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PARTE ESPECIAL TÍTULO I DOS CRIMES CONTRA A PESSOA CAPÍTULO I DOS CRIMES CONTRA A VIDA Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. Parágrafo único - A pena é duplicada: Aumento de pena I - se o crime é praticado por motivo egoístico; II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência Conceito: suicídio é a destruição deliberada da própria vida. Objetividade jurídica: tutela-se a vida humana, direito fundamental constitucionalmente consagrado (artigo 5º, “caput” da CF/88). (Cleber Masson). a) induzir: significa incutir na mente alheia a ideia do suicídio, até então inexistente. b) instigar: é reforçar o propósito suicida preexistente. c) auxiliar: por sua vez é concorrer materialmente para prática do suicídio. Sujeito ativo: a participação em suicídio é crime comum. Pode ser cometido por qualquer pessoa. Sujeito passivo: qualquer pessoa que possua um mínimo de capacidade de resistência e de discernimento quando à conduta criminosa, pois, se a vítima apresentar resistência nula, o crime será de homicídio (Cleber Masson). Elemento subjetivo: é o dolo direto ou eventual. Não há modalidade culposa. Consumação: Tentativa: não é possível a tentativa da participação em suicídio, pois a lei só pune o crime se o suicídio se consuma, ou se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave (Cleber Masson). Parágrafo Único – A pena e duplicada: Aumento de pena I - se o crime é praticado por motivo egoístico; II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. a) motivo egoístico: é o que revela individualismo exagerado, ou seja, aquele que evidencia excessivo apego próprio em detrimento dos interesses alheios (nesse caso a vida humana de terceira pessoa). (Cleber Masson). b) vítima menor: pessoa humana com idade entre 14anos e 18 anos (Cleber Masson). c) vítima que, por qualquer causa, tem diminuída a capacidade de resistência: é a pessoa mais propensa a ser influenciada pela participação em suicídio (Cleber Mason). Infanticídio Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena - detenção, de dois a seis anos. Infanticídio: morte de um infante é uma forma privilegiada de homicídio. Objetividade jurídica: é a vida humana. Objeto material: a criança, nascente ou recém-nascida. Diferença entre infanticídio e aborto: Sujeito ativo: crime próprio. Sujeito passivo: é o nascente ou o recém-nascido. Elemento subjetivo: é o dolo direito ou eventual. Não admite modalidade culposa. Influência de estado puerperal: Estado puerperal é o conjunto de alterações físicas e psíquicas que acometem a mulher em decorrência das circunstâncias relacionadas ao parto, tais como convulsões e emoções provocadas pelo choque corporal, as quais afetam a sua saúde mental (Cleber Mason). Elemento temporal Consumação: com a morte do nascente ou neonato. Tentativa: é possível. Crime impossível: BITENCOURT, Cezar Roberto. CAPEZ, Fernando. JESUS, Damásio E. de. MIRABETE, Julio Fabbrini. PRADO, Luiz Regis. CLEBER, Masson. NUCCI, Guilherme de Souza. Todos os autores foram utilizados para a composição do material de Direito Penal. Este material requer que, no momento da aula, o aluno anote os comentários da professora. Com as anotações do aluno o material estará completo. Muito obrigada! �PAGE � �PAGE �1�
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