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Introdução à Farmacologia

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FARMACOLOGIA
Farmacologia é definida como a ciência que estuda os efeitos dos fármacos no funcionamento de sistemas vivos.
Droga é uma substancia química de estrutura conhecida que produz uma modificação fisiológica. 
Fármaco é uma substância química isolada, com utilidade terapêutica e estrutura identificada e definida.
Ex: cocaína não é mais um fármaco porque não tem mais uso terapêutico.
Medicamento é uma substância isolada ou associada, com utilidade terapêutica. Geralmente vem associado a outras, além do seu princípio ativo, para tornar seu uso mais conveniente. Não precisa ter estrutura química identificada ou definida.
Ex: boldo, fitoterapia.
Remédio é tudo capaz de curar ou aliviar. Assim, entende-se que uma boa massagem ou até comer pode ser considerado um 'remédio', se isto causar alívio.
Ex: dinheiro, fé.
Assim, a Novalgina é um medicamento, um remédio e uma droga que contém o fármaco dipirona.
O impulso da farmacologia veio da necessidade de melhorar os resultados das intervenções terapêuticas pelos médicos, que naquele tempo eram hábeis em diagnóstico, porém muito falhos quando se falava em tratamento.
Em seus primórdios, a farmacologia se relacionava exclusivamente com a compreensão dos efeitos de substancias naturais e algumas substâncias químicas (toxicologia, principalmente).
Os primeiros farmacologistas concentravam-se prioritariamente em substâncias farmacológicas retiradas de plantas, como a atropina, efedrina, morfina, quinina, entre outros.
NOMENCLATURA DOS FÁRMACOS
A nomenclatura dos fármacos pode se apresentar de 4 formas distintas e complementares.
Código: é o primeiro nome que o fármaco ganha, que é basicamente um segredo para que a fórmula química daquela substância não seja identificada por terceiros.
Ex: [ RHD2001 ]. 
Nome químico: define a estrutura química que aquela substância apresenta.
Ex: n-2-acetil-3-metil... 
Nome genérico: é o mais importante e o que define a substância isolada, ou principio ativo do fármaco. Ele é escolhido pelo órgão regulador do país, e geralmente apresenta prefixo ou sufixo comum a outros fármacos com mesmo mecanismo de ação (família). Um exemplo bem comum é a Dipirona.
Ex: termina em... “lol” (beta bloqueador)
		 “caina” (anestésicos)
		 “pril” (antidepressivo)
Baricolina: nome fictício para esse exemplo. Depois de 20 anos, esse produto pode ser comercializado por outros em sua forma pura (como exemplo, paracetamol), ou associada a outras substâncias, recebendo assim outro nome (buscopan, que contém paracetamol).
Nome comercial: assim que o processo de fabricação do medicamento é terminado, o laboratório produtor dita um nome comercial, com o qual o fármaco vai ao mercado e fará sua reputação. É o nome de marca, escolhido pelo setor de marketing. A Novalgina é um exemplo clássico do poder da confiança em uma empresa, visto que seu principio ativo é a Dipirona, assim como o medicamento genérico. 
	Soltex ®
Contém
Baricolina.............5mg
Ex: 
Novalgina contém dipirona. No entanto, se uma pessoa apresenta alergia a Novalgina, não se pode afirmar que ela tem alergia a dipirona, porque essa alergia pode ter sido causada por outros componentes da Novalgina, como corantes.
Se a alergia for de fato à dipirona, o indivíduo será alérgico ao Buscopan e vários outros.
COMPOSIÇÃO ou FÓRMULA
Sem fórmula não tem medicamento. O medicamento, para ir ao mercado, precisa de outras substancias além do seu principio ativo. São elas:
Princípio Ativo – É o composto essencial do medicamento, sem ele é placebo.
 +
Excipiente - Utilizado para dar volume e forma a medicamentos sólidos como comprimidos. Geralmente usado em QSP (quantidade suficiente para) 1 comprimido.
 +
Veículo - Utilizado para medicamentos em forma líquida, com o objetivo de dar volume.
 +
Coadjuvante – Pode ser...
Técnico – suas propriedades vão estabilizar, conservar, espessar o meio, auxiliando de forma a aumentar ou diminuir a meia vida daquele princípio ativo, por exemplo. Em suma, é o que a empresa fabricante não quer que seus concorrentes saibam. É o "segredinho" da Novalgina. 
Terapêutico - Este é um segundo princípio ativo, que irá auxiliar na ação do princípio ativo principal por somação, potenciação ou sinergismo. Sua existência é facultativa, mas as drogas que o possuem precisam informar na bula. Podem ser vários compostos. Dipirona conjugada ao Buscopan é um exemplo de coadjuvante terapêutico bem característico.
