Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 MATERIAIS Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda – EEIMVR Departamento de Engenharia Metalúrgica e Materiais – VMT Profa. Tatiana Caneda Salazar Ribeiro, D.Sc. Sala C62 – Corredor 7 – 3º andar tatiana@metal.eeimvr.uff.br 2º Semestre / 2013 Monitor – Benito(Engenheirando em Eng. Mecânica) E-mail:? Dias / Horário monitoria e sala: ?ª feira: ??:?? às ??:?? – sala ??? ?ª feira: ??:?? às ??:?? – sala ??? 2 Cronograma do Programa / Avaliações •Bibliografia Básica •Introdução •Requisitos dos Materiais em Geral •Revisão sobre Estrutura Atômica •Estrutura Cristalina •Mecanismos de Deformação Plástica e de Aumento da Resistência •Materiais Metálicos •Materiais Poliméricos •Materiais Cerâmicos •Materiais Compósitos •Materiais Especiais (Semicondutores, Dielétricos, Supercondutores, Biomateriais) e Materiais Inteligentes Resumo 3 Cronograma do Programa / Avaliações Tópicos Horas Data Introdução a Materiais em Geral. Classificação Geral. Funcionalidade. 2 04/agosto Requisitos dos Materiais em Geral: Relação entre a estrutura, propriedades e processamento. Propriedades mecânicas: conceito de tensão, deformação; curva x . Propriedades térmicas, elétricas, magnéticas e ópticas. Exercícios 6 6,11,13/agosto Revisão sobre a estrutura atômica: A tabela periódica. A camada eletrônica. Atrações interatômicas. Forças de ligação. Ligação iônica, covalente, metálica. Moléculas. Forças de ligação secundárias. Tipos de materiais: metais, polímeros, cerâmicos. Exercícios 2 18/agosto Estrutura Cristalina: Ordenação atômica (Teórica): gases, líquidos e sólidos. Sólidos amorfos e cristalinos. Cristais. Reticulado cristalino. Células unitárias. Sistemas cristalinos. Parâmetros da rede cristalina. Pontos, direções e planos na célula unitária. Índices de Bravais. A rede hexagonal compacta. Índices de Miller-Bravais. Defeitos na Estrutura Cristalina e sua importância nas propriedades: de ponto, em linha, de superfície e volumétrico. Exercícios. 8 20,25,27/agosto e 01/set Materiais Metálicos: Ligas monofásicas. Propriedades. Ligas Polifásicas. Diagrama de equilíbrio de fases. O diagrama Fe-Fe3C. Exercícios. 10 03,08,10,15,17/ set *Prática Trabalho Monitoria com acompanhamento do Monitor (Materiais Metálicos): Entrega e Apresentação em 20/out máximo 1 ponto na 1ª prova 2 22,24/set Revisão e exercícios (Monitor) 2 29/set 1ª prova 2 01/out 4 Tópicos Horas Data Mecanismo de Deformação Plástica: Teoria. Diferença no comportamento dos vários tipos de materiais quanto à deformação plástica – materiais dúcteis e materiais frágeis. Exercícios. Noções sobre mecanismo de aumento da resistência: Solução sólida, encruamento, redução do tamanho de grão, precipitação/formação de fase e martensita de alta dureza. Exercícios 6 06,08,20/ out Materiais Poliméricos: Polímeros lineares. Polímeros tridimensionais. Deformação de polímeros. Estabilidade dos polímeros. Algumas Aplicações. Prática. 4 22,29/ out Correção da 1AV e Vista de Prova (Sala C62 das 9:30 às 11:30) 2 03/nov Materiais Cerâmicos: Fases cerâmicas. Compostos múltiplos. Comportamento mecânico. Processamento. Algumas aplicações. Materiais refratários. Prática. 4 05,10/nov Materiais Conjugados / Compósitos: O conceito de matriz. Tipos de matriz. Tipos de partículas reforçadoras. Propriedades mecânicas dos conjugados. Aplicações. Prática. 2 12/nov 2ª Parte Trabalho Monitoria (Materiais Especiais): máximo 1 ponto na 2ªprova Materiais Especiais: Semicondutores. Dielétricos. Supercondutores. Biomateriais. Materiais Inteligentes. 2 17/nov Revisão e exercícios (Monitor) 2 19/nov 2ª Prova 2 24/nov Verificação Reposição – VR (Para os alunos de acordo com os critérios UFF) 2 26/nov Vista de Prova da 2AV (sala C62 das 9:30 às 11:30) 2 01/dez Correção e Vista de Prova da VR (sala C62) 2 03/dez Verificação Suplementar – VS (Matéria toda) 2 08/dez Nota Final (NF) NF = 1AV + 2AV 2 Laboratório a serem visitados: Metalografia, Tratamentos Térmicos e Ensaios Mecânicos. Cronograma do Programa / Avaliações 5 Cronograma do Programa / Avaliações Bibliografia Básica •Introdução •Requisitos dos Materiais em Geral •Revisão sobre Estrutura Atômica •Estrutura Cristalina •Materiais Metálicos •Mecanismos de Deformação Plástica e de Aumento da Resistência •Materiais Poliméricos •Materiais Cerâmicos •Materiais Compósitos •Materiais Especiais (Semicondutores, Dielétricos, Supercondutores, Biomateriais) e Materiais Inteligentes Resumo 6 Bibliografia Básica •W.D. Callister Jr., Materials Science and Engineering an Introduction, 5ª Edição, John Wiley & Sons, Inc. <Introdução a Ciência e Engenharia de Materiais> •D.R. Askeland e P.P. Phulé, Ciência e Engenharia dos Materiais, Cengage Learning, 2008. <Essentials of Materials Science and Engineering> •L.H. Van Vlack, Principios de Ciência dos Materiais, Editora Edgard Blücher Ltda, 1970. <Elements of Materials Science> •S.A. Souza, Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicos – Fundamentos Teóricos e Práticos, 5a Edição, Editora Edgard Blücher. 