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Instituto Tributário de Ensino à Distância 
___________________________________________________________________ 
1 
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DOS CRIMES CONTRA A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
O Código Penal Brasileiro tipifica como 
Crimes Contra a Administração 
Pública os definidos nos Artigos 312 a 
337. Leia atentamente os comentários, pois 
deles será extraída a avaliação. 
 
Considera-se funcionário público, para os 
efeitos penais, quem, embora 
transitoriamente ou sem remuneração, exerce 
cargo, emprego ou função pública. 
 
Peculato 
 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público 
de dinheiro, valor ou qualquer outro bem 
móvel, público ou particular, de que tem a 
posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em 
proveito próprio ou alheio: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12(doze) anos, 
e multa. 
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o 
funcionário público, embora não tendo a 
posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, 
ou concorre para que seja subtraído, em 
proveito próprio ou alheio, valendo-se de 
facilidade que lhe proporciona a qualidade de 
funcionário. 
 
Peculato culposo 
 
§ 2º - Se o funcionário concorre 
culposamente para o crime de outrem: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) 
ano. 
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a 
reparação do dano, se precede à sentença 
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é 
posterior, reduz de metade a pena imposta. 
 
 
 
 
Peculato mediante erro de outrem 
 
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou 
qualquer utilidade que, no exercício do 
cargo, recebeu por erro de outrem: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, 
e multa. 
 
COMENTÁRIOS SOBRE O PECULATO 
 
É previsto no art. 312. Tutela a 
administração pública no que diz respeito ao 
patrimônio público, o interesse patrimonial 
do Estado. O dano é material, moral e 
político (RJTJ ESP 8/ 500-503). 
O sujeito ativo do delito é o funcionário 
público e o sujeito passivo é o Estado e ainda 
o particular proprietário do bem apropriado 
ou desviado, que se encontrava na posse, 
guarda ou custódia da administração. 
O caput do art. 312 define o peculato próprio 
e as condutas típicas são a apropriação ou 
desvio. O objeto material do delito pode ser 
dinheiro, valor ou qualquer bem móvel, 
público ou particular. Não prevê a lei penal o 
peculato de uso. 
O Decreto-Lei n2 201, de 27.02.1967, prevê 
um caso especial de peculato de uso como 
crime de responsabilidade de Prefeitos 
Municipais na utilização indevida de bens, 
rendas ou serviços públicos (art. 12, inciso 
II). 
O dolo do crime é a vontade de transformar a 
posse em domínio. Não se exclui o crime 
pela compensação do dinheiro desviado com 
créditos reais ou supostos do agente junto à 
administração pública. (RT 535/339). 
Consuma-se quando ocorre a apropriação ou 
quando o funcionário dá às coisas destino 
diverso, sem haver a necessidade de ser 
alcançada a finalidade do agente. 
É um crime de dano contra a administração 
pública. É admissível a tentativa. 
 
Instituto Tributário de Ensino à Distância 
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Em se tratando de militar, o crime é o 
previsto no artigo 303 do Código Penal 
Militar. 
O peculato impróprio também é chamado 
peculato-furto e está previsto no art. 312 § 
2º. A conduta típica é a subtração. 
O sujeito ativo não tem a posse da res nem o 
crime acontece tendo em vista a sua função, 
mas aproveitar-se ele da facilidade que a 
condição de funcionário lhe concede para 
praticar a conduta. 
No peculato-furto admite-se a tentativa. 
O artigo 312 § 2 registra o crime de peculato 
culposo. No caso, o funcionário por 
negligência, imprudência ou imperícia 
permite que haja apropriação ou desvio 
(caput), subtração ou concurso (§ 1º). E 
imprescindível que se comprove a falta de 
cautela ordinária e especial que estava 
obrigado o funcionário, na guarda e 
preservação das coisas que lhe são confiadas 
por força da função pública que desempenha. 
Prevêem o art. 312 § 32, casos de extinção 
da punibilidade e de atenuação da pena em 
peculato culposo. O art. 313 prevê o peculato 
mediante erro de outrem. Tutela-se a 
administração pública no aspecto moral e 
patrimonial. 
O sujeito ativo é o funcionário público, nada 
impedindo a participação de um particular e 
o sujeito passivo é o 
Estado, podendo ser vítima, também, um 
extraneus ou outro funcionário público, que 
entreguem a res por erro ou são dela 
proprietários. 
A causa do é devido ao erro espontâneo 
daquele que entrega a coisa; se for induzido 
por engano pelo funcionário, dá-se o 
estelionato. 
O objeto material é o dinheiro ou qualquer 
utilidade. O dolo é a vontade de se apropriar 
do dinheiro ou de outra coisa móvel com a 
apropriação, quando o funcionário, ciente do 
erro de outrem, torna a coisa sua, agindo 
como se dono fosse. 
A tentativa é admissível. 
 
