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Relatório da Ponte de Macarrão Unip

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Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia – ICET 
Eng. Básico - Campus Marquês 
 
1ª Competição de Pontes de Macarrão UNIP – Marquês 
 
 
Integrantes: 
 
 
Ana Cristina Santos Micherif .................................................................................. B1774H-8 
Diogo da Silva Ribeiro ............................................................................................ B09BCH-2 
Fabio Luiz Mathias ................................................................................................... A765JE-9 
Giovanni Ferrari L. Stevanato ............................................................................... A73FCD-0 
Jéssica Larissa Piovezan ........................................................................................B08870-2 
Leonardo David Miquelino ....................................................................................... B09BIB-7
Margarete Alves Camilo dos Santos......................................................................A76604-9 
Robison Cypriani Junior ...........................................................................................A81012-9 
Salvador Rodrigo R. Santana ................................................................................ B0450F-9 
 
 
Introdução: 
 
A Competição de pontes de macarrão aconteceu pela primeira vez no 
Campus Marquês da Universidade Paulista UNIP, com o objetivo de propor aos 
alunos de graduação em Engenharia no ciclo básico um desafio extraclasse, sem 
nenhuma exigência de conhecimento específico, mais com a devida importância às 
exigências de construção da ponte. 
Esta ponte teve que seguir as seguintes especificações: 
 * Vencer um vão livre de 1metro; 
 * Ter no máximo 20 cm de largura e 50 cm de altura; 
 * Pesar no máximo 1 kg; 
 * A ponte deverá estar apoiada em cima de dois canos de PVC de 1/2” com a 
largura da ponte; 
 * Ter no centro da ponte uma barra de ferro com a largura da ponte, onde irão ser 
aplicados os pesos na ponte. 
 
Com base nestas especificações, o modelo adotado pelo nosso grupo, com 
base em diversos trabalhos já realizados em diversas competições em diversas 
universidades do Brasil e do mundo, foi o modelo em arco, que demostrou a maior 
resistência às cargas aplicadas sobre as pontes. 
Como não tivemos tempo necessário para fazermos um trabalho mais 
detalhado e projetarmos milimetricamente nossa ponte, pegamos ideias pela 
internet, e o grupo decidiu o modelo que nos apresentou ser melhor. 
 
Histórico de Pontes: 
 
Pontes podem ser definidas simplesmente como construções que ligam dois pontos 
separados por algum elemento que impeça a continuidade de uma via, com ideal 
sujeição às cargas e pleno equilíbrio estrutural, reduzindo distâncias e superando 
obstáculos. 
Desde a antiguidade, quando as populações começaram a se agrupar em 
comunidades, apareceram as primeiras preocupações em se encontrar meios para a 
travessia de rios, riachos e vales, surgiram as pontes e mais tarde os viadutos, 
3 
 
assim classificados quando o obstáculo a ser vencido não é constituído por água. A 
construção de pontes em arco teve início em aproximadamente 4000 A.C. na 
Mesopotâmia e Egito e posteriormente também na Pérsia e Grécia, por volta de 500 
A.C.. As pontes foram possivelmente inspiradas no próprio meio ambiente em que 
vivia o homem primitivo, eram utilizadas pelo homem para esta função e teriam 
servido como modelo para as primeiras pontes e viadutos. Após a Revolução 
Industrial, devido às necessidades da época, surgiram as primeiras pontes de ferro e 
ferro fundido. A primeira ponte em ferro fundido, a Ironbridge foi construída em 
Shropshire na Grã-Bretanha no século XVIII. 
O que principalmente se espera de uma ponte é que ela possibilite a 
travessia e garantam passagem segura. Elas que aliam engenharia e arte, 
facilitando a vida dos homens em suas necessidades, além de transportar cargas e 
passageiros. 
 