7 Resumo Cronograma do Programa / Avaliações Bibliografia Básica Introdução •Requisitos dos Materiais em Geral •Revisão sobre Estrutura Atômica •Estrutura Cristalina •Materiais Metálicos •Mecanismos de Deformação Plástica e de Aumento da Resistência •Materiais Poliméricos •Materiais Cerâmicos •Materiais Compósitos •Materiais Especiais (Semicondutores, Dielétricos, Supercondutores, Biomateriais) e Materiais Inteligentes 8 -As Classes de Materiais- •Metais •Cerâmicas •Polímeros •Compósitos Introdução 9 Introdução - Metais- 10 Introdução - Metais na tabela periódica- 11 Introdução - Cerâmicas e vidros- 12 Introdução - Cerâmicas na tabela periódica- 13 Introdução - Polímeros- 14 Introdução - Polímero na tabela periódica- 15 Introdução - Compósitos- 16 Introdução -Ciência e Engenharia de Materiais- 17 Introdução 18 Introdução Introdução a Materiais em Geral / Conceitos Iniciais. processamento estrutura propriedades desempenho 19 Materiais em Geral – Evolução dos Materiais na História Introdução 20 Classificação Funcional dos Materiais Aeroespaciais Biomédicos Estruturais Materiais Eletrônicos Materiais Inteligentes Tecnologias Energética e Ambiental Materiais Ópticos Materiais Magnéticos Classificação funcional dos materiais Introdução 21 Cronograma do Programa / Avaliações Bibliografia Básica Introdução Requisitos dos Materiais em Geral •Revisão sobre Estrutura Atômica •Estrutura Cristalina •Materiais Metálicos •Mecanismos de Deformação Plástica e de Aumento da Resistência •Materiais Poliméricos •Materiais Cerâmicos •Materiais Compósitos •Materiais Especiais (Semicondutores, Dielétricos, Supercondutores, Biomateriais) e Materiais Inteligentes Resumo 22 Requisitos dos Materiais em Geral Relação entre a estrutura, propriedades e processamento. Propriedades mecânicas: conceito de tensão, deformação; curva x . Propriedades térmicas, elétricas, magnéticas e ópticas. 23 Um grande número de propriedades pode ser derivado de um único tipo de experimento, o teste de tração. Neste tipo de testeum material é tracionado e se deforma até fraturar. Mede-se o valor da força e do alongamento a cada instante, e gera- se uma curva tensão-deformação. Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- 24 Tensão / Deformação de Engenharia Corpo de Prova Circular Padrão para Ensaio de Tração Tração Compressão Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- 25 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- curva tensão-deformação 26 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- curva tensão-deformação 27 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- 28 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- curva tensão-deformação 29 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- 30 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- curva tensão-deformação 31 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- curva tensão-deformação 32 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- curva tensão-deformação 33 Ductilidade Medida do grau de deformação plástica que foi suportada até a fratura. Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- curva tensão-deformação 34 Dúctil Frágil Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- curva tensão-deformação 35 T e n s ã o Deformação M – Limite de Resistência a Tração R – Tensão Limite de Resistência F – Limite de Ruptura M-F – Processo de Estricção R Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- curva tensão-deformação 36 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- cisalhamento 37 Deformações nas direções paralela ao eixo de aplicação da tensão (z) e nos eixos ortogonais (x,y). Em materiais Isotrópicos (que se comportam de maneira similar em distintas direções as deformações nos eixos x e y são iguais. Coefieciente de Poisson () é a relação da deformação Entre um dos eixos ortogonais (x ou y) e eixo paralelo (z) a aplicação da tensão. A lei de Hooke só é valida para cálculos no regime elástico e associada a deformações ao longo do eixo paralelo (z) ao da aplicação da tensão. Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- 38 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- cobre 39 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- tenacidade 40 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- curva real 41 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades mecânicas- exercício 42 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades elétricas- resistência elétrica 43 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades elétricas- resistividade e condutividade 44 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades elétricas 45 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades elétricas 46 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades elétricas- bandas de energia 47 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades elétricas- metais 48 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades elétricas- semicondutores e isolantes 49 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades térmicas 50 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades térmicas- expansão térmica 51 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades térmicas- 52 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades térmicas- calor específico 53 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades térmicas- condutividade térmica 54 Liga Cu-Zn Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades térmicas- condutividade térmica 55 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades magnéticas 56 Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades magnéticas 57 Interação da Luz com os Sólidos: -Transmissividade (T) -Absorvidade (A) -Refletividade (R) T + A + R = 1 Materiais se classificam em: -Transparentes -Translúcidos -Opacos Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades ópticas- 58 Aplicações dos Fenômenos Ópticos: -Luminescência - Fluorescência (tempo curto de emissão) - Fosforescência (tempo longo de emissão) - Eletroluminescência -Fotocondutividade -Laser -Fibras ópticas Requisitos dos Materiais em Geral - Propriedades ópticas- 59 Fixação do conteúdo teórico – Leitura com