Ocorrerá estelionato e não peculato mediante 
erro de outrem se o funcionário induzir a 
vítima ao engano ou se, percebendo, no 
momento do recebimento, o equívoco, 
mantém o ofendido neste estado. 
Ocorrerá concussão se a entrega não se faz 
espontaneamente e sim por exigência do 
funcionário. (art. 315) 
 
Extravio, sonegação ou inutilização de 
livro ou documento 
 
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer 
documento, de que tem a guarda em razão do 
cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou 
parcialmente: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 
(quatro) anos, se o fato não constitui crime 
mais grave. 
 
Emprego irregular de verbas ou rendas 
públicas 
 
Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas 
aplicação diversa da estabelecida em lei: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, 
ou multa. 
 
Concussão 
 
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, 
direta ou indiretamente, ainda que fora da 
função, ou antes, de assumi-la, mas em razão 
dela, vantagem indevida: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e 
multa. 
 
COMENTÁRIOS SOBRE A 
CONCUSSÃO 
 
É previsto no art. 316 e objetiva a 
incriminação do fato tutelar à regularidade da 
administrada no que diz respeito à probidade 
dos funcionários, ao legítimo uso da 
 
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qualidade e da função por eles exercida. O 
sujeito ativo é o funcionário público e o 
sujeito passivo é o Estado à conduta tipa e a 
de exigir vantagem indevida. 
Nossa legislação prevê a concussão explícita, 
a que é feita abertamente pelo funcionário, e 
a implícita, que é muito comum, em que o 
sujeito ativo, com malícia, dá a entender à 
vítima que deseja obter a vantagem indevida 
ou que é ela legítima. 
O objeto do delito é a vantagem indevida, 
ilícita ou ilegal, não autorizada por lei. E 
indispensável à vontade de exigir a vantagem 
prevalecendo-se da função. 
O crime é de natureza formal e consuma-se 
com a simples exigência da vantagem 
indevida. Uma vez consumado o crime com 
a exigência, é nulo o ato de prisão em 
flagrante quando o sujeito ativo é detido, por 
flagrante preparado ao tentar receber 
vantagem indevida(RTJ 43/149). 
 
Admite-se a tentativa. 
 
Distingue-se da extorsão (art. 158) porque, 
na concussão, a ameaça versa sobre a função 
pública e as represálias prometidas, expressa 
ou implicitamente, são relativas a ela. Só 
ocorre a extorsão quando há violência ou 
ameaça de mal estranho à qualidade ou 
função do agente (RT 586/333). A concussão 
também e semelhante à corrupção passiva, 
entretanto, nesta há solicitação e naquela 
exigência. 
A concussão praticada por agente militar 
pelo abuso de sua função e pelo abuso de sua 
qualidade é definida no CPM. 
No art. 316 § 1, está previsto um tipo 
especial de concussão, o chamado “excesso 
de exação”. O sujeito ativo é o funcionário 
que pratica uma das ações incriminadas na 
lei, ainda que não encarregado de 
arrecadação e o sujeito passivo é o Estado e, 
em 2º plano, a pessoa atingida pela conduta. 
A lei refere-se ao objeto do delito, ao 
imposto, taxa ou emolumento. O dolo do 
crime é a vontade de exigir tributo indevido, 
mediante meio vexatório ou gravoso. 
Ocorre a consumação com a simples 
exigência e com a cobrança, mesmo 
infrutífera. Prevê o art. 316 § 2° a forma 
qualificada de excesso de exação. 
 