 +
Corretivo - Tem o poder de dar cheiro ou gosto ao medicamento, a fim de trazer certo conforto aos clientes que necessitam fazer uso frequente deste. Não possuem função terapêutica. É importante não confundir e achar que eles impedem reações adversas, quem faz isso são os coadjuvantes. Alguns farmacêuticos são contra os corretivos porque eles não tem utilidade terapêutica e podem dar alergia.
APRESENTAÇÃO DOS FÁRMACOS
Apresentação é o formato em que a substância é encontrada. A mesma droga pode ter várias formas distintas.
A apresentação dos fármacos pode ser de 4 grandes classes; Sólido, Líquido, Gasoso ou Pastoso.
Sólida
Comprimidos: Todos os componentes são comprimidos (processo de compressão) para que fique de forma homogênea. Pode ter contato com o estômago.
Drágeas: quando o medicamento deve ser enviado pro intestino, sem contato com o estômago. A drágea é coberta com uma glicose vetrificada que protege seu conteúdo interno da ação do suco gástrico. Assim, ela não pode ser partida porque seu interior entraria em contato com o estômago. 
Ela não pode ser tomada com leite, porque o leite aumenta o pH do estômago, deixando-o parecido com o do intestino, fazendo assim com que a drágea se dissolva no estômago, perdendo seu efeito.
Cápsulas: quando o medicamento deve ser enviado pro intestino, sem contato com o estômago. As cápsulas são feitas por um plástico vedado.
Tabletes: se dissolve rápido. Ele sofre moldagem por ressecamento. Pode ser usado via administração sublingual, oral e vaginal.
Supositórios: seu excipiente é gordura hidrogenada, que se dissolve no reto. Tem que introduzi-lo de 5 a 10 cm, e ele demora 10min para ser dissolvido.
Líquida
Solução: tem princípio ativo, que está completamente dissolvido no veículo. Completamente homogêneos. Os soros de hospital na verdade são soluções. Vias: venosa, intramuscular, oral.
Suspensão: tem a mesma forma de construir de uma solução, a diferença é que o princípio ativo não dissolve no veículo. Quando agita, ele mistura, quando para, ele separa. Tem que agitar a suspensão antes de dar ao paciente. Vias: oral, intramuscular, subcutânea, sublingual, colírio. A única que não pode usar é a venosa, porque mata.
Emulsão: é uma suspensão em que se tenta fazer uma solução, mas não consegue, ficando leitoso (leite de magnésio). Precisa de um emulsionador para permitir que essas duas substâncias se misturem.
Xarope: tem um veículo com alta concentração de sacarose, sendo, portanto uma substância viscosa, açucarada. Não está relacionado com tosse, de forma que existem medicamentos para tosse que não são xarope, e xaropes que não são para tosse.
Loção: é tópica, em geral com substâncias tóxicas como álcool. Ex: loção pós-barba, para crescer cabelo.
Shampoo: tem substâncias saponáceas. Ex: para crescer cabelo, para queda de cabelo, etc.
Gasosa
Nebulização: precisa de um aparelho que joga vapor de água, que entra em contato com o princípio ativo.
Vaporização: pode ser através da evaporação (éter, por exemplo), ou através da queima (maconha, nicotina, crack).
Aerosol: vem pressurizado (com pressão). Usado, por exemplo, para matar barata. Se você apertar e segurar, ele continua saindo devido à pressão.
Spray: se você apertar e segurar, ele só sai uma vez, porque não tem pressão. Tem um regulador. 
Pastosa
Pomada (p. ativo + gordura + gordura + água).
Tem alta viscosidadeporque tem + gordura.
É melhor para uma ferida, para não grudar o curativo.
Creme (p. ativo + gordura + água + água).
Tem menos viscosidade porque tem menos gordura.
Não deixa incomodado. Ex: creme para ruga.
Gel (p. ativo + coloide + água)
Dá a sensação de frescor. Ex: protetor solar, repelente de inseto, gel dental.
Pasta (p. ativo que fica arenoso + água + gordura)
Não dissolve. Ex: pasta d’água.
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E ABSORÇÃO
As vias de administração se dividem em dois grandes grupos; tópica e sistêmica.
Via de administração tópica: tem ações e efeitos locais e não possui absorção considerável. 
Ex: nasal, ocular, vaginal, mucosa, pele.
Via de administração sistêmica: permite que o medicamento chegue à corrente sanguínea, seja por via enteral (intestino, via oral, retal ou sublingual), ou parenteral (fora do intestino, via não injetável ou injetável).
Via de administração sistêmica enteral: ou seja, que passa pelo intestino. Representa 70% dos medicamentos. Existem as vias abaixo:
Oral - o fármaco é administrado pela boca e possui uma absorção muito satisfatória. É uma via prática porque não precisa de uma mão de obra especializada, e é possível se medicar em qualquer lugar sem precisar de terceiros. Porém, se a pessoa estiver em coma, não é possível administrar o medicamento. 
