLVD�GHX�HP� UHIOH[R� FRQGLFLRQDGR��SURSRVWR�TXDOTXHU� SUREOHPD�D�
XP� EUDVLOHLUR�� HOH� UHDJH� GH� SURQWR���´�� - 
EXPLICAÇÃO/EXPLICITAÇÃO/ESCLARECIMENTO de um texto anterior. 
Apenas na alternativa A percebemos uma finalidade diferente do uso dos 
dois pontos. 
GABARITO: A 
 
 
 
05. (FUNARTE ± 2014 ± Fisioterapia ± FGV) A frase que registra o 
pensamento pode ser reescrita de forma adequada do seguinte modo: 
a) Ele é tão novo, que já conhece o sistema; 
b) Ele é bem novo, já conhece, porém, o sistema; 
c) Ele é bem novo, embora conheça o sistema; 
d) Por ser novo, ele conhece o sistema; 
e) Ele é muito novo, logo conheceo sistema. 
 
Comentário: o que é esperado de alguém tão novo quanto uma criança? 
4XH� 1­2� FRQKHoD� R� WDO� VLVWHPD�� $JRUD�� REVHUYH�� R� ³H´�� HP� ³WmR� QRYR�� H� Mi�
conhece R� VLVWHPD´�� não é aditivo! Ele é usado com valor ADVERSATIVO e 
SRGH� VHU� VXEVWLWXtGR� SHOR� ³PDV´�� SRU� H[HPSOR�� RX� SRU� TXDOTXHU� RXWUD�
conjunção que expresse a ideia de oposição (contudo, todavia, no entanto, 
porém...). Atente ainda para o fato de que, quando R� ³H´� p� XVDGR� FRPR�
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conjunção adversativa, deve vir precedido de vírgula obrigatoriamente, como 
aconteceu corretamente no pensamento da charge. 
Para manter o sentido original da texto, é preciso que a reescrita do 
pensamento mantenha a ideia de oposição. Vamos analisar as alternativas: 
a) Ele é tão novo, que já conhece o sistema; - CONSECUTIVO - ERRADA. 
b) Ele é bem novo, já conhece, porém, o sistema; - Manteve-se a ideia 
DGYHUVDWLYD�FRP�D�FRQMXQomR�³SRUpP´��&255(7$�� 
c) Ele é bem novo, embora conheça o sistema; - CONCESSIVO 
d) Por ser novo, ele conhece o sistema; - CAUSAL 
e) Ele é muito novo, logo conhece o sistema. ± CONCLUSIVO. 
GABARITO: B 
 
Texto base para as duas próximas questões: 
 
CIDADE URGENTE 
 
Os problemas da expansão urbana estão na conversa cotidiana dos 
PLOK}HV�GH�EUDVLOHLURV�TXH�YLYHP�HP�JUDQGHV�FLGDGHV�H�VDEHP�³RQGH�R�VDSDWR�
DSHUWD´�� 6mR� UHIpQV� GR� PHWU{� H� GR� {QLEXV�� GDV� HQFKHQWHV�� GD� YLROrQFLD�� GD�
precariedade dos serviços públicos. No vestibular, todo estudante depara com 
D� ³TXHVWmR� XUEDQD´� H� os pesquisadores se debruçam sobre o assunto, que 
também é parte significativa da pauta dos meios de comunicação. 
Não poderia ser diferente: com 85% da população nas cidades (chegará a 90% 
ao final desta década), quem pode esquecer a relevância do tema? 
Parece incrível, mas os grandes operadores do sistema econômico e político 
tratam os problemas das cidades como grilos que irritam ao estrilar. Passados 
os incômodos de cada crise, quem ganha dinheiro no caos urbano toca em 
frente seus negócios e quem ganha votos, sua campanha. Só alguns 
movimentos populares e organizações civis - Passe Livre, Nossa São Paulo e 
outros - insistem em plataformas, debates e campanhas para enfrentar os 
problemas e encontrar soluções sustentáveis. 
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A criação do Ministério das Cidades, no governo Lula, fazia supor que o 
Brasil enfrentaria o desafio urbano, integrando as políticas públicas no âmbito 
municipal, estabelecendo parâmetros de qualidade de vida e promovendo boas 
práticas. Passados quase 12 anos, o ministério é mais um a ser negociado nos 
arranjos eleitorais. 
A gestão é fragmentada, educação para um lado e saúde para outro, 
habitação submetida à especulação imobiliária, saneamento à espera de 
recursos que vão para as grandes obras de fachada, transporte inviabilizado 
por um século de submissão ao mercado do petróleo. A fragmentação vem do 
descompasso entre União, Estados e municípios, desunidos por um pacto 
antifederativo, adversários na disputa pelos tributos que se sobrepõem nas 
costas dos cidadãos. 
(....) Uma nova gestão urbana pode nascer com a participação das 
organizações civis e movimentos sociais que acumularam experiências e 
conhecimento dos moradores das periferias e usuários dos serviços públicos. 
Quem vive e estuda os problemas, ajuda a achar soluções. 
Marina Silva, Folha de São Paulo, 7/1/2014. 
 
