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1/2 Produto Definição de Produto – Artigo 3º, §1º § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. O Código de Defesa do Consumidor definiu produto junto ao §1º do Artigo 3º e, de maneira muito adequada, segundo o conceito contemporâneo, em vez de falar em bem ou coisa, como dita o Código Civil. Esse conceito de produto é universal nos dias atuais e está estreitamente ligado a idéia de bem, resultado da produção no mercado de consumo das sociedades capitalistas. Produto móvel ou imóvel – na definição de produto, o legislador coloca então “qualquer bem”, e designa como “móvel ou imóvel”, e ainda “material ou imaterial”. Da necessidade de interpretação sistemática do Código de Defesa do Consumidor nascerá também a hipótese dos produtos como “durável e não durável”, por previsão do Artigo 26[1][1]. Produto material ou imaterial - No que respeita ao aspecto da materialidade do produto, vimos que ele pode ser material ou imaterial. Mas, por conta do fato do Código de Defesa do Consumidor ter definido produto imaterial é de perguntar que tipo de bem é esse que poderia ser oferecido no mercado de consumo. Afinal, o que seria um produto imaterial que o fornecedor poderia vender e o consumidor adquirir? Diga-se, em primeiro lugar, que a preocupação da lei é garantir que a relação jurídica de consumo esteja assegurada para toda e qualquer compra e venda realizada. Por isso fixou conceitos os mais genéricos possíveis. Neste campo temos como exemplo: conhecimento, música, vídeos, códigos, etc. Produto durável – é aquele que, como o próprio nome diz, não se extingue com o uso. Ele dura, leva tempo para se desgastar. Pode ser utilizado várias vezes. Produto não durável, por sua vez, é aquele que se acaba com o uso. Como o próprio nome determina, não tem qualquer durabilidade. Usado, ele vai se extinguindo. Estão nesta condição os alimento, os remédios, os cosméticos etc. Produto gratuito ou “amostra grátis” - Ao examinarmos no próximo item os serviços, veremos que a lei faz referência àqueles “sem remuneração”. Lembramos, por isso a questão do produto gratuito ou chamado “amostra grátis”. Há uma única referência à [1][1] Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis. 2/2 amostra grátis no CDC, constante do parágrafo único do Artigo 39[2][2] que libera o consumidor de qualquer tipo de pagamento. A amostra grátis diz respeito não só ao produto, mas também ao serviço. Aqui, o que nos interessa, refere-se que o produto entregue como amostra grátis esta submetido a todas as exigências legais ligadas a qualidade, garantia, durabilidade, proteção contra vícios e defeitos. [2][2] Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento.
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