 
 
Objetivos do Trabalho: 
 
Este estudo teve como objetivo a construção de uma ponte de macarrão, a qual 
deverá seguir todos os requisitos e suportar o máximo de carga colocada sobre sua 
4 
 
estrutura, foi realizado pelo grupo de 9 alunos, conforme citado na capa, todos 
regularmente matriculados no curso de Engenharia Básica, 3º e 4º Semestre – sala 
211, e supervisionado pelo coordenador e professor Francisco Xavier Sevegnani 
da Universidade Paulista - UNIP. 
Para a realização deste trabalho, o grupo teve que respeitar as regras básicas 
exigidas e estimular a criatividade a fim de desenvolver um bom projeto, construir um 
bom protótipo e aplicar os conteúdos aprendidos em todas as matérias ministradas 
até o momento no curso de Engenharia Básica. O grande desafio deste projeto é 
encontrar soluções para os vários problemas e dificuldades encontradas diante a 
proposta apresentada bem como as diretrizes e limitações exigidas para a 
qualificação do projeto. 
Para quê os objetivos sejam alcançados, é necessário a utilização coordenada dos 
recursos humanos, financeiros e materiais bem como a determinação de metas e de 
um período limitado de tempo para a execução das tarefas. 
 
Modelo escolhido 
 
Nosso grupo pesquisou diversos modelos de pontes de espaguete. Para escolha do 
nosso modelo, nos baseamos nos seguintes critérios: resistência, viabilidade de 
execução e estética. E dentre os vários modelos de pontes já construídas em 
competições anteriores por outras instituições de ensino, os modelos detentores de 
recorde de maior carga suportada são os que possuem formato em arco e raiados. 
Nosso grupo optou então por esse modelo, que tem alto grau de resistência em sua 
estrutura, boa estética, mas, em contrapartida, o processo de execução é mais 
trabalhoso. 
 
Passos para a construção da Ponte de Macarrão: 
 
Material utilizado: 
 
* Macarrão tipo espaguete nº 7 (Barilla). 
* Cola: Resina Epóxi 5min. e 30min. 
* Barra de construção de 8 mm de diâmetro. 
5 
 
 
 
Materiais Auxiliares: 
* Lixas, canos de PVC, caixas de papelão, palito de churrasco, gabarito de isopor, 
gabarito de madeira, pregos, fita crepe, fita dupla-face, durex, filme polietileno, 
thinner, abraçadeiras plásticas e pincel atômico. 
Ferramentas: 
Lixa rotativa, morsa de bancada, serra tico-tico, tesouras, alicates, estilete, réguas e 
transferidor. 
Passo a passo da construção: 
 
Proposta de Roteiro de Cálculo para Dimensionamento das Barras 
A partir dos resultados de 6 testes de tração, realizados pelo Prof. Inácio Morsch 
(Departamento de Engenharia Civil - Escola de Engenharia – UFRGS) e dos 
resultados de 93 ensaios de compressão de corpos de prova de diferentes 
comprimentos e formados por diferentes números de fios de espaguete (realizados 
pelo Coordenador da Competição, Prof. Luis Alberto Segovia González, com seus 
alunos Luis Henrique Bento Leal, Mário Sérgio Sbroglio Gonçalves, Bruna Guerra 
Dalzochio, Rafael da Rocha Oliveira e Carlos Eduardo Bernardes de Oliveira), foi 
redigido pelo Prof. João Ricardo Masuero um roteiro de cálculo para o 
dimensionamento das barras das treliças das pontes. Os dados e gráficos 
publicados nesta página estão baseados nos ensaios mencionados e podem ser 
utilizados livremente, desde que seja citada a fonte e sejam devidamente 
mencionados todos os autores dos ensaios realizados. 
Barras em tração 
6 
 
Para encontrar o número de fios de espaguete necessário, basta dividir o Esforço 
Normal de tração calculado, pela resistência de cada fio: 
 
 
Barras em compressão 
Para encontrar o número de fios necessários, consideremos que a flambagem 
ocorre em regime elástico linear,seguindo a equação de Euler. Os dados dos testes 
de flambagem foram condensados na curva de flambagem abaixo, onde os pontos 
em azul representam os resultados experimentais, a curva em preto um ajuste de 
função potência, com coeficiente de determinação de 94%, e os pontos em amarelo 
os resultados para diversos índices de esbeltez, considerando-se a curva de Euler 
com um Módulo de Young E = 36000 kgf/cm2 ou 3600 Mpa (N/mm2). 
 