base no conteúdo dado em sala de aula Livro: Introdução a Engenharia e Ciência dos Materiais, W.D. Callister, Jr., 5ª Edição Capítulo 1 - Introdução Capítulo 7 – Propriedades Mecânicas Capítulo 12 – Propriedades Elétricas Capítulo 17 – Propriedades Térmicas Capítulo 18 – Propriedades Magnéticas Capítulo 19 - Propriedades Ópticas Requisitos dos Materiais em Geral 60 Cronograma do Programa / Avaliações Bibliografia Básica Introdução Requisitos dos Materiais em Geral Revisão sobre Estrutura Atômica •Estrutura Cristalina •Materiais Metálicos •Mecanismos de Deformação Plástica e de Aumento da Resistência •Materiais Poliméricos •Materiais Cerâmicos •Materiais Compósitos •Materiais Especiais (Semicondutores, Dielétricos, Supercondutores, Biomateriais) e Materiais Inteligentes Resumo 61 Por quê estudar? O tipo de ligação interatômica geralmente explica a propriedade do material. Exemplo: o carbono pode existir na forma de grafite que é mole, escuro e “gorduroso” e na forma de diamante que é extremamente duro e brilhante. Essa diferença nas propriedades é diretamente atribuída ao tipo de ligação química que é encontrada no grafite e não no diamante. Veja mais informações no site www.cimm.com.br (material didático) Revisão sobre Estrutura Atômica 62 Revisão sobre Estrutura Atômica -Estrutura Atômica- Átomo Núcleo Eletrosfera Prótons (+) Nêutrons Elétrons (-) A = Z + N Número atômico (Z) = número de prótons = número de elétrons Número de nêutrons (N) Número de massa (A) = Z + N X X A Z A Z 63 Revisão sobre Estrutura Atômica -Estrutura Atômica- 64 São os elétrons que afetam a maioria das propriedades de engenharia: 1. Determinam as propriedades químicas; 2. Estabelecem a natureza das ligações Interatômicas; 3. Controlam o tamanho do átomo e condutividade elétrica; 4. Influenciam as características óticas. Revisão sobre Estrutura Atômica -Estrutura Atômica- 65 : Hidrogênio 1 elemento : Metais 84 elementos : Ametais 11 elementos : Semimetais 7 elementos : Gases nobres 6 elementos Revisão sobre Estrutura Atômica -Estrutura Atômica – tabela períodica 66 • Metais: Eles são a maioria dos elementos da tabela. São bons condutores de eletricidade e calor, maleáveis e dúcteis, possuem brilho metálico característico e são sólidos, com exceção do mercúrio. • Não-Metais: São os mais abundantes na natureza e, ao contrário dos metais, não são bons condutores de calor e eletricidade, não são maleáveis e dúcteis e não possuem brilho como os metais. • Gases Nobres: São no total 6 elementos e sua característica mais importante é a inércia química.• Hidrogênio: O hidrogênio é um elemento considerado à parte por ter um comportamento único. • Semimetais: São todos sólidos em condições ambiente e apresentam semelhanças entre metais e ametais. Revisão sobre Estrutura Atômica -Estrutura Atômica- tabela periódica Elementos eletropositivos Elementos eletronegativos Colunas: valência similar Metais são eletropositivos Revisão sobre Estrutura Atômica -Estrutura Atômica- tabela periódica Menor eletronegatividade Maior eletronegatividade Valores grandes de eletronegatividade indicam tendência de sequestrar elétrons. Revisão sobre Estrutura Atômica -Estrutura Atômica- tabela periódica 69 Revisão sobre Estrutura Atômica -Estrutura Atômica- 70 • As ligações químicas tem forte influência sobre diversas propriedades dos materiais; • Os elétrons de valência (do último nível) são os que participam das ligações químicas; • Os átomos buscam a configuração mais estável dos gases nobres (com 2 ou 8 eletrons); • Dependendo da energia envolvida na ligação elas podem ser divididas em: Fortes Fracas Revisão sobre Estrutura Atômica -Estrutura Atômica- 71 Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas - classificação Entender as ligações interatômicas é o primeiro passo em direção à compreensão/explicação das propriedades dos materiais. 72 Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligação iônica Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligação iônica He - Ne - Ar - Kr - Xe - Rn - F 4.0 Cl 3.0 Br 2.8 I 2.5 At 2.2 Li 1.0 Na 0.9 K 0.8 Rb 0.8 Cs 0.7 Fr 0.7 H 2.1 Be 1.5 Mg 1.2 Ca 1.0 Sr 1.0 Ba 0.9 Ra 0.9 Ti 1.5 Cr 1.6 Fe 1.8 Ni 1.8 Zn 1.8 As 2.0 CsCl MgO CaF2 NaCl O 3.5 Cede elétrons Sequestra elétrons Ocorre predominantemente nas cerâmicas Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligação iônica 75 Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligação iônica 76 Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligação iônica 77 Forças e distância de Ligações Adistânciaentre2átomosédeterminadapelobalançodasf orçasatrativaserepulsivas; Quantomaispróximososátomos,maioraforçaatrativaentr eeles,maioraindasãoasforçasrepulsivasdevidoasobrep osiçãodascamadasmaisinternas; Quandoasomadasforçasatrativaserepulsivasézero,osát omosestãonachamadadistânciadeequilíbrio Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligação iônica 78 Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligação iônica 79 Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligação iônica 80 • Os átomos atingem a configuração estável compartilhando elétrons com um átomo adjacente Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligação covalente 81 Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligação covalente He - Ne - Ar - Kr - Xe - Rn - F 4.0 Cl 3.0 Br 2.8 I 2.5 At 2.2 Li 1.0 Na 0.9 K 0.8 Rb 0.8 Cs 0.7 Fr 0.7 H 2.1 Be 1.5 Mg 1.2 Ca 1.0 Sr 1.0 Ba 0.9 Ra 0.9 Ti 1.5 Cr 1.6 Fe 1.8 Ni 1.8 Zn 1.8 As 2.0 SiC C(diamond) H2O C 2.5 H2 Cl2 F2 Si 1.8 Ga 1.6 GaAs Ge 1.8 O 2.0 co lum n I VA Sn 1.8 Pb 1.8 Exemplos: Moléculas de metais e não metais; Moléculas