06. (DPE-RJ ± 2014 ± Defensoria Pública ± FGV) No primeiro 
SDUiJUDIR� GR� WH[WR� R� VHJPHQWR� ³RQGH� R� VDSDWR� DSHUWD´� DSDUHFH� HQWUH� DVSDV�
porque 
a) mostra uma frase sem respeito pela norma culta. 
b) indica o tópico central do parágrafo. 
c) destaca uma ironia da autora do texto. 
d) copia uma expressão popular. 
e) enfatiza uma ideia importante do texto. 
 
Comentário: QR�LQtFLR�GR�WH[WR��WHPRV�³2V�SUREOHPDV�GD�H[SDQVmR�XUEDQD�
estão na conversa cotidiana dos milhões de brasileiros que vivem em grandes 
FLGDGHV�H�VDEHP�µRQGH�R�VDSDWR�DSHUWD¶�´ 
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$� H[SUHVVmR� SRSXODU� FRORTXLDO� ³RQGH� R� VDSDWR� DSHUWD´� GHYH� YLU�
obrigatoriamente isolada por virgulas. 
GABARITO: D 
 
07. (DPE-RJ ± 2014 ± Defensoria Pública ± FGV) ³3DUHFH�LQFUtYHO������
mas os grandes operadores do sistema econômico e político tratam os 
problemas das cidades como grilos que irritam ao estrilar. Passados os 
incômodos de cada crise, (2) quem ganha dinheiro no caos urbano toca em 
frente seus negócios e quem ganha votos, (3) sua campanha. Só alguns 
movimentos populares e organizações civis ± Passe Livre, (4) Nossa São Paulo 
e outros ± insistem em plataformas, (5) debates e campanhas para enfrentar 
os problemas e encoQWUDU�VROXo}HV�VXVWHQWiYHLV´�� 
Nesse parágrafo do texto aparecem cinco casos de emprego de vírgulas 
devidamente numerados; os números que indicam casos em que a vírgula foi 
empregada em função de idênticos motivos são 
a) 1/2. 
b) 1/3. 
c) 2/3. 
d) 3/4. 
e) 4/5. 
 
Comentário: analisando os motivos para o uso das vírgulas, podemos 
encontrar o uso que coincide: 
1 ± LVRODU�RUDomR�FRRUGHQDGD�DGYHUVDWLYD�LQWURGX]LGD�SHOR�³PDV´��³mas os 
grandes operadores do sistema econômico e político tratam os problemas das 
FLGDGHV�FRPR�JULORV�TXH�LUULWDP�DR�HVWULODU´ 
2 ± isolar a oração reduzida adverbial GH� SDUWLFtSLR� ³3DVVDGRV� RV�
LQF{PRGRV�GH�FDGD�FULVH´ com ideia temporal que está deslocada. 
3 ± usada para marcar elipVH�GR�YHUER�³WRFDU´�� 
4 - enumeração dH�WHUPRV�VLQWDWLFDPHQWH�LJXDLV��QR�FDVR�³3DVVH�/LYUH´�H�
³1RVVD�6mR�3DXOR´�� 
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5 - enumeração GH�WHUPRV�VLQWDWLFDPHQWH� LJXDLV��QR�FDVR�³SODWDIRUPDV´��
³GHEDWHV´� 
As vírgulas marcadas por 4 e 5 foram usadas pelo mesmo motivo. 
GABARITO: E 
 
XÓPIS 
 
Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus 
antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as 
passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se 
você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que 
aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, 
pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da 
rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas 
exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) 
templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja 
existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas 
pelos males da rua. 
Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que 
são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe 
do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização 
do planeta teveseu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes 
centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma 
ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são 
exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do 
calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas 
manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como 
privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis 
tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A 
perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão. 
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As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e 
saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de 
consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à 
parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o 
choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a 
um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa 
realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a 
mentira dos xópis. 
(Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 
 
08. (DPE-RJ ± 2014 ± Administração ± FGV) ³Seus antecedentes 
diretos são as galerias de comércio de Leeds, (1) na Inglaterra, e as passagens 
de Paris pelas quais flanava, (2) encantado, o Walter Benjamin. Ou, (3) se 
YRFr�TXLVHU�LU�PDLV�ORQJH��RV�ED]DUHV�GR�2ULHQWH´�� 
Nesse segmento do texto há três ocorrências de uso da vírgula 
devidamente numeradas; a afirmativa correta sobre o seu emprego é. 
a) as ocorrências se justificam por três razões diferentes. 
b) as duas primeiras ocorrências se justificam pelo mesmo motivo. 
c) as três ocorrências se justificam pela mesma regra de pontuação. 
d) as ocorrências (1) e (3) se justificam pelo mesmo princípio. 
e) as ocorrências (2) e (3) se justificam pelo mesmo motivo. 
 
