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Serviço 
 
O Código de Defesa do Consumidor definiu serviço no §2º do Artigo 3º e tratou de 
apresentá-lo da forma mais completa possível. Porém, na mesma linha de princípios 
por nós já apresentada, é importante lembrar que a enumeração é exemplificativa, 
realçada pelo uso do pronome “qualquer”. Dessa forma, como bem a lei determina, 
serviço é qualquer atividade fornecida, ou melhor, prestada no mercado de 
consumo. É preciso dizer que modernamente o serviço passou a ter uma 
importância excepcional no mercado. Temos de lembrar, então, que qualquer venda 
de produto implica a simultânea prestação de serviço. O inverso não é verdadeiro: 
há contratação de serviços sem necessariamente adquirir-se produtos. Assim, por 
exemplo, para vender um par de sapatos, o lojista tem de prestar serviços 
simultâneos: vai atender o consumidor, trazer os sapatos por ele escolhidos, colocá-
los nos pés do cliente, dizer como pode ser feito o pagamento, passar o cartão de 
crédito e etc.. Já no serviço de prestação de consulta médica, por exemplo, há 
apenas o serviço, sem aquisição de nenhum produto. 
 
O serviço sem remuneração 
Voltando à leitura da redação do §2º do Artigo 3º, ainda nos referimos ao aspecto da 
“remuneração” inserido no caput do artigo e da exclusão do serviço de caráter 
trabalhista. Comecemos por esse último que não demanda qualquer dificuldade. A 
lei pura e simplesmente exclui de sua abrangência os serviços de caráter trabalhista, 
no que está certa, pois a relação instaurada nesse âmbito tem conotação diversa da 
instaurada nas relações de consumo. Já o aspecto da remuneração merece 
comentários mais cuidadosos. O Código de Defesa do Consumidor definiu serviço 
como aquela atividade fornecida mediante “remuneração”. Antes de mais nada, 
consagre que praticamente nada no mercado de consumo é gratuito. Tudo tem, na 
pior das hipóteses, um custo, e este acaba, direta ou indiretamente, sendo 
repassado ao consumidor. Assim, se, por exemplo, um restaurante não cobra pelo 
cafezinho, por certo seu custo já está embutido no preço cobrado pelos demais 
produtos. 
Logo, quando a lei fala em “remuneração” não está necessariamente se referindo a 
preço ou a preço cobrado. Deve-se entender o aspecto “remuneração” no sentido 
estrito de qualquer tipo de cobrança ou repasse, direto ou indireto.

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