7 
 
A equação de Euler é: 
 
Onde PCR é o Esforço Normal de compressão que a barra deve suportar, A é a área 
da seção transversal, l é o índice de esbeltez da barra, lf l é o comprimento de 
flambagem da barra, r é o raio de giração e I é o momento principal central de 
inércia da seção. 
Considerando-se que a partir de certo número de fios de espaguete, a seção 
transversal tende para uma seção circular, pode-se escrever: 
 
e que, em barras rotuladas-rotuladas, o comprimento de flambagem é igual ao 
comprimento real ou distância entre nós, obtém-se: 
 
Mesmo que os nós não sejam rotulados, mas rígidos com uniões coladas, a 
consideração anterior é conservativa pois não se pode garantir o engastamento 
perfeito das barras nos nós, levando a uma situação intermediária entre a 
considerada e a engastada-engastada. 
O número de fios pode ser obtido dividindo-se a área necessária pela área de cada 
fio. 
 
onde r é o raio de um fio de espaguete. 
8 
 
Assim, para os dados do espaguete, a equação acima fica: 
 para N em kgf, l e r em cm 
 para N em N, l e r em mm 
 
 
Local para a construção da ponte 
 
Sem dúvida, um dos maiores desafios do projeto para a construção da ponte de 
macarrão foi a escolha do local de trabalho em que ele seria feito. Pois um trabalho 
desses requer uma área ampla, com mesas amplas para se desenvolver bem o 
projeto, pois no mesmo foram utilizados diversos materiais. Outro desafio era reunir 
o grupo depois da faculdade, pois a maioria dos integrantes trabalha após o término 
das aulas. Outra dificuldade também quanto ao local é que cada integrante mora um 
bem longe do outro. Decidimos então fazer o trabalho na própria faculdade, pois lá 
sempre tem salas desocupadas com mesas amplas para desenvolvermos bem o 
nosso trabalho e, como saíamos mais cedo três vezes por semana, nos reuníamos 
depois das aulas. E lá mesmo na faculdade, conseguimos a autorização da 
responsável pela biblioteca para deixar o material do projeto guardado numa sala, 
fato esse que foi fundamental para prosseguirmos com o andamento do trabalho. 
 
Modelo escolhido 
 
Após escolhermos o modelo em forma de arco, com barras de compressão de seção 
tubular oca, decidimos confeccionar primeiro uma barra de modelo, para testar a 
viabilidade da estrutura, resistência da resina e qual resina usar. 
9 
 
 
Formato da barra de compressão, composta por 45 fios de espaguetes sobre o PVC usado como 
gabarito. 
 
Etapas da confecção da barra de compressão: 
1º passo: separar os fios de espaguete retos dos tortos; 
2º passo: cortar os fios do tamanho próximo da barra; 
3º passo: fazer a mistura de resina e catalizador; 
Segue a baixo as imagens do processo da confecção da primeira barra modelo: 
 
 
Corte do PVC para gabarito das barras. 
 
PVC cortado com 25 cm, e com corte longitudinal, para facilitar a desforma da barra. 
10 
 
 
 
PVC envolto com filme polietileno, para impedir que os fios de espaguetes grudem no PVC após a 
desforma. 
 
 
 
 
Macarrão envolvido no PVC. 
Macarrão preso com fio dental, pois as abraçadeiras disponíveis eram menores que a circunferência 
do PVC, posteriormente foram compradas outras abraçadeiras plásticas maiores . 
11 
 
 
Preparação da resina de 5 minutos e barra pronta com resina aguardando o tempo de secagem. 
 
Nessa primeira etapa de trabalho, foi usada a Resina de 5 minutos para a confecção 
da primeira barra de compressão, mas assim que começamos a manusear os fios de 
macarrão com esta resina, chegamos a conclusão que não foi apropriado a escolha 
da mesma para a confecção das barras, pois como ela começa agir em cinco 
minutos e a barra requer um manuseio com tempo superior a isso, a barra começou 
a secar antes mesmo da total aplicação da resina em toda a área lateral da barra. 
Como era apenas uma barra de teste, no meio do processo aplicamos a resina de 
30 minutos para dar prosseguimento. 
 