Comentário: vamos entender o uso das vírgulas no trecho: 
1) Vírgulas usadas para isolar adjunto adverbial deslocado (que não está 
fechando a oração). 
2) Vírgulas isolando um adjetivo que está exercendo função sintática de 
predicativo do sujeito. Quando deslocado, deve vir sempre entre vírgulas. A 
ordem natural do predicativo é no final do período. 
3) Vírgulas usadas para isolar oração subordinada adverbial condicional, 
que também está deslocada da ordem direta, o que exige o uso das vírgulas. 
GABARITO: A 
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Texto base para as duas próximas questões: 
 
 
 
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09. (CGE-MA ± 2014 ± Auditor ± FGV) Assinale a alternativa em que se 
deixou de empregar uma vírgula, contrariando as regras de pontuação. 
a) ³Quando surgiu e se popularizou o automóvel anunciou-se uma utopia 
possível´� 
b) ³1R� IXWXUR� SUHYLVWR� RV� FDUURV� RIHUHFHULDP� WUDQVSRUWH� UiSLGR� H� OD]HU�
inédito em estradas magnetizadas para guiá-los mesmo sem motorista´�� 
c) ³Isso se os carros não voassem, ou se não houvesse um helicóptero em 
cada garagem´� 
d) ³Nada disso aconteceu´� 
e) ³Foi outra utopia que pifou´�� 
 
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Comentário: vamos analisar cada alternativa: 
a) Quando surgiu e se popularizou o automóvel, anunciou-se uma utopia 
possível´�� DV� GXDV� RUDo}HV� TXH� LQLFLDP� R� WUHFKR� HVWmR� FRRUGHQDGDV� HQWUH� VL��
mas são subordinadas a RUDomR� SULQFLSDO� ³DQXQFLRX-VH� XPD�XWRSLD� SRVVtYHO´��
Estando a subordinada adverbial deslocada, a vírgula é obrigatória. ³Quando´ 
é uma conjunção temporal. ± ERRADA. 
b) No futuro previsto (adjunto adverbial de tempo, considerado "pequeno" 
para a banca, portanto, sem vírgula) os carros (sujeito) ofereceriam transporte 
rápido e lazer inédito em estradas magnetizadas para guiá-los mesmo sem 
motorista´�� ± CORRETA. 
c) Isso se os carros não voassem, ou se não houvesse um helicóptero em 
cada garagem´�� UHODomR� GH alternância entre orações coordenadas, vírgula é 
obrigatória. - CORRETA. 
d) ³Nada disso aconteceu´�� ³Nada´ é sujeito, jamais o sujeito deve ser 
separado do verbo. ± CORRETA. 
H�� ³Foi outra utopia que (pronome relativo) pifou´�� �4XH� SLIRX��� RUDomR�
subordinada adjetiva restritiva (não isolada por vírgula), se for colocada 
vírgula, ela passará a ser explicativa. ± CORRETA. 
GABARITO: A 
 
10. (CGE-MA ± 2014 ± Auditor ± FGV) ³Platão imaginou uma república 
idílica em que os governantes seriam filósofos, ou os filósofos governantes´�� 
Sobre os componentes desse segmento do texto, assinale a afirmativa 
incorreta 
a) R�SURQRPH�UHODWLYR�³TXH´�VH�UHIHUH�DR�DQWHFHGHQWH�³república´�� 
b) R�WHUPR�³HP�TXH´�QmR�SRGH�VHU�VXEVWLWXtGR�SRU�³RQGH´ 
c) D�IRUPD�YHUEDO�³VHULDP´�LQGLFD uma possibilidade. 
d) D�FRQMXQomR�³RX´�LQGLFD�XPD�DOWHUQDWLYD�� 
e) RV�WHUPRV�³filósofos´�H�³governantes´�GHYHP�VHU�VHSDUDGRV�SRU�YtUJXOD�� 
 
 
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&RPHQWiULR��QR�WUHFKR�³Platão imaginou uma república idílica em que os 
governantes seriam filósofos, ou os filósofos governantes´�� 
a) R�SURQRPH�UHODWLYR�³TXH´�VH�UHIHUH�DR�DQWHFHGHQWH�³república´��± CORRETA. 
b) R�WHUPR�³HP�TXH´�QmR�SRGH�VHU�VXEVWLWXtGR�SRU�³RQGH´ ± ERRADA. Pode 
VLP��2�³HP�TXH´�VXEVWLWXLQGR�XPD�LGHLD�ORFDWLYD��QR�FDVR�³UHS~EOLFD´��SRGH�VHU�
substituídR�SRU�³RQGH´�� 
c) D� IRUPD� YHUEDO� ³VHULDP´� LQGLFD� XPD� SRVVLELOLGDGH� ± CORRETA. 
Hipótese! Futuro do pretérito! 
d) D�FRQMXQomR�³RX´�LQGLFD�XPD�DOWHUQDWLYD��± &255(7$��$�FRQMXQomR�³RX´�
indica uma escolha: uma coisa OU outra. 
e) RV�WHUPRV�³filósofos´�H�³governantes´�GHYHP�VHU�VHSDUDGRV�SRU�YtUJXOD�� 
± A banca deu esta alternativa como CORRETA, embora haja discordâncias... 
na verdade, a alternativa está mal formulada, pois parece tratar-se dos termos 
³ILOyVRIRV´�H�³ILOyVRIRV�JRYHUQDQWHV´�� 
GABARITO: B 
 
Texto base para as duas próximas questões. 
 