O medicamento é ingerido pela boca e pode ser absorvido no estômago ou no intestino delgado. Daí ele segue o caminho:
Absorcão ( Circulação entero-hepática ( V. Porta ( Fígado ( V. Hepática (
V. Cava inferior ( A.D. ( V.D. ( Pulmão ( A.E. ( V.E. ( Circulação sistêmica
Por esta via ocorre um fenômeno chamado “Metabolismo de primeira passagem/remoção pré-sistêmica”. A remoção pré-sistêmica ocorre, pois alguns fármacos são metabolizados com tanta eficiência pelo fígado que a quantidade que chega à circulação sistêmica é consideravelmente menor do que a absorvida, por esta razão é necessária uma dose maior do fármaco quando é administrado por esta via. 
Algumas indústrias utilizam este metabolismo para usar as bactérias intestinais para ativar seus metabólitos, este esquema é amplamente utilizado por anticoncepcionais. Nesses casos, a substância pode ir até o intestino, onde é absorvida e vai para o fígado, onde é modificada e jogada de volta no duodeno através da bile. Lá, as bactérias intestinais vão modificá-la novamente, e essa modificação vai permitir que esse medicamento seja absorvido novamente e siga o caminho da circulação entero-hepática. Se não existirem essas bactérias, o medicamento não é absorvido e não tem o seu efeito, o que pode ser causado pelo uso de antibióticos.
Alguns fatores podem interferir na absorção intestinal, como motilidade, fluxo sanguíneo esplâncnico, tamanho da partícula e sua formulação, além de outros fatores físico-químicos.
Retal - não é uma via que possa ser utilizada em qualquer lugar, e seu efeito é um pouco mais rápido por conta dos plexos hemorroidários. 
A absorção acontece no reto e de lá a substância vai para a circulação entero-hepática. Assim, tem a vantagem de não passar pela boca, esôfago e estômago.
Via de administração parenteral: divide-se em injetáveis e não injetáveis.
Vias parenterais não injetáveis:
Inalatória - Efeito rápido da droga por conta da rápida absorção devido à quantidade de capilares pulmonares. Ex: medicamento pra asma, sedativos, anestésicos, cigarro, cocaína, maconha, heroína.
Vias aéreas superiores ( Traqueia ( Brônquios ( Alvéolos (absorção)
A substância entra nos capilares alveolares.
Capilar alveolar ( V. pulmonar (A.E. ( V. E. ( Circulação sistêmica
Sublingual - É uma via discutida em relação ao grupo que se encaixa, porém é considerada por muitos a melhor das vias, apesar de para a absorção ocorrer é necessário que a molécula seja bem pequena. É uma via rápida e prática, mas existem pouquíssimas drogas sublinguais (menos de 15). A absorção ocorre na boca e depois:
Tributárias da V. Jugular interna ( V. Jugular interna ( V. Cava superior ( A.D.
V.D. ( Pulmão ( V. Pulmonar ( A.E. ( V.E. ( Circulação sistêmica
Transdérmica - Por exemplo, adesivos de anticoncepcional ou de nicotina. Por esta via o fármaco atravessa a derme, onde é absorvido.
Pele ( Veias ( V. Cava inferior ( A.D. ( V.D. ( Pulmão ( V. Pulmonar (
A.E. ( V.E. ( Circulação sistêmica
Subdérmica - Implante feito sob (embaixo) a derme podendo conter analgésicos, anticoncepcional, etc. Por esta via o fármaco NÃO ATRAVESSA a derme, pois já foi administrado embaixo dela.
Vias parenterais injetáveis:
Via intravenosa: tem efeito rápido, injeta-se com uma agulha.
Via intramuscular: lugar depende do tamanho do músculo, e dói porque o expande.
Via intra-arterial: 
Via subcutânea: dói bastante, e geralmente se aplica até 1 ml. Porém, existe uma técnica chamada hipodermóclise em que se aplica grande volume de líquido no tecido conjuntivo (subcutâneo).
Via intratecal: o enfermeiro não faz, é uma aplicação na coluna (pelidural).
ABSORÇÃO
Absorção farmacológica pode ser definida como a passagem de um fármaco de seu local de administração até o plasma (circulação sanguínea). Considerando esta afirmação, podemos deduzir que a via intravenosa não possui absorção, pois é administrada diretamente no próprio sangue.
No caso da via oral, é a transferência da molécula/partícula do fármaco presente na luz intestinal pela membrana, em direção à circulação. Seu objetivo é o de produzir ação e efeito sistêmico.
Não confundir com adsorção, que é um processo químico, onde um corpo, por atividade osmótica atrai um elemento químico para perto de si. Ex: fibras adsorvem água e gordura.
Assim, quando o fármaco entra em contato com o organismo, ele pode...
Ir todo para o plasma, caso tenha usado a via intravenosa.