Após cerca de 8 horas a barra ficou seca, ela apresentou rugosidades na superfície 
devido ao uso da resina de 5 minutos que secou durante o manuseio da mesma. Ela 
ficou desta forma: 
 
Após seca e lixada nas bordas, a barra de compressão possui massa de 39 gramas. 
 
12 
 
Mais tarde, o grupo concluiu que prender os fios de macarrão na barra para depois 
passar a cola com pincel, não foi uma boa ideia porque, dessa forma, os macarrões 
não serão revestidos de cola em sua totalidade, tendo a parte interna da barra sem 
cola, fato que poderia comprometer a resistência das barras. 
Um dos integrantes do grupo apresentou a seguinte ideia para a confecção das 
barras de compressão: primeiro espalhar a cola na mesa devidamente forrada com 
papel laminado, em seguida mergulhar os fios de macarrão na cola e irmos girando-
os, de forma que os fios de macarrão fiquem com quantidade regular de cola, com 
as mãos devidamente protegidas com luvas. Dessa forma os fios ficaram totalmente 
envolvidos com cola. Depois improvisamos um suporte para o PVC e fomos 
grudando os fios nele. Após o PVC estar totalmente envolvido pelos fios de 
macarrão, o qual resultou em exatos 45 fios, outro integrante do grupo prendia-os 
com três abraçadeiras, em seguida colocamos a barra para secar. 
 
Suporte do gabarito de PVC, para facilitar a colagem dos fios. 
 
Aspecto da barra de compressão pronta. 
 
 
13 
 
 
Barra posta para secar na caixa de papelão com suporte de palitos. 
 
O banzo, que é composto por barras de compressão, necessita ao todo de 7 barras. 
Além dessas 7, ainda são acrescentadas 4 barras que formam o suporte da ponte 
em formato de bifurcação (em Y). Mas como as barras requerem muito manuseio 
após prontas, decidimos fazer barras extras caso aconteça algum imprevisto. Foi a 
coisa certa a se fazer, pois realmente algumas se quebraram na hora de soltá-las do 
PVC e na hora de lixar. 
Após a secagem dessas barras, ainda foi dado mais uma mão de resina nelas, a fim 
de conseguirmos uma boa resistência. 
Depois de concluída as barras de compressão, damos início a etapa da confecção 
das barras de tração, que são os raios da ponte. 
Para esta etapa, agrupamos 7 fios de espaguete para confecção das barras de 
tração pois, com essa quantidade, a barra ficou com geometria simétrica, ficando 
com peso ideal e oferecendo alta resistência a esforços de tração. 
Tal qual como fizemos com as barras de compressão, fizemos o mesmo processo 
inicial para confecção das barras de tração: primeiro modelamos as barras, 
prendemos com abraçadeiras e depois passamos cola com pincel. 
 
Aspecto da barra de tração, compostos por 7 fios de espaguete com geometria simétrica. 
 
14 
 
 
 
 
 
Como primeiro modelamos as barras de tração e prendemos com abraçadeira para 
depois passar cola com pincel, tivemos como resultado barras com quantidade de 
resina mal distribuída, pois várias delas, senão todas estavam com partes sem cola, 
principalmente no espaço da abraçadeira depois de retirada. Esse modo de 
execução resultou que a parte interna da barra não recebeu cola, fato este que 
também poderia resultar em barras mais frágeis. 
Reunimos então o grupo e decidimosque seria melhor refazer todas essas barras 
com um processo idêntico ao das barras de compressão, ou seja, primeiro espalhar 
15 
 
a resina de 30 minutos na mesa forrada e mergulhar os fios de espaguete na resina. 
Dessa forma, cada fio ficou totalmente envolvido de resina. Em seguida, a própria 
pessoa que estava esfregando os fios na resina ia modelando as barras de tração 
com 7 fios de espaguete, e um segundo integrante do grupo ficava do lado, erguia 
estas barras com cola, enquanto um terceiro integrante colocava as abraçadeiras na 
barra e colocava a mesma para secar. 
Após a secagem dessas barras, verificamos que elas ficaram perfeitas quanto a 
questão do preenchimento de cola. 
 