Excesso de exação 
 
§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou 
contribuição social que sabe ou deveria saber 
indevido, ou, quando devido, emprega na 
cobrança meio vexatório ou gravoso, que a 
lei não autoriza: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e 
multa. 
§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito 
próprio ou de outrem, o que recebeu 
indevidamente para recolher aos cofres 
públicos: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, 
e multa. 
 
Corrupção passiva 
 
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou 
para outrem, direta ou indiretamente, ainda 
que fora da função, ou antes, de assumi-la, 
mas em razão dela, vantagem indevida, ou 
aceitar promessa de tal vantagem: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, 
e multa. 
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, 
em conseqüência da vantagem ou promessa, 
o funcionário retarda ou deixa de praticar 
qualquer ato de ofício ou o pratica 
infringindo dever funcional. 
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de 
praticar ou retarda ato de ofício, com 
infração de dever funcional, cedendo a 
pedido ou influência de outrem: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) 
ano, ou multa. 
 
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COMENTÁRIOS SOBRE A 
CORRUPÇÃO PASSIVA 
 
E previsto no art. 317. Trata-se do “tráfico da 
função pela qual se estabelece uma relação 
ilícita entre o funcionário indigno e o terceiro 
que, valendo-se da sua venalidade, sujeita-o 
às iniciativas da sua vontade”. 
A corrupção ativa, do extraneus, que oferece, 
promete e entrega a vantagem indevida está 
prevista no art. 333. 
O fracionamento normal da administração 
pública, no que se refere à preservação dos 
princípios de probidade e moralidade no 
exercício da função constitui o objeto da 
tutela jurídica. 
O sujeito ativo é o funcionário público nos 
termos do art. 327 e o sujeito passivo é o 
Estado. 
São três as condutas típicas: solicitar, receber 
vantagem indevida ou aceitara promessa, 
desta. E indispensável para a caracterização 
do crime a prática do ato guarde relação com 
a função do sujeito ativo. 
Entretanto pode o licito e justo (corrupção 
imprópria) ou legitima ilícita injusta 
(corrupção própria). O objeto do licito e 
vantagem indevida. 
Não se consuma corrupção passiva se o 
funcionário recusa a oferta por entender 
exígua à recompensa: entretanto, se a aceita, 
discutindo somente o “quantum”, consuma-
se o ilícito, pouco importando a capacidade 
penal de extraneus, podendo este ser menor 
de 18 anos ou incapaz. 
O dolo é a vontade de praticar uma das 
modalidades da conduta típica, tendo o 
agente consciência da sua ilicitude. 
É crime formal, independendo da ocorrência 
do resultado, a tentativa é admissível quando 
a conduta cumpre um item que pode ser 
interrompido. 
O art. 317 § 1 prevê o crime de corrupção 
passiva qualificadora, Ex.: solicitação de 
dinheiro para relevar falha em carteira de 
motorista (RJTJ ESP 20/337). 
O art. 317 § 2° registra corrupção passiva 
privilegiada. 
Distingue-se a concussão (art. 316), pois, na 
corrupção passiva da solicitação, na 
concussão exigência da vantagem indevida 
(RT 388/200). 
Haverá concurso formal ou material entre a 
corrupção passiva qualificada e o crime 
resultante, se o ato praticado pelo 
funcionário constituir por si só um crime. 
Ex.: art. 305. 
 
Facilitação de contrabando ou 
descaminho 
 
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever 
funcional, a prática de contrabando ou 
descaminho (art. 334): 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e 
multa. 
 
Prevaricação 
 
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, 
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo 
contra disposição expressa de lei, para 
satisfazer interesse ou sentimento pessoal: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) 
ano, e multa. 
 
COMENTÁRIOS SOBRE A 
PREVARICAÇÃO 
 
É previsto no art. 319. Constitui a 
infidelidade ao dever de oficio, em que o 
agente descumpre as obrigações pertinentes à 
sua função as pratica contra a lei, a fim de 
satisfazer o interesse ou sentimento pessoal. 
O objeto jurídico e a regularidade da 
administração pública lesada pela omissão 
ou pelo exercício irregular do funcionário. O 
sujeito ativo é o funcionário público, nos 
 
