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A ENTRADA NA VIDA - EU
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Etimologicamente, o termo mente vem do latim mèntem, que tem o significado de pensar, conhecer, entender, e significa também medir, visto que alguém que pensa não faz mais que medir, ponderar as ideias. 
 
Os gregos utilizavam o termo nous para indicar a mente, a razão, o pensamento, a intuição.
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	Durante muito tempo, associou-se a mente apenas à dimensão cognitiva:
Raciocínio, dedução, abstração, juízos, conceitos;
Manifestação da racionalidade humana;
 Actividade consciente.
 
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Durante o século XX chegou-se à conclusão de que o funcionamento da mente não se reduz à produção racional, abstracta de conhecimentos.
 
A mente passou a ser entendida como a manifestação total de processos dinâmicos que interagem entre si de forma complexa, implicando-se mutuamente.
 
A mente começou assim a ser vista como um SISTEMA que integra vários processos (cognitivos, emocionais e conativos).
 
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A percepção é um processo mediante o qual a informação sensorial é activamente organizada e interpretada pelo cérebro e que nos ajuda a compreender o mundo à nossa volta.
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A visão que temos do mundo não é uma reprodução, mas sim uma interpretação.
 Fazemos uma correção mental, de modo automático, ao conteúdo da nossa percepção
 de modo a manter a regularidade do mundo externo.
 
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Toda a informação sensorial é captada pelos sentidos e enviada para diferentes áreas do cérebro, onde é representada.
Não reproduz o mundo como um espelho, como uma fotografia,
 porque o cérebro constrói uma representação mental ou imagem da realidade.
 
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“É no cérebro que a papola se torna vermelha, 
que a maçã se torna aromática, 
que a cotovia canta.” Oscar Wilde
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A visão é a percepção de raios luminosos pelo sistema visual. Esta é a forma de percepção mais estudada pela psicologia da percepção. A maioria dos princípios gerais da percepção foram desenvolvidos a partir de teorias especificamente elaboradas para a percepção visual.
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A audição é a percepção de sons pelos ouvidos. A psicologia, a acústica e a psicoacústica estudam a forma como percebemos os fenómenos sonoros. Uma aplicação particularmente importante da percepção auditiva é a música.
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O olfato é a percepção de odores pelo nariz. Este sentido é relativamente ténue nos humanos, mas é importante para a alimentação. A memória olfativa também tem uma grande importância afetiva. A perfumaria e a enologia são aplicações dos conhecimentos de percepção olfativa.
Em alguns animais, como os cães, a percepção olfativa é muito mais desenvolvida e tem uma capacidade de discriminação e alcance muito maior que nos humanos.
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O paladar é o sentido de sabores pela língua. Importante para a alimentação. Embora seja um dos sentidos menos desenvolvidos nos humanos, o paladar é geralmente associado ao prazer e a sociedade contemporânea muitas vezes valoriza o paladar sobre os aspectos nutritivos dos alimentos. O principal nesta percepção é a discriminação de sabores.
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O tato é sentido pela pele em todo o corpo. Permite reconhecer a presença, forma e tamanho de objectos em contacto com o corpo e também a sua temperatura. Além disso o tato é importante para o posicionamento do corpo e a protecção física.
O tato não é distribuído uniformemente pelo corpo. Os dedos da mão possuem uma discriminação muito maior que as demais partes, enquanto algumas partes são mais sensíveis ao calor. O tato tem papel importante na afetividade e no sexo.
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Não existem órgãos específicos para a percepção do tempo, no entanto é certo que as pessoas são capazes de sentir a passagem do tempo.
A percepção temporal já foi objecto de diversos estudos desde o século XIX até os dias de hoje, em que é estudado por técnicas de imagem como a ressonância magnética.
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Assim como as durações, não possuímos um órgão específico para a percepção espacial, mas as distâncias entre os objectos podem ser efetivamente estimadas. Isso envolve a percepção da distância e do tamanho relativo dos objetos. 
Aparentemente a percepção espacial é supra-modal, ou seja, é compartilhada pelas demais modalidades e utiliza elementos da percepção auditiva, visual e temporal. 
Assim, é possível distinguir se um som procede especificamente de um objeto visto e se esse objeto (ou o som) está aproximando-se ou não.
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É a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, a sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão. 
Este tipo específico de percepção permite a manutenção do equilíbrio postural e a realização de diversas atividades práticas. 
Resulta da interação das fibras musculares que trabalham para manter o corpo na sua base de sustentação, de informações táteis e do sistema vestibular, localizado no ouvido interno.
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A teoria da GESTALT foi formulada no início do século XX por um grupo de Psicólogos alemães (Wertheimer, Kolher e Koffka). 
Gestalt significa forma, padrão, configuração.
 