 
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11. (CONDER ± 2013 ± Advogado ± FGV) 
³Só as duas maiores, São Paulo e Rio de Janeiro, reúnem 20% da população u 
urbana brasileira´� 
Assinale a forma de reescrever-se essa frase do texto, que 
mantém o seu sentido original. 
a)As duas maiores, São Paulo e Rio de Janeiro, só reúnem 20% da popula
ção urbana brasileira. 
b) As duas maiores, São Paulo e Rio de Janeiro, reúnem só 20% 
da população urbana brasileira.c) Só São Paulo e Rio de Janeiro, as duas maiores, reúnem 20% 
da população urbana brasileira. 
d) São Paulo e Rio de Janeiro, só as duas maiores, reúnem 20% 
da população urbana brasileira. 
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e) São Paulo e Rio de Janeiro, as duas maiores, reúnem 20% só 
da população brasileira. 
 
Comentário: questão que envolve não só pontuação, mas semântica! 
Muita atenção! No texto original: 
³Só as duas maiores, São Paulo e Rio de Janeiro, reúnem 20% da populaç
ão urbana brasileira´� 2�³Vy´�HVWi�OLJDGR�D�³GXDV�PDLRUHV´��6H��QD�UHHVFULWXUD��
R� ³Vy´� HVWLYHU� OLJDGR� D� RXWUR� WHUPo, o sentido será alterado. Vamos analisar 
cada alternativa: 
a)As duas maiores, São Paulo e Rio de Janeiro, só reúnem 20% da popula
ção urbana brasileira. 
2�³Vy´�OLJDGR�DR�YHUER�³UHXQLU´, sentido alterado ± ERRADA. 
b) As duas maiores, São Paulo e Rio de Janeiro, reúnem só 20% 
da população urbana brasileira. 
2�³Vy´�OLJDGR�DR�WHUPR�³����GD�SRSXODomR´ , sentido alterado ± ERRADA. 
c) Só São Paulo e Rio de Janeiro, as duas maiores, reúnem 20% 
da população urbana brasileira. 
2N��³6mR�3DXOR�H�5LR�GH�-DQHLUR´�p�R�VLQ{QLPR�WH[WXDO�GH�³GXDV�PDLRUHV´��
± CORRETA. 
d)São Paulo e Rio de Janeiro, só as duas maiores, reúnem 20% da popula
ção urbana brasileira. 
2�GHVORFDPHQWR�GR�WHUPR�³Vy�DV�GXDV�PDLRUHV´�DOWHURX�R�VHQWLGR�GR�WH[WR��
deixando-o truncado. Ideal seria rHWLUDU�R�³Vy´��± ERRADA. 
e)São Paulo e Rio de Janeiro, as duas maiores, reúnem 20% só da popula
ção brasileira. 
2�³Vy´�OLJDGR�DR�WHUPR�³GD�SRSXODomR, sentido alterado ± ERRADA. 
GABARITO: C 
 
12. (CONDER ± 2013 ± Advogado ± FGV) 
As aspas utilizadas no último parágrafo do texto pretendem: 
a) destacar trechos importantes. 
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b) mostrar trechos copiados de outras fontes. 
c) indicar segmentos que foram resumidos. 
d) criar credibilidade para a reportagem. 
e) mostrar que se trata da presença de outra voz. 
 
Comentário: o trecho final do texto traz a fala de José de Freitas 
Mascarenhas em discurso direto. Uso obrigatório das aspas. 
GABARITO: E 
 
 
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13. (DETRAN-MA ± 2013 Analista de Trânsito ± FGV) Sobre a 
pontuação em "Três fatores criam a confusão: semáforos desligados; 
alagamentos nas ruas; falta de energia." 
Pode-se afirmar corretamente que 
a) os dois pontos antecipam uma enumeração. 
b) as ocorrências de (;) mostram finalidades diferentes. 
c) os (;) mostram elementos em oposição. 
d) a última ocorrência de (;) poderia ser substituída por "ou". 
e) após (:) a palavra seguinte deveria iniciar-se com letra maiúscula. 
 
Comentário: vamos analisar cada alternativa referente ao trecho "Três 
fatores criam a confusão: semáforos desligados; alagamentos nas ruas; falta 
de energia." 
a) os dois pontos antecipam uma enumeração. ± CORRETA. Introduz a 
HQXPHUDomR�GRV�³IDWRUHV´�FLWDGRV�DQWHULRUPHQWH��� 
b) as ocorrências de (;) mostram finalidades diferentes. ± ERRADA. Não, 
as ocorrência do (;) foram para separar elementos equivalentes. 
c) os (;) mostram elementos em oposição. ± ERRADA. Não há oposição, 
há adição de termos. 
d) a última ocorrência de (;) poderia ser substituída por "ou". ± ERRADA. 
6H�D�FRQMXQomR�³RX´�IRU�FRORFDGD�HQWUH�RV�WHUPRV��D�LGHLD�VHUi�GH�DOWHUQkQFLD��
não de adição. 
e) após (:) a palavra seguinte deveria iniciar-se com letra maiúscula. ± 
ERRADA. Não se usa letra maiúscula após (:). 
GABARITO: A 
 