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termos do art. 327 do Código Penal, e o 
sujeito passivo é o Estado. 
São três as condutas típicas: retardar, deixar 
de praticar e praticar. 
O objeto do tipo é o ato de ofício, incluindo 
o ato administrativo, o legislativo e o 
judicial. Exige-se o elemento subjetivo do 
tipo que constitui o intuito de satisfazer 
interesse ou sentimento pessoal, 
indispensável à caracterização do crime (RTJ 
71/a35). 
Com o retardamento, omissão ou prática do 
ato, independentemente de estar sujeito à 
confirmação ou recurso, consuma-se o delito. 
Distingue-se da corrupção passiva (art. 317), 
pois este exige bilateralidade. Não há que se 
confundir com desobediência (art. 330), pois 
esta apenas pode ser praticada por particular 
ou por funcionário, não agindo na tal 
qualidade. 
 
Condescendência criminosa 
 
Art. 320 - Deixar o funcionário, por 
indulgência, de responsabilizar subordinado 
que cometeu infração no exercício do cargo 
ou, quando lhe falte competência, não levar o 
fato ao conhecimento da autoridade 
competente: 
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) 
mês, ou multa. 
 
Advocacia administrativa 
 
Art. 321 - Patrocinar, direta ou 
indiretamente, interesse privado perante a 
administração pública, valendo-se da 
qualidade de funcionário: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, 
ou multa. 
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) 
ano, além da multa. 
 
COMENTÁRIOS SOBRE A 
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA 
 
É crime previsto no art. 320. É uma espécie 
de prevaricação privilegiada, em queo 
sentimento pessoal do agente é a 
indulgência, e a omissão é relativa à 
responsabilização de subalterno. Tenta-se 
evitar, com o dispositivo, a dissimulação e 
ocultação praticadas pelos funcionários. 
O sujeito ativo é o funcionário público (art. 
327) e o sujeito passivo é o Estado. São duas 
as condutas típicas: 
a) a de deixar, por indulgência, de 
responsabilizar subordinado que cometeu tal 
infração no exercício do cargo. E crime 
omissivo puro 
b) a de deixar de levar o fato ao 
conhecimento da autoridade competente. É 
crime também omissivo. A lei incrimina 
somente a conduta dolosa. 
Consuma-se o crime com a omissão quando 
o sujeito ativo não promove a 
responsabilidade do infrator ou não 
comunica o fato à autoridade competente, 
quando toma conhecimento do fato e de sua 
autoria. 
E crime omissivo puro, não admite tentativa. 
 
Violência arbitrária 
 
Art. 322 - Praticar violência, no exercício de 
função ou a pretexto de exercê-la: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) 
anos, além da pena correspondente à 
violência. 
 
COMENTÁRIOS SOBRE A 
VIOLÊNCIA ARBITRÁRIA 
 
É prevista no art. 322, que com o advento da 
Lei 4.898, de 9.12.65, exige o estudo do art. 
322, As funções administrativas devem ser 
exercidas regularmente, impedindo-se a 
violência desnecessária. 
 
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O sujeito ativo é o funcionário público, 
conceituado no art. 327, e o sujeito passivo é 
e a pessoa física contra quem é praticada a 
violência. A violência referida deve ser 
arbitrária, sem motivo legítimo, não 
autorizada em qualquer norma jurídica. 
É irrelevante para a lei penal os motivos do 
crime. 
Consuma-se o crime com a violência. Esse 
crime absorve as vias de fato. 
É admissível a tentativa. 
A lei determina que seja adicionada à pena 
prevista pelo art. 322 aquela prevista para a 
violência. 
A Lei 4.898, de 9.12.65, define os crimes de 
abuso da autoridade, prevendo como ilícito 
qualquer atentado à incolumidade física do 
indivíduo (art. 3º). Há franca divergência 
doutrinária e jurisprudencial se houve ou não 
revogação tácita do dispositivo do crime em 
comento pela Lei do Abuso de Autoridade. 
Assim sendo, ficam consignados os 
comentários acerca do art. 322, para garantir 
seu enfrentamento. 
 
Abandono de função 
 
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos 
casos permitidos em lei: 
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) 
mês, ou multa. 
§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) 
ano, e multa. 
§ 2º - Se o fato ocorre em lugar 
compreendido na faixa de fronteira: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e 
multa. 
 