Este movimento elaborou um conjunto de leis que tentaram explicar como a mente, de forma imediata, interpreta as informações sensoriais e produz uma percepção organizada.
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A principal tese dos gestaltistas é esta: o todo é maior que a soma das partes. Temos a percepção de formas unificadas e não de peças ou fragmentos.
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Assim, só reconhecemos uma melodia ouvindo-a globalmente: isoladas, as notas musicais nada significam.
 Uma vez organizada a melodia damos atenção à forma conjunta e não a notas isoladas.
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O mesmo acontece quando estamos vendo um desenho animado.
 Não vemos as imagens estáticas que são as suas partes mas o movimento, o filme como um todo. 
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A constância perceptiva é a capacidade de perceber um objeto com os seus atributos básicos, independentes da variedade sensorial com que ele se apresenta. 
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	CONSTÂNCIA DIMENSÃO/TAMANHO.
O reconhecimento de que um objeto continua a ser o mesmo ou a ter a mesma dimensão independente da sua imagem na retina mudar.
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	CONSTÂNCIA QUANTO À COR
 
Capacidade de perceber a cor dos objetos familiares como constante, apesar da sensação de cor mudar. 
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	CONSTÂNCIA QUANTO À FORMA
 
A tendência para perceber um objeto como tendo uma forma constante mesmo quando muda a imagem.
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Sem constância perceptiva, o nosso mundo perceptivo seria caótico. 
Suponhamos que os nossos amigos pareciam anões a certa distância e gigantes quando se aproximavam. 
Um bebé de colo seria percebido maior que um adulto, a um metro de distância.
 O mecânico que tivesse de escolher um parafuso ou uma porca de tamanho apropriado de entre uma grande variedade, a distâncias diversas dele, enfrentaria uma tarefa desesperada. 
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Segundo um estudo de uniservidade
 	inglesa a odrem das lertas numa palarva não émuito improtante, o que improta é a premiera e útlima lerta. O resto não é miuto improtante pois cousegnes ler sem dilficudade.
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Quando percebemos, a primeira coisa que fazemos é separar a figura do fundo. 
A nossa atenção selecciona partes da imagem e forma a percepção consoante a escolha feita. 
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Tendência para agrupar os estímulos recebidos num todo coerente.
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PROXIMIDADE
Quando percebemos um aglomerado de objetos
 (estímulos perceptivos) 
tendemos a ve-los pertencentes ao mesmo grupo . 
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	SEMELHANÇA 
Os objetos semelhantes ou em posição semelhante são, por tendência, agrupados juntos ou vistos como uma unidade.
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	FECHAMENTO
Figuras incompletas tendem a ser vistas como completas.
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O sujeito ao perceber estímulos pode atribuir-lhes significações inadequadas, estabelecendo certa discrepância
entre o real e percepção do mesmo. 
Tal discrepância pode ser mais ou menos acentuada, permitindo que em certos casos falemos de falsa percepções, ou de distúrbios perceptivos.
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Agnosias – se determinadas áreas cerebrais forem afetadas, o indivíduo perde total ou parcialmente as capacidadesperceptivas.
 
Existem diversos tipos de agnosias como sejam a visual, a auditiva e a somatossensorial.
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	Alucinações –
 “percepções sem objeto real”,
 na medida em que o indivíduo que as experimenta passa por uma experiência psicológica interna que o leva a comportar-se como se os estímulos externos existissem de fato.
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	Ilusões perceptivas ou sensoriais
 resultam de uma deformação dos estímulos reais,
 o cérebro engana-se: 
discrepância entre a grandeza física e a perceptiva. 
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Pessoas que vivem em regiões sem estradas, cujas linhas convergem num certo ponto, sem casas com telhados que fazem ângulos, não estão familiarizadas com o tipo de indicadores que dão origem a esta ilusão perceptiva.
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