com não metais; Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligação covalente 83 Característica de materiais Condutores (a temperaturas usuais) • Estrutura formada por íons positivos e elétrons livres de valência que formam uma “nuvem eletrônica” que circula livremente entre os íons positivos Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligação metálica 84 • Nos metais, existe uma grande quantidade de elétrons quase livres, os elétrons de condução, que não estão presos a nenhum átomo em particular. • Estes elétrons são compartilhados pelos átomos, formando uma nuvem eletrônica, responsável pela alta condutividade elétrica e térmica desses materiais. • A ligação metálica é não direcional, semelhante a ligação iônica. • A ligação metálica há compartilhamento de elétrons, semelhante a ligação covalente, mas o compartilhamento envolve todos os átomos. Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligação metálica 85 • Alta condutividade elétrica e térmica: Cerâmicos são isolantes pois não possuem elétrons livres na ligação química; • Permitem grande deformação plástica pois as ligações são móveis ou seja não são rígidas como as iônicas e as covalentes. Os materiais cerâmicos são frágeis pois as ligações são rígidas; • Possuem o brilho metálico, como os elétrons são muito móveis trocam de nível energético com facilidade emitindo fótons; • São sempre opacos: pela mesma razão acima mas nesse caso absorvendo a luz incidente. Já os cerâmicos podem ser transparentes. Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligação metálica 86 Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligações secundárias 87 Átomo simétrico eletronicamente Dipolo atômico induzido Este tipo de ligação é o que permite que gases inertes e outras moléculas eletronicamente neutras e simétricas (H2, Ar, Cl2, etc) possam se liquefazer e solidificar. Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligações secundárias 88 Representação esquemática de uma molécula polar • Dipolos elétricos ocorrem quando os centros das cargas positivas não coincidem com o centro das cargas negativas em uma molécula. As diferenças nas propriedades entre a grafita e o diamante estão relacionadas a esse tipo de ligação. Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligações secundárias 89 Este tipo de ligação faz com que substâncias como HF ou H2O com baixo peso molecular, quanto as que possuem ligação de Van der Waals, tenham um ponto de fusão anormalmente alto. São ligações secundárias fracas que estão relacionadas a atração de dipolos elétricos Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligações secundárias 90 Representação esquemática da ligação de Van der Waals para o ácido fluorídrico Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligações secundárias 91 Influência da energia da ligação em algumas propriedades dos materiais • Quanto maior a energia envolvida na ligação química há uma tendência de: • Maior ser o ponto de fusão do composto • Maior a resistência mecânica • Maior a dureza • Maior o módulo de elasticidade • Maior a estabilidade química • Menor a dilatação térmica Revisão sobre Estrutura Atômica -Ligações químicas – ligações secundárias 92 Fixação do conteúdo teórico – Leitura com base no conteúdo dado em sala de aula Livro: Introdução a Engenharia e Ciência dos Materiais, W.D. Callister, Jr., 5ª Edição Capítulo 2 – Estrutura Atômica e Ligação Interatômica Revisão sobre Estrutura Atômica 93 Cronograma do Programa / Avaliações Bibliografia Básica Introdução Requisitos dos Materiais em Geral Revisão sobre Estrutura Atômica Estrutura Cristalina •MateriaisMetálicos •Mecanismos de Deformação Plástica e de Aumento da Resistência •Materiais Poliméricos •Materiais Cerâmicos •Materiais Compósitos •Materiais Especiais (Semicondutores, Dielétricos, Supercondutores, Biomateriais) e Materiais Inteligentes Resumo 94 Estrutura Cristalina Por quê estudar? As propriedades de alguns materiais estão diretamente associadas à sua estrutura cristalina (ex: magnésio e berílio que têm a mesma estrutura se deformam muito menos que ouro e prata que têm outra estrutura cristalina). Explica a diferença significativa nas propriedades de materiais cristalinos e não cristalinos de mesma composição (materiais cerâmicos e poliméricos não-cristalinos tendem a ser opticamente transparentes enquanto cristalinos não). 95 Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – ordenação atômica - 96 As propriedades dos materiais sólidos cristalinos depende da estrutura cristalina, ou seja, da maneira na qual os átomos, moléculas ou íons estão espacialmente dispostos. Há um número grande de diferentes estruturas cristalinas, desde estruturas simples exibidas pelos metais até estruturas mais complexas exibidas pelos cerâmicos e polímeros Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – ordenação atômica - 97 unidade básica repetitiva da estrutura tridimensional Consiste num pequeno grupos de átomos que formam um modelo repetitivo ao longo da estrutura tridimensional (analogia com elos de uma corrente). A célula unitária é escolhida para representar a simetria da estrutura cristalina. Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – célula unitária- 98 Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – célula unitária- 99 unidade básica repetitiva da estrutura tridimensional Os átomos são representados como esferas rígidas Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – célula unitária- 100 Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – célula unitária- sistemas cristalinos 101 Tipos de Retículos / 14 redes de Bravais P - Primitivo (exceção para denominação do Romboédrico, R) Não Primitivos: I - retículos de corpo centrado F - retículos de face centrado C - retículos de base centrada Célula Unitária unidade básica repetitiva da estrutura tridimensional Os átomos são representados como esferas rígidas Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – célula unitária- sistemas cristalinos Sistemas cristalinos são apenas entidades geométricas 102 Como a ligação metálica é não-direcional não há restrições quanto ao número e posições dos vizinhos mais próximos. Então, a estrutura cristalina dos metais têm geralmente um número grande de vizinhos e alto empacotamento atômico. Três são as estruturas cristalinas mais comuns em metais: cúbica de corpo centrado, cúbica de face centrada e hexagonal compacta. Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – célula unitária- sistemas cristalinos 103 Os átomos podem ser agrupados dentro do sistema cúbico em 3 diferentes tipos de repetição Cúbico simples - cs Cúbico de corpo centrado - ccc Cúbico de face centrada - cfc Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – células unitárias – sistema cúbico 104 Relação entre o raio atômico (R) e o parâmetro de rede (a) para o sistema CS, onde os átomos se tocam na face. Apenas 1/8 de cada átomo cai dentro da célula unitária, ou seja, a célula unitária contém apenas 1 átomo. Essa é a razão porque os metais não cristalizam na estrutura cúbica simples (devido ao baixo empacotamento atômico). Número de coordenação corresponde ao número de átomos vizinhos mais próximos. Para a estrutura cúbica simples o número de coordenação é 6. Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – células unitárias – sistema cúbico simples - CS 105 CÚBICO SIMPLES NC = 6 Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – células unitárias – sistema cúbico simples - CS Nº de coordenação 106 FATOR DE EMPACOTAMENTO ATÔMICO PARA O SISTEMA CS Fator de empacotamento (FE) = Número de átomos x Volume dos átomos Volume da célula unitária Volume dos átomos (Va) = número de átomos (n) x Volume da Esfera ( 1 x 4R 3/3) Volume da célula (Vc) = Volume do Cubo = a 3 Fator de empacotamento = (4R3/3) / (2R)3 O fator de empacotamento para a estrutura cúbica simples é 0,52 ou seja, 52% do espaço do sistema está ocupado e restante é vazio Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – células unitárias – sistema cúbico simples - CS 107 Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – células unitárias – sistema cúbico corpo centrado - CCC 108 CÚBICO DE CORPO CENTRADO NC = 8 Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – células unitárias – sistema cúbico corpo centrado - CCC 109 Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – células unitárias – sistema face centrado -CFC 110 Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – células unitárias – sistema hexagonal compacto - HC 111 Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – células unitárias – sistema hexagonal compacto - HC 112 Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – células unitárias – sistema hexagonal compacto - HC 113 Estrutura Cristalina - Cristal perfeito – células unitárias – empilhamento ótimo 114 O conhecimento da estrutura cristalina permite o cálculo da densidade (): n= número de átomos da célula unitária A= peso atômico Vc= Volume da célula unitária NA= Número de Avogadro (6,02 x 10 23 átomos/mol) Exemplo: Cobre têm raio atômico de 0,128 nm (1,28 Å), uma estrutura cfc, um peso atômico de 63,5 g/mol. Calcule a densidade do cobre. Resposta: 8,89 g/cm3 Valor da densidade medida= 8,94 g/cm3 Estrutura Cristalina - Cálculo de densidade - 115 Estrutura Cristalina - Cristalografia - 116 Estrutura Cristalina - Direções cristalográficas - 117 Direção em particular: [u v w] Família de Direções: <u v w> A simetria do sistema cúbico permite que as direções equivalentes sejam agrupadas para formar uma família de direções: a) <2 2 1> b) <1 0 0> para arestas das faces c) <1 1 0> para as diagonais das faces, maior densidade no cfc d) <1 1 1> para as diagonais do cubo, maior densidade no ccc (a) (c) (d) (b) Estrutura Cristalina - Direções cristalográficas - 118 Estrutura Cristalina - Direções cristalográficas - 119 Para a determinação da estrutura cristalina. Os métodos de difração medem diretamente a distância entre planos paralelos de pontos do reticulado cristalino. Esta informação é usada para determinar os parâmetros do reticulado de um cristal de um material em particular. Os métodos de difração também medem os ângulos entre os planos do reticulado. Estes são usados para determinar os ângulos interaxiais de um cristal. Para a deformação plástica. A deformação plástica (permanente) dos metais ocorre pelo deslizamento dos átomos, escorregando uns sobre os outros no cristal. Este deslizamento tende a acontecer preferencialmente ao longo de planos/direções específicos do cristal que são os de mais alta densidade atômica. Para as propriedadesde transporte. Em certos materiais, a estrutura atômica em determinados planos causa o transporte de elétrons e/ou acelera a condução nestes planos, e, relativamente, reduz a velocidade em planos distantes destes. Planos cristalinos porque são importantes? Estrutura Cristalina - Planos cristalográficas - 120 Estrutura Cristalina - Planos cristalográficas – sistema cúbico - 121 Estrutura Cristalina - Planos cristalográficas – sistema cúbico - 122 Estrutura Cristalina - Planos cristalográficas – sistema cúbico - 123 Estrutura Cristalina - Planos cristalográficas – sistema cúbico - 124 Estrutura Cristalina - Planos cristalográficas – Sistema Hexagonal- 125 Estrutura Cristalina - Planos cristalográficas – 126 Estrutura Cristalina - Densidade atômica planar – 127 Estrutura Cristalina - Densidade atômica linear – 128 Estrutura Cristalina - Planos e direções compactos– 129 Estrutura Cristalina - Planos e direções compactos– 130 Estrutura Cristalina - Planos e direções compactos– 131 • Alguns metais e não-metais podem ter mais de uma estrutura cristalina dependendo da temperatura e pressão. Esse fenômeno é conhecido como polimorfismo. • Geralmente as transformações polimórficas são acompanhadas de mudanças na densidade e de outras propriedades físicas. •Exemplos de materiais que exibem polimorfismo: ferro, titânio, carbono (grafite e diamante), SiC (chega a ter 20 modificações cristalinas), etc. Estrutura Cristalina - Polimorfismo ou alotropia– 132 • Na temperatura ambiente, o ferro têm estrutura ccc, número de coordenação 8, fator de empacotamento de 0,68 e um raio atômico de 1,241 Å. •A 910ºC, o ferro passa para estrutura cfc, número de coordenação é 12, fator de empacotamento de 0,74 e um raio atômico de 1,292 Å. •A 1390ºC o ferro passa novamente para ccc. Estrutura Cristalina - Planos e direções compactos– Alotropia do Fe 133 Fase •Existe até 883ºC •Apresenta estrutura hexagonal compacta •É mole Fase •Existe a partir de 883ºC •Apresenta estrutura ccc •É dura Estrutura Cristalina - Planos e direções compactos– Alotropia do Titâneo 134 V% = (48,7-49,1)/49,1 V% = (Vf-Vi)/Vi V%=(Vcfc-Vccc)/Vccc Estrutura Cristalina - Polimorfismo e alotropia 135 Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos na estrutura cristalina - 136 Devido à agitação térmica, os átomos de um cristal real estão sempre vibrando. •Quanto maior a energia térmica (ou temperatura), maior será a chance de átomos sairem de suas posições, deixando um vazio (vacância) em seu lugar. •Por outro lado, dentro da rede cristalina existem inúmeros interstícios, espaços vazios entre os átomos, nos quais é possível alojar outros átomos. •Finalmente, é praticamente impossível obter um material infinitamente puro. Sempre haverá impurezas presentes na rede cristalina. Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos pontuais- 137 Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos pontuais- 138 • Para formar defeitos é necessário dispor de energia. • Normalmente esta energia é dada na forma de energia térmica. Isto quer dizer que quanto maior a temperatura, maior será a concentração de defeitos. • Para muitos tipos de defeitos vale o seguinte: Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos pontuais- 139 Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos pontuais- 140 • Impurezas poderão assumir dois tipos de posição na rede cristalina de outro material Interstícios - espaços vazios na rede – impureza intersticial Substituindo um átomo do material – impureza substitucional • Impureza intersticial - um exemplo fundamental Carbono em a-Ferro (aço) Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos pontuais- 141 • A presença de impurezas substitucionais gera uma mistura entre os átomos das impurezas e os do material, gerando uma solução sólida. Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos pontuais- soluções sólidas 142 As regras de Hume-Rothery •Para que haja total miscibilidade entre dois metais, é preciso que eles satisfaçam as seguintes condições Seus raios atômicos não difiram de mais de 15% Tenham a mesma estrutura cristalina Tenham eletronegatividades similares Tenham a mesma valência Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos pontuais- soluções sólidas 143 Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos lineares - discordâncias 144 Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos lineares – discordâncias em linha 145 Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos lineares – discordâncias em linha 146 Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos lineares – discordâncias em hélice 147 O vetor de Burgers mantém uma direção fixa no espaço. Na extremidade inferior esquerda, onde a discordância é pura hélice, b é paralelo a discordância. Na extremidade superior direita, onde a discordância é pura linha, b é perpendicular a discordância. Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos lineares – discordância mista 148 Micrografia de microscopia eletrônica de transmissão de uma liga de alumínio na qual as linhas escuras são discordâncias . (Aumento 51.540x) Estrutura Cristalina - Cristal Real –defeitos lineares - discordâncias 149 • Um material poli-cristalino é formado por muitos mono-cristais em orientações diferentes. • A fronteira entre os monocristais é uma parede, que corresponde a um defeito bi-dimensional. Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos superficiais – fronteiras de grão e interface 150 Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos superficiais – fronteiras de grão e interface 151 Ângulo de desalinhamento / desorientação Ângulo de desalinhamento / desorientação Contorno de grão de baixo ângulo Contorno de grão de alto ângulo Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos superficiais – fronteiras de grão e interface 152 Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos superficiais – maclas 153 Empilhamento de planos (CFC) Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos superficiais – falha de empilhamento 154 Vazios / Porosidades / Inclusões / Precipitados / Outras fases / Trincas / Superfície Externa Estrutura Cristalina - Cristal Real – defeitos volumétricos 155 Fixação do conteúdo teórico – Leitura com base no conteúdo dado em sala de