Exercício funcional ilegalmente 
antecipado ou prolongado 
 
Art. 324 - Entrar no exercício de função 
pública antes de satisfeitas as exigências 
legais, ou continuar a exercê-la, sem 
autorização, depois de saber oficialmente que 
foi exonerado, removido, substituído ou 
suspenso: 
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) 
mês, ou multa. 
 
Violação de sigilo funcional 
 
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência 
em razão do cargo e que deva permanecer 
em segredo, ou facilitar- lhe a revelação: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) 
anos, ou multa, se o fato não constitui crime 
mais grave. 
 
Violação do sigilo de proposta de 
concorrência 
 
Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de 
concorrência pública, ou proporcionar a 
terceiro o ensejo de devassá-lo: 
Pena - Detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) 
ano, e multa. 
 
Funcionário público 
 
Art. 327 - Considera-se funcionário público, 
para os efeitos penais, quem, embora 
transitoriamente ou sem remuneração, exerce 
cargo, emprego ou função pública. 
§ 1º - Equipara-se a funcionários públicos 
quem exerce cargo, emprego ou função em 
entidade paraestatal, e quem trabalha para 
empresa prestadora de serviço contratada ou 
conveniada para a execução de atividade 
típica da Administração Pública. 
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte 
quando os autores dos crimes previstos neste 
Capítulo forem ocupantes de cargos em 
comissão ou de função de direção ou 
assessoramento de órgão da administração 
direta, sociedade de economia mista, 
empresa pública ou fundação instituída pelo 
poder público. 
 
 
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Usurpação de função pública 
 
Art. 328 - Usurpar o exercício de função 
pública: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) 
anos, e multa. 
Parágrafo único - Se do fato o agente aufere 
vantagem: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, 
e multa. 
 
Resistência 
 
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, 
mediante violência ou ameaça a funcionário 
competente para executá-lo ou a quem lhe 
esteja prestando auxílio: 
Pena - detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) 
anos. 
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não 
se executa: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis 
sem prejuízo das correspondentes à 
violência. 
 
COMENTÁRIOS SOBRE A 
RESISTÊNCIA 
 
É previsto no art. 319. Tutela o princípio de 
autoridade e o prestígio da função pública, 
indispensável à liberdade de ação do poder 
estatal, e à execução às funções públicas 
punindo os agentes que entravam ilegal e 
abusivamente à atividade. O sujeito ativo é 
qualquer pessoa que se após a execução do 
ato legal, independentemente de dirigir-se ele 
ao agente ou outra pessoa. O sujeito passivo 
é o Estado: o funcionário público que 
executa ou deve executar o ato: a pessoa que 
esteja prestando auxílio, solicitado ou não, 
ao funcionário. 
Constitui conduta típica a oposição do agente 
ao ato legal mediante violência ou ameaça, 
sendo indispensável que a oposição aconteça 
quando o ato está sendo executado. 
É pressuposto do crime é a execução de um 
ato legal por parte do funcionário. O erro do 
agente quanto à legalidade do ato culposo 
exclui o dolo. 
Não há que se falar em exclusão do crime de 
resistência de responsabilidade do agente que 
atua sob embriaguez voluntária ou culposa, 
pois o elemento subjetivo do tipo é um só, a 
vontade de se opor à execução do ato, 
mediante violência ou ameaça, sendo 
indispensável que o agente tenha consciência 
da antijuricidade de sua conduta. 
E crime formal, consumando-se com a 
prática da violência ou ameaça, sendo 
dispensável o resultado pretendido pelo 
agente. E admissível a tentativa. 
O art. 329 § 1° prevê a resistência 
qualificada pelo resultado. Distingue-se da 
desobediência, pois nesta as ofensas por 
palavras não envolvem violência ou ameaça 
ao funcionário. Cumula-se as penas da 
resistência com as de lesão corporal ou 
homicídio. (RT 391/338). 
 
Desobediência 
 
Art. 330 - Desobedecer à ordem legal de 
funcionário público: 
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 6 
(seis) meses, e multa. 
 