Ir alguma porcentagem para o plasma através da absorção de qualquer outra via.
No plasma, o fármaco pode se ligar a proteínas plasmáticas, ficando uma porcentagem livre e outra porcentagem ligada. A porcentagem livre, por sua vez, pode...
Ir para os tecidos, onde ficará livre ou ligado.
Sofrer biotransformação.
Ser excretada.
TRANSPORTE
Ativo: são extremamente raras. Ex: reposição de Na+
Difusão facilitada: são raras, somando com as de transporte ativo não chega a 50.
Difusão simples: corresponde a grande maioria, sendo assim, a principal maneira pela qual os fármacos são absorvidos. Esse transporte permite a passagem de moléculas pequenas com características de solubilidade pela membrana a favor do gradiente de concentração.
Fatores que influenciam a absorção: 
Diâmetro da molécula
MAIOR tamanho, MENOR velocidade de absorção.
MENOR tamanho, MAIOR velocidade de absorção.
Ex: heparina, insulina e curare não podem ser dados via oral porque possuem moléculas muito grandes que não se difundiriam.
Tempo de contato
MAIOR tempo, MAIOR absorção.
A velocidade intestinal influencia no tempo de contato. Assim, se uma droga reduz a motilidade do intestino, a droga fica mais tempo nesse órgão e aumenta então a sua absorção. Da mesma forma, uma droga que aumenta o esvaziamento gástrico diminui a sua absorção no estômago, mas aumenta no intestino.
Superfície de contato
MAIOR superfície, MAIOR absorção.
Forma ou apresentação
Líquido: mais rápido
Sólido: menos rápido
Vascularização
MAIOR vascularização, MAIOR absorção.
Obs: hipertireoidismo aumenta a velocidade de circulação do sangue, fazendo com que o meio fique menos concentrado perto da absorção, aumentando assim a absorção.
Metabolismo pré-sistêmico
Quando a droga é metabolizada antes mesmo de atingir a circulação sistêmica. Geralmente é retal.
Espessura da membrana
Geralmente transdérmico.
Concentração da droga
MAIOR concentração, MAIOR velocidade.
Temperatura
Quando MAIOR a temperatura, MAIOR a velocidade de absorção devido à vasodilatação.
Solubilidade da droga
XYX+ Y-
	Apolares
Lipossolúveis
Não ionizadas
Moleculares
Maior absorção
	Polares
Hidrossolúveis
Ionizadas
Amoleculares
Menor absorção
Como a membrana tem seu centro hidrofóbico, a droga preferencialmente tem que se reassociar mais rápido para permitir sua passagem pela membrana.
SOLUBILIDADE DA DROGA
A solubilidade da droga pode variar conforme o pH que ela se encontra, relacionado ao seu pKa. Na solução ela pode se encontrar hidrossolúvel ou lipossolúvel. Quando o fármaco encontra-se lipossolúvel terá mais facilidade de entrar em uma célula. 
Observe a imagem abaixo para uma melhor compreensão da relação pH, do meio onde o fármaco se encontra, e do pKa, uma propriedade do fármaco que mostra em qual pH o fármaco terá 50% de sua característica lipossolúvel e 50% hidrossolúvel.
Droga básica é melhor absorvida no meio básico porque predomina na forma lipossolúvel .
Droga ácida é melhor absorvida no meio ácido porque predomina na forma lipossolúvel.
Ex: diazepam é um fármaco com pH = 7,4 portanto alcalino. Porém quando colocado no pH = 3,5, ele fica em equilíbrio, por isso se diz que ele tem comportamento ácido.
pH do organismo
Oral:	 pH = 6,7
Estômago:	 pH = 1,5 a 3,0
I. delgado:	 pH = 4,0 a 7,5
Plasma: 	 pH = 7,35 a 7,45
Leite: 	 pH = 6,8
Urina: 	 pH = 6,0
pH e pKa de algumas drogas
Diazepam:	 pH = 7,4		pKa = 3,5
AAS:		 pH = 3,2		pKa = 3,5
Anfetamina:	ácido			pKa = 9,0
Assim, diazepam, que possui pKa ácido, tem melhor absorção no estômago porque o pH desse órgão é ácido e, assim, a droga predomina na forma lipossolúvel.
Anfetamina, de pKa básico, tem pior absorção no estômago porque o pH desse órgão é ácido e, assim, a droga predomina na forma hidrossolúvel.
BIODISPONIBILIDADE
X de determinada droga é administrada a um paciente. A biodisponibilidade é a porcentagem de X que é absorvida e chega inalterada à circulação sistêmica. Assim, qualquer fator que altera a capacidade de absorção altera também a biodisponibilidade. Em seguida, parte dessa droga irá se ligar a proteínas plasmáticas e não irá fazer real efeito no organismo da pessoa, e parte ficará livre. Essa parte livre deve ser a dose mínima necessária para se atingir um efeito desejável.