A Nova Praga 
 
Não é preciso ter assistido nem à primeira aula de Latim - no tempo em 
que existia em nossas escolas essa disciplina, cuja ausência foi um desastre 
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para o aprendizado da Língua Portuguesa - para saber que o étimo de nosso 
substantivo areia é o latim "arena". E, se qualquer pessoa sabe disso até por 
um instinto primário, é curioso, para usar um termo educado, como nossos 
locutores e comentaristas de futebol, debruçados sobre um gramado verde-
verdinho, chamam-no de "arena", numa impropriedade gritante. 
 Nero dava boas gargalhadas, num comportamento que já trazia latente a 
sua loucura final, quando via os cristãos lutando contra os leões na arena. 
Nesse caso, se havia rictus de loucura na face do imperador, pelo menos o 
termo era totalmente apropriado: o chão da luta dramática entre homem e 
fera era de areia. Está aí para prová-lo até hoje o Coliseu. 
 (....) Mas - ora bolas! - , se o chão é de relva verdejante, é rigorosamente 
impróprio chamar de "arena" nossos campos de futebol, como fazem hoje. O 
diabo é que erros infelizmente costumam se espalhar como uma peste, e nem 
será exagero dizer que, neste caso, o equívoco vem sendo tão contagioso 
como a peste negra que, em números redondos, matou 50 milhões de pessoas 
na Europa e na Índia no século XIV. E os nossos pobres ouvidos têm sido 
obrigados a aturar os nossos profissionais que transmitem espetáculos 
esportivos se referirem à arena daqui, à arena de lá, à arena não sei de onde. 
Assim, já são dezenas de arenas por esse Brasilzão. O velho linguista e filólogo 
mineiro Aires da Mata Machado Filho (1909-1985), a cujo livro mais conhecido 
peço emprestado O título deste pequeno artigo, deve estar se revirando no 
túmulo diante da violência de tal impropriedade. O bom Alves era cego, ou 
quase isso, mas via como ninguém os crimes cometidos contra o idioma. 
(Marcos de Castro. www.observatoriodaimprensa.com.br) 
 
14. (MPE-MS ± 2013 ± Administrativo ± FGV) No primeiro parágrafo 
do texto há um segmento entre travessões. O emprego desses travessões se 
justifica porque, entre eles, há uma 
a) explicação de um termo anteriormente expresso. 
b) retificação de um erro cometido no período anterior. 
c) observação de caráter pessoal sobre um vocábulo anterior. 
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d) justificativa de um fato citado anteriormente 
e) esclarecimento indispensável sobre um termo dado. 
 
&RPHQWiULR�� YDPRV� UHOHU� R� WUHFKR�� ³1mR� p� SUHFLVR� WHU� DVVLVWLGR� QHP� j�
primeira aula de Latim - no tempo em que existia em nossas escolas essa 
disciplina, cuja ausência foi um desastre para o aprendizado da Língua 
Portuguesa - para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim 
"arena". O trecho que está entre travessões NÃO é indispensável para o texto, 
pode ser retirado sem alterar o sentido original. Também não retifica 
(conserta) o que foi citado anteriormente. É, na verdade, uma informação 
adicional, de cunho pessoal, da parte do autor. Tanto que ele utilizou o termo 
³GHVDVWUH´�SDUD�PDUFDU�D�SUySULD�RSLQLmR�VREUH�R�HQVLQR�GH�ODWLP�QDV�HVFRODV�
antigamente. 
GABARITO: C 
 
 
 
15. (Senado Federal ± 2012 ± Técnico Legislativo ± FGV) Deve-se 
ter muito cuidado ao redigir qualquer enunciado com a palavra "logo", pois 
uma falha de pontuação ou em sua colocação na frase pode levar a substancial 
alteração de sentido. 
Alterando-se a fala do segundo quadrinho, assinale a alternativa em que a 
palavra "logo" apresente sentido unicamente temporal. 
a) Alguém colocará, logo, essa minhoca aí. 
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b) Alguém logo colocará essa minhoca aí. 
c) Alguém colocará logo essa minhoca aí. 
d) Alguém colocará essa minhoca logo aí. 
e) Alguém, logo, colocará essa minhoca aí. 
 
Comentário: 
a) Alguém colocará, logo, essa minhoca aí. ± ERRADA - Pode expressar 
WHPSR� RX� FRQFOXVmR� �R� ³ORJR´� H[SUHVVDQGR� FRQFOXVmR� YHP� VHPSUH� HQWUH�
vírgulas). 
b) Alguém logo colocará essa minhoca aí. ± CORRETA - expressa apenas 
sentido temporal 
c) Alguém colocará logo essa minhoca aí. ± ERRADA - pode expressar 
tempo ou diferenciação: Alguém colocará justamente essa minhoca ai. 
d) Alguém colocará essa minhoca logo aí. ± ERRADA - expressa sentido de 
lugar. 
e) Alguém, logo, colocará essa minhoca aí. ± ERRADA ± expressa apenas 
sentido conclusivo. 
GABARITO: B 
 