COMENTÁRIOS SOBRE A 
DESOBEDIÊNCIA 
 
É previsto no art. 330 CP. A lei tutela o 
prestígio e a dignidade da administração 
pública representada pelofuncionário que 
age em seu nome, O sujeito ativo é quem não 
obedece à ordem legal oriunda de autoridade 
competente e o sujeito passivo é o Estado. 
A conduta típica é desobedecer à ordem legal 
do funcionário público, cabendo ao agente 
examinar a legalidade da ordem (RF 
 
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220/330). E indispensável que a ordem se 
revista das formalidades legais e que o 
funcionário esteja no exercício do cargo (RT 
549/387). 
A ordem deve ser expressa e individualizada, 
dirigida a quem tem o dever jurídico de 
recebê-la ou acatá-la (JTA SP 74/110). 
E indispensável que o agente tenha ciência 
da determinação e consciência da 
antijuridicidade da sua conduta (RF 
243/305). 
É crime comissivo ou omissivo e a 
consumação se dá no momento da ação ou 
omissão ilícita. A tentativa apenas é 
admissível na forma comissiva. 
Distingue-se da resistência pelo não emprego 
de violência ou ameaça ao funcionário 
competente para executar a ordem. 
 
Desacato 
 
Art. 331 - Desacatar funcionário público no 
exercício da função ou em razão dela: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) 
anos, ou multa. 
 
COMENTÁRIOS SOBRE O DESACATO 
 
É previsto no art. 331 e o bem jurídico 
tutelado é a dignidade, o prestígio, o decoro, 
o respeito devido à função pública. O sujeito 
ativo é qualquer pessoa que desacata 
funcionário público, inclusive o próprio 
funcionário público, desde que despido dessa 
qualidade ou fora de sua própria função (RT 
561/354) e o sujeito passivo é o Estado e o 
funcionário público desacatado. 
A conduta típica é desacatar, ofender, vexar, 
humilhar, etc, ofendendo a dignidade ou o 
decoro da função. 
Constitui o desacato toda a ofensa direta e 
voluntária à honra ou ao prestígio de 
funcionário público com a consciência de 
atingi-lo no exercício ou por causa de suas 
funções, tutelando a dignidade da 
administração Pública personificada em seus 
mandatários. 
E indispensável para a caracterização do 
crime a presença do funcionário na ocasião 
da ofensa, ocorrendo o crime mesmo que o 
fato não tenha sido presenciado por terceiro. 
O dolo é a vontade consciente de praticar a 
ação ou proferir palavra injuriosa com o fim 
de ofender ou desrespeitar o funcionário a 
quem se dirige. 
O crime é consumado com a prática ofensa, 
no momento e lugar em que o agente pratica 
ato ofensivo ou profere palavras ultrajantes. 
E crime formal, não importando as 
conseqüências do fato. E crime de ação 
pública, não admite retratação, sendo 
admissível a tentativa, excetuando-se nos 
casos de ofensa oral. 
Toda vez que o desacato gera agressão física 
subsiste, somente, esse delito pela regra da 
consunção, absorvido o crime de lesões 
corporais (JTA SP 73/249). 
Ocorre crime continuado na conduta do 
agente quando atitudes sucessivas desacatam 
vários funcionários, e concurso material 
quando, além do desacato, ocorre a 
desobediência ou resistência. 
 
Tráfico de Influência 
 
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, 
para si ou para outrem, vantagem ou 
promessa de vantagem, a pretexto de influir 
em ato praticado por funcionário público no 
exercício da função: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, 
e multa. 
Parágrafo único - A pena é aumentada da 
metade, se o agente alega ou insinua que a 
vantagem é também destinada ao 
funcionário. 
 
 
 
 
 
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Corrupção ativa 
 
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem 
indevida a funcionário público, para 
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato 
de ofício: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, 
e multa. 
Parágrafo único - A pena é aumentada de um 
terço, se, em razão da vantagem ou 
promessa, o funcionário retarda ou omite ato 
de ofício, ou o pratica infringindo dever 
funcional. 
 