Obs: se a droga for injetada na veia, a biodisponibilidade é de 100%.
Distribuição
A distribuição dos fármacos pode ser entendida simplesmente como quanto da droga é mandado do plasma para cada parte do corpo, valor que pode ser uniforme ou não.
Distribuição de H2O no corpo humano (1,70m / 70kg)=42L
	Plasma
3L
	Liquido extracelular = 9L
	
	Liquido intracelular = 30L
Vd = M/c
Vd = volume de distribuição, é o volume de água do organismo no qual a droga se distribuiu. Deve ser dado em litros, então deve-se converter após o término da conta, de dL para L, dividindo o valor encontrado em dL por 10.
M = massa do fármaco que chegou ao sangue do indivíduo, por exemplo, 100mg.
c = concentração sanguínea do fármaco, por exemplo, 1mg/dL.
Os fármacos hidrossolúveis ficam presos principalmente no plasma e líquido intersticial. Em contrapartida, os lipossolúveis podem se acumular em todos os compartimentos, seja plasma, liquido intersticial, intracelular, transcelular ou na gordura.
A biodisponibilidade é um fator importante que influencia a conta do Vd. Por exemplo, se a biodisponibilidade de certo fármaco é 50%, isso significa que apenas metade do que foi administrado chegará ao sangue. Dessa forma, no cálculo do Vd, a massa será metade do que foi administrado.
Vd < 10L 	 ( mal distribuída
10L < Vd <= 29L ( bem distribuída
Vd >= 30L 	 ( muito bem distribuída
Vd = 42L 	 ( muito bem distribuída
Vd > 60L 	 ( mal distribuída, porque a droga ficou concentrada em determinado órgão.
42L: Valor da distribuição de H²O no nosso corpo, se o VD passar disso, será ruim. 
Ex1: Sr. Burrentino recebeu via intravenosa 3g de inulina. A concentração sanguínea obtida foi 1mg/mL (100mg/dL). O fármaco foi bem distribuído?
Vd = M/c
Vd = 3000mg / 100 mg/dL
Vd = 30dL
Vd = 3L
Assim, a substância foi colocada no plasma e não se difundiu, ficando ali presa. Se tivesse se difundido, a concentração seria menor, e o Vd seria maior. Conclui-se, então, que a droga não foi bem distribuída.
Ex2: Foram administradas 420.000 unidades internacionais de penicilina cristalizada por via intravenosa no Sr. Joel Santana. A concentração sanguínea obtida foi 10 UI/mL. Qual o Vd? É bem distribuída?
Vd = M/c
Vd = 420000 U.I. / 10 U.I./mL
Vd = 42000mL
Vd = 42L
Ela foi bem distribuída, porque se difundiu para o plasma, o líquido intracelular e o líquido extracelular.
LIGAÇÃO E COMPETIÇÃO POR PROTEÍNAS PLASMÁTICAS
Lembrando...
Quando o fármaco entra em contato com o organismo, ele pode...
Ir todo para o plasma, caso tenha usado a via intravenosa. (biodisponibilidade = 100%)
Ir alguma porcentagem para o plasma através da absorção de qualquer outra via.
Exemplo:
 
 3 g
 
Foi usada uma droga Y por via Oral na dose de 5g. 
Biodisponibilidade: 40%
Pois foi administrado via oral 5g, e só 2g foram absorvidos.
Taxa de ligação à proteína: 99%
Visto que de 2000mg no plasma, 20mg estão livres, e assim 1980mg se ligaram à proteína. 
Meia vida biológica (T¹/2): 12h
É o tempo, em horas, que o organismo leva para reduzir a concentração da droga que chegou ao plasma pela metade.
DME (dose mínima eficaz): 20mg
DMT (dose máxima tolerada): 50mg – se passar disso pode levar o indivíduo a morte. 
Observando a figura, nesse caso, se a pessoa desejar medicar por via intravenosa, a dose deveria ser de 2000mg, pois se na via oral que foram administrados 5g só foram absorvidos 2g, sabe-se então que a dose venosa necessária é 2000mg. 
	14h
	2h
	14h
	2h
	14h
	2h
	14h
	2000mg (total)
	1000
	500
	250
	125
	62,5
	31,25
	20mg (livre)
	10
	5
	2,5
	1,25
	0,61
	0,31
	1980mg (ligado)
	990
	495
	247,5
	123,75
	61,91
	31
Esse pequeno gráfico foi feito para vocês entenderem que o efeito da droga no organismo já pode ter acabado, mas a droga ainda continua dentro do organismo. 
Apenas a parte livre pode causar efeito e/ou dano. Assim, mesmo que a dose dada esteja muito alta, não tem problema se grande parte estiver ligada a proteína, de forma que a parte livre seja um valor não prejudicial. Da mesma forma que se pode dar uma dose normal a um indivíduo e esse, por falta de determinadas proteínas plasmáticas, vir a ter super dosagem porque ficou com grande parte da droga livre, superior à Dose Máxima Tolerada.