16. (Prefeitura de Campinas ± 2013 ± Biologia ± CETRO) De acordo 
com a norma-padrão da Língua Portuguesa e em relação às regras de 
pontuação, assinale a alternativa correta. 
a) Assim, a bactéria Photobacterium damselae, ludibria, os organismos 
infectados, através da toxina, AIP56, pelas duas vias: por um lado, garante 
entrada da toxina nas células, por outro impede a ativação do NF-kb, evitando 
o processo inflamatório, conduzindo à morte das células que deveriam destruir 
a bactéria e defender da infecção. 
b) Assim, a bactéria Photobacterium damselae ludibria os organismos 
infectados, através da toxina AIP56, pelas duas vias: por um lado garante 
entrada da toxina nas células, por outro impede a ativação do NF-kb, evitando 
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o processo inflamatório, conduzindo à morte das células que deveriam destruir 
a bactéria e defender da infecção. 
c) Assim, a bactéria Photobacterium damselae ludibria os organismos 
infectados, através da toxina AIP56, pelas duas vias: por, um lado, garante 
entrada da toxina, nas células, por outro impede a ativação do NF-kb, evitando 
o processo inflamatório, conduzindo à morte das células que deveriam destruir 
a bactéria e defender da infecção. 
d) Assim a bactéria Photobacterium damselae ludibria os organismos 
infectados, através da toxina AIP56, pelas duas vias: por um lado garante 
entrada da toxina nas células, por outro, impede a ativação do NF-kb, 
evitando, o processo inflamatório, conduzindo, à morte das células que 
deveriam destruir a bactéria e defender da infecção. 
 
Comentário: apenas a B está correta. Vejamos o erro das outras: 
A ± QR� WUHFKR� ³OXGLEULD�� RV� RUJDQLVPRV� LQIHFWDGRV´� D� YtUJXOD� HVWi�
separando o verbo do seu complemento, o que é um erro. 
C - QR�WUHFKR�³por, um lado, garante entrada da toxina, nas células, por 
outro´�D�SULPHLUD�YtUJXOD�HVWi�HUUDGD�VHSDUDQGR�D�H[SUHVVmR�³SRU�XP�ODGR´��A 
YtUJXOD�XVDGD�DSyV�³WR[LQDV´�WDPEpP�HVWi�incorreta, pois não devemos separar 
substantivo do seu adjunto adnominal. 
D ± QR�WUHFKR�³evitando, o processo inflamatório, conduzindo, à morte das 
células que deveriam destruir a bactéria e defender da infecção´�� a vírgula 
DSyV� ³LQIODPDWyULR´ H� ³FRQGX]LQGR´ estão erradas, pois não separamos verbo 
do seu complemento. 
GABARITO: B 
 
 
17. (Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região - CREF 4 ± 
2013 ± Direito ± CETRO) As alternativas abaixo apresentam um trecho 
adaptado do site http://entretenimento.br.msn.com/noticias.aspx. De acordo 
com a norma-padrão da Língua Portuguesa e em relação às regras de 
pontuação, assinale a alternativa correta. 
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a) A revista italiana µ&KL¶�SXEOLFRX�DV�SULPHLUDV�LPDJHQV�GR�SDSD�HPpULWR�
Bento XVI, enquanto passeava pelos jardins do Palácio Apostólico de Castel 
Gandolfo, onde se hospeda atualmente, após sua renúncia ao pontificado 
ocorrida no último dia 28 de fevereiro. 
b) A revista italLDQD�µ&KL¶��SXEOLFRX�DV�SULPHLUDV��LPDJHQV�GR�SDSD�HPpULWR�
Bento XVI, enquanto passeava pelos jardins do Palácio Apostólico de Castel 
Gandolfo, onde se hospeda atualmente, após sua renúncia ao pontificado 
ocorrida no último dia 28 de fevereiro. 
c) A revistD�LWDOLDQD�µ&KL¶�SXEOLFRX�DV�SULPHLUDV�LPDJHQV��GR�SDSD�HPpULWR�
Bento XVI, enquanto passeava, pelos jardins do Palácio Apostólico de Castel 
Gandolfo, onde se hospeda atualmente, após, sua renúncia ao pontificado 
ocorrida no último dia 28 de fevereiro. 
d) A UHYLVWD�LWDOLDQD�µ&KL¶��SXEOLFRX�DV�SULPHLUDV�LPDJHQV�GR�SDSD�HPpULWR�
Bento XVI, enquanto passeava pelos jardins do Palácio Apostólico de Castel 
Gandolfo, onde se hospeda atualmente, após sua, renúncia ao pontificado 
ocorrida, no último dia 28 de fevereiro. 
e) $�UHYLVWD�LWDOLDQD�µ&KL¶�SXEOLFRX��DV�SULPHLUDV�LPDJHQV�GR�SDSD�HPpULWR�
Bento XVI, enquanto, passeava pelos jardins do Palácio, Apostólico de Castel 
Gandolfo, onde se hospeda atualmente, após sua renúncia ao, pontificado 
ocorrida no último dia 28 de fevereiro. 
 