aula Livro: Introdução a Engenharia e Ciência dos Materiais, W.D. Callister, Jr., 5ª Edição Capítulo 3 – Estrutura de Metais Estrutura Cristalina 156 Resumo Cronograma do Programa / Avaliações Bibliografia Básica Introdução Requisitos dos Materiais em Geral Revisão sobre Estrutura Atômica Estrutura Cristalina Materiais Metálicos •Mecanismos de Deformação Plástica e de Aumento da Resistência •Materiais Poliméricos •Materiais Cerâmicos •Materiais Compósitos •Materiais Especiais (Semicondutores, Dielétricos, Supercondutores, Biomateriais) e Materiais Inteligentes 157 Materiais Metálicos - Diagrama de Fases no Equilíbrio Termodinâmico - Componentes – soluto(s) e solvente Sistema – diversas possibilidade de configurações (composições química) de ligas paraum mesmo grupo de componentes Solução gasosa, líquida ou sólida – Limite de Solubilidade do soluto no solvente, no caso de solução sólida refere-se ao limite de solubilidade dos átomos de soluto intersticiais e/ou substitucionais inseridos na rede cristalina que define a estrutura do solvente. Fases – solução gasosa, líquida ou sólida (amorfa ou cristalina com as mais possíveis estrutura para um sistema) Microestrutura – morfologia de uma dada fase ou conjunto de fases que coexistem a uma dada composição química, temperatura e pressão. Equilíbrio de Fases – ponto ou região na qual duas ou mais fases distintas coexistem enquanto não se ultrapassar as fronteiras entre as linhas de transformação de fases. 158 Componentes: Água e açúcar. Sistema: Água com açúcar. Solução líquida: água adocicada que possue um máximo de açúcar dissolvida limitada pelo limite de solubilidade a uma dada temperatura Fases: solução líquida adocicada e açúcar sólido precipitado Microestrutura: (i) solução líquida a adocicada de mesma coloração da água pura e líquida; (ii) açúcar sólido com a mesma morfologia dos cristais de açúcar adicionados Equilíbrio de fases: solução líquida adocicada + açúcar sólido precipitado limitado pela linha do limite de solubilidade Materiais Metálicos - Diagrama de Fases no Equilíbrio Termodinâmico - 159 Componentes: Cobre e Níquel. Sistema: Cu-Ni. Solução líquida: Líquido existente a temperatura superiores a linha liquidus (onde ocorre a fusão completa do componente ou sistema) que inicia-se a 1085oC para 100%Cu (temperatura de fusão do cobre) e termina a 1453oC para 100%Ni (temperatura de fusão do Ni). Fases: líquida e alfa (). Microestrutura: (i) fase líquida; (ii) fase líquida com núcleos/dendritas (grãos cristalinos) sólidos da fase alfa (); (iii) fase sólida de alfa () formada por grãos cristalinos. Equilíbrio de fases: definido pela região entre as linhas liquidus e solidus onde coexistem as fases líquida e alfa (). Materiais Metálicos - Diagrama de Fases no Equilíbrio Termodinâmico – ligas monofásicas 160 Fração em Massa Materiais Metálicos - Diagrama de Fases no Equilíbrio Termodinâmico – ligas monofásicas 161 Conversão de Fração em Massa para Fração Volumétrica Materiais Metálicos - Diagrama de Fases no Equilíbrio Termodinâmico – ligas monofásicas 162 Transformações de Fase no Equilíbrio Termodinâmico (resfriamento muito lento) para uma liga 35%Ni-65%Cu (% em peso). Materiais Metálicos - Diagrama de Fases no Equilíbrio Termodinâmico – ligas monofásicas 163 Transformações de Fase fora do Equilíbrio Termodinâmico (resfriamento mais acelerado do que aquele exigido pelo equilíbrio) para uma liga 35%Ni-65%Cu (% em peso). Materiais Metálicos - Diagrama de Fases no Equilíbrio Termodinâmico – ligas monofásicas 164 Reação Eutética: Líquido (L) + (duas fases sólidas) Materiais Metálicos - Diagrama de Fases– ligas bifásicas (diagrama eutético) 165 Reação Eutética: Líquido (L) + (duas fases sólidas) Materiais Metálicos - Diagrama de Fases– ligas bifásicas (diagrama eutético) 166 Materiais Metálicos - Diagrama de Fases– ligas bifásicas (diagrama eutético)- fases encontradas 167 Liga Eutética Microestrutura de uma liga Pb-Sn de composição eutética, consiste de lamelas alternadas de uma fase solução sólida rica em Pb (lamelas escuras) e uma fase solução sólida rica em Sn (lamelas claras). 375x. Materiais Metálicos - Diagrama de Fases– ligas bifásicas (diagrama eutético)- fases encontradas 168 Microestrutura de uma liga 50%Pb-50%Sn), de composição hipo-eutética, consiste glóbulos/grãos de uma fase primária sólida rica em Pb (regiões escuras) e de lamelas alternadas de uma fase solução sólida rica em Pb (lamelas escuras) e uma fase solução sólida rica em Sn (lamelas claras). 400x. Materiais Metálicos - Diagrama de Fases– ligas bifásicas (diagrama eutético)- fases encontradas 169 - Exercícios - Callister, Capítulo 10 – Phase Diagrams (Diagramas de Fase) - 5ª Edição: exercícios 10.5 (a,b,c,d), 10.6, 10.7 (a,b,c,d), 10.9, 10.10, 10.12 Para a liga chumbo-estanho no ponto B, verifique (a) quais as fases presentes e (b) a composição de cada fase, e calcule o quantidade relativa de cada fase presente em termos de (c) fração em massa, e (d) fração volumétrica. A uma temperatura de 150oC considere as densidade do Pb e Sn serem de 11,23 e 7,24 g/cm3, respectivamente. Materiais Metálicos - Diagrama de Fases– ligas bifásicas (diagrama eutético) 170 Reação Eutetóide: + (560ºC – 74%Zn-26%Cu) Reação Peritética: + L (598ºC – 78,6%Zn-21,6%Cu) + L + L + L + L Materiais Metálicos - Diagrama de Fases– ligas polifásicas 171 VVi Onde ( e ) e V( e ) representam a resistividade e a fração volumica de cada fase. Materiais Metálicos - Ligas metálicas x propriedades - 172 Materiais Metálicos - Ligas metálicas x propriedades - 173 Materiais Metálicos - Ligas metálicas x propriedades - 174 Materiais