COMENTÁRIOS SOBRE A 
CORRUPÇAO ATIVA 
 
Está previsto no art. 333. Tenta-se evitar que 
uma ação externa provoque a corrupção do 
funcionário a fim de que pratique este ato de 
improbidade e venalidade no exercício de 
sua função. 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, 
podendo ser até o funcionário público que, 
despido dessa qualidade, age como 
particular. O sujeito passivo é o Estado, 
podendo ser indiretamente o funcionário. 
A lei prevê as ações de oferecer ou de 
prometer vantagem indevida ao funcionário 
público. 
E indispensável que o ato que deva ser 
omitido, retardado ou praticado, seja ato de 
ofício e esteja compreendido nas atribuições 
funcionais do servidor público visado (RF 
189/336). lnexiste corrupção ativa quando a 
oferta ou promessa tem a finalidade de 
impedir ou retardar medida ou ato ilegal 
(RF217/297). 
O objeto material do crime é a vantagem 
indevida que não tem apenas cunho 
patrimonial, mas também moral e até sexual 
(RF 034/353). 
Não importa que o ato a ser praticado seja 
ilícito, injusto ou ilegítimo. E necessário que 
se estabeleça a relação entre a oferta ou 
promessa e a intenção de obter a prática, 
omissão ou retardamento de algum ato de 
ofício (RF 197/315). 
A embriaguez do agente não exclui o dolo; 
não excluindo o crime. 
Consuma-se com a simples oferta ou 
promessa de vantagem indevida por parte do 
extraneus (RT 524/343). E admissível a 
tentativa nos casos em que a oferta ou 
promessa é feita de tal modo que não chegue 
ao conhecimento do funcionário por 
circunstâncias alheias à vontade do agente. 
O art. 333 parágrafo único trata da corrupção 
ativa qualificada. Ocorre co-autoria em 
concurso material com a corrupção ativa e 
corrupção passiva, quando a corrupção é 
praticada a fim de que o funcionário infrinja 
dever funcional que constitui crime. 
 
Descaminho 
 
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o 
pagamento de direito ou imposto devido pela 
entrada, pela saída ou pelo consumo de 
mercadoria 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 
 § 1º Incorre na mesma pena quem: 
 I - pratica navegação de cabotagem, fora dos 
casos permitidos em lei; 
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a 
descaminho; 
III - vende, expõe à venda, mantém em 
depósito ou, de qualquer forma, utiliza em 
proveito próprio ou alheio, no exercício de 
atividade comercial ou industrial, mercadoria 
de procedência estrangeira que introduziu 
clandestinamente no País ou importou 
fraudulentamente ou que sabe ser produto de 
introdução clandestina no território nacional 
ou de importação fraudulenta por parte de 
outrem; 
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito 
próprio ou alheio, no exercício de atividade 
comercial ou industrial, mercadoria de 
procedência estrangeira, desacompanhada de 
 
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documentação legal ou acompanhada de 
documentos que sabe serem falsos. 
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, 
para os efeitos deste artigo, qualquer forma 
de comércio irregular ou clandestinode 
mercadorias estrangeiras, inclusive o 
exercido em residências. 
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime 
de descaminho é praticado em transporte 
aéreo, marítimo ou fluvial. 
 
Contrabando 
 
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria 
proibida: 
 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. 
§ 1o Incorre na mesma pena quem: 
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a 
contrabando; 
II - importa ou exporta clandestinamente 
mercadoria que dependa de registro, análise 
ou autorização de órgão público competente; 
III - reinsere no território nacional 
mercadoria brasileira destinada à exportação; 
IV - vende, expõe à venda, mantém em 
depósito ou, de qualquer forma, utiliza em 
proveito próprio ou alheio, no exercício de 
atividade comercial ou industrial, mercadoria 
proibida pela lei brasileira; 
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito 
próprio ou alheio, no exercício de atividade 
comercial ou industrial, mercadoria proibida 
pela lei brasileira. 
§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, 
para os efeitos deste artigo, qualquer forma 
de comércio irregular ou clandestino de 
mercadorias estrangeiras, inclusive o 
exercido em residências. 
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime 
de contrabando é praticado em transporte 
aéreo, marítimo ou fluvial. 
 
 
 
Impedimento, perturbação ou fraude de 
concorrência 
 
Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar 
concorrência pública ou venda em hasta 
pública, promovida pela administração 
federal, estadual ou municipal, ou por 
entidade paraestatal; afastar ou procurar 
afastar concorrente ou licitante, por meio de 
violência, grave ameaça fraude ou 
oferecimento de vantagem: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) 
anos, ou multa, além da pena correspondente 
à violência. 
Parágrafo único - Incorre na mesma pena 
quem se abstém de concorrer ou licitar, em 
razão da vantagem oferecida. 
 