Comentário: a alternativa A está correta. Vejamos as outras: 
b) $�UHYLVWD�LWDOLDQD�µ&KL¶, (1) publicou as primeiras, (2) imagens do papa 
emérito Bento XVI, enquanto passeava pelos jardins do Palácio Apostólico de 
Castel Gandolfo, onde se hospeda atualmente, após sua renúncia ao 
pontificado ocorrida no último dia 28 de fevereiro. 
c) $� UHYLVWD� LWDOLDQD� µ&KL¶� SXEOLFRX� DV� SULPHLUDV� LPDJHQV, (3) do papa 
emérito Bento XVI, enquanto passeava, (4) pelos jardins do Palácio Apostólico 
de Castel Gandolfo, onde se hospeda atualmente, após, (5) sua renúncia ao 
pontificado ocorrida no último dia 28 de fevereiro. 
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d) $� UHYLVWD� LWDOLDQD� µ&KL¶, (1) publicou as primeiras imagens do papa 
emérito Bento XVI, enquanto passeava pelos jardins do Palácio Apostólico de 
Castel Gandolfo, onde se hospeda atualmente, após sua, (2) renúncia ao 
pontificado ocorrida, no último dia 28 de fevereiro. 
e) $� UHYLVWD� LWDOLDQD� µ&KL¶� SXEOLFRX, (4) as primeiras imagens do papa 
emérito Bento XVI, enquanto, (5) passeava pelos jardins do Palácio, (2) 
Apostólico de Castel Gandolfo, onde se hospeda atualmente, após sua renúncia 
ao, pontificado ocorrida no último dia 28 de fevereiro. 
(1) não se separa sujeito do predicado. 
(2) não se separa substantivo do adjunto adnominal 
(3) não se separa substantivo do seu complemento nominal 
(4) não se usa vírgula entre verbo seu complemento, ainda que seja este 
circunstancial (ocorreu na alternativa C). 
����QmR�VH�MXVWLILFD�D�YtUJXODV�GHSRLV�GH�³DSyV´��GH�³HQTXDQWR´�H�QHP�GH�qualquer outra conjunção que esteja cumprindo sua função primordial de unir 
oração, pois uma vírgula estaria separando os elementos, não unindo. 
GABARITO: A 
 
Leia o texto adaptado abaixo para responder à questão. 
 
Os protestos ocorridos em 2013, apesar do público diverso, tiveram em 
comum o desejo por serviços públicos de qualidade, tais como transporte 
coletivo, segurança, infraestrutura urbana, saúde e educação. Há uma 
insatisfação com o modelo de Estado brasileiro, caracterizado pela elevada 
carga tributária e pelos serviços públicos ruins. Mas por que o Estado brasileiro 
tem um custo tão alto e presta serviços de má qualidade? 
A resposta começa pela análise da distribuição dos gastos públicos no 
Brasil. Eles são separados em dois grupos: as transferências diretas de 
recursos e a prestação de serviços públicos. As transferências diretas são 
aquelas em que há repasse de recursos monetários a empresas e famílias sem 
a contrapartida da prestação de um serviço pelos beneficiários, e incluem 
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previdência, pagamento de juros, subsídios e outras transferências. Os demais 
recursos, por definição, seriam direcionados a prestação de serviços públicos e 
manutenção da máquina pública. 
Conforme dados do Ministério da Fazenda, entre 2009 e 2012, as 
transferências para previdência, assistência social e subsídios, representaram 
de 15% a 16% do PIB. Se adicionarmos o pagamento de juros da dívida 
pública, cerca de 5% do PIB, teremos mais da metade da carga tributária de 
35% destinada a transferências, restando cerca de 15% do PIB para a 
prestação de serviços. Esses números explicam a elevada carga tributária, mas 
não necessariamente a má qualidade dos serviços prestados, pois a carga 
tributária líquida brasileira é compatível com a de países ricos e superior a de 
muitos países emergentes. 
O economista Marcos Mendes identifica a concentração de renda e a 
consequente demanda por benefícios públicos dos pobres, que ganharam 
influência política com a redemocratização brasileira, e dos ricos, que têm o 
poder econômico para influenciar as decisões políticas, como a causa de 
problemas como carga tributária elevada, limitados investimentos em 
infraestrutura e baixa qualidade de serviços públicos. Concordamos, mas 
entendemos que o problema tem origem anterior à redemocratização. Nesse 
sentido, os economistas Marcos Lisboa e Zeina Latif argumentam que a política 
econômica brasileira foi historicamente caracterizada pela concessão de 
privilégios, benefícios e proteção a determinados setores ou grupos 
econômicos, como parte da política de desenvolvimento liderada pelo Estado. 
Essas concessões criaram grupos de interesse capazes de proteger seus 
privilégios à custa dos consumidores e dos contribuintes. O que gostaríamos de 
acrescentar em relação às hipóteses citadas é a dificuldade gerencial do Estado 
brasileiro para prestar serviços públicos básicos. 
Assim, da década de 1930 à década de 1980, quando o fomento à 
industrialização tornou-se objetivo primário do Estado brasileiro, foi enfatizada 
a redistribuição de recursos, por meio de subsídios, proteção tarifária, taxa de 
câmbio diferenciada, empréstimos subsidiados, isenções tributárias, etc. como 
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mecanismo de incentivo aos setores selecionados. Para conduzir todo esse 
processo de intervenção econômica e redirecionamento de recursos era 
necessário incrementar a capacidade gerencial do setor público, o que foi 
tentado por meio da descentralização administrativa e da profissionalização de 
algumas carreiras de elite de funcionários públicos. 
Já as carreiras ligadas à prestação de serviços ao cidadão continuavam 
desprestigiadas, ao mesmo tempo em que a rápida urbanização gerava 
expansão da necessidade de serviços como transporte, infraestrutura urbana, 
segurança, saneamento, educação e saúde. O resultado foi a favelização das 
grandes cidades, o aumento da violência e a impressão de que a taxa média 
de crescimento da economia de 7% ao ano trouxe poucos benefícios para a 
maioria da população. 
BRAGA, A. Por que a carga tributária é alta e os serviços são ruins? Valor 
Econômico, 09 abr. 2014. Texto com adaptações. 
 