 
Mas como a ponte tem um comprimento total de 106 cm e o menor raio tem 40,2 cm 
e o maior tem 53 cm e o fio de espaguete possui 25 cm de comprimento, seria 
necessário fazer uniões de barras para os raios terem os comprimentos adequados. 
Para a união das barras, cortamos fios de espaguete com 6 cm de comprimento. O 
processo de colagem foi o mesmo a das barras de tração e compressão. Para 
facilitar a união de barras, de maneira que elas ficassem retas, foi necessário fazer 
um suporte de madeira para servir de apoio às barras. 
 
16 
 
 
 
Suporte para união das barras de tração. 
 
 
17 
 
 
 
No inicio, o processo de união das barras resultou num enorme trabalho de 
manuseio, pois assim que nós passávamos resina nos espaguetes de 6 cm e em 
seguida íamos posicionar nas duas barras para uni-las, elas escorregavam antes de 
posicionarmos todas. Resolvemos então colocar os fios de 6 cm em um pedaço de 
plástico e colocar todos juntos na união de duas barras e prendemos com 
abraçadeira. Fizemos quase metade das barras dessa maneira, a qual comprometeu 
a estética do trabalho. 
Somente no dia seguinte, após quase todas as barras estiverem prontas, tivemos a 
seguinte ideia: para os fios de 6 cm não escorregarem, primeiro agrupamos a 
quantidade certa de fios por união, que são 12, aguardamos alguns minutos até a 
resina começar a secar. Depois bastou erguê-los com um palito, pois eles estavam 
grudados uns nos outros, porém não totalmente secos, e posicionamos na união e 
prendemos com as abraçadeiras previamente posicionadas. Dessa maneira foi 
eficiente e rápido, pena que as outras barras já haviam sido feitas com outro 
processo e já não havia mais tempo para refazê-las, uma vez que elas requerem 
muita resina na confecção e a mesma representou quase a metade do custo total do 
projeto. 
 
União das barras de compressão 
 
Após a confecção das barras de compressão e de tração, chegou o dia de 
montarmos a ponte. O prazo já estava se esgotando. Mesmo o nosso grupo sendo 
18 
 
compostos por 9 integrantes, não foi possível reunir todos nós durante todos os dias, 
pois conforme dito, muitos deles tinham compromissos profissionais. Mas felizmente, 
o trabalho já estava chegando à etapa derradeira. 
Para a montagem do banzo, composto pelas barras de compressão, foi necessário 
usarmos um gabarito de isopor, feito do tamanho da ponte, para que ela fique com o 
formato de arco desejado. 
Então fizemos o gabarito de isopor e colocamos pregos nele para as barras ficarem 
fixas. 
 
 
 
Procedimento de montagem das barras no gabarito de isopor: 
 
Com as barras eram previamente lixadas no tamanho próximo ao tamanho final, pois 
era necessário deixa-la um pouco maior para lixar novamente no momento da 
montagem até se adequar, pois elas deveriam ser lixadas em ângulos, de forma a 
uma encaixar com a outra. A atenção nesta etapa tinha que ser redobrada pois, as 
19 
 
pontas das barras a serem unidas deveriam ser planas, de modo que a superfície de 
uma esivesse em contato total com a ponta da outra barra, para garantir uma melhor 
aderência. 
Para esta etapa de união das barras foi necessário o uso de resina de 5 minutos, 
pois esse procedimento de união requeria cola de secagem rápida, por motivos 
óbvios. 
 
 
Barras de compressão numeradas e previamente lixadas no tamanho aproximado. 
 
 
20 
 
Posicionamento das barras no gabarito de isopor. 
 
 
 
21 
 
 
 
 
Depois de concluído o banzo, ainda faltou fazer os apoios laterais. Esta, sem dúvida, 
foi a parte que exigia maior atenção no processo, pois o ângulo de duas barras 
unidas deveria ter o diâmetro exato igual ao das outras barras. 
O diâmetro dessa barra de apoio ficou com o diâmetro no tamanho certo, porém, ela 
ainda necessitava ser lixada em ângulo para ser unida a última barra de compressão 
de cada lado, fato esse que resultou no aumento do diâmetro da barra de apoio. 
Assim, quando unimos essas barras de apoio na última barra de tração, elas 
22 
 
resultaram em tamanhos desiguais, fato este que nos fez temer pela ruptura nesse 
local. Como não havia mais tempo para confeccionar outras barras, tivemos que 
usar essas barras mesmo, reforçando-as com mais resina. 
 
