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FACULDADES UNIFICADAS DOCTUM DE LEOPOLDINA Maria Cecília Alves Santiago ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DE ECONOMIA LEOPOLDINA-MG 2015 FACULDADES UNIFICADAS DOCTUM DE LEOPOLDINA Maria Cecília Alves Santiago ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DE ECONOMIA Atividade Prática Supervisionada consistente em estudo dirigido realizado em atendimento as exigências da Disciplina Economia do Curso de Direito das Faculdades Unificadas Doctum de Leopoldina, como requisito parcial à obtenção de pontos na segunda etapa de notas. Prof. Ricardo Calil LEOPOLDINA-MG 2015 DESCRIÇÃO: “Elabore pesquisa bibliográfica no material oferecido na biblioteca da faculdade, internet e outros meios que julgar razoáveis, elaborando resenha explicativa; “sem utilização de gráficos ou artifícios matemáticos”, conceituando: a) Elasticidade-preço da demanda; b) Elasticidade-renda da demanda; c) Elasticidade-cruzada da demanda. d) Suas aplicações no Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) nos seus julgados”. EM QUE CONSISTE O TERMO ELASTICIDADE? Elasticidade da demanda é um conceito econômico que se refere a uma alteração percentual em uma variável, em face das mudanças em outras variáveis. Sendo sinônima de sensibilidade, resposta e reação. A quantidade de demanda varia de acordo com os preços, a mesma será maior se os preços baixarem, por outro lado, se os preços aumentarem a demanda irá consequentemente reduzir. Essa informação demonstra como a variação nos preços afeta a receita total de uma empresa, sendo assim a mudança da receita total, quanto ao preço, depende da sensibilidade da quantidade demandada. Defini-se o grau de elasticidade de um bem no tamanho do impacto diante do grau de intensidade da quantidade demandada, a partir da variação do seu preço. Lembrando que cada produto tem sua própria sensibilidade com relação às variáveis dos preços e da renda. Os determinantes do grau de elasticidade de um bem são as preferências do consumidor, determinadas por várias forças econômicas, sociais e psicológicas que definem os desejos individuais. A Elasticidade pode assim ser classificada como Elasticidade-preço da demanda; Elasticidade-renda da demanda e Elasticidade-cruzada da demanda. A Elasticidade-Preço da demanda mede a intensidade da variação percentual na quantidade demandada de um bem dado uma variação percentual no preço deste bem. A correlação entre preço e quantidade demandada é inversa, ou seja, a uma alteração positiva de preços corresponderá uma variação negativa da quantidade demandada. A elasticidade-preço da demanda pode ser considerada elástica, inelástica ou de elasticidade-preço unitária. Assim, o bem tem demanda elástica quando a quantidade demandada responde substancialmente a variações no preço, e tem demanda inelástica quando a quantidade demandada responde pouco às variações de preço. Na elasticidade-preço unitária as variações percentuais no preço e na quantidade são de mesma magnitude, porém em sentido inverso. Existem fatores que influenciam o grau de elasticidade-preço da demanda, sendo tais fatores, a disponibilidade de bens substitutos, a essencialidade e a importância do bem no orçamento. Quanto mais substitutos são os bens, mais elástica é a demanda, pois, dado um aumento de preços, o consumidor tem mais opções para não consumir esse produto. Quanto mais essencial o bem, mais inelástica sua procura, não trazendo muitas opções para o consumidor fugir do aumento de preços. Já a importância relativa, ou peso do bem no orçamento é dado pela proporção de quanto o consumidor gasta no bem, em relação a sua despesa total. Quanto maior o peso no orçamento, maior a elasticidade-preço da procura. Dependendo do horizonte de tempo de análise, um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando seu preço aumenta. Já na elasticidade-renda da demanda, o coeficiente mede a variação percentual da quantidade demandada, dada uma variação percentual da renda do consumidor. Sendo que a elasticidade-renda da demanda de produtos manufaturados é superior à elasticidade renda de produtos básicos, pois quanto mais elevada à renda, a tendência é aumentar mais o consumo de produtos manufaturados relativamente aos alimentos. Se a elasticidade-renda da demanda é negativa, o bem é inferior, ou seja, aumentos de renda levam a quedas no consumo desse bem. Se a elasticidade-renda é positiva, mas menor que um, o bem é normal, ou seja, aumentos na renda desencadeiam aumentos no consumo. Mas se a elasticidade é positiva e maior que um, o bem é superior ou de luxo, ou seja, aumentos na renda dos consumidores levam a um aumento mais que proporcional do bem. E a Elasticidade- cruzada da demanda é a variação percentual da quantidade demandada do bem, dada uma variação percentual no preço de outro bem. Sendo muito semelhante ao conceito de elasticidade-preço da demanda, a diferença encontra-se no fato de que se quer saber qual a mudança percentual que ocorre na quantidade demanda do bem x, quando se modifica percentualmente o preço de outro bem. Desse modo, a elasticidade- cruzada mede a variação percentual na quantidade procurada do bem x com relação à variação percentual do preço do bem y. Sendo assim, é notável que através da análise da elasticidade da demanda, obtêm-se valores que permitem avaliar a sensibilidade da demanda frente aos aumentos de preços, sendo que para a simulação do impacto das fusões, a elasticidade da demanda e os custos são insumos básicos para a elaboração de estudos. O comportamento de preços de mercado e quantidades vendidas se dá pela interação entre oferta e demanda, constituindo um ponto central, pois sintetiza as variáveis que condicionam o comportamento das empresas no relacionamento com consumidores, no entanto, ao tomar suas decisões as empresas devem considerar as preferências e a renda do consumidor. Na determinação da demanda e sua estatística, a elasticidade, serve de insumo para várias etapas na análise de defesa da concorrência, como por exemplo, a determinação do mercado relevante, o grau de rivalidade e a simulação dos impactos das fusões. Visto que defesa da concorrência refere-se a políticas que definem determinados comportamentos das empresas como sendo ilegais, por prejudicarem os consumidores e por diminuírem o bem-estar social, a regulação e a defesa da concorrência são dessa forma indispensáveis para uma economia de mercado saudável e competitiva, com repercussões em todos os setores de atividade econômica, sendo assim notório que a elasticidade muito contribui para essa regulação. Desse modo, a elasticidade é um dos métodos utilizados como ferramenta fundamental do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) e nos seus julgados. Espera- se que a credibilidade e importância dos estudos da elasticidade da demanda aumentem ao longo do tempo, com a popularização dos métodos e cuidados com suas aplicações. A estimação de funções de demanda pode ser de grande importância para a compreensão da realidade e no auxílio na tomada de decisões, contribuindo assim para o SBDC. REFERÊNCIAS VASCONCELOS, Marco Antônio Sandoval de; GARCIA, Manuel Enriquez. Fundamentos da Economia. Ed.4º. São Paulo: Editora Saraiva. OLIVEIRA, Ana Carolina Rovida de. Operações de concentração e cooperação econômica. Disponívelem: <http://www.conjur.com.br/2011-mar- 05/controle-preventivo-sistema-brasileiro-defesa-concorrencia>. Acesso em: 29 de Out. 2015. Análise da Demanda. Disponível em: <http://www.cade.gov.br/upload/Analise %20de%20Demanda%20-%20PÚBLICO%20-%20V_marco%202010.pdf>. Acesso em: 29 de Out. 2015.
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