18. (AFTM SP ± 2014 - Gestão Tributária/2014 ± CETRO) 
Considerando as orientações da prescrição gramatical no que se refere a textos 
escritos na modalidade padrão da Língua Portuguesa, uma das vírgulas do 3º 
parágrafo foi utilizada incorretamente. É a que aparece após a expressão: 
D��³PLQLVWpULR�GD�)D]HQGD´� 
E��³GtYLGD�S~EOLFD´� 
F��³HQWUH������H�����´� 
G��³DVVLVWrQFLD�VRFLDO�H�VXEVtGLRV´� 
H��³GHVWLQDGD�D�WUDQVIHUrQFLDV´� 
 
Comentário: para encontrar a alternativa INCORRETA vamos olhar reler o 
terceiro parágrafo: 
³Conforme dados do Ministério da Fazenda, entre 2009 e 2012, as 
transferências para previdência, assistência social e subsídios, 
representaram de 15% a 16% do PIB. Se adicionarmos o pagamento de juros 
da dívida pública, cerca de 5% do PIB, teremos mais da metade da carga 
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tributária de 35% destinada a transferências, restando cerca de 15% do 
PIB para a prestação de serviços. Esses números explicam a elevada carga 
tributária, mas não necessariamente a má qualidade dos serviços prestados, 
pois a carga tributária líquida brasileira é compatível com a de países ricos e 
superior a de muitos países emergentes.´ 
É possível encontrar erro na alternativa D, pois a vírgula após ³DVVLVWência 
VRFLDO�H�VXEVtGLRV´�HVWi�VHSDUDQGR�R�VXMHLWR��assistência social e subsídios) do 
seu verbo correspondente (representaram). 
As vírgulas foram empregadas corretas na A, na B e na C por separarem 
orações adverbiais deslocadas ou antepostas à oração principal. Na E também 
está correta porque as orações coordenadas devem ser separadas por vírgula. 
GABARITO: D 
 
19. (AFTM SP ± 2014 - Gestão Tributária/2014 ± CETRO) Levando 
em consideração o 2º parágrafo do texto e as orientações da prescrição 
gramatical no que se refere a textos escritos na modalidade padrão da Língua 
Portuguesa, assinale a alternativa correta. 
D��$�H[SUHVVmR�GHVWDFDGD�HP�³$V� WUDQVIHUrQFLDV�GLUHWDV�VmR�DTXHODV�em 
que Ki�UHSDVVH�GH�UHFXUVRV´�SRGH�VHU�VXEVWLWXtGD�SRU�³RQGH´��VHP�SUHMXt]R�SUD�
o sentido ou para a correção gramatical. 
E�� $� YtUJXOD� FRORFDGD� DQWHV� GH� ³H� LQFOXHP� SUHYLGrQFLD´� QmR� Sossui 
justificativa sintática. Essa situação mudaria caso fosse acrescentada uma 
YtUJXOD�DQWHV�GH�³VHP�D�FRQWUDSDUWLGD´� 
F��e�REULJDWyULR�R�XVR�GR�DFHQWR�LQGLFDWLYR�GH�FUDVH�DQWHV�GH�³SUHVWDomR´�
QD�IUDVH�³VHULDP�GLUHFLRQDGRV�D�SUHVWDomR�GH�VHUYLoRV�S~EOLFRs e manutenção 
GD�PiTXLQD�S~EOLFD´� 
G��$�H[SUHVVmR�³(OHV�VmR�VHSDUDGRV´��QR�FRPHoR�GR�SDUiJUDIR��SRGH�VHU�
VXEVWLWXtGD�SRU�³6HSDUDP-RV´��VHP�SUHMXt]R�SDUD�D�FRUUHomR�JUDPDWLFDO�RX�SDUD�
o sentido. 
H�� (P� ³VHP� D� FRQWUDSDUWLGD� GD� SUHVWDomR� GH� XP� VHUYLoR� pelos 
beneficiários´��R�WHUPR�GHVWDFDGR�UHIHUH-VH�DR�YRFiEXOR�³SUHVWDomR´��PRWLYR�
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