Lixando a barra para fazer a bifurcação (apoio). Barra previamente marcada para ser lixada. 
 
 
23 
 
 
 
Barra de apoio pronta e sendo posicionada na estrutura da ponte. 
 
E dessa forma o banzo da ponte ficou pronto para receber os raios. Uma ponta do 
raio seria colada na junção de duas barras de compressão e a outra ponta seria 
unida ao centro da ponte, onde estaria a barra de aço que receberia a carga. Mas 
para isso, foi necessário confeccionar um disco de espaguete para reforçar a união 
das barras no centro, com análise feita em outros modelos de pontes similares ao 
nosso, o ponto de colapso da ponte se dava geralmente no ponto de apoio da carga. 
Sem esse disco de reforço, nossa ponte fatalmente teria também o ponto de ruptura 
ao centro. 
 
Fios de espaguete cortados no tamanho do disco e tábua para receber os espaguetes com resina 
devidamente forrados com filme de polietileno. 
24 
 
 
Na figura ao acima à esquerda, disco de espaguete pronto e lixado em formato circular. Feito os 
discos de espaguete, demos início à colagem dos raios. Primeiro unimos separadamente os raios no 
disco de espaguete, para depois posicioná-los na estrutura da ponte. 
 
 
 
25 
 
Após a conclusão dos raios, demos início à colagem deles na estrutura da ponte. A 
esta altura do campeonato, o nosso trabalho já estava ganhando vida própria, se 
moldando sozinho por assim dizer. A parte mais trabalhosa já havia sido feita. 
 
 
Aspecto da Ponte de Macarrão quase pronta, faltando apenas aparar as sobras de raios. 
 
Após a ponte de espaguete pronta, ainda passamos mais uma camada de resina 
nas juntas, a fim de obtermos maior resistência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Ponte pronta aguardando o ensaio. 
 
 
 
União do grupo no dia da apresentação. Alguns integrantes não estavam presentes. Um deles teve 
que trocar de período durante a execução do projeto, outros chegaram durante a apresentação. 
27 
 
 
 
E dessa forma, após cerca de 60 horas de planejamento e de trabalho, 
nossa ponte ficou pronta, bastava apenas esperar nossa vez para apresentar. Mas 
uma surpresa desagradável ainda esperava por nós. Nossa ponte estava 
posicionada na parede, e como havia muita gente do lado de fora da sala que seria 
feita a apresentação, um aluno de outra turma acabou sem querer pisando na nossa 
ponte. Acabou quebrando em dois lugares um dos raios inferiores, os que são 
compostos por duas uniões. 
Felizmente, estávamos com todo o material utilizado no dia da 
apresentação.Como ainda havia muitos grupos para apresentarem os seus 
respectivos trabalhos, tivemos tempo de fazer um reparo de emergência com a 
Resina Epóxi de 5 minutos, de secagem rápida. Após o reparo, redobramos o 
cuidado com a ponte, deixando-a isolada numa mesa até a nossa vez na 
apresentação para que ela não corresse o mesmo risco outra vez. 
 
28 
 
Na imagina acima, reparo de emergência sendo efetuado. 
 
 
 
 
Ensaio 
 
 
Nossa ponte ficou com peso total de 950 gramas. 
 
A ponte foi recebendo incrementos de 2 em 2 kg. Nosso grupo trouxe pesos extras 
caso ela não atingisse o colapso com apenas os pesos fornecidos pela faculdade. 
29 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
Colocação dos pesos na ponte. Nossa ponte conseguiu suportar todos os pesos 
fornecidos pela instituição organizadora da competição, que deu um total de 41 kg. 
Como a ponte não se rompeu, decidimos improvisar pesos extras, colocando-os 
dentro de uma mochila para depois pendurar na ponte. Como a mochila não estava 
previamente preparada, teve uma longa pausa até posicioná-la na ponte, a qual 
acabou cedendo aos pesos antes colocados. Acreditamos que se fôssemos 
acrescentando os pesos com intervalo máximo de 10 segundos, nossa ponte 
poderia suportar pelo menos 50 kg. 
Nossa expectativa de resistência foi baseada em outros modelos similares 
ao nosso. Teve uma ponte da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que 
suportou 234 kg. Outra ponte de outra universidade suportou 120 kg. Nosso grupo 
estabeleceu como meta 100 kg. Nossa ponte cedeu faltando cerca de 60 kg a 
menos da nossa expectativa. Apesar disso, ainda obtivemos êxito ao terminar a 
competição em segundo lugar no período da manhã. 
31 
 