Por esse motivo, as interações medicamentosas são perigosas porque caso um fármaco A se ligue a mesma proteína plasmática do fármaco B, um deles - normalmente o de menor potência – irá ficar com uma porcentagem maior do que a que realmente necessitaria ficar solta no plasma. Se a quantidade livre estiver entre o DME e DMT, ótimo, mas se ultrapassar a Dose Máxima Tolerada pode vir a causar algum dano no paciente. 
Dose de Ataque: O gráfico de medicação não pode ter variações enormes de horários, deve estar em equilíbrio. A dose de ataque é a primeira dose do medicamento, em maior quantidade, para que a concentração seja mantida sempre em equilíbrio, e faça efeito mais rápido. 
Barreira Placentária: impede que algumas substâncias passem por ela, para não causar danos no feto. Ex: o anestésico passa pela barreira, por isso os médicos começam o parto logo após a anestesia, para o anestésico não passar pela barreira e prejudicar o bebê. 
Barreira Hematoencefálica: os capilares impedem que algumas drogas atravessem a barreira para chegar ao cérebro. 
BIOTRANSFORMAÇÃO
Trata-se da modificação química, enzimática ou não, que um determinado fármaco sofre dentro do organismo vivo, convertendo-o em um produto diferente. Essa biotransformação pode ocorrer emvárias partes do organismo, como sangue, rins e cérebro. No entanto, o órgão biotransformador é o fígado.
 
Objetivos da Biotransformação
Amenizar a reação da droga
Tornar a molécula polar para ser excretada na urina.
Eliminação = Excreção + biotransformação
Consequências da Biotransformação
Diminuição da meia vida biológica
Redução do tempo de exposição
Redução da possibilidade de acumulação
Alteração na duração da atividade biológica
Bioativação
Fatores que modificam a biotransformação:
Constitucionais – raça/espécie
Genéticos
Sexo
Patologias: Cirroses, hepatites (comprometimento da biotransformação).
Idade: Recém-nascidos (sistema biotransformador imaturo). Idosos (deterioração do sistema biotransformador)
Estado nutricional: Desnutrição proteica prolongada; Consumo exagerado de glicose; Carência de vitaminas A, C, D.
Indução enzimática por fatores externos
Inibição enzimática
Metabolismo dos fármacos: 
Fármaco Inativo Metabólito Ativo (Bioativação) 
Fármaco Ativo Metabólito Inativo (Bioinativação) 
Fármaco Ativo Metabólito Ativo (Toxicidade) 
Reações
Fase I: reações de degradação, com produto + reativo, ocorrem principalmente no fígado. 
Oxidação: 
Microssomial: no citocromo P450 (CYP)
Não microssomial: A20, MAO (monoaminooxidase, na fenda sináptica).
Redução: redutases, com uso de elétrons.
Hidrólise: hidrolases. Reação com água.
 
Fase II: reação de síntese, com produto inativo e polar.
Conjugação (síntese):
Feito por enzimas, que convertem compostos eletrofílicos e compostos nucleofílicos, em compostos hidrofílicos (polares) por conjugação com substratos endógenos.
Substância A + substância B ( Substância C
Após a Fase I, o fármaco pode ser ativado, inalterado, ou mais frequentemente, inativado. 
Após a Fase I, o produto se encontra polar.
Após a Fase II, o produto se encontra muito polar, para que seja excretada.
Alguns fármacos passam diretamente ao metabolismo de Fase II.
O fármaco conjugado geralmente é inativo. 
Ex1:
			 Redução (fase I)	 conjugação (fase II)
					 Enzima glicuronil transferase
Ácido acetil salicílico (AAS) ácido salicílico glicurônico de AS: urina e fezes
						Ácido glicurônico
 
Ex2:
 oxidação (fase I)	 conjugação (fase II)
		 Aldeído desidrogenase
Álcool aceltaldeído ácido acético
Indução enzimática
Causa o aumento da quantidade de enzimas. Pode causar...
Tolerância Metabólica: Redução do efeito e redução da duração do efeito. A pessoa não é dependente, de álcool, por exemplo, porém é mais tolerante do que uma pessoa que nunca bebeu. 
Tolerância Cruzada: É quando o indivíduo é tolerante a droga A, porém se der a ele a droga B, ele também terá certa tolerância a ela. Exemplo: Precisa-se de doses mais elevadas de sedativo para adormecer essas pessoas.
Excreção
Lágrima
Saliva
Suor
Fezes
Leite
Urina
Excreção pelo leite
Aprisionamento iônico é quando o fármaco fica na forma hidrossolúvel e, assim, não pode atravessar a membrana, atingindo concentrações mais altas.
