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aula09_sobre_patentes

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Sobre patentes 
 
Art. 18. Não são patenteáveis: 
 I - o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde 
públicas; 
 II - as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie, bem 
como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os respectivos processos de 
obtenção ou modificação, quando resultantes de transformação do núcleo atômico; e 
 III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgênicos que 
atendam aos três requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplicação 
industrial - previstos no art. 8º e que não sejam mera descoberta. 
 Parágrafo único. Para os fins desta Lei, microorganismos transgênicos são organismos, 
exceto o todo ou parte de plantas ou de animais, que expressem, mediante intervenção 
humana direta em sua composição genética, uma característica normalmente não alcançável 
pela espécie em condições naturais. 
As exclusões contidas no presente artigo tem motivação de natureza política ou 
filosófica e podem ser revogadas a qualquer momento em que se faça uma revisão 
dessa lei, uma vez que as criações aqui discriminadas podem satisfazer, 
intrinsecamente, os requisitos de patenteabilidade. Quanto às invenções contrárias 
à lei, é evidente que a concessão de patente para elas será totalmente inócua, uma 
vez que uma patente não confere ao seu titular o direito de explorar invento cujo 
uso é, em si, ilegal. O direito fundamental conferido pela patente – VIDE Artigo 421 – 
reside em excluir terceiros de explorar a invenção por ela protegida; no entanto, 
qualquer pessoa, inclusive o titular da patente, está proibido de explorar invenção 
contrária à lei. 
 
 Art. 19. O pedido de patente, nas condições estabelecidas pelo INPI, conterá: 
 I - requerimento; 
 II - relatório descritivo; 
 III - reivindicações; 
 IV - desenhos, se for o caso; 
 V - resumo; e 
 VI - comprovante do pagamento da retribuição relativa ao depósito. 
 
 
 
 
1
 Art. 42. A patente confere ao seu titular o direito de impedir terceiro, sem o seu consentimento, de produzir, 
usar, colocar à venda, vender ou importar com estes propósitos: 
 I - produto objeto de patente; 
 II - processo ou produto obtido diretamente por processo patenteado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Nesse artigo, estão indicados os documentos que, nas condições estabelecidas pelo 
INPI, devem ser apresentados quando do depósito de um pedido de patente. O 
requerimento refere-se a formulário próprio emitido pelo INPI – Instituto Nacional da 
Propriedade Industrial – para o depósito de pedido de patente. 
O relatório descritivo, juntamente com as reivindicações, e, se for o caso, também 
com desenhos, formam o que se pode denominar o “corpo” do pedido da patente, 
sendo que o relatório descritivo detalhará a invenção e servirá de base para a 
interpretação das reivindicações. A apresentação de desenhos é facultativa. 
Entretanto, quando estiverem presentes no pedido de patente os desenhos também 
servirão de base para a interpretação das reivindicações – VIDE artigo 412. 
O resumo deve ser basicamente um sumário do que foi exposto no relatório 
descritivo e nas reivindicações. O pagamento da retribuição deve ser efetuado em 
banco mediante guia apropriada. 
 
Art. 61. O titular de patente ou o depositante poderá celebrar contrato de licença para 
exploração. 
Os requerentes de pedido de patente e os titulares da patente poderão conceder 
licença para a sua exploração. 
 
Art. 68. O titular ficará sujeito a ter a patente licenciada compulsoriamente se exercer os 
direitos dela decorrentes de forma abusiva, ou por meio dela praticar abuso de poder 
econômico, comprovado nos termos da lei, por decisão administrativa ou judicial. 
§ 1º Ensejam, igualmente, licença compulsória: 
 I - a não exploração do objeto da patente no território brasileiro por falta de fabricação 
ou fabricação incompleta do produto, ou, ainda, a falta de uso integral do processo 
patenteado, ressalvados os casos de inviabilidade econômica, quando será admitida a 
importação; ou 
 II - a comercialização que não satisfizer às necessidades do mercado. 
Depreende-se do texto que não há prazo mínimo a ser observado, a partir da 
concessão da patente, para que terceiros requeiram licença compulsória, quando o 
fundamento for abuso praticado pelo titular no exercício dos direitos de patente. O 
trecho final comprovado nos termos da lei, por decisão administrativa ou judicial, 
estabeleceu, contudo, a necessidade de o abuso já ter sido reconhecido 
 
 
 
 
2 Art. 41. A extensão da proteção conferida pela patente será determinada pelo teor 
das reivindicações, interpretado com base no relatório descritivo e nos desenhos. 
 
 
 
 
 
 
 
3/3 
 
 
anteriormente ao requerimento de licença compulsória, em decisão administrativa 
pelo órgão competente – CADE (conselho Administrativo de Defesa Econômica). 
Há correntes doutrinárias que sustentam que a falta de uso necessariamente 
constitui abuso; outras correntes sustentam que a falta de uso pode resultar em 
abuso, mas apenas em situações específicas. Ao discriminar em separado a falta de 
exploração, a lei supera qualquer discussão a respeito; além de o artigo 693 
excepcionar situações que, em princípio, demonstram que a inércia do titular não se 
deve a uma situação de abuso passível das sanções a que se refere esse artigo. 
 
 
 
 
 
3
 Art. 69. A licença compulsória não será concedida se, à data do requerimento, o titular: 
 I - justificar o desuso por razões legítimas; 
 II - comprovar a realização de sérios e efetivos preparativos para a exploração; ou 
 III - justificar a falta de fabricação ou comercialização por obstáculo de ordem legal.

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