Metálicos - Diagrama de equilíbrio Fe- Fe3C 175 Reações encontradas nos diagramas de equilíbrio Materiais Metálicos - Diagrama de equilíbrio Fe- Fe3C 176 Linhas de Interesse A1 – reação eutetóide: + Fe3C a 727ºC A2 – transformação magnética (Temperatura de Curie da Ferrita, 770ºC) A3 – + (912ºC/0%C a 727ºC/0,77%C ) Acm – + Fe3C (727ºC/0,77%C a 1148ºC/2,11%C) A4 – + (1394ºC/0%C a 1495ºC/0,17%C) Liquidus – 1538ºC/0%C a 1148ºC/4,30%C Solidus – 1495ºC/0,17%C a 1148ºC/2,11%C Materiais Metálicos - Diagrama de equilíbrio Fe- Fe3C 177 Ferrita - Solução sólida de carbono em ferro ccc. Existente até a temperatura de 912ºC. A solubilidade do carbono na ferrita é muito baixa (máximo de 0,020% a 727ºC e a temperatura ambiente é de tão somente 0,008%C). Aço ferrítico-perlítico forma equiaxial em resfriamento lento Áreas claras = ferrita, Áreas escuras = perlita Aço com ferrítico com teor de carbono 0,015% Áreas claras = ferrita, pontos escuros = cementita (Fe3C) Materiais Metálicos - Diagrama de equilíbrio Fe- Fe3C – fases de estabilidade - 178 Austenita - Solução sólida de carbono em ferro cfc. Existindo entre as temperaturas de 727 e 1495ºC, no caso de aços comuns. Na presença de elementos estabilizadores da austenita, esta pode até ser encontrada a temperatura ambiente (p.ex. Aços inoxidáveis austeníticos). Solubilidade máxima de carbono na austenita de 2,11% a 1148ºC. Materiais Metálicos - Diagrama de equilíbrio Fe- Fe3C – fases de estabilidade - 179 Ferro - Solução sólida de carbono em ferro ccc. Existindo entre 1394 e 1538ºC (fusão do ferro puro). A solubilidade do carbono no ferro delta atinge o máximo de 0,09%C a 1495ºC. A solubilidade máxima de carbono na ferrita é um pouco maior que na ferrita (0,09 e 0,02%, respectivamente), devido ao fato de que a ferrita ocorre em temperaturas maiores, em que a agitação térmica da matriz de ferro é também maior, favorecendo a maior dissolução do carbono. Materiais Metálicos - Diagrama de equilíbrio Fe- Fe3C – fases de estabilidade - 180 Cementita ou Carboneto de Ferro (Fe3C) É um carboneto de ferro com estrutura ortorrômbica e de alta dureza. A cementita dá origem a um eutetóide de extrema importânciano estudo dos aços, a perlita. Materiais Metálicos - Diagrama de equilíbrio Fe- Fe3C – fases de estabilidade - 181 Perlita A perlita é uma mistura de específica de duas fases, formada pela transformação da austenita, de composição eutetóide, em ferrita e cementita. Materiais Metálicos - Diagrama de equilíbrio Fe- Fe3C – fases de estabilidade - 182 - austenita / - ferrita / Fe3C – cementita / P – perlita (lamelas intercaladas de e Fe3C) Hipoeutetóides 0,02% < %C < 0,77% Hipereutetóides 0,77% < %C =< 2,11% Eutetóides %C = 0,77% Materiais Metálicos - Diagrama de equilíbrio Fe- Fe3C – fases de estabilidade - 183 Aço com 0,38%peso de C. Perlita e ferrita pró-eutetóide. (635x). Ferrita pró-eutetóide é aquela formada no resfriamento num intervalo de temperatura (região d-e) acima da linha A1 onde encontra-se a reação eutetóide (ponto O). Materiais Metálicos - Diagrama de equilíbrio Fe- Fe3C – fases de estabilidade - 184 Aço eutetóide (0,77%peso de C). Microestrutura Perlítica consistindo de lamelas alternadas de ferrita (regiões claras) e cementita (finas lamelas delineadas por contornos escuros) . (500x). Materiais Metálicos - Diagrama de equilíbrio Fe- Fe3C – fases de estabilidade - 185 Aço com 1,4%peso de C. Cementita pró-eutetóide ao redor das colônias/grãos de perlita. (1000x). Cementita pró-eutetóide é aquela formada no resfriamento num intervalo de temperatura (região h) acima da linha A1 onde encontra-se a reação eutetóide (ponto O) Materiais Metálicos - Diagrama de equilíbrio Fe- Fe3C – fases de estabilidade - 186 Hipoeutetóides %Ferrita Pró-eutetóide = U / (T+U) %Ferrita Pró-eutetóide = (0,76 – C’o) / (0,76 – 0,022) %Perlita = T / (T+U) %Perlita = (C’o – 0,022) / (0,76 – 0,022) %Ferrita Total = (U+V+X) / (T+U+V+X) %Ferrita Total = (6,70 – C’o) / (6,70 – 0,022) %Cementita Eutetóide = %Cementita Total %Cementita Eutetóide = T / (T+U+V+X) %Cementita Eutetóide = (C’o – 0,022) / (6,70 – 0,022) %Ferrita Eutetóide = %Ferrita Total - %Ferrita Pró-eutetóide Materiais Metálicos - Diagrama de equilíbrio Fe- Fe3C – cálculo de fases - 187 Eutetóide = Perlita %Ferrita Eutetóide = (V+X) / (6,70 – 0,022) %Ferrita Eutetóide = (6,70 – 0,76) / (6,70 – 0,022) %Ferrita Eutetóide = 88,9% %Cementita Eutetóide = (T+U) / (6,70 – 0,022) %Cementita Eutetóide = (0,76 – 0,022) / (6,70 – 0,022) %Cementita Eutetóide = 11,1% Materiais Metálicos - Diagrama de equilíbrio Fe- Fe3C – cálculo de fases - 188 Hipereutetóides %Cementita Pró-eutetóide = V / (V+X) %Cementita Pró-eutetóide = (C’1 – 0,76) / (6,70 – 0,76) %Perlita = X / (V+X) %Perlita = (6,70 – C’1) / (6,70 – 0,76) %Cementita Total = (T+U+V) / (T+U+V+X) %Cementita Total = (C’1 – 0,022) / (6,70 – 0,022) %Ferrita Eutetóide = %Ferrita Total %Ferrita Eutetóide = X / (T+U+V+X) %Ferrita Eutetóide = (6,70 – C’1) / (6,70 – 0,022) %Cementita Eutetóide = %Cementita Total - %Cementita Pró-eutetóide Materiais Metálicos - Diagrama de equilíbrio Fe- Fe3C – cálculo de fases - 189 - Exercícios - Callister, Capítulo 10 – Phase Diagrams (Diagramas de Fase) - 5ª Edição: exercícios 10.17 a 10.24, 10.50 a 10.52, 10.58, 10.66, Para um aço (Liga Fe-C) de composição 99,65%Fe-0,35%C (% em peso) a uma temperatura logo abaixo da reação eutetóide, determine: (a) As frações totais das fases ferrita e cementita; (b) As frações de ferrita pró-eutetóide e de perlita; (c) A fração de ferrita eutetóide. Materiais Metálicos - Diagrama de equilíbrio Fe- Fe3C – cálculo de fases -
Compartilhar