 
 
 
Dentre os parâmetros do grupo para a ponte suportar o peso estabelecido, estavam: 
 
 Simetria perfeita do banzo e do ponto de união das barras de tração com as 
barras de compressão e das barras de apoio; 
 Quantidade adequada de resina na confecção das barras; 
 Mistura homogênea de Resina Epóxi, que exigia 50% de resina e 50% de 
catalisador; 
 Preenchimento total com resina nas superfícies de contato das barras de 
compressão; 
 Distribuição simétrica dos pesos no momento da apresentação; 
 Respeitar o tempo máximo de intervalo de incremento dos pesos, que era de 
10 segundos. 
 
Pelo menos quatro dos itens acima não foram seguidos à risca. Caso contrário, a 
ponte poderia atingir o peso estipulado, talvez até ido além. Mas conforme dito, 
conseguimos o feito de ficar com a segunda colocação do nosso período. Algumas 
pontes de outros grupos não atingiram a carga máxima estipulada que era de 10 kg, 
outras sequer aguentaram o suporte dos pesos. 
32 
 
 
Após a análise do vídeo, o grupo não apurou com exatidão o motivo para a ponte ter cedido no local 
que vemos na figura acima, pois ela apresentava algumas irregularidades que poderiam ser o ponto 
de colapso em locaisl diferentes do ocorrido. O mais provável é que as barras não foram lixadas 
simetricamente nos ângulos de união das barras. Esse fato deve ter colaborado para uma 
distribuição assimétrica do peso ao local do colapso, talvez composta por uma barra tubular com 
menos cola. 
 
Conclusão 
 
Apesar da competição da Ponte de Macarrão ter como material principal o 
macarrão, o segundo material mais importante, senão talvez o primeiro mesmo, foi a 
Resina Epóxi. Pois ela, depois de seca, que garantiu um alto grau de rigidez nos fios 
de macarrão. O macarrão serviu apenas para dar “formato” à ponte, pois ele por si 
só tem baixa resistência à flambagem e a esforços de tração e compressão. 
Apesar de o nosso grupo ser composto por alunos que cursam o 3° e 4° ano e 
ainda não termos disciplinas de cálculos estruturais, nosso grupo desenvolveu bem 
o projeto. Nossa ponte foi desenvolvida baseada na visão e na aparência de outros 
modelos de pontes e com algumas equações desenvolvidas por outras instituições 
de ensino, pois ainda estamos cursando Engenharia Básica, disciplinas comuns a 
todos que irão cursar Engenharia Elétrica, Mecânica e Civil. 
O nosso trabalho conseguiu, além de uma boa colocação no nosso período 
por ser o segundo grupo a ter o melhor resultado no tocante a maior resistência a 
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pesos sobre a ponte, o êxito do trabalho em equipe, distribuição de tarefas, onde 
cada integrante visou colaborar da melhor forma que pôde, de expor ideias, 
participar o máximo possível de acordo com suas disponibilidades de horário para 
ajudar o grupo na execução do projeto. 
 
Referências 
 
Modelos e cálculos de treliças: 
http://www.ppgec.ufrgs.br/segovia/espaguete/arquivos/modelos_de_trelicas.pdf 
Imagens da Ponte Ironbridge, Grã-Bretanha: 
http://nturismo.com/desfiladeiro-de-ironbridge/ 
Cálculo para Dimensionamento das Barras disponível em: 
http://www.ppgec.ufrgs.br/segovia/espaguete/papo_roteiro.html 
Vídeo da apresentação da nossa ponte disponível em: 
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=CxzD9BxtJlk#! 
 
 
 
 
 
 
 
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