Inutilização de edital ou de sinal 
 
Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, 
inutilizar ou conspurcar edital afixado por 
ordem de funcionário público; violar ou 
inutilizar selo ou sinal empregado, por 
determinação legal ou por ordem de 
funcionário público, para identificar ou 
cerrar qualquer objeto: 
Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, 
ou multa. 
 
Subtração ou inutilização de livro ou 
documento 
 
Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou 
parcialmente, livro oficial, processo ou 
documento confiado à custódia de 
funcionário, em razão de ofício, ou de 
particular em serviço público: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, 
se o fato não constitui crime mais grave. 
 
 
 
 
 
 
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CRIMES CONTRA À 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
 
Avaliação 
 
1) Sobre o crime de peculato, assinale a 
alternativa incorreta: 
 
a) O sujeito ativo do delito é funcionário 
público 
b) O sujeito passivo do delito é o Estado 
c) O objeto material do delito só pode 
ser bem móvel público 
d) O peculato impróprio também é 
chamado peculato-furto 
 
2) Se o funcionário agir por negligência, 
imprudência ou imperícia, permitindo 
que haja apropriação ou desvio, 
subtração ou concurso, ele estará 
praticando o crime de: 
 
a) Peculato próprio 
b) Peculato impróprio 
c) Tentativa 
d) Peculato culposo 
 
3) Que crime a conduta típica é a de 
exigir vantagem indevida. 
 
a) Concussão 
b) Extorsão 
c) Estelionato 
d) Peculato 
 
4) Solicitar, receber vantagem indevida 
ou aceitar a promessa desta são 
condutas típicas do crime de: 
 
a) Concussão 
b) Corrupção passiva 
c) Corrupção ativa 
d) Extorsão 
 
5) Constitui a infidelidade ao dever de 
ofício, em que o agente descumpre as 
obrigações pertinentes à sua função, 
ou as pratica contra a lei, a fim de 
satisfazer o interesse ou sentimento 
pessoal. 
 
a) Prevaricação 
b) Condescendência criminosa 
c) Violência arbitrária 
d) Peculato 
 
6) Assinale a alternativa incorreta sobre 
o crime de condescendência 
criminosa: 
 
a) É uma espécie de prevaricação 
privilegiada, em que o sentimento 
pessoal do agente é a indulgência, e a 
omissão é relativa à responsabilidade 
de subalterno 
b) É crime omissivo puro, não admite 
tentativa 
c) É crime que admite a tentativa 
d) O crime é praticado quando se tenta 
evitar a dissimulação e ocultação das 
faltas praticadas pelos funcionários 
 
7) Sobre o crime de violência arbitrária 
é correto afirmar: 
 
a) Não admite a tentativa 
b) O sujeito ativo é o Estado 
c) É irrelevante para a lei penal os 
motivos do crime 
d) O sujeito passivo não pode ser pessoa 
física 
 
8) Sobre o crime de resistência é 
correto afirmar: 
 
a) O sujeito ativo é qualquer pessoa que 
se opõe à execução de ato legal 
b) Não admite a tentativa 
 
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c) É pressuposto do crime a execução de 
um ato ilegal por parte do funcionário 
d) Não é crime formal 
 
9) Neste tipo de crime o bem jurídico 
tutelado é a dignidade, o prestígio, o 
decoro, o respeito devido à função 
pública. Falamos de que tipo de 
crime? 
 
a) Denunciação caluniosa 
b) Desacato 
c) Desobediência 
d) Violência arbitrária 
 
10) Assinale a alternativa incorreta, 
sobre o crime de corrupção ativa. 
 
a) A embriaguez não exclui o dolo 
b) O sujeito passivo é o Estado 
c) O sujeito ativo pode ser qualquer 
pessoa 
d) O sujeito ativo só pode ser 
funcionário público 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências 
 
1- Código Penal Brasileiro. Disponível 
em http://www.planalto.gov.br 
2- Decreto-Lei nº 201, de 27.02.1967. 
Disponível em 
http://www.planalto.gov.br 
3- Código Penal Militar. Disponível em 
http://www.planalto.gov.br 
4- Lei 4.898, de 9.12.65. Disponível em 
http://www.planalto.gov.br 
5- Código Penal. Disponível em 
http://www.planalto.gov.br

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