Esse processo é importante para a excreção pelo leite, uma vez que os alvéolos mamários possuem pH relativamente ácido, o que faz com que algumas drogas com pKa básicos, como a anfetamina, assumam a forma hidrossolúvel e fiquem aprisionadas no leite, podendo levar a uma intoxicação do bebê.
Excreção pela urina
A urina é formada no néfron.
Processos da urina: Filtração Glomerular (FG)
 Secreção Tubular (ST)
 Reabsorção Tubular (RT) 
Urina = (FG + ST) - RT
Sempre que muda o pH da urina, interfere na excreção e absorção de um medicamento.
A creatinina plasmática é o marcador fisiológico da filtração glomerular, e seu valor normal é de 1mg/dL. Caso a filtração esteja apenas com metade de sua capacidade, os níveis de creatinina plasmática estarão dobrados.
Ex: Às 14h foram injetadas por via intravenosa 400mg das drogas A e B. Considerando que ambas são excretadas pelos rins e apresentam T1/2 = 2h, qual a explicação para as diferenças mostradas a seguir na dosagem sanguínea realizada às 18h para A e B?
A = 100mg
B = 200mg
Creatinina plasmática = 2mg/Dl
Sabendo que 400mg das drogas foi injetado às 14h e a dosagem feita às 18h, passaram-se 4h. Se a meia vida é de 2h, era de se esperar que a dosagem encontrada fosse de 100mg de cada. A dosagem de B, no entanto, foi de 200mg porque ela é excretada por meio da filtração glomerular, e de acordo com a quantidade de creatinina plasmática, a filtração está com metade de sua capacidade, de forma que foi excretado um valor menor da droga B.
Como não houve alteração na meia vida da droga A, pode-se concluir que ela é secretada ao invés de filtrada.
FARMACODINÂMICA
São as ações e os efeitos de uma droga, ou seja, eventos relacionados à interação do fármaco com o seu receptor. No entanto, a célula não poderá desenvolver uma 'nova função' por causa de um estímulo externo, como, por exemplo, uma célula epitelial não poderá secretar insulina, pois não foi 'programada' para isto. As drogas podem ter ação específica ou inespecífica.
O gráfico da farmacodinâmica. Ele tem como objetivo relacionar a dose ao efeito do fármaco.
Especificidade
São drogas que reconhecem o receptor e são reconhecidas pelo recepto, ou seja, tem a ver com a interação entre eles. Especificidade não tem magnitude, então não tem droga mais ou menos específica. Ou ela é específica, ou não é, mesmo que uma droga reaja com 2 receptores e outra reaja com 1.
Ação inespecífica
A droga não interage com receptores.
Se a droga tem ação, mas não tem receptor para ela, é inespecífica.
Exemplo: Bicarbonato de sódio reage com ácido clorídrico.
NaHCO3- + HCL ( NaCl + H2O + CO2
Ou seja, sabe-se o mecanismo de ação da droga no organismo e que ela não reage com receptor. Assim, é uma droga inespecífica.
Ação específica
A droga atua após se ligar ao receptor específico.
O que determina a ligação da droga com o receptor é a sua afinidade.
Afinidade (só para droga específica)
Determina se o fármaco e o receptor vão ou não ficar ligados, está diretamente relacionada ao tipo de ligação química que está presente entre ambos. Esta característica também pode ser definida como a potência de uma droga, se ela for mais potente ficará ligada mais facilmente.
Uma droga que tenha MAIOR afinidade química com um receptor tem alta potência e precisa de uma dose MENOR.
Uma droga que tenha MENOR afinidade química com um receptor tem baixa potência e precisa de uma dose MAIOR.
Atividade (só para droga específica)
É a capacidade que a substância tem de, depois de se ligar ao receptor, desencadear uma ação na célula. Determina a eficácia da droga, pois se tiver atividade desempenhará uma função, sendo assim um agonista.
De acordo com sua ação, a droga pode ser...
Droga agonista
Quando a droga tem Especificidade + Afinidade + Atividade. 
Ativam receptores, induzindo respostas celulares e moleculares.
Eficácia = 1
Droga agonista parcial
Quando a droga tem Especificidade + Afinidade + Atividade. 
Tem atividade, mas muito menor que o agonista.
Eficácia > 0 e < 1
Droga antagonista
Possui Especificidade + Afinidade (sem Atividade).
Não causa efeito próprio, mas se liga ao receptor do agonista, impedindo o efeito dele.
Seu efeito é medido através da diminuição do efeito (eficácia) do agonista.
Eficácia = 0
Exemplo: numa alergia, o corpo libera histamina, que age como agonista porque ela tem especificidade, afinidade e atividade. Ao tomar antialérgico, ele bloqueia o efeito da histamina, agindo então como antagonista.
FORMAS DE AÇÃO COM O RECEPTOR
A droga pode se ligar a um receptor de membrana da célula e...
Modular canais iônicosque estão acoplados ao receptor
Ex: canais de sódio, nos músculos e neurônios.
 canais de Ca²+ no coração
Ativar proteína G associada ao receptor
Via da PKA: ativa a enzima de membrana adenil ciclase, que converte ATP em AMPc, que é um segundo mensageiro e vai ativar a proteína cinase dependente de AMPc (PKA).
Via da PKC: ativa a enzima de membrana fosfolipase C, que cliva o PIP2 (fosfolipídio inositol) em dois segundos mensageiros, o DAG (diacilglicerol), que permanece na membrana, e o IP3 (inositol trifosfato), que se difunde pelo citosol e vai abrir canais de Ca²+ dependentes de ligantes do retículo endoplasmático. Ao fazer isso, vai liberar Ca²+ no citosol. Esse cálcio vai então se ligar à proteína cinase dependente de Ca²+ (PKC), e a PKC vai se ligar ao DAG, ativando-se.
Via Ca²+-Calmodulina: o Ca²+ do citosol se liga à calmodulina, que muda de conformação e se enrola ao redor de alguma proteína alvo na célula.
Ativar enzimas
Tirosina cinase
JAK
A droga pode entrar em uma célula e se ligar a receptores intracelulares
Ex: T4 --> T3, hormônios esteroides.
ÍNDICE TERAPÊUTICO (IT)
É a segurança de um medicamento.
É um valor que informa o número de dose máximo que uma pessoa poderá ingerir daquela droga, e dita assim a segurança de um medicamento. Ele pode ser calculado pela Dose Letal de 50% das pessoas (DL50) dividida pela Dose Eficaz de 50% das pessoas (DE50).
IT = DL50 / DE50
Drogas com IT < 10 só devem ser usadas no hospital.
Ex: Fármaco X. DE50 = 10mg, DL50 = 40mg
 IT = DL50 / DE50
 IT = 40mg / 10mg
 IT = 4 doses, portanto o fármaco não é seguro porque o IT é baixíssimo.
REAÇÕES ADVERSAS
São todos os efeitos indesejados que ocorrem com doses normais do fármaco. 
A seletividade de uma droga determina a quantidade de efeitos colaterais. Assim, se B é uma droga seletiva, ela causa menos efeitos colaterais e, portanto menos reações adversas. O ideal é que ela se ligue a apenas um receptor. Porém, às vezes a retirada de um efeito colateral é pior porque pode causar uma reação adversa mais grave.
Quanto à localização
Local: acontece onde o fármaco é administrado. Ex: shampoo que causa queda de cabelo.
Generalizada: causam respostas sistêmicas, como choques anafiláticos.
Quanto ao tempo
Aguda: aparece algo imediato logo na primeira vez que se usa o medicamento.
Subaguda: depende de vários fatores e dificilmente aparece na primeira vez de uso.
Crônica: demora muito mais tempo para aparecer.
Quanto à gravidade
Benigna: não deixa sequela no indivíduo. Ex: sonolência dos antialérgicos.
Grave: deixa sequela ou pode levar à morte. Ex: anafilaxia com edema de glote.
Tipos de reações adversas
Efeito colateral
É um efeito previsível para todas as pessoas, e é causado por drogas que se ligam a outros receptores que não o seu. Ex: sonolência do antialérgico, tremor e taquicardia do remédio, ganho de peso dos anticoncepcionais.
Hipersensibilidade
Está relacionada a resposta “alérgica”. Nestes indivíduos, em um primeiro contato substâncias que não são nocivas induzem a produção de IgE. Em um contato seguinte com a mesma substância, haverá a liberação de vários fatores que vão causar a alergia.
Teratogenia
Quando se usa uma droga durante a gravidez, capaz de atravessar a placenta e atingir a formação do embrião, causando malformação fetal. Ex: roacutan.
Idiossincrasia
É um problema basicamente genético e, portanto, difícil prever, que ocorre em uma minoria de indivíduos. Ex: hipertemia maligna, não ter glicose-6-fosfato desidrogenase.
Tolerância
Up regulation: tem a ver com a farmacocinética, há maior síntese de enzimas que vão degradar mais rapidamente o fármaco.
Down regulation: tem a ver com a farmacodinâmica, o receptor recebe contato com a substância e vai ficando menos sensível a ela, de forma que se precisa de uma quantidade maior da droga para causar o efeito esperado.
Efeito paradoxal
Respondem ao contrário do que se espera com o medicamento. Não pode ser previsto e não há uma explicação lógica para o fato.
Ex: medicamento para dormir deixa a pessoa agitada.
ABSORÇÃO
Plasma (2000 mg) Desses 2000 mg, 20 mg estão “livre” e serão distribuídos e 1980 mg estão ligados a proteína ALBUMINA
5 g

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